quinta-feira, 11 de julho de 2013

ERROS HUMANOS FAZEM PARTE DA APRENDIAGEM ? PARTE 2


Cultura da Mesmice.
O mundo moderno ficou muito hilário em alguns de seus aspectos. De um lado somos todos instigados para viver e contribuir ao máximo para a Era da Inovação. Um estimulo que está na empresa que trabalhamos, em conseguir acompanhar a extraordináriaevolução dos produtos que adquirimos, até os novos paradigmas que quebram antigos tabus nas relações interpessoais, bem como, a inclusão de uma nova ordem que diz respeito a um planeta mais solidário e saudável para todos. Mas já na outra face da moeda existe uma cultura que freia todas as atitudes, proferindo consciente e inconscientemente, que está é na estabilidade a melhor zona de acerto.
Mais sugeneris ainda é que a Cultura da Estabilidade nomeou como grande indicador para a tomada de decisão uma leitura pragmática realizada a partir dos números, colocando em segundo plano muitas áreas importantíssimas do desenvolvimento humano como a biologia, sociologia, a psicologia, a filosofia, a pedagogia, entre outras. Os números passaram a chancelar tomadas de decisão que se referem tanto ao futuro de nossas carreiras profissionais, tipos de investimento, projetos de negócios, até a impressão diferenciada que alguém possa nos causar por estar usando uma Prada ou uma calça jeans comum. A Cultura da Estabilidade tem feito médicos abaixo da média quando poderiam ter carreiras de muito sucesso como grandes escritores, policiais infelizes quando poderiam ser grandes filósofos, trabalhadores em empresas completamente diversas as suas personalidades quando poderiam estar se desenvolvendo com mais amplitude em ambientes que estimulassem suas vocações e habilidades.
Tudo está mais competitivo, com certeza. É mais disputada à vaga para o emprego, as empresas no mercado global tornaram-se todas concorrentes de todas, o produto que está sobre as prateleiras briga com mais um milhão de similares, os projetos não se sustentam mais que três meses como inovadores, pois em seguida alguém copia ou lança algo ainda mais admirável. O ideal de todos é que os riscos sejam mínimos. Temos o dever de surpreender, mas ao mesmo tempo temos medo de errar e nos estatelar. Então não realizamos, nós ficamos estáticos em um mundo cada vez mais dinâmico.
Guardamos os objetos e quando necessitamos o danado já mudou de lugar. Isso já aconteceu conosco e é claro deve ter acontecido com você também. O mundo é da mesma forma, os sentimentos e as coisas estão diariamente mudando de lugar e para tentar conter o movimento da vida temos tentado dar um jeitinho. O resultado do jeitinho é que encontramos menos empreendedores. Temos nos transformado numa ilha cercada de mesmice por todos os lados. Pessoas correndo atrás da profissão que vai ser a do futuro, empresas correndo atrás dos produtos que vão vender como água no futuro, mentes, pernas, cérebros, espíritos que pensam cada vez menos no seu presente. Os erros humanos fazem parte da aprendizagem, porque respeitam um dia após o outro. Com os erros desenvolvemos diferenciais, desenvolvemos a habilidade de cair e levantar, nos tornamos mais fortes e menos frágeis. Os erros bem assimilados em um ser humano são seus calos. Uma mão delicada na lida da terra, logo terá bolhas e com bolhas terá que cessar seus planos por falta de consistência física e mental.
A ideia de um ambiente sem erros seja qual for ele, como por exemplo: um aluno na escola, uma equipe e seu gestor, uma empresa e os produtos que realiza, duas pessoas que se amam, na maioria das vezes não relatam a perfeição. Via de regra conta a história de seres que por medo, ao invés de abrir a janela e deixar o vento entrar e bagunçar a casa, eles permanecem com aquele lar inviolável. Um pronto afinal é a melhor guilhotina para ser usada em prejuízo do sonho.
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