sábado, 22 de março de 2014

O que é Feedback?


O que é Feedback?

artigo do palestrante Carlos Hilsdorf aborda de maneira clara o que é feedback e dá dicas de como fornecer e receber feedbacks.

Carlos Hilsdorf
O termo feedback é originário de ciências como: física, química, biologia e engenharia, entre outras. Trata-se, também, de um conceito fundamental em administração, pois refere-se a uma importante ferramenta gerencial e de liderança.
Observe como o conceito é genericamente aplicado nas demais ciências para compreender sua exportação para o universo da administração:
"Entende-se por feedback o processo (parte de uma cadeia de causa e efeito), onde uma informação sobre o passado influencia um mesmo fenômeno no presente e/ou no futuro, permitindo ajustes que mantenham um sistema funcionando corretamente".
Embora frequentemente traduzido como retroalimentação ou simplesmente "retorno", considero que a melhor maneira de traduzir feedback, para maximizar seu efeito gerencial, é: alimentação!
Feedback é um processo de alimentação que ocorre através do fornecimento de informações críticas para o ajuste de desempenho e performance de uma pessoa.
Devemos entender por informação crítica, aquela que é crucial para o aperfeiçoamento da performance e, portanto, oriunda de uma análise baseada no senso crítico e não no senso comum.
Desta maneira, feedback não é uma opinião que expresse um sentimento ou emoção, mas sim um retorno que alimenta (validando ou invalidando) um dado comportamento ou realização com base em parâmetros claros, objetivos e verificáveis.
Feedbacks versam sobre: desempenho, conduta e resultados obtidos através de ações realizadas.
O objetivo fundamental do feedback é ajudar as pessoas a melhorar seu desempenho e performance (desempenho ao longo do tempo) através do fornecimento de informações, dados, críticas e orientações que permitam reposicionar suas ações em um maior nível de eficiência, eficácia, efetividade e excelência!
Devemos observar que o feedback deve ser sempre educativo, jamais punitivo, condição em que perde sua funcionalidade e descaracteriza-se como conceito.
Feedbacks podem e devem ser utilizados como ações de validação e parabenização frente a condutas e resultados positivos; e , claro, também podem e devem salientar equívocos e discrepâncias de desempenho quando ocorrerem. Porém, a prática do feedback deve ser utilizada sempre de maneira construtiva; afinal seria um absurdo imaginar que pessoas que se sintam humilhadas, punidas ou com autoestima rebaixada pudessem se sentir naturalmente motivadas a melhorar sua performance.
Isso não significa que um gerente e/ou líder não tenha que aplicar algum tipo de punição ou restrição durante o exercício da suas competências gerenciais e de liderança, mas evidencia que punição e feedback são conceitualmente e pragmaticamente diferentes!
Normalmente, quando o feedback é bem utilizado, as situações que demandam por qualquer tipo de punição diminuem consideravelmente, até porque a correta utilização do feedback é preventiva e elimina um considerável número de situações que evoluiriam para um nível crítico, na ausência de orientação e correção.
Daí a importância da aplicação constante de feedbacks ao longo do tempo, lembrando que sua eficácia é tanto maior quanto mais próximo esteja da ocorrência que lhe deu origem. Esperar demais para fornecer feedback agrava as situações que precisam ser corrigidas e enfraquece o melhor momento para comemorar vitórias obtidas!
Para que um feedback tenha êxito, duas condições essenciais e interdependentes precisam estar presentes:
Uma relação de confiança entre as partesUma relação de respeito entre as partes
Confira 10 dicas para fornecer feedback de maneira adequada:
1) Jamais viole o princípio da confiança.
2) Jamais viole o princípio do respeito.
3) Jamais contradiga ou desrespeite o princípio da ética.
4) Verifique qual o tipo de feedback específico adequado (validação ou correção).
5) Não confunda desabafo de emoções e sentimentos com feedback.
6) Tenha muito claras as causas e o objetivo do feedback.
7) Verifique qual o momento mais apropriado para o feedback.
8) Verifique qual a forma mais adequada para o feedback (sempre que possível pessoalmente).
9) Verifique com atenção se é melhor falar a sós ou com a participação de outros envolvidos (jamais exponha a constrangimentos).
10) Certifique-se de que sua mensagem foi clara e bem compreendida!
O líder gera no liderado o desejo por feedback, o não-líder gera aversão a feedbacks!
Confira agora 10 dicas para receber feedback de maneira adequada:
1) Demonstre e comunique sua confiança e interesse em receber feedbacks.
2) Ouça-os com atenção e respeito, mesmo que discorde a priori.
3) Mantenha a ética com relação a outros envolvidos.
4) Se receber um feedback positivo lembre-se de agradecer e dar créditos aos que o tenham ajudado a obter este resultado.
5) Se receber um feedback negativo não se esquive das responsabilidades, aceite-as.
6) Se receber um feedback injusto verifique se o momento e o estado emocional do interlocutor são favoráveis para a sua contra argumentação.
7) Não confunda emoções e sentimentos pessoais com profissionalismo, concentre-se nos fatos.
8) Entenda toda e qualquer crítica como possibilidade de crescimento e evolução, mesmo que seja nos quesitos de tolerância e paciência.
9) Verifique se compreendeu com clareza o que lhe foi colocado, agradeça e comprometa-se a refletir e rever o que for necessário!
10)Mantenha discrição e sigilo sobre o feedback recebido.
O profissional em busca de excelência não espera para receber feedbacks, solicita-os sem receio ou vaidade. Seu objetivo de crescimento e evolução alimenta-se destes inputs de como está sendo percebido!
Como vimos, neste breve artigo, feedback é uma ferramenta de alto impacto e quando corretamente utilizada possui a potencialidade de maximizar resultados positivos e reverter resultados negativos.
Saber fornecer e receber feedbacks é uma arte que diferencia em larga escala aqueles que a aprimoram.
Jamais nos esquecemos de alguém que nos forneça um feedback que nos ajude a crescer!
Carlos Hilsdorf
Economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Considerado um dos melhores palestrantes do Brasil na atualidade. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e do sucesso 51 Atitudes Essenciais para Vencer na Vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano.

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