segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O "Grande Convencedor" e o caminho mais fácil: você não precisa deles


O "Grande Convencedor" e o caminho mais fácil: você não precisa deles

A verdade é que comportamentos e esforços normais levam a resultados normais. Resultados diferentes pedem comportamentos diferentes. Resultados extraordinários pedem ações extraordinárias. O grande convencedor odeia o extraordinário

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Durante o ano, respondi a várias perguntas enviadas por vocês, leitores desta coluna. Infelizmente, seria impossível responder a todas, de mudanças de carreira a questões familiares, minha caixa de e-mail virou um retrato do que aflige profissionais e estudantes de todo o Brasil, e sou muito grato por isso. Aprendi muito, e prometo ao longo do tempo ir dividindo com vocês essa experiência genial. Hoje quero falar do "Grande Convencedor".

Quem é o Grande Convencedor? O pessoal de ciências humanas tem uma dezena de nomes técnicos, mas eu prefiro imaginar como um daqueles caras chatos que vivem com um megafone na boca protestando em algum lugar. E o que esse grande convencedor faz? Ele grita no seu ouvido, te convencendo a sempre fazer a coisa "certa". É a voz de nossa mãe dizendo que acabar um relacionamento ruim não é um bom negócio porque divórcios são horríveis, é o chefe dizendo que você não é bom o suficiente, é o professor que tirou sarro de uma resposta diferente, é o amigo que diz que é loucura largar um bom emprego porque você está infeliz.
Nada contra mães, amigos e professores, todos têm seu papel no mundo. O problema é que, por mais que saibamos disso e tentemos fazer o que parece certo para nós, o grande convencedor entende o recado, e fica gritando no nosso ouvido a todo momento.
Foto: Shutterstock

Acontece que em muitas das perguntas que recebo, a pessoa que envia o e-mail já sabe a resposta: devo largar um emprego que não gosto? Devo trocar de carreira para uma opção que me realize? Devo deixar de ser filho de meu pai na empresa familiar e andar com meus próprios pés? Devo seguir meus sonhos e abrir uma empresa? A resposta para essas, e diversas outras, que recebo é sempre um grande sim.
Quando recebo esse tipo de pergunta, vejo que a pessoa não precisa de uma resposta, ela preciso calar o grande convencedor. É ele que diz que as coisas vão dar errado. Ele que diz que você deve seguir uma carreira como todas as outras, deve continuar um relacionamento como todo mundo faz. É ele que escolhe os amigos certos, a carreira certa, o modo certo de viver a sua vida. Só que a vida é sua.
Não há nada de errado em ser normal, e a maioria de nós é muito feliz sendo normal na maior parte de coisas em nossas vidas. O problema é quando falta aquele algo. Você sabe o que incomoda, sabe o que deveria mudar, pensa no assunto, e o grande convencedor te convence a deixar as coisas como estão. E então muita gente pira. Entra na crise dos 30, 40, 50.
A verdade é que comportamentos e esforços normais levam a resultados normais. Resultados diferentes pedem comportamentos diferentes. Resultados extraordinários pedem ações extraordinárias. O grande convencedor odeia o extraordinário. Eu odeio o grande convencedor. E você?

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