sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

TRAÇOS DE INVEJAM NAS ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS



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Professor Paulo Sergio - já publicou 22 artigo(s) no blog Recursos Humanos.

Contador, Consultor, Escritor e Palestrante nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Vendas, Motivação, Liderança, Perfil Profissional. 

Por acompanhar e orientar muitas pessoas em suas carreiras, das mais variadas áreas, noto logo quando uma empresa terá problemas de relacionamento e, por conseguinte, as dificuldades do trabalho em equipe serão grandes, o que, em seguida, prejudica produção, produtividade, vendas, resultados. Enfim, é tudo uma sequencia de consequências negativas.
    
Quando as pessoas trabalham juntas, como um grupo de indivíduos reunidos num mesmo lugar e, muitas se destacam, infelizmente, negativamente, sérios problemas surgirão. Os que participam desse grupo e só entre eles, parecem se dar bem, sentem-se atraídos uns pelos outros. É o ruim sendo puxado pelo pior. Todo mundo na média ou abaixo dela; é uma maravilha! Não se preocupam em crescer e em oferecer o melhor que têm, pois são todos “amigos” e um não quer puxar o tapete do outro.
    
Quando começamos os treinamentos, com início por meio de reuniões/palestras abertas à coletividade e, depois disso, em entrevistas individuais, aos poucos, vamos alimentando os colaboradores a subirem de nível, desejar crescer na empresa. Procurarmos plantar boas sementes no solo ainda infértil das suas mentes e nos terrenos aladeirados dos seus comportamentos.
    
Os que compreendem o sentido das mudanças e às suas necessidades, dão início a novos comportamentos, deixando velhos hábitos, corrigindo rotas. Passam a se dedicar mais, sonham com melhores cargos e salários. Muitos realmente dão um tremendo salto no seu desempenho na empresa. Realizam tarefas mais rapidamente e com maior qualidade, melhoram seus relacionamentos interpessoais. Compreendem que é por meio do trabalho em equipe que acontece a sinergia necessária para promover mudanças profícuas nas suas carreiras e, obviamente, nos resultados da organização/empresa.
    
Porém, boa parcela que, até compreende a necessidade de mudanças, não muda. Pior que continuarem a agir da mesma forma, alguns até regridem ainda mais. Mas, o grande problema disso tudo é que tentam desmotivar os que estão mudando, melhorando. Desincentivam-os a continuar a melhorar suas atitudes e comportamentos. Tentam convencer de que isso não os levará a lugar algum e que é jogo da empresa que, no final, só deseja ganhar mais!
    
Depois disso, a sobra de pessoas que realmente mudarão é menor, pois muitas se deixam abalar por declarações insanas e medíocres dos que desejam ser os “mais pra menos” das empresas.
   
Não contentes em não conseguir a debanda de todos os que desejaram mudar, os “mais pra menos” começam a tentar prejudicar os colaboradores que estão com todo afinco. Inventam calúnias, fofocas, os difamam para os demais, sabotam tarefas.
  
É um momento crítico em qualquer trabalho de consultoria. Quando se identifica quem tem o forte desejo de realizar mudanças, também, se identifica quem não quer “nada com nada” na empresa. Infelizmente, muitos empresários se deixam levar pela onda das fofocas e, por verem que há certa insatisfação na empresa, o que é perfeitamente normal, e desistem das mudanças que poderiam salvar a entidade.
    
Quando se decide descobrir os problemas de uma organização, é possível que surjam problemas ainda maiores, mas que, quando sanados, darão nova vida à organização. “É quase impossível mexer num vespeiro sem levar algumas ferroadas”.
    
Contudo, o foco do artigo está naqueles que, vendo o desenvolvimento das pessoas na empresa, disparam o “fogo amigo”, na busca pela desmotivação, desentusiasmo dos que estão evoluindo, crescendo, melhorando comportamentos e resultados. Não são capazes de se admirar com o sucesso alheio, não sorriem quando seus parceiros ganham prêmios. São traços de inveja inefáveis do ser humano medíocre, que não consegue brindar a conquista alheia.
    
Por sorte, o corpo humano é fantástico. Pessoas invejosas, que não conseguem contemplar a alegria dos outros, que não são capazes de saltitar de felicidade por ver um membro da equipe sobressair, sabendo que também pode chegar no topo, logo sentem fortes dores de cabeça, gastrites, dores musculares, ocasionados, em partes, por pensamentos e ideias negativas em relação aos outros e, é claro, a si mesmos. São os sintomas psicossomáticos de quem tem um forte desejo de não admirar as vitórias dos outros.
    
Precisamos romper a barreira da inveja, da cobiça. Há a necessidade urgente de sabermos apreciar os elogios recebidos por nossos colegas, como fontes de inspiração para que também nós consigamos recebê-los, e não sentir inveja deles. Temos que nos tornar capazes de sentir e transmitir felicidade, alegria, amor, por vermos que quem se dedica tem maiores chances de atingir seus objetivos e escalar uma brilhante carreira. Há oportunidades para todos nós no mercado de trabalho. O problema é que a maioria prefere ficar na média, ou abaixo dela, na preparação profissional. Além disso, por não se esforçarem para melhorar, ainda procuram impedir os que correm em busca do seu sucesso. Para os que sabem se regozijar no saboroso ato de se fascinar com as conquistas dos outros, abrem-se as portas e pavimentam-se os caminhos para que possa degustar o seu sucesso.
    
Irrompa com a inveja, dispa-se do desejo de fazer mal a quem está se saindo muito bem. Escancare toda sua face num sorriso superlativo ao ver um amigo de equipe conquistando novas oportunidades. Acredite, a inveja mata mais do que grande parte das doenças; afinal, ela mata sonhos alheios e os próprios.
    
E você, tem a capacidade de contemplar as conquistas dos seus colegas?
    
Um abraço e felicidades sempre!

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