terça-feira, 30 de julho de 2013
conflitos com pessoas em empresas..v ale a pena aprender!!!
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Entrevistas
Confira a entrevista com Regina De Lucca Baldini
Por Raúl Candeloro
Confira a entrevista com Regina De Lucca Baldini
1) Vamos começar falando um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la melhor. Você poderia nos contar brevemente sua trajetória profissional até escrever “Tira o Pé da Minha Marmita"?
Formei-me em Administração de Empresas e trabalhei alguns anos na área Comercial de diversas empresas. Essa área é belíssima por existir uma diversidade enorme de pessoas competindo entre si. Nessa caminhada acabei me apaixonando pela área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, pois vivendo, vendo e ouvindo vários casos e situações, pude perceber que essa competição, não somente na área Comercial, mas em todas as áreas, deve ser canalizada de forma benéfica e que um líder pode despertar o melhor ou o pior lado do ser humano e, consequentemente, gerar diversos conflitos positivos ou negativos.
2) Olhando para trás, existe algo que você gostaria de ter sabido ou descoberto antes – alguma lição que teria ajudado a superar ou evitar algumas dificuldades pelas quais passou?
Sim. O controle da ansiedade. Por ansiedade cometemos muitos erros. A ansiedade dificulta o discernimento entre o momento de falar e calar, de nadar e boiar.
3) Agora sobre seu livro. Com tantos livros sobre administração de conflitos já disponíveis no mercado, o que o seu traz de diferente?
Humildemente acredito que a diferença do “Tira o Pé da minha Marmita” está na linguagem informal e, apesar da seriedade do assunto, bem humorada. A comunicação é simples, pois escrevo como falamos no dia a dia. Usando dessa linguagem conto vários cases, que ilustram situações corriqueiras, ou não, que fazem o leitor, além de sentir-se acolhido em alguns momentos, posicionar-se nos diversos papéis e trabalhar a empatia, fator importantíssimo para obter sucesso nas relações interpessoais, bem como enxergar a importância de pensar antes de agir e de escutar o outro com atenção, apesar da correria e cobrança diária que todos nós sofremos, por nós mesmos e pelos outros.
4) Você poderia nos dar um exemplo extraído do livro que resume as principais ideias e conceitos que você defende?
Tem um case no meu livro em que uma funcionária é dispensada da empresa exatamente após seu pai ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral gravíssimo e estar em coma no hospital. A empresa alega, no momento da demissão, que a funcionária não teria mais disponibilidade de tempo como antes para trabalhar e por isso prefere dispensá-la. A principal ideia e conceito que defendo é a reflexão. Refletindo, podemos evitar, minimizar e reparar atrocidades cometidas por pessoas dentro das empresas. Não existem fórmulas mágicas e errar é totalmente inerente ao ser humano, apesar de existirem atitudes desumanas e assustadoras ocorrendo por aí, como nesse caso. Por isso acredito que a reflexão é a forma mais eficaz, inclusive mais sábia, para melhorarmos nossas relações, pois todos nós, sendo colaboradores, líderes ou empresários, conversamos e temos noções de nossos direitos e deveres hoje em dia, além das conversas no cafezinho, happy hours etc, existe um local maravilhoso para pesquisas e rápida comunicação: a Internet. Ninguém está mais tolerando injustiças. Percebemos isso nitidamente nas últimas semanas, pois o país explodiu em manifestações nas ruas, por não tolerar mais as injustiças.
5) De maneira rápida e resumida, que tipo de leitor mais se beneficiaria do seu livro? Que tipo de conselhos ou informação deveriam estar procurando, ou que tipo de problema estariam tentando resolver?
Todos que estão atuando no mercado de trabalho, como empresários, gestores e colaboradores em geral. Todos os que querem entender o processo, de baixo para cima e de cima para baixo, das decisões e atitudes que tomamos diariamente. Em cada papel que exercemos existe uma consequência do comportamento que decidimos ter e das escolhas que fazemos.
6) Qual seria a primeira coisa que você gostaria que alguém fizesse depois de terminar de ler seu livro, colocando em prática o que foi visto?
Gostaria que a pessoa refletisse sobre os cases, que enxergasse a si mesma dentro dos contextos, colocando-se no lugar de cada personagem e nessa reflexão, buscasse maneiras de evitar, minimizar e reparar os erros cometidos e que posteriormente, carregasse o exercício para suas decisões reais e diárias.
7) Que outros livros ou autores você recomendaria para quem quiser se aprofundar nesse assunto?
Virando a Própria Mesa – Uma História de Sucesso Empresarial Made In Brazil – Ricardo Semler
Empresa Rede e Atitude é Querer – Cícero Penha
Esse livros não são focados em Administração de Conflitos, mas os autores mostram como enxergaram uma forma de viver e de liderar no estilo “Tamo junto”.
8) Qual é o maior erro que você vê os líderes praticando em relação à administração de conflitos?
Ausência de empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro. Isso pode ocorrer por causa da correria do dia a dia ou por puro estrelismo e/ou agressividade. A vaidade é um veneno que o líder bebe e destila para toda sua equipe. Todos perdem. Todos morrem.
9) Que sugestões você daria para quem quer melhorar? Por onde começar?
Escute com "ouvidos" de ouvir, como diria minha mãe e reflita sempre sobre as suas atitudes e reações.
10) E o que você acha que esses líderes deveriam PARAR de fazer?
Deveriam parar de gritar. Em todos os sentidos. O grito, no sentido literal e da correria insana e surda. Um degrau que o líder sobe o torna mais alto e consequentemente, não confiável. “Tamo Junto” faz muita diferença, mas tem que ser constante e totalmente natural. Se a parceria for forçada, não é liderança é oportunismo, falsidade. As pessoas percebem. Elas não falam “na cara”, mas percebem nitidamente e isso não as torna seguidoras, são apenas subordinadas.
11) Baseada em toda sua experiência e depois de todas as pesquisas que fez para escrever seus livros, existe algum conselho em liderança ou administração que você vê publicado com frequência, mas com o qual não concorda?
Não concordo com as fórmulas mágicas que são apresentadas no mercado. Se existisse alguma fórmula mágica, seria fácil e sabemos que relacionamento, de qualquer tipo, é complicadíssimo. Existem apenas formas de ouvir e de falar que facilitam a comunicação. O líder é apenas um elo de ligação de todos os outros cérebros e corações envolvidos. Ele abraça a todos, para que todos se abracem.
12) E sobre administração de conflitos e a busca do sucesso – com toda sua experiência e conhecimento, existe algum conceito que você gostaria de reforçar?
Reforço a necessidade da reflexão antes da ação ou quando não for possível, que a reflexão seja feita durante e/ou depois. Para tornar possível o recomeço do processo da ação.
13) Algum comentário adicional que gostaria de fazer aos nossos leitores?
Leiam o “Tira o Pé da Minha Marmita! Espero que divirtam-se, sintam-se acolhidos e, principalmente, reflitam sobre os cases do livro e de suas vidas. Aprendemos juntos, sempre. Espero vocês no meu Facebook, Blog e e-mail. Grande abraço e muito obrigada!
14) Informações para contato:
Facebook e Linkedin: Regina De Lucca Baldini
Blog: reginadlb.wordpress.com
e-mail: reginadlb@yahoo.com.br
ReginaRegina De Lucca Baldini, nascida em São Paulo Capital, é Administradora de Empresas, escritora, Palestrante, apresentadora do Quadro Ética e Etiqueta no Trabalho no Programa Tribuna Cidadã da TVRP Canal 9. Pós-graduada em Gestão de Pessoas junto a FAAP Ribeirão Preto-SP e Consultora de Recursos Humanos na Empresa Support Assessoria Empresarial. Fez sua estreia no mundo literário em 11/11/2009 com o livro “Tira o Pé da Minha Marmita!”, contando histórias sobre conflitos entre pessoas no dia a dia do universo corporativo e agora lançou o “Tira o Pé da Minha Marmita 2!”, uma continuação mais aprofundada da primeira obra.
domingo, 28 de julho de 2013
EXISTE UM BOTÃO DE DESLIGAR ( NOSSO NOVO MUNDO DE TI )
Existe um botão de desligar
Iphones, iPads, Blackberries, Androids, Kindles e todos os outros estão transformando as nossas vidas, e não somente no trabalho. Mesmo assim, acredite se quiser, praticamente não existem estudos sobre o efeito que eles causam à gestão e a gestores
Henry Mintzberg, 25 de julho de 2013
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Os feriados são dias mágicos, e não somente porque o sol está brilhando ou a neve está caindo. Se você aproveitar a oportunidade, também pode ser por causa do silêncio: o smartphone pode estar desligado e nada de mensagens "você tem e-mail!".
Você aproveitou? Você aproveita essas oportunidades durante o trabalho, mesmo que seja por apenas alguns minutos? Ou você é outro prisioneiro da nova mídia eletrônica, incapaz de manter o mundo digital afastado do seu mundo?
Iphones, iPads, Blackberries, Androids, Kindles e todos os outros estão transformando as nossas vidas, e não somente no trabalho. Mesmo assim, acredite se quiser, praticamente não existem estudos sobre o efeito que eles causam à gestão e a gestores. Nós escrevemos este artigo acreditando que essas tecnologias, como várias outras, oferecem benefícios óbvios acima das ameaças sutis, e um gestor precisa compreendê-las.
Nós analisamos esse assunto de duas perspectivas diferentes, porém complementares. Um de nós (Henry) publicou dois livros sobre gestão, o primeiro em 1973 chamado A natureza do trabalho de gestão (The nature of managerial work) e o segundo em 2009 chamado Managing; ambos foram baseados em estudos empíricos sobre o dia-a-dia do trabalho de um administrador. O outro (Peter) estudou amplamente o impacto da tecnologia da informação no ato de tomar decisões, como descrito em diversos artigos. Nós combinamos nossos esforços para oferecer alguma especulação bem informada sobre a maneira que essas novas tecnologias estão influenciando o gestor e a Administração. Sugerimos que você considere o seu próprio uso da mais relevante dessas tecnologias, o e-mail, como sugerido abaixo.
Analise a si mesmo para tornar-se parte da solução
Realize o seguinte exercício para determinar se você é parte do problema ou da solução e para medir o quão realmente importantes são as mensagens que você envia e recebe. Os resultados podem surpreendê-lo. Faça três cálculos: (1) a sua taxa entre envios/recebimentos: a quantidade de mensagens que você envia comparada com a que você recebe; (2) a sua taxa de iniciação: a porcentagem de conversações que você inicia ao invés de somente responder; (3) a sua taxa de ação-obrigatória: a fração de mensagens que necessitam de alguma ação de sua parte (normalmente uma resposta ou encaminhamento).
Por exemplo, um de nós (Peter), fez as contas pela sua primeira semana de trabalho esse ano e surpreendeu-se com o resultado. Ele recebeu 294 e-mails, fora aqueles retidos pelos filtros de spam. 20% destes foram gerados por sistemas de mensagem; os outros vieram de remetentes diversos. Foi uma semana razoavelmente leve, mas uma base de estudos interessante, pois não havia conversações em andamento da semana anterior (devido aos feriados). Durante essa semana, 64 e-mails foram enviados para 76 recipientes, gerando uma taxa de envios/recebimentos de 1:4.6. Das mensagens enviadas, 33 eram respostas para algumas das 294 mensagens recebidas (um pouco menos de 10%), 13 eram mensagens recebidas e encaminhadas para alguma outra pessoa responsável por lidar com elas (cerca de 5%) e 18 eram conversações iniciadas (6% do total recebido).
Resumindo, dos 294 e-mails recebidos, somente 46 (cerca de 15%) necessitavam de ação imediata, 107 (cerca de um terço das mensagens) não foram sequer lidas (o título da mensagem já comunicava o necessário, a informação era obsoleta ou a mensagem não passou pelo filtro pessoal de junk-mail) e o resto (cerca de metade) poderia ser classificado como "informação relevante" (o que por sua vez pode requerer mais tempo e atenção).
Assumindo que cada um dos 46 itens de ação obrigatória necessita de algum raciocínio, pode-se demorar uma média de 10 minutos para lidar com cada um. Essa soma chega a quase um dia de trabalho inteiro. Adicione isso às 18 conversações iniciadas, onde gasta-se cerca de 15 minutos em cada, e você tem outro dia de trabalho inteiro. Se você contar um minuto por mensagem para fazer a triagem dos 294 e-mails, você gastou quase metade de uma semana de trabalho de 40 horas só lidando com e-mails! Agora vamos dizer que essas estimativas são o dobro do que elas deveriam ser. Mesmo assim, vinte por cento da semana de trabalho é consumida lidando com e-mails.
O lado bom da TI
Nós sabemos que o esforço de administrar está fortemente ligado à comunicação: estudos sugerem que gestores de vários níveis passam ao menos metade do seu tempo coletando, recebendo e disseminando informação. E todos nós beneficiamos da maneira que novas tecnologias podem aumentar a velocidade e alcance dessa comunicação através do mundo inteiro. Quem, hoje em dia, consegue administrar sem elas?
Estudos de Administração, alguns com mais de cinquenta anos, já deixavam claro que a gestão é caracterizada por variedade, brevidade, fragmentação, um ritmo rápido e frequentes interrupções. A atenção é frequentemente desviada de uma atividade a outra em uma tentativa de atender a demandas conflitantes. Administradores podem perder bastante eficiência graças a essa atenção dispersa. Na verdade, o primeiro desses estudos, de autoria de Sune Carlson observou diretores administrativos em corporações suecas no fim dos anos 1940 - enquanto o primeiro computador ainda estava sendo desenvolvido - e descobriu que eles já estavam inundados por relatórios.
A computação móvel parece bastante direcionada para o modo de trabalho do administrador. Isso ajuda a explicar o enorme sucesso de vendas de Blackberries e smartphonesentre administradores. Essas tecnologias permitem a eles lidar mais eficientemente com as várias demandas e usar os momentos entre interrupções para completar suas tarefas enquanto ainda deixam algum espaço livre para contemplação.
Então, para o administrador que trabalha em um ambiente apressado e fragmentado, a TI móvel é bastante importante. Essa tecnologia, especialmente o Blackberry e os smartphones, parecem ter sido criadas com eles em mente. Falando apenas sobre o e-mail, o número aproximadamente que circula na internet por dia é de 247 bilhões (www.radicati.com), e com isso, a importância e o custo dessa quantidade se torna mais claro. Como qualquer novo avanço tecnológico, existem efeitos não-intencionais, mas danosos dessa tecnologia no trabalho de gestão. E no fim das contas o que importa é: você será uma parte do problema ou da solução?
No próximo artigo, falaremos sobre os problemas que a troca de informação através de plataformas virtuais - com e-mails, telefone e tablets - podem causar na rotina dos administradores.
| Texto escrito em parceria com Peter Todd - professor de Informática, Ciência Cognitiva e Psicologia na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. É pesquisador em tecnologia e desenvolveu modelos de redes neurais da evolução da aprendizagem.
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Sobre o autor
Henry Mintzberg
É um dos autores mais produtivos da Administração na atualidade - com 16 livros publicados (quase todos considerados referências na área). Ele é professor na McGill University, co-fundador do International Master's Program in Practicing Management, usado por institutos de ensino em Administração no Canadá, Inglaterra, Índia, China e Brasil, e da empresa de desenvolvimento de gestão CoachingOurselves. No Brasil, é colunista da revista e do portal Administradores.
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sábado, 27 de julho de 2013
endomarketing analise estratégias
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
JULIANA GUIMARÃES MELO
ENDOMARKETING:
análise das estratégias em uso na Dataprev/PB
João Pessoa - PB
2009
JULIANA GUIMARÃES MELO
ENDOMARKETING:
análise das estratégias em uso na Dataprev/PB
Monografia apresentada ao Centro Universitário de
João Pessoa - UNIPÊ como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel em Administração.
Orientadora: Profª. Ms. Ilka Maria Soares Campos
João Pessoa - PB
2009
2
.
M428e Melo, Juliana Guimarães
ENDOMARKETING: análise das estratégias em uso na Dataprev/ PB
/ Juliana Guimarães/ João Pessoa - PB – 2009.
78 p.
Orientadora: Profª. Msc. Ilka Maria Soares Campos
Monografia (Curso de Bacharelado em Administração)
Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
1. Estratégia. 2. Endomarketing. 3. Comunicação Interna.
I. Título
BC/UNIPÊ
CDU-658.8
3
JULIANA GUIMARÃES MELO
ENDOMARKETING:
análise das estratégias em uso na Dataprev/PB
Monografia apresentada ao Centro Universitário de
João Pessoa - UNIPÊ como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel em Administração.
Aprovada em ........./......./ .........
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Profª. Ms. Ilka Maria Soares Campos
Orientador – UNIPÊ
______________________________________________
Profº. Ms. Márcio Reinaldo de Lucena Ferreira
Examinador – UNIPÊ
_______________________________________________
Profº. Ms. Gustavo Olimpio Rodrigues
Examinador – UNIPÊ
4
“Há pessoas que transformam o sol em uma
pequena mancha amarela, porém há também as que
fazem de uma simples mancha amarela o próprio
sol.”
Pablo Picasso
5
A minha mãe, exemplo de vitórias, serenidade e
perseverança.
Dedico!
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família que através do amor sempre me impulsionou a procurar ser a
melhor em tudo, agregando valores às minhas atitudes e servindo-me de fortaleza nas
situações adversas.
Agradeço a Dataprev/PB por ter me dado o aval na aplicação deste estudo, especificamente
nas pessoas do Sr. Dalvan Correa – gerente da Unidade Regional Paraíba e o Sr. Rômulo
Rocha – gerente da Unidade de Desenvolvimento Paraíba, pessoa excepcional que
possibilitou que eu participasse de eventos que me repassaram valor e clarearam ideias sobre
a empresa.
Agradeço a todos os empregados da Dataprev/PB que participaram desta pesquisa seja pela
contribuição de suas respostas aos questionamentos, seja pelo interesse quanto aos objetivos e
andamento do estudo.
Agradeço a Professora Nilza pela sua paciência em frequentemente revisar este trabalho e
pelos elogios dados aos resultados alcançados.
Agradeço ao Professor George Washington pela dose de auto estima repassada quando em
meio a um de seus compromissos deu uma breve olhada em meu trabalho ainda não
concluído.
Agradeço a Professora Ilka Campos por assumir a responsabilidade de me amparar na defesa
do estudo e por mostrar as possibilidades que este trabalho possui, oferecendo seu auxílio
quanto a isso.
Agradeço a Professora Carolina Barroca que através das suas condições me fez perceber que
eu tinha capacidade de desenvolver algo muito superior a expectativas mesmo sem orientação
docente.
Agradeço também aos demais professores que busquei auxílio no clareamento de ideias e de
modo geral aos que contribuíram para o meu aprendizado durante o curso.
Agradeço aos colegas de sala tanto das turmas da manhã quanto da noite pelas parcerias e
receptividade.
Agradeço aos funcionários que compõem a coordenação do curso de Administração por
sempre estarem a postos para me servir seja com uma informação, material, contato com
professores, ou muitas vezes servindo de ouvintes dos meus problemas no decorrer do
desenvolvimento deste trabalho.
E a Deus por abrir janelas onde portas eram fechadas e, por me amparar quando eu mais
precisava, dando-me equilíbrio para ser racional.
7
MELO, Juliana Guimarães. ENDOMARKETING: análise das estratégias em uso na
Dataprev/PB. 2009. 78 p. Monografia. (Graduação em Administração) Centro Universitário
de João Pessoa – UNIPÊ.
RESUMO
O endomarketing soluciona a necessidade de aplicar o marketing junto aos empregados,
dentro de um contexto de integração, fortalecimento da comunicação interna e envolvimento
dos empregados. Sendo uma ferramenta de uso e efeitos de ação tanto em empresas públicas
quanto privadas, o endomarketing se apresenta como forma de potencializar a força de
trabalho para a atividade fim da empresa. Neste estudo há o interesse de disseminar o
endomarketing através da análise das estratégias em uso na Dataprev/PB, elencando como
objetivos específicos o levantamento do perfil do cliente interno, averiguação do uso da
comunicação interna, identificação da existência de integração na empresa, verificação do
comprometimento dos empregados, constatação da concordância ou discordância dos
empregados quanto aos incentivos subjetivos que a empresa oferece e conferindo o grau de
importância atribuída pelos empregados à atividade que a empresa exerce e ao campo em que
atua. Em se tratando de metodologia, foi empregada a descritiva exploratória com uma
abordagem quantitativa, e como instrumento de coleta de dados fez-se uso de um questionário
composto por 30 questões objetivas aplicado, de maneira proporcional, aproximadamente em
60% do público interno da empresa dividida em três setores. Contudo, os resultados obtidos
podem ser classificados como satisfatórios, visto que foi possível verificar os pontos
almejados com máxima confiança. Enfim, comprovou-se que na Dataprev/PB informalmente
e em determinado setor usa de algumas das ações no contexto do endomarketing, mas que o
uso pode ser aperfeiçoado. Destaca-se que a implantação seria bem aceita visto que alguns
dos pilares desta temática já existem dentro da organização.
Palavras - chave: Estratégia. Endomarketing. Comunicação Interna.
.
8
MELO, Juliana Guimarães. ENDOMARKETING: analysis of the strategies in use in
Dataprev/PB. 2009. 78 p. Monografia. (Graduação em Administração) Centro Universitário
de João Pessoa – UNIPÊ.
ABSTRACT
The endomarketing addresses the need for employees from the marketing, within a context of
integration, strengthening of internal communication and employee involvement. As a tool of
use and effects of action in both public and private companies, the endomarketing is presented
as a way to increase the workforce to core business end of the company. In this study there is
the interest of the endomarketing spread through the analysis of the strategies in use in
DATAPREV/PB, as listing specific goals to lift the profile of the internal customer,
investigating the use of internal communication, identification of the existence of integration
in the company, verifying the commitment of employees, finding the agreement or
disagreement of the employees on the subjective incentives that the company offers and
giving the degree of importance attached to activity by employees that the company performs
and the field in which it operates. When it comes to methodology, was used for descriptive
exploratory with a quantitative approach, as data collection instrument has been made use of a
questionnaire consisting of 30 objective questions used in a proportional manner,
approximately 60% of the public company's internal divided into three sectors. However, the
results can be classified as satisfactory, as it was possible to verify the desired points with
maximum confidence. Finally, it was found that DATAPREV/PB used informally some
endomarketing actions, but it could be improved in a bat of ways. It appears that the
endomarketing application would be well accepted as some of the pillars of this topic already
exist within the organization.
Keywords: Strategies. Endomarketing. Internal Communication
9
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Sexo
42
TABELA 2
Faixa Etária
42
TABELA 3
Estado Civil
43
TABELA 4
Nível de Escolaridade
44
TABELA 5
Tempo de Serviço
45
TABELA 6
Motivação para o trabalho
45
TABELA 7
Importância do trabalho executado
47
TABELA 8
Importância do comprometimento dos empregados para empresa
47
TABELA 9
Importância do papel social exercido pela empresa
48
TABELA 10
Importância dada à disseminação do voluntariado e cidadania
49
TABELA 11
Comunicação Interna – URPB
51
TABELA 12
Comunicação Interna – UDPB
52
TABELA 13
Comunicação Interna – SQS/SAS
53
TABELA 14
Integração empresa/empregado – URPB
55
TABELA 15
Integração empresa/empregado – UDPB
56
TABELA 16
Integração empresa/empregado – SQS/SAS
57
TABELA 17
Incentivos subjetivos oferecidos pela empresa – URPB
59
TABELA 18
Incentivos subjetivos oferecidos pela empresa – UDPB
60
TABELA 19
Incentivos subjetivos oferecidos pela empresa – SQS/SAS
61
TABELA 20
Comprometimento dos empregados – URPB
62
TABELA 21
Comprometimento dos empregados – UDPB
63
TABELA 22
Comprometimento dos empregados – SQS/SAS
65
QUADRO 01
Fatores que podem afetar o desempenho no trabalho
26
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 12
2 ESTRATÉGIA.....................................................................................................
2.1 Conceituações.....................................................................................................
14
14
3 ENDOMARKETING..........................................................................................
3.1 Conceito, definição e objetivos...........................................................................
3.2 Envolvendo os clientes internos..........................................................................
3.3 Endomarketing como força motivacional...........................................................
3.4 Aplicando o Endomarketing...............................................................................
3.5 O papel da liderança no Endomarketing.............................................................
17
18
21
24
28
29
4 COMUNICAÇÃO INTERNA............................................................................
4.1 A comunicação nas organizações.......................................................................
4.2 Comunicação como força organizacional...........................................................
32
32
33
5 METODOLOGIA DA PESQUISA...................................................................
5.1 Caracterização do estudo....................................................................................
5.2 Problematização..................................................................................................
5.3 Objetivo geral......................................................................................................
5.4 Objetivos específicos..........................................................................................
5.5 Campo empírico..................................................................................................
5.6 Universo e amostra.............................................................................................
5.7 Instrumentos de coleta de dados.........................................................................
5.8 Coleta e tratamento dos dados............................................................................
35
35
35
36
36
37
38
39
39
6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................
6.1 Perfil do Cliente Interno......................................................................................
6.2 Importância atribuída à empresa.........................................................................
6.3 Uso da comunicação interna...............................................................................
6.4 Integração Empresa/Empregado.........................................................................
6.5 Incentivos subjetivos oferecidos.........................................................................
6.6 Comprometimento dos empregados...................................................................
41
41
46
49
54
58
62
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................
67
REFERÊNCIAS......................................................................................................
70
APÊNDICE – Questionário de Pesquisa.................................................................
74
ANEXOS - ...............................................................................................................
76
ANEXO A: Empresa pública com jeito de empresa privada...................................
ANEXO B: Tabela de números aleatórios...............................................................
77
78
11
1 INTRODUÇÃO
Em meio a inúmeras opções para aprofundamento do conhecimento acadêmico e
através de várias sugestões, surgiu o ainda não muito divulgado nas academias o tema
Endomarketing, termo paradidático e atual, assunto perfeito para o objetivo e experiência
profissional, pois por se tratar de nova área em administração que usa de estratégias de
marketing direcionadas ao público interno das empresas, interage nos princípios e métodos
das áreas de recursos humanos e marketing, de uma forma atual e com novas abordagens.
Com a decisão tomada e o estudo iniciado, o próximo passo foi principiar as anotações
de foco do estudo prático e real, sempre atentando para as transformações do meio
organizacional e percebendo a importância do assunto estudado. Com base em estudos sobre
o termo Endomarketing e a percepção aguçada para estratégias empresariais em uso nas
empresas, surgiu facilmente o objeto de estudo: Identificar as diversificadas atividades de
recursos humanos e o uso de estratégias de marketing comparando-as ao uso do
endomarketing.
Estudando a visão de vários autores sobre o tema, um deles como Saul Bekin -
palestrante renomado, autor e pioneiro no termo endomarketing, registrado no INPI – Instituto
Nacional de Propriedade Nacional desde 1995. Iniciou sua atuação como gerente de produtos
em uma multinacional desenvolvendo parâmetros até hoje utilizados para a implementação do
endomarketing nas organizações, foi o que se tornou uma das linhas de execução desse
trabalho.
E assim com base em pioneirismos no campo do endomarketing, esta pesquisa foi
desenvolvida para abordar as estratégias utilizadas na Dataprev – Empresa Pública de
Desenvolvimento de Softwares na Paraíba, verificando o uso, e a existência ou não de
disfunções de aplicação do endomarketing e sugerindo melhoras no uso da comunicação e no
gerenciamento de informações como fator motivacional.
Pois, visto que a comunicação interna é um dos pilares para a gestão das informações
organizacionais e do efetivo andamento empresarial, o endomarketing se apresenta como
instrumento de mobilização do público interno das empresas para o alcance de objetivos.
Assim, o endomarketing tem como função a atividade de marketing com valor intrínseco em
todos os departamentos da organização a fim de obter o comprometimento das pessoas que
dela fazem parte.
Nos capítulos a seguir será verificado um repasse dinâmico de informações, primeiro
iniciamos tratando do que seria estratégia, seus conceitos e definições que basearam a
12
abordagem que pretendemos com o tema. No terceiro capítulo, começamos a estudar o
endomarketing propriamente dito, iniciando com a conceituação de marketing, e logo após
com o que seria endomarketing – conceitos, definições e objetivos, apresentando os principais
aspectos do tema.
Tratamos neste terceiro capítulo do envolvimento do cliente interno onde se coloca o
empregado também como cliente da empresa, no entanto numa outra visão, e ainda
apresentamos algumas das estratégias de marketing para uso interno e a importância de ter
este concepção de clientela dentro da empresa.
Ainda neste capítulo, falamos acerca do endomarketing como fator motivacional que
através de vários autores defendemos o conceito de dar poder às pessoas como forma de
galgar o comprometimento dos empregados.
A aplicação do endomarketing é mais uma das abordagens que tratamos neste
capítulo, mostrando passo a passo as formas de situar o endomarketing nas empresas. E por
fim, neste ainda falamos sobre o papel da liderança no contexto de endomarketing, o dever do
líder na rotina das empresas que fazem uso deste conceito e exemplos de lideranças.
No quarto capítulo, mostramos a comunicação interna, fazemos um apanhado de como
está a comunicação nas organizações e apresentamos a comunicação como força
organizacional, visto que atualmente com as mudanças mais que dinâmicas o que mais conta
para as empresas manterem-se vivas é a informação.
No quinto capítulo apresentamos a metodologia usada nesta pesquisa, englobamos os
objetivos, a motivação para esta pesquisa, especificando o objeto de estudo, o universo
amostral e o instrumento utilizado. No sexto capítulo intitulado como descrição e análise dos
dados, mostramos o resultado da pesquisa em si, a frequência com que as respostas
apareceram e a percepção dos empregados sobre os aspectos utilizados neste estudo.
Ainda trazemos no sétimo capítulo as considerações finais sobre o estudo, indicando
as falhas detectadas, e deixando sugestões que podem auxiliar no uso do endomarketing
dentro da organização. E arrematando este estudo anexamos alguns dos instrumentos que
auxiliaram a confecção da pesquisa e defesas de alguns autores sobre o mesmo tema.
Enfim, como contribuição a Academia obterá uma comprovação prática da
importância da verificação do tema abordado em sala de aula, como também o
enriquecimento e defesa científica de um assunto empresarial. Para a Empresa
DATAPREV/PB este estudo será oportuno para a avaliação das estratégias aplicadas na
região a qual contém peculiaridades específicas.
13
E por fim, para a sociedade, a análise sobre a aplicação do endomarketing mostra que
marketing também lida com pessoas no âmbito de cidadania, compatibilidade de objetivos
(empresariais e indivíduos-pessoais) e responsabilidade social fazendo com que não só o ramo
de recursos humanos utilize-se de estratégias para o aproveitamento dos colaboradores da
organização.
Contudo, espera-se despertar interesse e clareza neste estudo para que, futuramente,
seja utilizado também como base para outros estudos na área, com a pretensão em
desenvolver este aspecto em empresas que exercerei meu intelecto como administradora,
levando em consideração que o desenvolvimento das empresas se faz inicialmente dentro
delas.
Deste modo, aqui está um estudo merecedor de atenção, que traz em seu conteúdo
definições, conceitos de novas abordagens, e o mais importante: a pesquisa que analisa o
comprometimento no funcionalismo público, a importância da comunicação e sugestões de
melhora através da implantação das estratégias de endomarketing.
Então, sejam bem vindos à análise de endomarketing numa empresa pública federal
com unidade na Paraíba, a qual se destaca entre outros órgãos existentes no país pela sua
eficiente atuação e consciência da responsabilidade social exercida.
14
2 ESTRATÉGIA
Atualmente as organizações sejam elas do primeiro, segundo ou terceiro setor,
precisam do constante enriquecimento do cerne organizacional, até mesmo como forma de
repaginação e adequação as transformações decorrentes do tempo.
Desse modo é necessária a atualização dos conceitos e linhas de execução da
administração dentro das empresas, como forma de acompanhar as mudanças do meio
ambiente que a rodeiam.
Fazer nesta repaginação um planejamento, incluindo de forma competitiva, estratégias
à administração é um dos primeiros passos para a modernização da gestão. Neste capítulo,
seguem conceitos e definições de estratégias e seus usos atrelados ao Endomarketing em nível
funcional pela visão de autores renomados que servirá de embasamento para o entendimento
desse estudo.
2.1 Conceituações
Bem como os dicionários expressam suas definições: Estratégia é a arte de planejar e
executar movimentos e operações visando alcançar ou manter posições, e é a arte de explorar
condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos, e é a arte de arquitetar
operações em planos de conjunto, e por fim, é a arte de dirigir coisas complexas.
No entanto, nos dicionários as definições propriamente ditas de estratégia ainda
encontram-se muito atreladas a aspectos de guerra, mas não quer dizer que não são aplicáveis
em outras áreas, bem como a Administração, pois bem como define Mintzberg (1994 apud
ZACCARELLI, 2006, p. 41) “Estratégia é um referencial, um guia, para auxiliar os
executivos na solução de certos problemas.”
Em termos organizacionais, Chiavenato (2001, p. 365) define estratégia “como a
mobilização de todos os recursos da empresa no âmbito global visando atingir objetivos de
longo prazo”.
Compartilhando da mesma visão Scholes (1988 apud HOOLEY, SAUDERS e
PIERCY, 2001, p. 29) defende estratégia como “a compatibilização das atividades de uma
organização com o ambiente em que ela opera e com as capacidades de seus recursos.”
Oliveira (1999, p. 27) aprofunda o conceito e acrescenta: “Estratégia é um conjunto de
decisões formuladas com o objetivo de orientar o posicionamento da empresa no ambiente, é
a diretriz e a regra formuladas com o objetivo de orientar o posicionamento da empresa em
seu ambiente.”
15
Telles (2003, p. 99) resume estratégia como um “conjunto de princípios e/ou
enunciados que orientam a decisão e a ação em uma organização, qualquer que seja.”
E ainda visando estratégias de fortalecimento organizacional e o alcance de metas,
Chandler (1962, apud OLIVEIRA 1999) sustenta que estratégia “é a determinação das metas
básicas no longo prazo e dos objetivos de uma empresa e a adoção das linhas de ação e
aplicação dos recursos necessários para alcançar essas metas.”
Assim, unindo o conceito específico de estratégia à administração, define Certo et al
(2005, p. 3) “a administração estratégica é definida como um processo contínuo e interativo
que visa manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado a seu
ambiente”.
E Oliveira (1999, p. 29) complementa:
A administração estratégica envolve um ajustamento interativo entre
mudanças nos fatores ambientais e nos fatores internos da empresa. Esse
processo deve procurar a otimização dos resultados da empresa,
principalmente os de médio e longo prazo; a satisfação crescente de seus
clientes, bem como a acumulação gradativa do lucro qualitativo, ou seja, a
realização pessoal e profissional de seus funcionários e colaboradores.
A estratégia é formulada em três níveis diferentes: nível organizacional, de negócio e
funcional, sendo cada uma delas encaixadas uma na outra por hierarquia e abrangência, sendo
as estratégias de negócio submetidas às estratégias organizacionais, e as estratégias funcionais
submetidas às de negócio (CERTO, 2005).
Certo (2005, p. 89) define estratégias funcionais como as que “são elaboradas por
especialistas de cada área da empresa que juntos, descrevem tarefas específicas que devem ser
executadas para implementação da estratégia”.
Chiavenato (2001, p. 365) analisa:
Escolhidos e fixados os objetivos organizacionais, isto é, os objetivos
globais da empresa a ser alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-
los, ou seja, estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para alcançar
de forma eficiente aqueles objetivos e escolher as táticas e operações que
melhor implementem a estratégia adotada.
Igualmente como existem variadas estratégias funcionais, nas áreas de recursos
humanos, pesquisa e desenvolvimento, marketing, entre outras, as estratégias de
Endomarketing também visam garantir de forma eficiente a execução das estratégias do
negócio da empresa - como, por exemplo, a melhora da satisfação do cliente externo a partir
do trabalho de integração dos clientes internos.
16
Pois como diz Bowersox et al (1990, p. 336):
A visão estratégica pede mais do que a presteza no atendimento ao cliente;
ela incita a vontade de oferecer serviços extras e com valores agregados. As
empresas comprometidas [...] têm padrões nos quais pretendem que seus
clientes confiem e esperam também que os funcionários venham a aderir a
eles.
E finalizando, Zaccarelli (2006, p. 137) determina que em estratégia “só vale a pena
escolher aquelas alternativas que o estrategista tem confiança de que a administração fará a
implementação da trilha melhor do que os concorrentes”.
17
3 ENDOMARKETING
Antes de definir e iniciar nosso estudo sobre endomarketing devemos ter o conceito do
marketing já que deste ele se deriva. Marketing é uma palavra em inglês derivada de market,
que significa mercado. Esta palavra “é utilizada para expressar a ação voltada para o mercado.
Assim, entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o
foco de suas ações” (ARRUDA et al, 2005, p. 2).
Geralmente o marketing é descrito como a arte de vender produtos, e segundo Kotler
(2005, p. 6) de acordo com uma definição social, “marketing é um processo societal por meio
do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam e que desejam com a criação, a
oferta e a livre negociação de produtos e serviços”.
Drucker citado por Kotler (2005) aprofunda este conceito defendendo que “o objetivo
do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente
que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si mesmo.”
Num conceito entusiasta, Souki (2000, p. 231) considera:
Marketing é paixão pelo serviço extraordinário. Pelo deslumbramento dos
clientes. Marketing é o suprasumo da criatividade e da comunicação no
intuito de servir cada vez melhor, para servir cada vez mais.
Marketing é a habilidade de comunicar-se de forma impecável com os
clientes. Comunicar é possuir uma imagem interna de vencedor e passar essa
imagem para os outros. É mostrar seu produto ou serviço com orgulho.
E são inúmeras as linhas de abordagens do marketing, cujas praticas são diferenciadas
e aperfeiçoadas com o passar do tempo. Dentre estas vertentes está o marketing interno ou
endomarketing, como será utilizado neste trabalho. Kotler (2004, p. 50) atenta que “as
empresas mais inteligentes adotam a pratica do marketing interno que leva em conta as
diferentes necessidades do seu pessoal”.
Em meio às necessidades de pessoal que Kotler faz referência, está a qualidade de
relacionamento interno – dentro das empresas. Arruda et al (2005, p. 503) diz que “quando o
nível de relacionamento das pessoas dentro da organização é bom, elas ficam mais produtivas,
o que gera maior competitividade.”
Logo, dependendo da qualidade de relacionamento interno, a empresa será mais ou
menos competitiva. O autor defende que “detectar problemas de relacionamento e eliminá-los
é tarefa do endomarketing, ou seja, marketing interno, que deve vender às pessoas da
organização os objetivos e as estratégias da empresa, para que todos vibrem num só sentido”.
18
3.1 Conceito, definição e objetivos
Saul Bekin (2005) através de sua vivência no ramo empresarial diz que o termo
Endomarketing está fundamentado na importância da adesão a estratégias de marketing
voltadas para o público interno como diferencial para as organizações e o desenvolvimento
por meio do comprometimento de todas as pessoas envolvidas no processo produtivo da
organização.
Para o alcance de melhores resultados Bekin (2005), propõe mobilizar o público
interno para que eles tenham uma razão pela qual trabalhar. Bekin (2005, p. 6) observa que
“mesmo empresas estatais, de economia mista, ou setores governamentais exercem papel de
atender ao público, o cidadão contribuinte; consequentemente, em maior ou menor número
grau, necessitam aplicar ações de Endomarketing”.
Partindo da sua grafia, a palavra Endomarketing por si só já se define, Endo descende
do grego e quer dizer “ação interior” ou “movimento para dentro”, deste modo o
endomarketing representa “marketing para dentro” – sendo toda e qualquer ação de marketing
voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor atender aos
clientes externos.
Kotler (1998) defende que marketing interno é como uma empreitada bem sucedida de
contratar, treinar e motivar funcionários competentes que desejam acolher bem aos
consumidores e ele ainda enfatiza que o marketing interno deve ocorrer antes do externo.
Para Kotler (2004, p. 49):
Os empregados produzem mais quando são bem escolhidos, treinados,
motivados e respeitados. Isso não ocorre em uma empresa que simplesmente
contrata aos montes, dá aos empregados pouco ou nenhum treinamento,
pouca autonomia decisória e ainda vive criticando o seu trabalho. Esses
empregados tem grande possibilidade de se tornarem sabotadores dentro da
empresa.
Não é recomendável contratar empregados antes que a administração
superior tenha definido claramente os valores, visão, missão, posicionamento
e público alvo da empresa. Só então se deve sair em busca das pessoas certas
para treiná-las apropriadamente e lhes delegar responsabilidades sabendo
que elas “viverão a marca da empresa”.
Endomarketing é, segundo Bekin (2005, p. 47), “um processo cujo foco é alinhar
sintonizar e sincronizar para implementar e operacionalizar a estrutura organizacional de
marketing da empresa que visa e depende da ação para o mercado e a sociedade”.
Sendo assim, o endomarketing nada mais é como o uso de ações de marketing
direcionadas para o público interno em busca de uma maior potencialidade dos meios para se
19
alcançar os objetivos organizacionais, como mesmo diz Bekin (2005) endomarketing é a
extensão da clássica função do marketing só que voltada para dentro da organização.
Já Berry (1991) citado por Las Casas (2000), afirma que “Marketing interno é a visão
do empregado como cliente e a visão de cargos como produtos e, a partir daí, um esforço para
oferecer um produto interno que satisfaça os desejos e necessidades destes clientes, enquanto
se procura alcançar os objetivos da organização”. Porém os objetivos do endomarketing são
mais abrangentes, mais complexos, e mais fáceis de serem identificados.
Conforme Bekin (2005, p. 47) Endomarketing tem por objetivo:
Facilitar e realizar trocas, construindo lealdade no relacionamento com o
público interno compartilhamento os objetivos empresariais e sociais da
organização, cativando e cultivando para harmonizar e fortalecer essas
relações e melhorando, assim, sua imagem e seu valor de mercado.
Brum (2003) complementa que Endomarketing não é só vender para dentro, é vender
um produto internamente e ainda, de preferência, antes que ele seja divulgado para os clientes
externos.
Deste modo, não há como esperar que a mudança aconteça de fora para dentro da
empresa, mas sim de dentro dela para o ambiente externo – os incentivos devem ser
orientados primeiramente começando a agregar valor ao público interno.
Bekin (2005) ainda faz contraponto com o marketing que se utiliza de pesquisa de
mercado, usando desta no endomarketing através de pesquisa entre funcionários, direcionando
o marketing aos funcionários para implementação de projetos baseados no desempenho das
pessoas na organização com intuito de reter clientes internos, especialmente os bons, pois
como no marketing um dos objetivos é fidelizar clientes, a empresa deve fidelizar o seu
quadro de funcionários a fim de tê-los engajados nas práticas empresariais e, sobretudo
motivados. Bekin (2005, p. 73) atenta que “realizando-se pesquisas, inclusive pela intranet,
pode-se mensurar melhor os objetivos e ajustar esses funcionários a funções mais condizentes
com os seus anseios. Como todos nós sabemos, satisfação, frequentemente, é sinônimo de
produção”.
Essa motivação é aspecto decisivo na relação empresa-empregado, porque todas as
pessoas possuem expectativas e que a todo o momento são postas em prova por meio da
comparação com a realidade que lhe é proposta, Bekin (2005, p. 79) cita algumas destas como
sendo quatro pontos essenciais, consistindo em:
• reconhecimento pelo trabalho realizado;
• reconhecimento de sua importância como individuo na empresa;
20
• remuneração adequada;
• possibilidade se avanço profissional.
Brum (2007, p. 15) concordando com Bekin destaca em seus livros que “fazer
endomarketing nada mais é do que oferecer ao colaborador educação, atenção e carinho,
tornando-o bem preparado e melhor informado, a fim de que possa ser uma pessoa criativa e
feliz, capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente”. Então, Se a empresa colocar
como ponto de vista que ela necessita do cliente não só o externo, este será um princípio que
levará a iniciação do processo de valorização do capital humano da empresa através de
estratégias que farão com que o desperdício de tempo sem ação seja reduzido, iniciando enfim
o uso do endomarketing.
Pois hoje, uma das vantagens competitivas é o modo pelo qual a empresa trata os seus
recursos, e o capital humano é o fundamental para gerar rentabilidade para uma empresa. Por
exemplo: numa organização que retem os melhores profissionais ela oferece maior
reconhecimento perante ao público externo; empresas que realizam responsabilidade social
como forma cultural adquire extrema visibilidade na captação de talentos profissionais e até
mesmo de parceiros e clientes.
Segundo Brum (2007, p. 15) o propósito do endomarketing “é transformar o
colaborador em facilitador para consolidar a imagem da empresa e o seu valor para o
mercado”.
No artigo Endomarketing como ferramenta eficaz para gestão, Silva (2007) cita que
no endomarketing:
O principal benefício que se busca é o fortalecimento e construção de
relacionamentos, compartilhando os objetivos da empresa e fortalecendo
estas relações, inserindo a noção de que todos são clientes de todos também
dentro da empresa. Antes de vender o produto para seus clientes, as
empresas precisam convencer seus funcionários a comprá-lo.
A ética dentro da organização também afeta a imagem da empresa interna e
externamente, seguir uma conduta de credibilidade faz com que o público se sinta confiante
no serviço ou produto adquirido ou na contribuição intelectual que repassa a organização.
Contudo, o endomarketing pode ser considerado a essência empresarial, tema de
grande importância para o desenvolvimento do comprometimento de todas as pessoas que
fazem parte de qualquer organização que almeja o crescimento.
21
3.2 Envolvendo os clientes internos
Como hoje as empresas não tem como função somente produzir e vender produtos e
serviços, mas sim gerar satisfação em seus clientes para fidelizá-los. O endomarketing como
uma estratégia de comprometimento da organização com os clientes internos e vice e versa,
entende-se que antes de iniciar qualquer planejamento de melhoria em qualquer organização é
necessário ter o conhecimento dos recursos que estão disponíveis para implantação de
qualquer mudança, e um dos recursos mais importantes é o recurso humano.
Visto que, não conhecer os colaboradores da empresa faz com que a própria empresa
não se conheça profundamente, Almeida (1997, p. 68) expõe que “o entendimento de conceito
de Cliente interno, por todos que trabalham na empresa, é vital e indispensável para que
tenhamos uma organização verdadeiramente voltada para o Cliente, ou seja, competitiva”.
Hoje ter a ciência do ambiente externo é fundamental, no entanto não basta só este,
porque as mudanças começam dentro da própria organização para posteriormente
apresentarem efeitos no mercado em que a empresa atua.
Afinal, empregados descontentes com o trabalho poderão fazer uma publicidade
contra a empresa cada vez que cresce o sentimento de insatisfação. No entanto, se for ao
contrário, se estiverem satisfeitos com a empresa, poderão promovê-la ao cliente externo
(BEKIN, 2005). Essa atitude estratégica visa dar aos empregados uma noção da importância
de um serviço orientado para atender aos clientes, fazendo-os ter a capacidade de responder
qualquer dúvida que surja dentro da companhia, e isso inclui envolvimento,
comprometimento, valorização e, principalmente, qualificação do funcionário, visando
assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo todas as rotinas de serviço da empresa
onde atuam.
Cobra (1993, p. 471) expõe que:
Quando o nível de relacionamento das pessoas dentro da organização é bom,
elas se tornam mais produtivas, alavancando maior competitividade.
Portanto, quando o nível de relacionamento for alto, ou for baixo, a empresa
estará sendo mais ou menos competitiva. Deletar problemas de
relacionamento e eliminá-los é tarefa do endomarketing, ou seja, do
marketing interno que deve vender às pessoas da organização os objetivos e
as estratégias da empresa, para que todos vibrem num só sentido [...].
Controlar esse fator é por certo um dos novos desafios do profissional de
Marketing.
22
Gil (2001, p. 44) destaca:
Os empregados mais produtivos são os que mais se identificam com a
cultura da empresa e seus objetivos; são os que “vestem a camisa”: os
verdadeiros parceiros da empresa. Assim, a empresa necessita desenvolver
estratégias para atrair e manter empregados com essas características.
Jack Welch, citado por Mayo (2003) afirmava que existiam três medições
fundamentais nos negócios: a satisfação do cliente, satisfação do funcionário e o fluxo de
caixa da empresa. Mas recentemente, ele declarou o engano quanto à ordem dos dois
primeiros – os funcionários deveriam vir em primeiro lugar, pois tudo depende das pessoas:
aptidões, motivação, criatividade, habilidades organizacionais e a liderança.
Las Casas (2000, p. 314) defende que “os meios de pesquisa de marketing, por
exemplo, também pode ter uso internamente sendo direcionada para identificar o cliente que
está dentro da organização: o cliente interno, delineando as pretensões e costumes dos
funcionários”.
Zaccarelli (2006, p. 101) também atenta como vantagem competitiva a existência de
talentos especiais na empresa, e afirma que os administradores devem estar cientes que “como
as pessoas talentosas levam consigo a vantagem competitiva quando saem da empresa, é
preciso haver esquemas sofisticados para retê-las”.
E isso retoma ao uso dos princípios de endomarketing que deve existir dentro das
companhias para atrair e reter seu primeiro cliente: o cliente interno, tentando com essa
estratégia obter significativos resultados para as empresas, e por conseqüência atraindo e
retendo clientes externos também pela eficiência do colaborador.
Brum (2000) em seu livro Um olhar sobre o Marketing interno expõe que, do mesmo
modo do marketing externo, o posicionamento da empresa referente ao cliente interno tem
que ser fortalecido de uma maneira privilegiada. O essencial é que a empresa seja a “número
1” para o seu funcionário e que ele creia nisto e trabalhe para mantê-la neste patamar.
Bekin (2005, p. 77) reforça exemplificando quais são os meios mais eficazes para
fidelizar o cliente interno:
São os programas de incentivo, de treinamento e de desenvolvimento, os
programas de motivação que envolve o funcionário, que garantem sua
segurança nas atividades de trabalho. Paralelamente, programas de bem estar
do incentivo ao esporte e à atuação comunitária, planos de carreira, de
reconhecimento e crescimento.
23
E continuando com a defesa de Bekin (2005, p. 76): “Enquanto o marketing atrai e
retêm clientes, o endomarketing atrai e retêm funcionários, que, por sua vez, retêm clientes”.
As empresas devem ter por entendimento que o cliente interno é o que participa da geração de
valor para os clientes externos, são colaboradores que devem estar integrados ao cotidiano da
empresa através da motivação, valorização e envolvimento sendo exigida para tal uma
performance de comunicação organizacional eficaz dentro do sistema produtivo.
Saber o valor agregado do pessoal empregado pela empresa e suas qualidades,
características e habilidades é um fator essencial para elaboração de qualquer posicionamento
estratégico coerente.
Então para assegurar a aplicação de qualquer plano elaborado pela empresa deve ser
considerado o fator humano. Deste modo, Scott (2002, p. 36) defende que “para obter mais
daquilo que você quer, trate cada pessoa de dentro de sua organização do mesmo modo como
seria tratado um cliente externo importante. Quando você o faz, é garantido que obterá maior
cooperação”.
Carla Furlong (1994) ilustra em seu livro que atentar para melhorias dos serviços
internos junto aos funcionários pode aparentar ser uma medida adversa, mas é uma medida
que fará com que os clientes internos se envolvam mais com a causa da empresa e que
conseguinte com a obtenção de melhores resultados.
A matéria Heads usa jovens da Petrobras para estrelar campanha, disponível em
http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=57214, mostra que campanha
publicitária hoje é uma das ações que empresas do campo público investem como forma de
valorização dos funcionários e também para integrá-los:
A ideia de utilizar os próprios funcionários como personagens em
campanhas publicitárias tem como objetivo valorizar o público interno, além
de criar uma relação de proximidade entre os jovens que trabalham na
empresa e aqueles que demonstraram interesse em, um dia, fazer parte dos
quadros da companhia.
Esta é uma das maneiras que a empresa tem para vender a imagem dos produtos,
serviços e a empresa como um todo primeiramente aos clientes internos, pois a forma pela
qual o funcionário vê a empresa dá ênfase a como as metas organizacionais tem importância
para ele e qual o esforço partirá do mesmo para o alcance destas metas. Portanto, é como se
aferir com que nível de entusiasmo o cliente interno veste a camisa da causa de existência de
tal empresa e a transparece aos clientes externos aumentando a força de mercado desta e
consequentemente o lucro operacional.
24
3.3 Endomarketing como força motivacional
O uso de meios motivacionais que trata o endomarketing é um plano de constante
aprimoramento de tratamento para com o funcionário o igualando a importância dada ao
cliente que consome os serviços e/ou produtos da empresa, com toda a importância que lhe
agrega e a quão a empresa fica vulnerável ao perdê-lo, sempre atribuindo fatores como
dignidade, responsabilidade e liberdade de ação.
No livro Endomarketing – Como praticá-lo com sucesso, Bekin (2005, p. 78) defende
que “quanto mais aberta for uma empresa, quanto mais delegar responsabilidades de forma
precisa e valorizar os funcionários como parte de uma estratégia de eficiência, maiores serão
as perspectivas de que obtenha o máximo do potencial deles”.
Bekin (2005, p. 112) cita que para mobilizar o público interno evitando que falhas da
empresa reflitam no cliente externo, o endomarketing entra num processo de compartilhar
responsabilidades. Não de forma imposta, mas de caráter mercadológica, dando a entender ao
funcionário que cumprindo com suas responsabilidades será bom para ele, para a empresa e
para o mercado. “Atuando com maior responsabilidade em sua relação com os funcionários, a
empresa reduz sensivelmente a incidência de correções ou de outras falhas internas, seja qual
for sua natureza”.
Chiavenato (2003) cita Covey (1991) que defende que “o novo paradigma deixa de ser
o comando e o controle autoritário e passa a ser o empowerment das pessoas e das equipes”.
Ele diz que isso expressa confiabilidade nas pessoas para que elas possam alcançar alto nível
de criatividade, inovação, qualidade, flexibilidade e velocidade.
Weiss (1991, p. 29) destaca que “parte da motivação de uma pessoa vem do fato de ela
saber que tem um papel importante na organização e que outras pessoas contam com ela”.
Não é suficiente as pessoas saberem o que devem fazer, elas precisam saber
também a razão de o estarem fazendo. Elas precisam ser capazes de enxergar
a correlação entre as responsabilidades das suas funções e as metas e
objetivos dos seus departamentos e da sua empresa. Do contrário, as
responsabilidades que lhes são exigidas nada mais serão do que uma lista de
atividades sem nenhum significado (TRACY, 1994, p. 4).
O empowerment assume como fatores de trabalho o poder, como forma de
compartilhamento de responsabilidade e fé no desempenho das pessoas, a motivação, como
fator criativo, incentivador e de reconhecimento das qualidades, o desenvolvimento, que rege
a capacitação e evolução do profissional no aperfeiçoamento de suas habilidades, e a
liderança, mobilizando as ações como desafios a superar, gerando a proatividade na formação
25
de novos desafios. No empowerment está a ideia de repassar poder às pessoas, a liberdade e a
informação a fim de permitir a tomada de decisão e participação ativa dentro da organização.
Assim define Silva (2008, p. 465):
Empowerment significa a passagem da autoridade e responsabilidade
permanentemente da tomada de decisão dos gerentes/administradores para
os funcionários. [ ] O empowerment é um sentimento de motivação
intrínseca, no qual os empregados percebem que seu trabalho tem
significado, isto os leva a perceber sua competência provocando um impacto
e capacidade de autodeterminação.
Christopher Lovelock e Lauren Wright (2002, p. 396) complementam:
O empowerment baseia-se no modelo do envolvimento (ou compromisso)
com a administração, que supõe que a maioria dos funcionários consegue
tomar boas decisões – e produzir boas idéias para operar o negócio – se
forem devidamente socializados, treinados e informados.
Ainda na visão de Christopher Lovelock e Lauren Wright (2002) o empowerment
pode ocorrer de variadas formas, uma delas é a de alto envolvimento que propicia aos
colaboradores de níveis mais inferiores, um sentido de comprometimento no desempenho
total da organização.
Segundo Chiavenato (2003, p. 34) “cada pessoa – em qualquer nível da organização –
precisa estar preparada para solucionar problemas à medida que eles aparecem e sem a
necessidade de recorrer à hierarquia para obter aprovação de suas ideias e sugestões”.
Para Marras (2002, p. 314) o “empowerment é visto como uma técnica de mudança na
estrutura organizacional” e complementa:
Mudança que tem por objetivo ampliar o sistema decisório estrutura abaixo,
até o menor nível possível na pirâmide organizacional, dando aos grupos de
trabalho o poder e a autonomia de “como” realizar suas tarefas, reforçando-
os com credibilidade e encorajando sua criatividade. Paradoxalmente, essa
mudança requer que a empresa possua um estilo de liderança muito bem
construído ao longo de toda a sua estrutura para suportar as consequências
advindas desse modelo.
O empowerment, empoderamento das pessoas passa, obrigatoriamente, por cinco
providências fundamentais, segundo Chiavenato (2003):
•
Participação direta das pessoas nas decisões;
•
Atribuição de responsabilidades;
•
Liberdade para escolha de métodos de trabalho;
•
Trabalho em equipe;
•
Auto-avaliação do desempenho da equipe.
26
Kouzes e Posner (1997, p. 199) retratam outra abordagem defendendo que “o
compartilhamento do poder tem como resultado o aumento da realização pessoal com o
emprego e do desempenho em toda a organização”.
Exercer o lado positivo do poder e fazer com que os outros se sintam fortes
requer sensibilidade em relação aos outros. Embora seja impossível imaginar
alguém que não se importe em receber empowerment, cada funcionário tem
uma necessidade diferente de empowerment (KOUZES e POSNER, 1997,
p. 203).
Segundo Porter et al (1990, p.159) “a motivação individual para o trabalho e para
expandir habilidades é também importante para a vantagem competitiva”. Assim, atentar para
análise de desempenho dos funcionários nada mais é que buscar verificar os fatores existentes
na empresa e fora dela que possam estar influenciando os funcionários a não estarem tão
produtivos e buscar soluções para corrigir estas falhas, para que com estas ações corretivas o
comprometimento organizacional seja fortalecido.
Gil (2001) evidencia como exemplo empresas de tecnologia são particularmente
sensíveis a perda de talentos, daí a necessidade de intensificar estratégias capazes de combater
esta evasão, sendo preciso para isto desenvolver condições que corroborem para a vontade do
empregado em permanecer na empresa, de forma que sintam a contribuição significativa para
o seu desenvolvimento profissional e pessoal.
Oliveira-Castro, Lima e Veiga citados no artigo Criatividade e Comprometimento
Organizacional: suas relações com a percepção de desempenho no trabalho por Fonseca e
Bastos, levantaram fatores capazes de impactar o comportamento no trabalho, indicando a
busca da fonte dos problemas de desempenho, como segue no quadro a seguir:
Quadro 01: Fatores que podem afetar o desempenho no trabalho
Fonte: www.endomarketing.com/diversos/artigo_criatividade.pdf
27
Ainda
sobre
comprometimento
organizacional
tem-se
disponível
em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comprometimento_Organizacional, que:
Comprometimento Organizacional é um conceito que descreve o vínculo
organizacional do indivíduo com uma instituição. O vínculo pode ser
estabelecido de várias formas. De acordo com Dela Coleta (2003) o
comprometimento pode ser descrito como o envolvimento com a
organização que incita a realizar um esforço considerável em prol da
empresa, sendo este afetado pela natureza do vínculo.
O comprometimento para Davenport (2001) se refere ao elo entre as pessoas e a
organização, de base emocional ou intelectual, e é dividido por ele em três classes:
a) Atitudinal: pessoas que se identificam e se envolvem com a organização e gostam de
fazer parte dela. Comungam dos mesmos interesses da empresa, o que os motiva a
trabalhar por ela.
b) Programático: pessoas que fazem parte da empresa somente porque os custos de
deixá-la são muito altos. Preferem não se arriscar, embora insatisfeitas, continuam na
empresa, mas não investem efetivamente seu capital humano.
c) Baseado na lealdade: pessoas que se sentem amarradas à organização por um senso de
obrigação; esses trabalhadores desejam fazer aquilo que crêem ser o certo para a
organização. Mesmo que de forma mais modesta da que ocorre no comprometimento
atitudinal, produz dedicação e absorção dos objetivos organizacionais por parte do
trabalhador.
Eugenio Mussak, professor de MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) e
consultor da Sapiens Sapiens, afirma no artigo Tema do mês: comprometimento, que os laços
para o comprometimento são:
• A admiração - fundamental para qualquer tipo de relação. A admiração incita o
desejo de engajar-se em uma tarefa cujo resultado se admira. Pois não se
consegue ser eficaz trabalhando em uma empresa cujos valores não provoquem
nenhuma admiração;
• O respeito - pois não há comprometimento sem respeito, e ele deve ser mútuo.
Deriva da admiração e dá o passo seguinte;
• A confiança – já que só se confia no que se admira e respeita. As pessoas só se
comprometem de verdade quando percebem que as outras confiam nela;
28
• A paixão - sentimento que surge com frequência por alguém a quem se admira,
respeita e confia; E a intimidade – visto que podemos nos apaixonar por
causas, empresas.
Tudo leva a entender que todos esses laços citados são formas de incentivos que
motivam subjetivamente e que as empresas devem estimular no funcionário. Ter o
comprometimento do público interno deverá ser para a empresa uma das metas intrínsecas,
pois assim será aumentada a interação empresa/empregado.
3.4 Aplicando o Endomarketing
O endomarketing é aplicado em qualquer contexto, pois prega a necessidade do
envolvimento do público interno para com o alcance dos objetivos organizacionais por meio
da maximização da eficiência na produtividade no ambiente de trabalho a fim de “promover
entre funcionários e os departamentos valores destinados a servir o cliente ou, dependendo do
caso, consumidor” (BEKIN, 2005, p. 3).
No entanto, Brum (2007, p. 91) atenta que a “integração entre áreas é um pouco mais
difícil, em função dos objetivos não serem os mesmos e, na maior parte das vezes, a estrutura
e o funcionamento também não”.
Um dos objetivos e um ponto importante da aplicação do endomarketing é fazer com
que o cliente interno não se limite a executar somente suas tarefas do dia-a-dia, mas sim que
ele tenha a noção que aquela é necessária para empresa e ter a consciência que desta empresa
ele também faz parte. Por que bem como defende Kotler (1998) - organizações não somente
celebram negociações, elas edificam relacionamentos.
Essa conscientização é de responsabilidade geralmente de uma comissão ou programa
de integração de funcionários. Mesmo aos novos funcionários é necessária a participação em
programas do tipo, para que eles desde o início saibam as metas e objetivos da organização,
sendo o treinamento válido também para este caso, desde que não aborde somente as práticas
operacionais. Pois é de fundamental importância que o público interno saiba mais do que até o
cliente externo qual o caráter da empresa, qual a finalidade de sua existência além da
atividade que exerce para obtenção de lucro, tudo deve ser abordado para que o cliente interno
tenha a consciência da real consistência da existência daquela organização.
Segundo Bekin (2005), o endomarketing possui três níveis de abrangência para sua
aplicação:
29
• O primeiro nível ou situação surge quando se percebe que a empresa necessita
de uma conscientização estratégica voltada para o atendimento ao cliente como
prioridade para a conquista do mercado: sua missão. Assim, o Endomarketing
precisa criar uma nova mentalidade na empresa: a noção de marketing deve
estar presente em todos os setores, na consciência e na prática de todos os
funcionários. É preciso introduzir a noção do funcionário também como
cliente, de seu envolvimento, da integração dos setores, do trabalho em equipe.
É o nível mais abrangente;
• O segundo nível ou situação para o Endomarketing ocorre quando, apesar de já
criada na empresa a mentalidade de uma cultura de serviço, torna-se necessário
um novo método para manter essa cultura. Trata-se de fazer com que a
importância da cultura de serviço possa integrar ao cotidiano da organização,
de torná-la efetiva;
• No terceiro nível ou situação, a consciência já foi criada e é mantida, já se
integrou ao cotidiano da empresa, em todas as atividades e setores. Mas
também, verifica-se, além disso, devido à dinâmica da empresa, que é preciso
ampliar essa consciência, inserindo novos bens e serviços aos funcionários, ao
lado de ações de marketing.
Bekin (2005) finaliza a implantação do endomarketing adicionando à gestão da
empresa a conscientização de administração compartilhada, consideração dos funcionários
como clientes internos, administração do conhecimento, disseminação da informação, apoio a
comunicação, atribuições de responsabilidade a todos, facilitando a eficácia das operações
empresariais.
Dentre estas Mayo (2003, p. 156) intensifica o uso da administração do conhecimento
através do compartilhamento de conhecimento através da aprendizagem com os outros “que
inclui treinamento, orientações, experiências compartilhadas, pertencer a comunidade prática,
seminários e conferências”.
3.5 O papel da liderança no Endomarketing
Nas palavras de Brum (2007, p. 118) “tudo o que é feito no sentido de uma maior
aproximação empresa/empregado, do programa mais sofisticado à ação mais simples, está
inserido no contexto do Endomarketing”
30
Complementa a autora: “Mas do que simplesmente informar, o Endomarketing serve
para disciplinar a direção e as lideranças das empresas para determinadas atitudes de
aproximação que possam provocar maiores níveis de motivação no público interno” (BRUM,
2007, p. 218)
Segundo Chiavenato (2003, p. 128) liderança é “uma influência interpessoal exercida
e uma dada situação e dirigida pelo processo de comunicação humana para a consecução de
um ou mais objetivos específicos”.
Para Hunter (2006, p. 18) liderança é a “habilidade de influenciar pessoas para
trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por
meio da força do caráter”.
Arnold e Plas (1996, p. 45) defendem que “se quisermos que as pessoas na
organização comecem a assumir alguns riscos, precisamos substituir o não pelo sim e as
limitações por estímulos“.
E os autores sustentam a argumentação: “a chave para o desenvolvimento da coragem
para assumir riscos está na capacidade da administração de passar uma atitude de que novas
idéias são sempre uma mercadoria valiosa”.
A liderança tem o papel de gerir pessoas de forma a incitá-las a tomar iniciativas, e
que estas não gerem competição, mas sim promovam a interação e integração das pessoas.
Arnold e Plas (1996, p. 53) visionam que “a competição dentro de uma empresa cria medo,
desconfiança e pessoas solitárias que trabalham mais pelos seus próprios objetivos do que
pela organização”.
Mussak defende no artigo Como ser um líder inspirador, que para introduzir um
entusiasmo criador nas pessoas o líder precisará de alguns elementos, dentre os quais ele
destaca:
Três componentes são fundamentais para inspirar sua equipe ou os colegas
que orbitam em seu entorno: ter uma ideia relevante, acreditar
profundamente nela e ser dotado de boa capacidade de comunicação. A
química desses atributos pode fazer a alquimia da transformação. Líderes
que inspiram têm legitimidade, ou seja, não dizem uma coisa e fazem outra.
Demonstram que são confiáveis e que sabem o que estão fazendo.
Representam causas, têm os olhos postos no horizonte e falam com
sinceridade. Grandes líderes sabem que, se a respiração é vital ao corpo, a
inspiração é essencial à alma.
Kouzes e Posner (1997, p. 168) expõem que “Os líderes podem usar de maneira
consciente o layout físico, o compartilhamento de recursos e uma variedade de outros
mecanismos para encorajar as interações frequentes e duráveis entre os funcionários”. Tudo
para gerar interações tanto por conveniências físicas quanto psicológicas.
31
Brum (2007, p. 107) faz referência aos líderes como pessoas que precisam ter “um
grupo de conceitos/idéias que julguem importantes para a empresa [...] e que precisam ser
trabalhadas junto ao público interno”.
Disponível em www.sapiensapiens.com.br/site/falando-em-lideranca, o artigo Falando
em liderança, Mussak complementa diferenciando as características do líder das de um chefe:
O líder, além de conduzir ações, tem a capacidade de influenciar
comportamentos, e é isso que o diferencia do chefe. O chefe manda, o líder
influencia. A liderança é um tipo importante de poder, por isso é perigosa
quando emana de uma pessoa com visão distorcida da verdade. A história da
humanidade está cheia de líderes negativos.
Para Chiavenato (2003, p. 165) o líder deve possuir habilidades no relacionamento
humano:
O líder deve ter uma acentuada habilidade de lidar com pessoas, de conviver
com pessoas, de fazer as coisas com e por meio das pessoas. Deve possuir
um enorme instinto de comunicação. Deve saber ouvir e deve saber falar.
Saber receber e saber transmitir mensagens e ideias.
Ivan Zurita, presidente da Nestlé Brasil, em entrevista a Revista HSM Manangement,
quando questionado sobre o que aprendeu nos seus 30 anos de carreira, responde:
O principal é que precisa ter sensibilidade com as pessoas, estar sintonizado
com elas. Só assim se constrói credibilidade. Também aprendi que as
principais características de um líder devem ser a transparência, inovação
permanente, criatividade e, principalmente, persistência naquilo em que
acredita.
Brum (2007, p. 114) destaca:
Uma empresa pode se esforçar no sentido de proporcionar um ambiente no
qual o bem estar físico e psíquico seja possível, contribuindo fortemente para
essa questão complexa e subjetiva que é a felicidade, na qual interferem
fatores sociais, culturais, de gênero e tantas outras questões individuais.
Mas a autora complementa defendendo que não é correto ter na empresa a
responsabilidade pela felicidade individual das pessoas que trabalham nela. No entanto,
“nenhuma organização pode funcionar sem certo nível de comprometimento e de esforço por
parte de seus membros” destacam Stoner e Freeman (1999, p. 322).
Concluindo, Drucker (2001) diz que o contrato de trabalho é a base do relacionamento
na organização, mas que isso não exclui fatores como afeição, gratidão, amizade, respeito
mútuo e confiança entre a organização e as pessoas, as quais precisam ser conquistadas.
32
4 COMUNICAÇÃO INTERNA
Nenhum princípio de Endomarketing se faz senão através da especialização da
informação. Informar é o grande desafio das empresas para a inclusão do público interno
como parte determinante para o sucesso. Mas o desafio ainda maior é fazer com que os
empregados se envolvam com os conceitos e objetivos da empresa. Por isso a importância de
se trabalhar a informação corporativa.
Comunicação interna, como observa Brum (2007, p. 35), “é a comunicação
empresa/empregado. É a informação, decorrente de uma decisão, que deve sair da parte de
cima da pirâmide organizacional e descer até a base”.
Assim, a comunicação é um fator de máxima importância cabendo aos gestores atentar
para uma mesma linguagem com o objetivo de otimizar a informação. Fazer valer uma
linguagem unificada e a livre interação sem exageros, já é o começo para a inclusão dos
colaboradores nos processos organizacionais.
4.1 A comunicação nas organizações
O dito popular “ninguém gosta daquilo que desconhece” é um fato no ambiente
empresarial. Brum (2003) evidencia em seu livro Respirando Endomarketing, que a
informação passada de pessoa para pessoa, sofre alterações de forma acumulada, e com estas
alterações ela pode tornar-se algo inteiramente diferente do que era inicialmente.
Por estes e outros motivos, as empresas devem assumir a comunicação com algo
relevante para produtividade, transmitindo a informação com credibilidade e difundindo
fortemente esta de forma a coibir o acréscimo de mensagens indesejadas, já que é uma das
melhores táticas de aproximação empresa/funcionário.
Na comunicação interna há dois tipos de estratégia, uma concentrada na administração
e outra nas tarefas. A primeira direcionada à empresa como um todo, engloba visão,
propósitos de gestão, objetivos e metas organizacionais. Esta busca a intensificação da
cultura, implantação de mudanças na organização, visa modificação de atitudes e o
compromisso do funcionário com a empresa. Já a segunda focaliza o trabalho e está
direcionada à importância da comunicação de fatores específicos a atividade da empresa, mas
não só isso, nesta há também à relevância das opiniões dos funcionários para melhorar o
desempenho e a adoção de novos métodos de trabalho, visando o aumento da eficiência e
eficácia nos processos da empresa (BRUM, 1998).
33
Afinal, comunicação interna, segundo Bekin (2007, p. 218) “nada mais é do que um
processo pelo qual sentimentos e idéias são transmitidos pela empresa para o indivíduo, a fim
de que ele se perceba como alguém importante e necessário”.
4.2 Comunicação como força organizacional
Na comunicação interna, é necessário adotar mecanismos que propiciem a certeza da
compreensão das informações com o menor tempo possível. O funcionário aceitando a
informação haverá processo informativo e o alcance dos objetivos globais da empresa
(BRUM, 2003).
“A comunicação só será eficaz quando as pessoas com as quais você está se
comunicando receberem, entenderem, memorizarem e – o mais importante – responderem
adequadamente às suas mensagens” (CHANG, 2000, p. 26). Ainda nesta linha de
pensamento, Chang (2000, p. 27) defende:
A equipe que não se comunica se fragmenta e não tem comprometimento;
perde tempo e não alavanca os objetivos; as discussões se arrastam, fazendo
pouco ou nenhum progresso. Entretanto, uma equipe que se comunica
adequadamente progride e atinge seus objetivos.
Assim, para o desenvolvimento de uma visão a qual pessoas participem e se envolvam
nos processos de mudança a comunicação é ferramenta fundamental para a construção de um
futuro estimulante no sentido de fazer com que os integrantes da mudança – os funcionários
se percebam parte importante do processo, gerando assim comprometimento em todas as
partes envolvidas.
Para Tracy (1994, p. 74) esperar que uma pessoa desempenhe uma função sem
conhecimento e as informações adequadas é como pedir-lhe para construir uma casa sem as
ferramentas necessárias:
Uma pessoa pode ter uma compreensão clara das suas responsabilidades.
Pode ter a autoridade necessária para assumir essas responsabilidades. Mas
se não tiver o conhecimento e as informações necessárias, ficará
extremamente limitada na sua capacidade de assumi-las, de exercer a sua
autoridade e de utilizar essas aptidões e essa capacidade de forma eficaz.
Sem o conhecimento e as informações adequadas, as pessoas são obrigadas a
trabalhar no escuro. Diante da falta de uma base sólida para tomar decisões
sensatas, elas procuram adivinhar as coisas e contar com a sorte.
Quando as pessoas que trabalham nos diversos setores da empresa tomam
decisões dessa maneira, o resultado coletivo é arrasador. A desorganização e
a ineficiência são a marca de uma empresa que deixa de fornecer ao seu
pessoal informações necessárias nas ocasiões certas.
34
Brum (2003) atenta para o fato de que no instante em que uma empresa democratiza a
informação internamente, permitindo que os seus funcionários saibam mais sobre o
gerenciamento, processos, produtos, mercados, desafios, etc., acaba promovendo a
socialização, onde todos se sintam parte do processo e isso projeta um nível maior de
motivação pelo simples fato de colocar as pessoas numa posição de importância.
Brum complementa que ainda que a empresa esteja num ambiente usual de “marketing
voltado para dentro”, em endomarketing não há dinheiro envolvido no alcance da informação,
mas sim, troca de informações - boa para o interesse tanto do empregado, quanto do
empregador.
Em seu livro Endomarketing como Estratégia de Gestão, a autora mostra ações
inseridas no contexto de endomarketing, exemplificando que reconhecer publicamente os
bons trabalhos, verificar se o funcionário tem ferramentas melhores para realizar os trabalhos
atribuídos, usar o desempenho como requisito para distribuição de promoções, fortalecerem a
idéia de compromisso com a manutenção da empregabilidade na empresa, proporcionar a
participação nos lucros e remunerações por talentos, entre outros, são “fórmulas” para
motivação.
No entanto, muitas destas geram custos que algumas empresas não se interessam em
administrar, neste caso, a motivação passa a exigir algo mais simples e sem custo, levando ao
uso da comunicação com essa colocação, como por exemplo: a informação para o aumento do
desempenho no trabalho, o cumprimentar pessoalmente um funcionário pela tarefa bem
executada, mensagens escritas que gere reconhecimento e busca do envolvimento do
empregado nas questões da empresa através da solicitação de idéias (BRUM, 1998).
35
5 METODOLOGIA DA PESQUISA
Na pesquisa há vários requisitos para se seguirem na caracterização da metodologia a
ser usada, segundo Rey (1987 citado por Baptista e Campos, 2007) “O método científico
propõe a observação imparcial dos fatos que deve levar a capacidade de discriminar, entre
todas as variáveis ligadas ao fenômeno, quais são as mais relevantes para se chegar a um
resultado verdadeiro.”
5.1 Caracterização do estudo
O presente trabalho se caracteriza como abordagem quantitativa com uso de pesquisa
descritiva exploratória. Descritiva por que tem por finalidade observar, registrar e analisar os
fenônemos sem, entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo.
Conforme Richardson (apud BEUREN, 2004), abordagem quantitativa:
Caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de
coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas
estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão,
as mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.
Na pesquisa descritiva não há interferência do investigador, que apenas procura
perceber, com o necessário cuidado, a frequência com que o fenômeno acontece.
“A análise exploratória de dados é utilizada para organizar, medir, analisar e
apresentar os dados referentes às variáveis de uma pesquisa, informando sobre sua
distribuição, tendências, variabilidade e explicando informações subjacentes ao fenômeno
estudado” (BAPTISTA e CAMPOS, 2007, p. 168).
5.2 Problematização
Toda empresa está conceituada para atender a necessidade das pessoas através da
comercialização de produtos ou a disponibilização de um serviço, sejam elas de qualquer
ramo ou setor, o cliente sempre estará presente no sentido pelo qual mantêm a empresa em
atuação no mercado, seja ele interno ou externo.
Neste sentido, faz-se necessário e de fundamental importância saber com quem a
empresa se relaciona quem é o seu alvo, como é o cliente que consome tal produto, quem é o
cliente força de trabalho. Para que com posse deste conhecimento as estratégias da empresa
sejam elaboradas conforme a necessidade do negócio.
36
No âmbito do setor público este parâmetro é considerado para o progresso das
atividades necessárias a comunidade, já que o Estado está encarregado de prestar serviços
essenciais a sociedade. No entanto, pela extensa atuação do Estado certas funções possuem
dificuldades no que remete a eficiência, quando na verdade seria de fundamental importância
o uso de ações eficazes como meio de crescimento estas não são utilizadas.
Estratégias de envolvimento de pessoas que intensifique a funcionalidade do Estado
reduziriam as deficiências detectadas pela comunidade que faz uso dos serviços prestados
pelos órgãos públicos.
No entanto, em áreas onde o sistema governamental já divide mercado com empresas
privadas este aspecto já começa a ser visivelmente valorizado como forma de
desenvolvimento e engajamento entre os ramos do próprio estado. Medidas tais como tornar
os servidores colaboradores, usar de comunicação transparente, alimentar o comprometimento
dos servidores e resistir ao comodismo que a carreira pública incita seriam formas pela qual a
organização potencializasse sua força competitiva e gerasse mais lucro para inovar
tecnologicamente e conseguintemente tornasse o seu cliente externo, o povo, satisfeito.
Uma destas empresas do ramo público é a Dataprev – Empresa de Tecnologia da
Previdência Social. Instalada em João Pessoa desde 2002, ela vem se aperfeiçoando em seus
projetos e procurando a utilização de seu quadro funcional com eficácia e comprometimento
no dever e responsabilidade o qual possui.
Deste modo, por esta explanação, o intuito desta pesquisa foi estudar fatores que
determinam as vantagens estratégicas para a empresa pública através da utilização do
endomarketing tornando-a competitiva num sistema político social onde o serviço público
tem uma responsabilidade agregada gigantesca - o de servir a sociedade, surgindo então o
questionamento: “Quais as estratégias de Endomarketing em uso na DATAPREV/PB?”.
5.3 Objetivo geral
• Analisar o uso das estratégias de Endomarketing na DATAPREV/PB.
5.4 Objetivos específicos
• Levantar o perfil do cliente interno;
• Averiguar o uso da comunicação interna;
• Identificar a existência de integração na empresa;
37
• Verificar o comprometimento dos empregados;
• Constatar a concordância ou discordância dos empregados quanto aos incentivos
subjetivos que a empresa oferece;
• Conferir o grau de importância atribuída pelos empregados à atividade que a empresa
exerce e ao campo em que atua.
5.5 Campo empírico
A Dataprev - Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social, por se
tratar de um órgão de grande eficiência na prestação de serviços e pelo quadro funcional
gigantesco, muito especializado, e por exercer vários pontos de abordagem do endomarketing,
foi à escolha acertada para esta pesquisa.
Originada dos centros de processamento de dados dos institutos de previdência
existentes em 1974. Denominada primeiramente como Empresa de Processamento de Dados
da Previdência, a Dataprev é uma empresa pública instituída pela Lei nº. 6.125, de 4 de
novembro de 1974 com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio e
autonomia administrativa e financeira. Com a Medida Provisória nº. 2.143-36, de 24 de
agosto de 2001, alterou a razão social da Dataprev para Empresa de Tecnologia e Informações
da Previdência Social com sede e foro em Brasília, filial regional na cidade do Rio de Janeiro
e ação em todo o território nacional. Atualmente, a empresa conta com cerca de 3000
empregados e quatro Unidades de Desenvolvimento de Tecnologia – as quais são
subordinadas ao Departamento de Desenvolvimento de Software criado em 01/10/2007 e
localizado na DATAPREV/RJ, cujo objetivo é de gerir as Unidades de Desenvolvimento de
Software do Ceará, da Paraíba, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina que haviam sido
também recém criadas.
As Unidades de Desenvolvimento (UDs), além de elaborar a especificação e construir
projetos de software – atividade fim da empresa, de acordo com as normas e padrões
adotados, são responsáveis por ações de sustentação e de manutenção de produtos
desenvolvidos na nova tecnologia.
No Estado a Dataprev se faz presente pela instalação de uma das UD´s, pela
existência da Unidade Regional – URPB e pela instalação de uma equipe de serviço de
Qualidade e outra de Arquitetura. A primeira tem a competência de realizar o atendimento
operacional e técnico no âmbito regional, visando o cumprimento dos compromissos e
consecução das atividades para suprir as necessidades da Previdência Social em conformidade
38
com as diretrizes da empresa. A URPB possui caráter predominante de execução. Já a
segunda, executa e controla um conjunto de tarefas operacionais pré-estabelecidas.
Conhecer melhor a Dataprev significa saber a importância do trabalho que ela
desenvolve para a Previdência Social brasileira, informatizando os diversos órgãos
previdenciários e contribuindo para que o segurado receba um atendimento de qualidade. A
Dataprev é responsável pelo processamento da maior folha de pagamento do país, alcançando
mais de 20 milhões de beneficiários/mês. A Dataprev tem como objetivo estudar e viabilizar
tecnologias de informática na área da Previdência Social.
5.6 Universo e amostra
Conforme conceito de que afirma o autor Marconi e Lakatos (1999) o universo é
quantidade de todos os elementos com pelo menos uma característica em comum. Deste
modo, a DATAPREV com unidades no estado da Paraíba situada na cidade de João Pessoa
foi o universo desta pesquisa, estando composta por 134 empregados públicos em regime
celetista, pois a empresa está subordinada a Consolidação das Leis do Trabalho.
Neste trabalho teremos como amostra 80 empregados (composta por homens e
mulheres) representando aproximadamente 60% do universo. Pois continuando com os
conceitos de Marconi e Lakatos (1999, p. 43): “O conceito de amostra é que a mesma
constitui uma porção ou uma parcela convenientemente selecionada do universo (população);
é um subconjunto do universo”.
Como a DATAPREV/PB encontra-se subdividida em três “setores”, usamos de
amostragem estratificada a qual “tenta-se diminuir o erro amostral obtendo-se maior
representatividade ao se selecionar uma amostra de cada subgrupo da população”
(BAPTISTA E CAMPOS, 2007, p. 84).
A DATAPREV/PB apresenta-se estruturada da seguinte forma: URPB - Unidade
Regional da Paraíba unidade que é composta por 26 empregados, sendo pesquisados neste
estudo 16 destas pessoas, que exercem atividades nas seguintes áreas:
• SPBA - Serviço Administrativo, Financeiro, Logístico e Comercial que trata da
parte administrativa;
• SPBS - Serviço Sustentação a Produtos;
• SPBT - Serviço Suporte Ambiente Computacional e Tecnológico Setor de
Suporte Técnico – que prestam atendimentos e suporte às Agências da
Previdência Social e do INSS em todo o estado;
39
• SPBP - Serviço Gestão de Pessoas, que dá apoio de pessoal aos empregados e
é responsável pela administração de aprendizagem dentro e fora da empresa.
A UDPB - Unidade de Desenvolvimento de Software da Paraíba, que trata da
atividade principal da empresa, trabalha a parte de desenvolvimento de sistemas,
gerenciamento de projetos e upgrade de produtos. Sendo esta composta por 98 empregados,
sendo pesquisadas 58 destas pessoas.
E não estando agregada a nenhuma das unidades citadas, mas locada na
DATAPREV/PB estão as equipes de serviço: SQS - Serviço de Qualidade de Serviços,
composta por 06 empregados; e a SAS - Serviço de Arquitetura de Serviços, composta por 04
empregados, sendo dos 10 membros das equipes de serviço, pesquisados 06 desta parcela.
5.7 Instrumentos de coleta de dados
O instrumento de coleta de dados utilizado nesta pesquisa foi o questionário composto
por 30 questões objetivas de múltipla escolha aplicadas junto aos empregados da Dataprev/PB
que compunham a amostra pré-selecionada.
De acordo com Chizzotti (2001, p. 55),
O questionário consiste em um conjunto de questões pré-elaboradas,
sistematicamente e sequencialmente dispostas em itens que constituem o
tema da pesquisa, com objetivo de suscitar dos informantes respostas por
escrito ou verbalmente sobre assunto que os informantes saibam opinar ou
informa. É uma interlocução planejada.
As questões abordaram os objetivos e os fundamentos estudados de forma a mensurar
quantitativamente os fatores que englobam as ações de endomarketing e suas repercussões no
ambiente de trabalho.
Os dados foram coletados no período de 27 de abril a 07 de maio de 2009 e conferidos
o número de vezes que determinada resposta apareceu na análise dos resultados de forma a
possibilitar uma análise clara e coesa.
5.8 Tratamento dos dados
De uso de métodos estatísticos a amostra pesquisada foi escolhida de forma aleatória
por meio de tabela de números randônicos e de forma estratificada, proporcional às divisões
da DATAPREV/PB, a fim de seguir margem de confiança de 95% e margem de erro de 7%,
sendo uma pesquisa com nível razoável de erro.
40
Após a coleta dos dados em pauta nos questionários aplicados, os resultados foram
somados e inclusos de forma tabelada gerando os resultados a serem expostos a seguir, e para
melhor visualização e entendimento usou-se tabelas a fim de demonstrar a variação das
respostas recolhidas evidenciando o intuito deste estudo.
41
6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Conforme resultados da pesquisa aplicada através de um questionário, a análise de
dados será dividida entre os setores já apresentados: URPB, UDPB e equipes de serviço
SAS/SQS. Sendo ainda a descrição dos dados subdivida pelos campos abordados no
questionário, sendo eles: Perfil dos clientes internos, Importância atribuída à empresa,
Comunicação interna, Integração Empresa/Empregado, Incentivos subjetivos oferecidos e
Comprometimento dos empregados.
Deste modo iniciaremos pelo exame dos dados coletados na Unidade Regional
Paraíba - URPB, Unidade de Desenvolvimento Paraíba – UDPB e equipes de Serviço de
Qualidade e Arquitetura conjuntamente no que se refere aos questionamentos sobre perfil do
cliente interno e importância atribuída à empresa.
Mas também, em uma segunda parte desta análise veremos de forma distinta os três
grupos, cuja apreciação será sobre as respostas dadas sobre os assuntos: Importância atribuída
à empresa, Comunicação interna, Integração Empresa/Empregado, Incentivos subjetivos
oferecidos e Comprometimento dos empregados.
6.1 Perfil dos clientes internos
Ter o conhecimento de como são seus clientes internos é uma vantagem competitiva
para empresa, pois a partir do momento que o empregador possui tal informação ele poderá
trabalhar em prol de manter aquele perfil de empregado ou buscar no mercado de trabalho o
que mais se encaixa nas necessidades da empresa.
Las Casas (2000) atenta que usar de pesquisas de marketing voltadas ao público
interno serve como forma de obter a identidade dos empregados, os quais são de máxima
importância para empresa, já que tudo depende deles.
Mayo (2003) pelas palavras de Jack Welch ainda destaca que perceber a motivação
que levou o empregado a trabalhar na empresa, por exemplo, elucida pontos fortes ou a serem
trabalhados, que ajudarão a organização a fidelizar seus talentos.
Assim, segundo dados colhidos pela pesquisa obtiveram-se as seguintes informações
apresentadas a seguir referentes ao levantamento do perfil dos clientes internos que formam o
quadro funcional da DATAPREV/PB.
42
Fonte: Pesquisa aplicada
De acordo com a tabela 01 fica caracterizada a predominância de empregados homens
ou mulheres na URPB. A pesquisa aponta que dos 16 sujeitos pesquisados nesta um pouco
mais da metade são mulheres, que neste caso representam 56% do corpo funcional da URPB.
Já na UDPB a maioria do quadro de pessoal é constituído por homens, obtendo nesta
pesquisa representatividade maciça de 72% da amostra, e as mulheres somente o percentual
de 28%. Este fato reflete a própria característica da área de atuação dos empregados, que por
se tratar da formação em tecnologia da informação apresenta geralmente ainda mais homens
do que mulheres.
E na última divisão da DATAPREV/PB feita neste trabalho onde estão as equipes de
serviço de arquitetura e qualidade, o resultado foi homogêneo, existindo metade dos
empregados homens 50% e metade mulheres, outros 50%.
No entanto, na representatividade geral há mais homens que mulheres no campo
empírico estudado devido justamente ao setor fim da empresa e com maior representatividade
– a UDPB, possuir mais pessoas do sexo masculino.
Fonte: Pesquisa aplicada
Na tabela 02, está representada a faixa etária dos empregados da URPB, UDPB e
SQS/SAS. No primeiro setor a pesquisa constatou predominância de pessoas com faixa etária
entre 41 e 50 anos, apresentando representatividade de 63%, em seguida há pessoas com faixa
etária com mais de 50 anos representando 31%, e somente 6% da pesquisa estão na faixa de
Tabela 1: SEXO
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Feminino
9
56
16
28
3
50
Masculino
7
44
42
72
3
50
Total
16
100
58
100
6
100
Tabela 2: FAIXA ETÁRIA
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
18 a 25 anos
0
0
15
26
2
33
26 a 30 anos
0
0
22
38
3
50
31 a 40 anos
1
6
14
24
1
17
41 a 50 anos
10
63
5
9
0
0
Mais de 50 anos
5
31
2
3
0
0
Total
16
100
58
100
6
100
43
31 a 40 anos. Este resultado se dá por não ter havido abertura de novos concursos, com isso
mantiveram-se os empregados mais antigos, dos quais alguns mesmo aposentados continuam
exercendo sua atividade laborativa dentro da empresa.
No segundo, a pesquisa destacou um quadro funcional jovem, a faixa etária
predominante com 38% foi de 26 a 30 anos, com 26% de 18 a 25 anos, com 24% de 31 a 40
anos e somando os restantes 10% está o pessoal com um pouco mais idade de faixa etária de
41 a mais de 50 anos. A UDPB, mesmo por se tratar de um setor que exerce a atividade fim
da empresa, sua implantação se deu no Estado recentemente, valendo-se de concursados
recém formados em seu quadro funcional.
E no terceiro setor, como mostra a tabela 50% dos empregados estão entre 26 a 30
anos, alguns representados por 33% estão com idade entre 18 e 25 anos e somente uma pessoa
com idade entre 31 a 40 anos, não existindo nenhum dos entrevistados com idade maior que
40 anos. A equipes de serviço, equiparando-se a UDPB, ganhou formação também a pouco
tempo, sendo uma partição descendente da UDPB, cuja subordinação saiu da unidade de
Desenvolvimento Paraíba e passou a ser a outra divisão, mas ainda possui características do
grupo que inicialmente fazia parte, sendo o fator idade uma dessas.
Assim, vê-se que a maior parte das pessoas que compõem a DATAPREV/PB está na
faixa etária de 18 a 30 anos, predominando a idade do pessoal da UDPB que possui um
público interno mais jovem.
Fonte: Pesquisa aplicada
Com relação ao estado civil dos empregados da URPB a pesquisa, conforme
representação da tabela 03, mostra que são em sua maioria pessoas casadas, correspondendo a
88% dos pesquisados, mas há também um sujeito solteiro e outro divorciado que representam
os outros 12% da pesquisa.
Tabela 3: ESTADO CIVIL
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Solteiro(a)
1
6
25
43
3
50
Casado(a)
14
88
28
48
3
50
Divorciado(a)
1
6
5
9
0
0
Viúvo(a)
0
0
0
0
0
0
Outro
0
0
0
0
0
0
Total
16
100
58
100
6
100
44
Na UDPB, a pesquisa mostrou uma divisão bem aparente entre somente duas
variáveis, pois como a tabela aponta: 43% das pessoas são solteiras e 48% casadas.
E de modo análogo a SQS/SAS aponta que o seu público interno a metade é de
pessoas casadas e a outra metade são solteiras.
Fonte: Pesquisa aplicada
Na Tabela 04, está caracterizado o nível de escolaridade dos empregados da
DATAPREV/PB. Dos que atua na Unidade Regional Paraíba nota-se através dos dados coletados,
que o nível de escolaridade de 56% do total da amostra, está representado pelo ensino superior e
os outros 44% pelo ensino médio. Com isso, os demais itens não obtiveram resultados.
Na Unidade de Desenvolvimento Paraíba, percebe-se que os empregados possuem
formação superior ou mais elevada, somando 97% da amostra, incluindo respostas de formação
em mestrado. Em nível médio existem somente os 3% restantes da amostra.
E nas equipes de serviço, só houve representatividade em nível superior e pós-graduação,
sendo 33% no primeiro e 67% restantes com o segundo nível citado.
A reflexão dos resultantes tanto da UDPB quanto da SQS/SAS consistir em possuírem o
público mais jovem da empresa como já estudado, onde a capacidade laborativa é mais exigida
por ser a atividade fim da empresa e a formação acadêmica ser vista de uma forma continuada,
mesmo porque a própria área tecnológica passa sempre por muitos aprimoramentos.
Tabela 4:
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Ensino Fundamental
0
0
0
0
0
0
Ensino Médio
7
44
2
3
0
0
Ensino Superior
9
56
28
48
2
33
Pós-graduação
0
0
22
38
4
67
Outro
0
0
6
10
0
0
Total
16
100
58
100
6
100
45
Tabela 5: TEMPO DE SERVIÇO
Variáveis
Frequência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
menos de 1 ano
0
0
7
12
0
0
de 1 a 3 anos
0
0
45
78
6
100
de 3 a 7 anos
0
0
0
0
0
0
de 8 a 10 anos
0
0
0
0
0
0
mais de 10 anos
16
100
6
10
0
0
Total
16
100
58
100
6
100
Fonte: Pesquisa aplicada
Na URPB, os empregados tem em comum mais de 10 anos de serviço na empresa,
como mostra a tabela 05, através dos 100% de representatividade não apresentando percentual
nenhum para as demais respostas. Esta resultante se dá pelo motivo já citado de não ter
acontecido nenhum concurso para ocupação de cargos na Unidade Regional do Estado em
menos de 10 anos.
A tabela 5 também apresenta que a UDPB e a SQS/SAS possuem tempo de
contribuição de serviço recente na DATAPREV, como se vê no resultado deste
questionamento 100% dos entrevistados tem de menos de 1 ano a 3 anos de trabalho reflexo
da recente criação dos setores.
Tabela 6: MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Salário e benefícios
3
19
12
21
0
0
Busca por estabilidade
3
19
22
38
1
17
Realização profissional
7
44
8
14
0
0
Região que a empresa está
instalada
0
0
11
19
3
50
Outro
3
19
5
9
2
33
Total
16
100
58
100
6
100
Fonte: Pesquisa aplicada
Quando questionados sobre qual o fator que os motivou a trabalhar na
DATAPREV/PB, o pessoal da Unidade Regional em sua maioria responderam que o fator
motivacional foi a realização profissional, representados na tabela 06 por 44% da amostra,
ficando os outros fatores – salário e benefícios, busca por estabilidade e outros como o
conjunto destes dois últimos fatores já citados, com representatividade de 19% cada um, e a
46
pesquisa mostrou que a região em que a empresa está instalada não foi considerado pelos
empregados da URPB como fator motivacional para ingresso na empresa.
Já na Unidade de Desenvolvimento, todas as variáveis foram usadas como resposta,
obtendo predomínio a variável de busca por estabilidade com 38%, curiosamente, visto que o
regime da empresa em questão é celetista, onde não há garantia de empregabilidade.
Outros 21% da amostra responderam que o salário e benefícios foram maiores
motivações para busca de uma vaga na empresa. Em terceiro lugar, com 19% está a região em
que a empresa está instalada. E alguns, mesmo representando minoria com percentual de 3%,
estão outros fatores que os entrevistados citaram como motivação, cuja amostra conjuntou
mais de uma variável oferecida, tais como: busca por estabilidade acrescentando região em
que a empresa está instalada. Ou ainda junção de três variáveis: salário/benefícios, mais busca
por estabilidade, mais realização profissional ou busca por estabilidade, mais realização
profissional, mais região que a empresa está instalada.
Já na SQS/SAS o fator motivacional que contou mais foi a localização da empresa
representada por 50% dos respondentes e 33% como outros fatores como a mesma conjunção
de mais opções oferecidas na questão como fez os empregados da UDPB.
Este quesito é muito importante porque consagra que a estratégia de implantação das
Unidades de Desenvolvimento da Dataprev e consequentemente a formação das equipes de
serviço na região obteve o retorno esperado.
6.2 Importância atribuída à empresa
É característico do ser humano possuir a necessidade de fazer parte de algo. Tracy
(1994) conceitua a premissa sobre as pessoas no que se refere à sua importância através da
consciência de qual a relação entre as atividades exercidas e os objetivos daquela execução com
intuito das pessoas não serem somente executoras de listas de tarefas.
Pois como muitos autores defendem um dos pilares para a construção do engajamento
funcional é obter a admiração do empregado, pois dela surge o desejo de dedicar-se a ações
para alcance de objetivos da organização.
Deste modo, neste tópico analisamos o grau de importância atribuída pelos
empregados à atividade que a empresa exerce e ao campo em que atua por meio da mensuração
de níveis de importância dados os quais nos mostraram a percepção dos empregados quanto à
importância do papel da empresa.
47
Tabela 7:
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EXERCIDO
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Sem importância
0
0
0
0
0
0
Pouca importância
0
0
0
0
0
0
Nem pouco, nem muito importante
0
0
0
0
0
0
Importante
5
31
34
59
3
50
Muito importante
11
69
24
41
3
50
Total
16
100
58
100
6
100
Fonte: Pesquisa aplicada
Partindo da concordância ao pensamento de vários autores, podemos frisar que é
fundamental que o cliente interno saiba qual a finalidade da vida da empresa, além da sua
atividade e que realmente conscientizem-se da lógica daquela organização existir.
Deste modo na tabela 07, procurou-se mensurar a importância dada pelos empregados
ao trabalho que exercem. Na URPB, a maioria dos sujeitos pesquisados confirma a opinião
que o trabalho exercido é muito importante - representados por 69% da amostra e 31% como
importante, não havendo graus de importância menores que estes.
Na UDPB, também há concordância com as respostas dadas pela URPB, neste grupo
os sujeitos da amostra consideram importante o trabalho que exercem com percentual de 59%
e com percentual de 41% como muito importante.
As equipes SQS/SAS continuam com a mesma opinião dos demais setores, no entanto
de forma mais equilibrada, pois com 50% consideraram importante e os outros 50% como
muito importante o trabalho exercido.
Vê-se com este questionamento que os empregados da DATAPREV/PB valorizam e
defendem, sem dúvida alguma, o trabalho exercido por eles com grande estima.
Fonte: Pesquisa aplicada
Tabela 8:
IMPORTÂNCIA DO COMPROMETIMENTO DOS EMPREGADOS PARA
EMPRESA
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Sem importância
0
0
0
0
1
17
Pouca importância
0
0
0
0
0
0
Nem pouco, nem muito importante
0
0
0
0
0
0
Importante
6
38
8
14
0
0
Muito importante
10
63
50
86
5
83
Total
16
100
58
100
6
100
48
Conforme a tabela 8, os respondentes quando questionados sobre se é importante o
comprometimento dos empregados para a atividade da empresa, 63% confirmaram ser de
muita importância e 38% confirmaram ser importante, não havendo outras respostas para a
questão, na URPB. Deste modo, evidencia-se que as pessoas que formam o quadro funcional
da URPB têm a consciência da importância que o comprometimento das pessoas com suas
respectivas atividades.
Na UDPB, esta via de pensamento continua, pois 86% dos questionados que formaram
a amostra consideram muito importante esse comprometimento, enquanto 14% consideram
importante, mais uma vez não fugindo do apreço por fatores subjetivos.
Na SQS/SAS mesmo com percentual de 17% considerando sem importância o
compromisso do quadro funcional, a maioria 83% do percentual consideram comprometer-se
com a atividade fundamental para atividade da empresa.
Tabela 9:
IMPORTÂNCIA DO PAPEL SOCIAL EXERCIDO PELA EMPRESA
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Sem importância
0
0
0
0
1
17
Pouca importância
0
0
0
0
0
0
Nem pouco, nem muito importante
0
0
0
0
0
0
Importante
4
25
12
21
0
0
Muito importante
12
75
46
79
5
83
Total
16
100
58
100
6
100
Fonte: Pesquisa aplicada
Brum (2000) destaca que essencialmente a empresa deve manter-se às vistas do
empregado como a “número 1”, crendo nisto ele trabalhará para mantê-la assim. Deste modo,
o questionamento sobre a importância do papel social exercido pela empresa foi a colocação
feita na tabela 09, os empregados da URPB confirmaram mais uma vez com 75% da amostra
pesquisada que é muito importante e com os outros restantes 25% como importante. Assim,
vê-se que os clientes internos percebem a função social da empresa a qual estão vinculados e
atribuem máxima importância a este condição.
NA UDPB, este questionamento foi tratado igualmente pelos que responderam 21%
como importante e 79% como muito importante, de forma surpreendente eles quase formaram
o mesmo percentual.
49
E por fim na SQS/SAS, 83% confirmaram grau de muita importância para esta questão
e apesar da empresa ser pública e por sua própria existência possuir o papel social em seu
cerne, 17% considerou sem importância este papel enraizado.
Tabela 10:
IMPORTÂNCIA DADA A DISSEMINAÇÃO DO VOLUNTARIADO E
CIDADANIA.
Variáveis
Freqüência
URPB
%
Freqüência
UDPB
%
Freqüência
SQS/SAS
%
Sem importância
0
0
0
0
0
0
Pouca importância
0
0
1
2
1
17
Nem pouco, nem muito importante
0
0
3
5
1
17
Importante
7
44
33
57
3
50
Muito importante
9
56
21
36
1
17
Total
16
100
58
100
6
100
Fonte: Pesquisa aplicada
Quando questionados se é importante que a DATAPREV dissemine o exercício do
voluntariado e cidadania, os empregados da unidade regional se dividiram respondendo
somente como muito importante 56% e importante 44%, não havendo mais respostas.
No entanto na unidade de desenvolvimento – um dos setores com atividade fim da
empresa, diferenciou-se nas respostas, pois 57% da amostra consideram importante que a
empresa propague o exercício da cidadania e voluntariado, 36% como importante, 5%
responderam com indiferença - nem pouco, nem muito importante e ainda 2% da amostra
acham que fazer esta disseminação tem pouca importância, mas nenhum dos entrevistados
considerara sem nenhuma importância.
Com 50% da amostra que representa as equipes de serviço, a avaliação se deu como
importante, e dividido em 17% cada variável, os empregados consideraram pouca
importância, nem pouco, nem muito importante e muito importante. Ninguém avaliou sem
importância este questionamento.
6.3 Comunicação interna
Possuir uma abordagem de comunicação interna de forma séria e crível é fundamental
para a implantação de estratégias na empresa. A comunicação serve como modo de
intensificação do envolvimento do empregado nas ações esperadas. Brum (2003) defende que
a partir do momento que a empresa dispõe a informação ao empregado fazendo com que ele
50
saiba mais sobre ela o nível de motivação cresce porque ele se sentirá parte integrante da
empresa.
Esta informação tem que possuir clareza e ser acessível, deste fato abordamos em
nossas afirmativas a seguir, a perspectiva de Chang (2000) que defende que as pessoas devem
receber, entender, memorizar e responder à comunicação para que esta seja considerada
eficaz.
Comunicar-se exige habilidade requerida a todos os profissionais que exercem funções
gerenciais a fim de que garantam, por exemplo, a conformidade de uma tarefa em grupo.
Assim, destacamos ainda nesta parte da pesquisa a avaliação dos membros da
DATAPREV/PB sobre a aptidão de comunicador do líder imediato, visto que possuir posição
de liderança demanda capacidade de comunicação, Chiavenato (2003) destaca que o líder
deve possuir enorme tendência natural à comunicador.
E por fim, o endomarketing exige que a comunicação interna seja bem trabalhada, a
fim de que os empregados sintam-se parte essencial no processo produtivo e com esse
sentimento trabalhem para a intensificação da distribuição de informações. Neste sentido
tentamos ponderar um pouco este tipo de contribuição pelos empregados da DATAPREV/PB.
Tracy (1994) diz que a desorganização e a ineficiência são adjetivos de empresas onde não há
troca de informações necessárias nas situações certas.
A comunicação interna também pode ser vista como fator motivacional, receber
elogios por um trabalho bem feito é lisonjeador aos olhos do empregado e este foi o último
julgamento abordado neste tópico. Bekin (2007) define comunicação interna como meio de
transmissão de sentimentos e ideias, cuja finalidade é de fazer com que o indivíduo perceba a
importância que possui.
Neste parâmetro avaliamos este tópico através de afirmativas expostas a amostra da
DATAPREV/PB, e as respostas foram pelo grau de concordância e discordância sobre a
comunicação interna na empresa. Contudo, será avaliada a acessibilidade das informações da
empresa aos empregados, a comunicação do líder, o aproveitamento dos meios de
comunicação, e o reconhecimento do trabalho através da comunicação.
A análise nesta segunda fase, como já explicitado, será feita de maneira distinta entre
os três setores – URPB, UDPB e SQS/SAS.
51
Fonte: Pesquisa aplicada
A tabela 11 representa a comunicação interna através de questionamentos, os quais
foram respondidos pelo nível de concordância. Quando perguntados se as metas
organizacionais são divulgadas os empregados da URPB confirmaram com percentual de
82% que são parcialmente ou totalmente divulgadas, 6% nem concordaram, nem discordaram
e 13% discordaram parcialmente.
No questionamento sobre as informações internas se são claras e acessíveis a todos
59% da amostra concordou parcialmente, 19% concordou totalmente, mais uma vez 6% nem
concordou, nem discordou, 13% discordou parcialmente e somente 1% discordou totalmente.
Como Chiavenato defende dentre as habilidades características de um líder, está a
qualidade de bom comunicador que ele deve possuir. Partindo deste parâmetro, avaliamos a
comunicação do líder imediato ao perguntar se este é um bom comunicador, como resultado
obtemos que uma amostra de 44% da URPB respondeu concordando parcialmente, 25%
discordaram parcialmente, 13% disseram concordar totalmente e também 13% discordou
totalmente, e completando somente 6% ficou indiferente não concordando, nem discordando,
o que nos leva a crer que ainda é um fator que a liderança da URPB deve trabalhar.
Ao questioná-los sobre se usam de todos os meios de comunicação interna da empresa,
a amostra da URPB em maioria com 63% confirmou o uso, 19% manteve-se indiferente, 13%
respondeu que usa parcialmente, 6% respondeu não usar totalmente, não existindo o uso, e
nenhum dos sujeitos confirmou não usar nenhum dos meios de comunicação interna da
empresa.
Quanto à avaliação de reconhecimento através da comunicação foi perguntado se ao
sujeito pertencente ao grupo da URPB se ele recebia elogios por trabalhos bem feitos, o
resultado foi que 38% responderam que não recebia nenhum enaltecimento sobre bons
Tabela 11: COMUNICAÇÃO INTERNA – URPB
Opções de respostas:
Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Frequência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
As metas organizacionais são divulgadas
frequentemente.
0
0
2
13
1
6
7
44
6
38
As informações internas são claras e
acessíveis a todos.
1
6
2
13
1
6
9
56
3
19
O seu líder imediato é um bom comunicador.
2
13
4
25
1
6
7
44
2
13
Você usa de todos os meios de comunicação
interna da empresa.
0
0
1
6
3
19
2
13
10 63
Comunicação Interna
Você recebe elogios por um trabalho bem
feito.
6
38
0
0
3
19
6
38
1
6
52
trabalhos, e com igual percentual de 38% outra parte da amostra respondeu receber
parcialmente, com indiferença, não concordando, nem discordando da afirmativa
responderam 19%, e somente 6% da amostra afirmou receber totalmente. Não havendo mais
respostas para a afirmativa.
Fonte: Pesquisa aplicada
A tabela 12 representa os resultados adquiridos na aplicação do questionário sobre a
comunicação interna na UDPB. Aos empregados dentre as afirmativas foi apresentada uma
sobre a divulgação das metas organizacionais se esta é feita com frequência, da amostra 59%
concordou parcialmente, 17% concordou totalmente, outros 17% nem concordou, nem
discordou, e somando-se o percentual de 7% da amostra responderam discordar totalmente ou
parcialmente desta afirmativa.
Sobre a clareza e acessibilidade das informações 48% da amostra respondeu concordar
parcialmente com a afirmativa lançada, 21% nem concordou, nem discordou, 19% discordou
parcialmente, 10% concordou totalmente e somente 2% da amostra responderam discordar
totalmente desta afirmativa.
O líder também foi avaliado neste aspecto, a afirmativa: o líder imediato é um bom
comunicador, foi respondida por concordância total ou parcial por 92% da amostra, obtendo
somente 8% dos sujeitos, que compunham a amostra, indiferentes a afirmativa, cuja resposta
foi de nem concordo, nem discordo.
Quanto ao uso dos meios de comunicação 78% da amostra confirmou usar
parcialmente ou totalmente de todos os meios de comunicação interna da empresa, e 22%
manteve-se com a opinião de nem concordar, nem discordar da afirmativa.
Tabela 12: COMUNICAÇÃO INTERNA – UDPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Frequência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
As metas organizacionais são divulgadas
frequentemente.
1
2
3
5
10
17
34
59
10 17
As informações internas são claras e
acessíveis a todos.
1
2
11
19
12
21
28
48
6
10
O seu líder imediato é um bom comunicador.
0
0
0
0
5
8
23
40
30 52
Você usa de todos os meios de comunicação
interna da empresa.
0
0
0
0
13
22
26
45
19 33
Comunicação Interna
Você recebe elogios por um trabalho bem
feito.
3
5
3
5
5
9
33
57
14 24
53
Em relação à afirmativa se os respondentes recebem elogios por trabalhos bem feitos,
81% dos empregados responderam concordar parcialmente ou totalmente com a afirmativa,
9% nem concordam, nem discordam e 10% discordaram parcialmente ou totalmente.
Fonte: Pesquisa aplicada
Na tabela 13 está a avaliação feita pelos membros das equipes SQS/SAS quanto a
comunicação interna. Dos respondentes, 50% da amostra revelaram discordar parcialmente da
divulgação frequente das metas organizacionais, os outros 50% ficaram distribuídos de forma
igualitária em discordo totalmente, nem discordo, nem concordo, e concordo parcialmente.
Não havendo nenhum respondente concordando totalmente com a afirmativa.
Em relação às informações repassadas se são claras e acessíveis, mostrou-se mais uma
vez a discordância com a afirmativa representada por 50% da amostra avaliada. Neste quesito
ninguém se absteve não discordando, nem concordando. O restante do percentual ficou
distribuído nas respostas: discordo totalmente, concordo parcialmente e concordo totalmente.
Avaliando a comunicação do líder imediato como boa, 67% concordaram
parcialmente ou totalmente com a afirmativa, e 33% nem concordou, nem discordou. Sobre o
uso dos meios de comunicação interna da empresa, a tabela 13 mostra que 50% dos
empregados afirmaram usar totalmente dos meios de comunicação interna, mas 33%
discordaram parcialmente sobre a afirmativa, e 17% concordaram totalmente.
E encerrando a análise dos dados sobre comunicação interna, a afirmativa lançada
sobre se os respondentes recebem elogios sobre um trabalho bem feito, 83% da amostra
Tabela 13: COMUNICAÇÃO INTERNA – SQS/SAS
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
As metas organizacionais são divulgadas
frequentemente.
1
17
3
50
1
17
1
17
0
0
As informações internas são claras e
acessíveis a todos.
1
17
3
50
0
0
1
17
1
17
O seu líder imediato é um bom comunicador.
0
0
0
0
2
33
3
50
1
17
Você usa de todos os meios de comunicação
interna da empresa.
0
0
2
33
0
0
1
17
3
50
Comunicação Interna
Você recebe elogios por um trabalho bem
feito.
0
0
1
17
0
0
3
50
2
33
54
onfirmou parcialmente ou totalmente, 17% discordou parcialmente da afirmativa e não houve
mais respostas.
6.4 Integração Empresa/Empregado
Segundo Brum (2007) o que se faz nas empresas com intuito de estabelecer relação
entre a empresa e o empregado está no contexto de endomarketing. Deste parâmetro
estudamos a temática de integração, procurando saber se há conexão dos setores dentro da
DATAPREV/PB.
Um dos pontos estudados foi o compartilhamento com os empregados da tomada de
decisão, pois para Chiavenato (2003) fazer com que cada empregado esteja preparado para
resolver problemas com gabarito de tomador de decisões na empresa é amostra de confiança
dentro da organização. Assim como Chiavenato, Bekin (2005) destaca que para implantação
do endomarketing é necessária, entre outros aspectos, atribuições de responsabilidade a todos.
Brum (2007) ainda atenta que integrar as áreas da empresa é um pouco mais difícil
devido aos objetivos serem diferentes, assim como a estrutura e a atividade. Diante disto
perguntamos aos empregados da DATAPREV/PB se havia parceria entre os setores.
O ambiente físico do trabalho também pode auxiliar na integração dos empregados
através da aproximação e facilidade de comunicação, na DATAPREV/PB tentamos apurar a
opinião dos empregados quanto a isto. Kouzes e Posner (1997) expõem que o layout físico
usado de maneira estudada pode encorajar interações frequentes e duráveis entre os
empregados.
O fato do pessoal da DATAPREV/PB poder se desenvolver dentro da empresa foi o
quarto fator de integração abordado, Gil (2001) destaca que as empresas devem manter
estratégias que proporcionem o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas,
especialmente em empresas ligadas a tecnologia onde a ocorrência de perda de talentos é
rotineira.
E completando os fatores que consideramos importantes na análise das estratégias de
integração dentro da empresa estudada, está a partilha de conhecimento. Mayo (2003) aponta
como um dos modelos de aprendizagem, a aprendizagem com os outros, onde empregados
trocam experiências entre si.
Com este embasamento, avaliamos os resultados sobre as afirmativas lançadas aos
respondentes dos setores da DATAPREV/PB na acepção do significado de integração,
55
levando em conta: organização/empregado, ambiente/atividades autoridade/autor, e
conhecimento/compartilhamento.
Fonte: Pesquisa aplicada
A tabela 14 mostra os resultados da pesquisa aplicada na URPB. Quando se expôs a
afirmativa sobre a participação do sujeito da pesquisa na tomada de decisão da empresa, com
o intuito de avaliar se há resquícios de empowerment – atribuição de poder às pessoas
verificou-se que 31% mantiveram-se indiferentes a afirmativa – nem concordando, nem
discordando. Somando 38% foram os que discordaram totalmente ou parcialmente e outros
31% concordaram parcialmente ou totalmente, havendo menos concordância total nesta
questão.
Sobre se existe a parceria entre os setores da empresa, os empregados concordaram
parcialmente que existe com 44%, 25% discordaram parcialmente, ainda em discordância
19% confirmaram não existir, 6% da amostra manteve-se indiferente, e os últimos 6%
restantes confirmaram existir a parceria concordando totalmente.
A influência do ambiente do trabalho para o auxílio da integração das pessoas da
organização também foi estudada nesta parte do questionário, os empregados da URPB
empatados com 31% afirmaram discordar totalmente e nem concordaram, nem discordaram
com este ponto, com percentual de 25% concordaram parcialmente, 6% concordaram
totalmente, e os outros 6% restantes discordaram parcialmente. Vê-se que com este resultado,
os empregados não indicam o layout como influência de integração.
Tabela 14: INTEGRAÇÃO EMPRESA/EMPREGADO – URPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você participa das tomadas de decisão da
empresa.
4
25
2
13
5
31
4
25
1
6
Os setores da empresa são parceiros.
3
19
4
25
1
6
7
44
1
6
O layout do seu ambiente de trabalho auxilia
na integração das pessoas.
5
31
1
6
5
31
4
25
1
6
O seu trabalho permite que você se
desenvolva.
1
6
1
6
3
19
9
56
2
13
Integração
empresa/empregado
Você compartilha seu conhecimento dentro da
empresa.
0
0
0
0
3
19
10
63
3
19
56
Em relação ao consentimento da empresa sobre o desenvolvimento do empregado
dentro dela, a maioria, 69% concordou com a afirmativa, havendo percentual de 19%
empregados indiferentes e somente 12% da amostra de discordantes.
Que a empresa permite o aperfeiçoamento do empregado já confirmamos, mas este
conhecimento individual é disseminado aos outros empregados? Eles compartilham o que
aprendem dentro e fora da organização?
Com intuito de responder estes questionamentos, foi lançada a afirmativa: você
compartilha seu conhecimento dentro da empresa. Nas respostas não houve nenhum que
discordasse do assunto, somados 82% dos sujeitos da pesquisa concordaram mais
parcialmente que totalmente, e 19% ficaram indiferentes à afirmativa.
Fonte: Pesquisa aplicada
Como se pode conferir na tabela 15 continuou verificando-se alguns aspectos de
integração empresa/empregado, mas nesta mostra-se a visão dos empregados da UDPB. Em
relação à afirmativa se eles participam da tomada de decisão da empresa, os sujeitos em
maioria afirmaram não participar com 36% totalmente, 28% parcialmente e 22% indiferentes,
havendo minoria de 12% que participam parcialmente e somente 2% que participam
totalmente. Conclui-se que o poder de decisão não é dado aos membros da UDPB em geral.
A tabela 15 aponta também que a integração dos setores como parceiros na visão dos
integrantes da UDPB existe, no entanto de forma parcial, pois 33% das respostas assinalaram
a concordância parcial com a afirmativa colocada, 29% discordaram parcialmente, 26% nem
concordaram, nem discordaram, 7% concordaram totalmente, e 5% discordaram totalmente.
Assim, tem-se que a parceria dos setores da DATAPREV/PB é um ponto a ser trabalhado.
Tabela 15: INTEGRAÇÃO EMPRESA/EMPREGADO – UDPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você participa das tomadas de decisão da
empresa.
21
36
16
28
13
22
7
12
1
2
Os setores da empresa são parceiros.
3
5
17
29
15
26
19
33
4
7
O layout do seu ambiente de trabalho auxilia
na integração das pessoas.
2
3
3
5
8
14
33
57
12 21
O seu trabalho permite que você se
desenvolva.
0
0
1
2
9
16
28
48
20 34
Integração
empresa/empregado
Você compartilha seu conhecimento dentro da
empresa.
0
0
2
3
5
9
31
53
20 34
57
Sobre a ambientação do local de trabalho se auxilia na integração das pessoas, os
questionados confirmaram em parte que é um fator assistencial na relação das pessoas o que
foi representado por 57% da amostra, 21% concordaram totalmente, 14% mantiveram-se
indiferentes, e os outros 8% foram discordantes.
A UDPB apresentou resultado positivo quanto ao trabalho na facilitação do
desenvolvimento dos colaboradores, 48% concordaram parcialmente com a afirmativa, 34%
concordaram totalmente, 16% mantiveram-se indiferentes nem concordando, nem
discordando, e somente 2% discordaram em parte.
No que diz respeito à partilha do conhecimento dos empregados uns com os outros, a
pesquisa como mostra a tabela 15 sobre a UDPB, apresenta que 53% repassam totalmente aos
outros, novamente 34% concordaram parcialmente com a afirmativa, 9% mantiveram-se
indiferentes, e somente 3% da amostra discordaram em parte, não havendo discordância total
da afirmativa.
Fonte: Pesquisa aplicada
As equipes de serviço SQS/SAS foram analisadas na tabela 16, cuja primeira
afirmativa abordada foi se o respondente participa das tomadas de decisão da empresa. O
resultado foi que conforme suas repostas as pessoas se dividiram entre não ter participação
com 50% das questões como discordância totalmente da afirmativa, e ter participação com
33% concordaram parcialmente e mais 17% concordou totalmente, não havendo indiferentes
e discordantes parciais.
Tabela 16: INTEGRAÇÃO EMPRESA/EMPREGADO – SQS/SAS
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você participa das tomadas de decisão da
empresa.
3
50
0
0
0
0
2
33
1
17
Os setores da empresa são parceiros.
3
50
3
50
0
0
0
0
0
0
O layout do seu ambiente de trabalho auxilia
na integração das pessoas.
1
17
1
17
0
0
1
17
3
50
O seu trabalho permite que você se
desenvolva.
0
0
2
33
3
50
1
17
0
0
Integração
empresa/empregado
Você compartilha seu conhecimento dentro da
empresa.
0
0
0
0
0
0
5
83
1
17
58
Se os setores são parceiros foi o segundo questionamento abordado na tabela 16, os
membros da SQS/SAS foram unânimes em discordância com a afirmativa lançada. Sendo
50% discordantes parciais e 50% discordantes totais.
Como terceiro questionamento teve a abordagem do layout do ambiente de trabalho
como fator integrador das pessoas da empresa. Neste ponto os integrantes da SQS/SAS
demonstraram que o grau de concordância total foi maioria – 50%. Como discordância total,
parcial e concordância parcial obtiveram-se 17% cada alternativa, não havendo indiferentes.
Em relação ao quarto ponto acerca de se o trabalho permite que o respondente se
desenvolva 50% manteve-se indiferente – nem concordando, nem discordando, 33%
discordou parcialmente e 17% concordaram parcialmente, não havendo mais respostas para
tal.
E em quinto e último ponto que a tabela 16 demonstrou está à disseminação do
conhecimento dos empregados da SQS/SAS com as demais pessoas da empresa, neste só
houve concordância – 83% total e 17% parcial. Assim, vê-se que é bem desenvolvido o
aspecto de propagação do conhecimento individual dentro da empresa, o que faz com que o
capital intelectual da organização não fique direcionado a poucos.
6.5 Incentivos subjetivos oferecidos
Brum (2005) destaca que endomarketing é basicamente tornar o empregado bem
preparado e melhor informado oferecendo a ele educação, atenção e carinho, incentivando a
criatividade e felicidade, capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente.
Drucker (2001) diz que não se pode excluir fatores como afeição, gratidão, amizade,
respeito mútuo e confiança entre a organização e as pessoas na relação de trabalho. Por isto,
investir no uso de incentivos subjetivos é hoje estratégia das empresas que buscam fidelizar o
cliente interno com custos mínimos aplicando eficiência à produtividade da empresa, com
isso o alcance dos objetivos organizacionais e consequentemente os individuais.
Um dos pontos fundamentais tratados neste tópico é o aproveitamento das ideias fruto
do trabalho dos colaboradores. Arnold e Plas (1996) aproximam o desenvolvimento da
empresa com o crescimento, através da qualidade da organização em reconhecer ideias
inovadoras como mercadoria valiosa.
Em fim, por estas e outras visões de autores renomados, analisaremos a concordância
e discordância quanto aos incentivos subjetivs oferecidos pela DATAPREV no âmbito
Paraíba, buscando auferir a autonomia que o empregado possui dentro da organização, o
59
oferecimento de ascensão aos bons contribuintes para o sucesso empresarial, o desafiador do
trabalho pela exigência que requisita, a característica da imagem que repassa, e por último
auferir a valorização da inovação e criatividade.
Fonte: Pesquisa aplicada
Na tabela 17 mostra-se o grau de concordância e discordância quanto aos incentivos
subjetivos oferecidos pela empresa, nesta aponta-se a visão dos empregados da URPB. Sobre
a autonomia aos empregados para decidir a maneira de executar suas tarefas, 63% confirmam
possuí-la parcialmente, 19% a tem parcialmente, 13% não a tem, 19% manteve-se indiferente
e ninguém confirmou a ter totalmente.
A empresa em relação se oferece ascensão aos bons empregados foi avaliada com 31%
de discordância total, 38% com indiferença, 13% com parcialidade de concordância e
discordância cada uma e somente 6% concordaram totalmente.
A URPB avaliou que a exigência para executar o trabalho requer bastante da
capacidade profissional dos empregados representados por 44% da amostra, 31%
concordaram em parte, 13% apresentaram-se indiferentes – nem concordando, nem
discordando, e 12% discordaram parcialmente ou totalmente.
Em relação ao repasse interno da imagem da empresa foi a tabela apresentou resultado
de 63% de um repasse de boa imagem, 19% como boa em parte, 19% responderam nem
concordar, nem discordar, não havendo discordância.
Sobre a inovação e criatividade, a avaliação se deu pelo grau de concordância sobre a
afirmativa de que na empresa novas ideias são sempre produtos valiosos. A URPB
Tabela 17: INCENTIVOS SUBJETIVOS OFERECIDOS - URPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você tem autonomia para decidir a maneira de
executar suas tarefas.
2
13
1
6
3
19
10
63
0
0
A empresa oferece ascensão aos bons
empregados.
5
31
2
13
6
38
2
13
1
6
O seu trabalho exige bastante da sua
capacidade profissional.
1
6
1
6
2
13
5
31
7
44
A empresa internamente passa uma boa
imagem.
0
0
0
0
3
19
10
63
3
19
Incentivos
Na empresa novas ideias são sempre produtos
valiosos.
4
25
0
0
3
19
6
38
3
19
60
demonstrou, pelo resultado exposto da tabela 17, que 38% da amostra concordou
parcialmente, enquanto 25% discordou totalmente. Ponto a ser trabalhado, pois somente 19%
concordaram totalmente, havendo também 19% indiferentes a afirmativa.
Fonte: Pesquisa aplicada
A tabela 18 expõe os resultados adquiridos pela análise das respostas dadas pela
UDPB sobre os incentivos subjetivos oferecidos pela empresa. Sobre o aspecto da autonomia
dada aos empregados para decidir o modo de execução de suas tarefas, 55% concordaram
parcialmente com a afirmativa, 21% situou-se com impassibilidade, 12% discordaram
parcialmente, 9% concordou totalmente, e somente 3% discordaram totalmente.
Sobre a ascensão dos bons empregados se é oferecido, a UDPB foi parcial tanto em
concordância quanto em discordância, já que 41% são parcialmente concordantes e 21%
parcialmente discordante. Mas houve também os indiferentes com percentual de 29% da
amostra, somente 5% discordantes totalmente e 3% de concordantes totalmente.
A capacidade profissional exigida no trabalho exercido foi um dos aspectos onde mais
houve total concordância com 62% da amostra afirmando o tema apresentado, 36%
concordaram parcialmente e somente 2% mantiveram-se com indiferença, não existindo
discordância.
Outra afirmativa abordada foi sobre a imagem repassada pela empresa aos clientes
internos se esta pode ser considerada boa. Somente 10% da amostra da UDPB empregados
parcialmente sobre a qualidade da imagem ser boa, 26% colocaram-se com indiferença, 22%
concordaram parcialmente, e a maioria representada por 41% concordou parcialmente.
Tabela 18: INCENTIVOS SUBJETIVOS OFERECIDOS – UDPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você tem autonomia para decidir a maneira de
executar suas tarefas.
2
3
7
12
12
21
32
55
5
9
A empresa oferece ascensão aos bons
empregados.
3
5
12
21
17
29
24
41
2
3
O seu trabalho exige bastante da sua
capacidade profissional.
0
0
0
0
1
2
21
36
36 62
A empresa internamente passa uma boa
imagem.
0
0
6
10
15
26
24
41
13 22
Incentivos
Na empresa novas ideias são sempre produtos
valiosos.
1
2
11
19
18
31
20
34
8
14
61
Se as novas ideias são como produtos valiosos a tabela 18 mostra que 34% da UDPB
concordaram parcialmente, 31% são indiferentes, 21% discordaram, e 14% concordaram
totalmente.
Fonte: Pesquisa aplicada
Na tabela 19 encontramos os resultados das equipes de serviço SQS/SAS sobre o tema
de incentivos subjetivos. Inicialmente foi avaliada a autonomia para decisão do modo de
execução do trabalho – 83% concordaram que, em parte, há certa autonomia no cumprimento
das tarefas, e os outros 17% disseram não haver nenhuma autonomia.
Se a empresa oferece ascensão aos bons empregados, a SQS/SAS respondeu com 83%
que discordam da afirmativa, e outros 17% apresentaram-se indiferentes. Como se pôde
observar este é um ponto crítico, sendo um modo de incentivo não trabalhado nas equipes de
SQS/SAS.
Conforme comprova a tabela 19, a capacidade profissional exigida pelo trabalho na
DATAPREV/PB é bastante demandada, já que foram representados por 33% de concordância
parcial e 33% de concordância total. Havendo ainda 33% que permaneceram indiferentes.
Na tabela 19 sobre a imagem da empresa internamente a resultante foi que as equipes
de serviço SQS/SAS não consideram ter uma boa imagem representados por 66% e somente
17% discordam parcialmente e 17% nem concordam, nem discordam.
Sobre a valorização de novas ideias a empresa foi avaliada com respostas bem
diversificadas, 33% discordaram que novas ideias sejam considerados produtos valiosos, 33%
nem concordam, nem discordam e 33% concordam parcialmente com a afirmativa.
Tabela 19: INCENTIVOS SUBJETIVOS OFERECIDOS – SQS/SAS
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você tem autonomia para decidir a maneira de
executar suas tarefas.
1
17
0
0
0
0
5
83
0
0
A empresa oferece ascensão aos bons
empregados.
5
83
0
0
1
17
0
0
0
0
O seu trabalho exige bastante da sua
capacidade profissional.
0
0
0
0
2
33
2
33
2
33
A empresa internamente passa uma boa
imagem.
2
33
2
33
1
17
1
17
0
0
Incentivos
Na empresa novas ideias são sempre produtos
valiosos.
2
33
0
0
2
33
2
33
0
0
62
6.6 Comprometimento dos empregados
Diante dos conceitos de alguns autores, o comprometimento pode ser definido como o
envolvimento do empregado com a organização que leva o mesmo a realizar um esforço
considerável em prol da empresa. E comprometimento requer motivação, Weiss (1991)
destaca que a pessoa saber que tem um papel importante na organização e que outras pessoas
contam com ela, faz parte da motivação.
Stoner e Freeman (1999) observam que toda organização deve funcionar com certo
nível de comprometimento por parte de seus membros. Por esta abordagem, analisamos neste
tópico os resultados diante de algumas afirmativas colocadas aos membros da
DATAPREV/PB.
Gil (2001) atenta que a maior produtividade está nos empregados que mais de
identificam com a empresa, são os que “vestem a camisa” da empresa. Nesta temática
analisamos as confirmações dos empregados quanto as suas concepções de adesão.
Para verificação do comprometimento dos empregados procuramos verificar o grau de
identificação que os respondentes tem com a empresa, o interesse por assuntos da mesma, se
eles oferecem sua criatividade dentro da empresa, se praticam todas as tarefas as que são
designados e o mais importante: se vestem a camisa da empresa.
Fonte: Pesquisa aplicada
A tabela 20 mostra como anda o comprometimento dos empregados da URPB em
relação aos aspectos já citados, dentre estes se mostra que as pessoas se identificam com a
empresa e procuram manter-se fieis aos objetivos da organização, pois metade dos
Tabela 20: COMPROMETIMENTO DOS EMPREGADOS - URPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você se identifica com a empresa e procura
manter-se fiel aos seus objetivos.
0
0
1
6
1
6
6
38
8
50
Você procura saber dos avanços da empresa e
repercussão dela na mídia.
1
6
0
0
0
0
7
44
8
50
Você é criativo nas atividades que desenvolve
dentro da empresa.
0
0
0
0
2
13
11
69
3
19
Você pratica todas as tarefas inerentes ao seu
cargo.
0
0
0
0
0
0
5
31
11 69
Comprometimento
Você "veste a camisa" da empresa.
0
0
0
0
1
6
5
31
10 63
63
respondentes concordam totalmente com o quesito colocado, outros 38% da amostra
concordam só que em parte, havendo minoria de sujeitos da pesquisa a discordar parcialmente
ou nem concordar, nem discordar.
Sobre o interesse das pessoas em saber sobre os avanços da empresa e repercussão
dela na mídia, os sujeitos da URPB pesquisados apontaram total interesse por assuntos da
empresa, porque diante da amostra 50% disse ter interesse, 44% diz ter em parte, e somente
os 6% restantes disseram não ter nenhum interesse, discordando totalmente da afirmativa
lançada.
Falando em contribuir com a empresa através da aplicação da criatividade individual,
69% concordaram em parte aplicar criatividade nas tarefas exercidas, 19% concordou
totalmente e da amostra 13% nem concordou, nem discordou com o tema abordado.
Abordando o tema de responsabilidade como compromisso em endomarketing,
veremos que não de forma estabelecida passível a pena, mas de caráter mercadológico, o
funcionário deve entender que o cumprindo com suas responsabilidades será bom para ele,
para a empresa e para o mercado. Neste intuito, lançamos a afirmativa de que o sujeito aplica
todas as tarefas inerentes ao cargo.
Pode ser de resultado óbvio para alguns, no entanto não perde a importância de ser
atestado, na URPB 69% concordaram totalmente com a afirmativa e os outros 31%
concordaram aplicar em parte, assim pode-se antecipar que pode haver falhas, entre outros
fatores, no repasse de atribuição de atividades ou na liderança que não aproveita todas as
condições do empregado.
Contudo, a afirmativa fundamental neste assunto é se o empregado “veste a camisa”
da empresa, na URPB o resultado foi bem positivo, já que 61% concordaram totalmente com
a afirmativa, 31% concordou parcialmente – ponto a ser trabalhado, pois quanto mais aliado o
empregado for as metas da empresa, melhor serão os resultados obtidos. E por fim, com 6%
encontram-se os empregados indiferentes a afirmação.
64
Fonte: Pesquisa aplicada
Continuando com o tema de comprometimento dos empregados, a tabela 21 segue os
resultados da pesquisa aplicada na UDPB. Analisando o percentual de concordância aplicado
na afirmativa sobre a identificação do empregado da empresa e fidelidade do mesmo com os
objetivos da empresa, pode-se observar que 41% concordaram totalmente e 38% concordou
em parte o que podemos concluir que é um bom nível de identificação e fidelidade do cliente
interno. Já 29% apresentaram-se indiferentes a questão, não havendo mais respostas.
Em relação ao interesse dos sujeitos da pesquisa sobre avanços da empresa e
repercussão dela na mídia, podemos verificar que a maioria mais uma vez concorda possuir
tal interesse, ainda possuindo 33% da amostra interessada em parte, 22% indiferente – não
concordando, nem discordando da afirmativa exposta na tabela 21, e por fim 5% discordam,
sendo 2% em parte e 3% totalidade.
Conforma a tabela 21, quando se apontou a afirmativa sobre a aplicação da
criatividade nas tarefas desenvolvidas na UDPB, 50% pôs-se em concordância parcial com a
afirmação, 38% concordando totalmente, e 12% da amostra encontrou-se nem concordando,
nem discordando do tema apontado.
Sobre a execução das tarefas inerentes aos cargos ocupados na UDPB pelos sujeitos
pesquisados, fator que deve ser bem claro dentro de qualquer organização para que os
empregados saibam a importância de suas contribuições e sintam-se parte da empresa com o
seu exercício, foi o aspecto analisado também no contexto do comprometimento.
A UDPB apresenta que 50% das pessoas concordam parcialmente com a afirmativa
lançada, como mostra a tabela 21. Da amostra 45% concordam totalmente, sendo somente 2%
se mantendo indiferente e 3% apontaram discordar parcialmente da questão. Assim, podemos
concluir que não cumprem todas as tarefas, havendo alguma que é da competência do sujeito
Tabela 21: COMPROMETIMENTO DOS EMPREGADOS – UDPB
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você se identifica com a empresa e procura
manter-se fiel aos seus objetivos.
0
0
0
0
13
21
24
38
26 41
Você procura saber dos avanços da empresa e
repercussão dela na mídia.
1
2
2
3
13
22
19
33
23 40
Você é criativo nas atividades que desenvolve
dentro da empresa.
0
0
0
0
7
12
29
50
22 38
Você pratica todas as tarefas inerentes ao seu
cargo.
0
0
2
3
1
2
29
50
26 45
Comprometimento
Você "veste a camisa" da empresa.
0
0
1
2
3
5
19
33
35 60
65
da UDPB e não está sendo executada, cabendo ao gestor verificar por qual motivo isto está
acontecendo tanto nestes 3% quanto nos 50% que se apresentaram como executores parciais
de todas as tarefas.
A última afirmação que a tabela 21 traz sobre a convicção do empregado quanto a
defesa a empresa pela questão se ele “veste a camisa” da empresa foi o fator abordado que
mais obteve concordância em totalidade por possuir 60% da amostra, 33% concordaram em
parte, 5% se abstiveram a prerrogativa e somente 2% não concordaram, discordando em parte.
Fonte: Pesquisa aplicada
A tabela 22 mostra os resultados sobre o comprometimento dos empregados das
equipes de serviço de qualidade e arquitetura – SQS/SAS. Como podemos observar na tabela,
67% da SQS/SAS se identifica em totalidade com a empresa e procura manter-se fiel aos
objetivos da organização, já 17% da amostra se identifica e procura ser fiel a organização em
parte, e o restante discordou parcialmente.
O interesse do empregado pela empresa também é um dos aspectos o qual o gestor
deve alimentar entre seus subordinados. Nesta pesquisa os empregados da SQS/SAS
mostraram-se concordantes com a afirmação colocada, pois 50% da amostra concordam
totalmente provando o interesse pelos avanços da empresa e repercussão dela na empresa.
Outros 17% concordam parcialmente, e o restante em percentuais iguais abstiveram-se da
questão ou discordaram parcialmente.
Quando colocada a afirmativa ao sujeito sobre se ele é criativo nas atividades que
desenvolve dentro da empresa, o resultado foi unânime em concordância com a afirmativa –
50% são totalmente criativos e outros 50% parcialmente. O que leva a crer que a criatividade
é aspecto bem apurado entre os membros da SQS/SAS.
Tabela 22: COMPROMETIMENTO DOS EMPREGADOS – SQS/SAS
Opções de respostas: Discordo
totalmente
Discordo
parcialmente
Não
concordo,
nem
discordo
Concordo
parcialmente
Concordo
totalmente
Escala de classificação ou
grau de concordância:
1
2
3
4
5
Freqüência e percentual válido: F
%
F
%
F % F
%
F %
Você se identifica com a empresa e procura
manter-se fiel aos seus objetivos.
0
0
1
17
0
0
4
67
1
17
Você procura saber dos avanços da empresa e
repercussão dela na mídia.
0
0
1
17
1
17
1
17
3
50
Você é criativo nas atividades que desenvolve
dentro da empresa.
0
0
0
0
0
0
3
50
3
50
Você pratica todas as tarefas inerentes ao seu
cargo.
0
0
1
17
0
0
3
50
2
33
Comprometimento
Você "veste a camisa" da empresa.
0
0
0
0
0
0
3
50
3
50
66
Sobre a prática de todas as atividades inerentes ao cargo, a SQS/SAS apontou certa
brecha quanto ao exercício das tarefas, já que metade da amostra apresentou com
concordância em parte com a afirmativa, obtendo nesta pesquisa somente 33% de
concordância total e ainda recebendo 17% de discordância parcial.
E igualmente ao fator criatividade, o fator aplicado na afirmativa – você “veste a
camisa da empresa” também obteve metade dos sujeitos da amostra como concordantes totais
e a outra metade como concordantes parciais. Pois como Brum (2007) destaca o propósito do
endomarketing é fazer com que o empregado transforme-se em facilitador para consolidar a
imagem da empresa e o seu valor para o mercado.
67
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificar as estratégias da empresa quanto ao endomarketing mesmo que sua
existência seja informal em uma organização pública foi um desafio, pois as perspectivas
apontavam barreiras.
Inicialmente, observamos o perfil dos clientes internos que apontou que a URPB
possui quadro funcional onde se encontra o conglomerado de mulheres da DATAPREV/PB, e
por ter um quadro funcional com mais idade, com mais tempo de empresa, por possuir mais
responsabilidades por serem pessoas quase todas casadas, atribuem mais importância a fatores
que definem a responsabilidade social da empresa, visto que defendem como de muita
importância o papel da empresa para a sociedade, o trabalho que exercem e, que é dever da
empresa incentivar uma cultura cidadã. Estes fatores de importância quando abordados na
UDPB e SQS/SAS notou-se como de importância, mas não como essenciais, exceto o fator de
trabalho exercido em que todas as três áreas concordaram ser muito importante.
A UDPB e a SQS/SAS são os setores mais jovens da empresa, com menos tempo de
contribuição, com mais especialização da carreira profissional, quase metade do público de
pessoas casadas e metade de solteiras. No entanto, diferenciaram-se pelo gênero, pois na
UDPB o público é consideravelmente de homens e já nas equipes de serviço encontramos
uma divisão em partes iguais de homens e mulheres.
Podemos identificar entre os setores diferentes motivações de trabalhar na
DATAPREV/PB, na URPB foi destacada a realização profissional, na UDPB a busca por
estabilidade, e na SQS/SAS a região em que a empresa está instalada.
Assim, conhecidos o perfil do cliente interno e a visão de importância sobre a
empresa, nosso estudo passa a ser sobre as estratégias de endomarketing, as dividindo em
quatro fatores: integração, comunicação, incentivos e comprometimento.
Na URPB identificamos como fator a ser trabalhado, em quesito de comunicação
interna, a carência de reconhecimento por elogios, no entanto, a unidade mostrou que faz uso
de muitos dos meios de comunicação dentro da empresa. O fator integrador dentro da unidade
regional foi o compartilhamento de conhecimento dentro da empresa, todavia o ponto a ser
trabalhado é a parceria entre os setores que foi ponto bem saliente nos resultados da pesquisa.
Estudando a subjetividade dos incentivos dentro da DATAPREV/PB podemos concluir que a
boa imagem interna da empresa é o fator mais cotado pela URPB, e em contrapartida o não
oferecimento de ascensão aos bons empregados é o que desestimula. O comprometimento dos
empregados da URPB pode ser visto mais como por cumprir suas tarefas do que por haver um
68
envolvimento do empregado com a empresa, visto que muitos apontaram não contribuir
totalmente com criatividade nas atividades exercidas.
A UDPB, em bases de comunicação interna, apontou o poder de comunicação dos
líderes imediatos como fator mais relevante, no entanto, a acessibilidade e clareza das
informações é um ponto não muito bem desenvolvido na visão dos membros desta unidade. A
unidade de desenvolvimento apresenta que o que mais faz a integração empresa/empregado,
no contexto que analisamos, são a possibilidade de desenvolvimento do empregado dentro da
organização e o repasse do conhecimento entre os empregados. Entretanto, a participação dos
empregados na tomada de decisão dentro da UDPB não é apontada como um fator integrador.
A exigência que o trabalho tem é visto como fator incentivador, no entanto, em incentivos de
subjetividade não oferecer ascensão, semelhante à conclusão dada através das respostas da
URPB, é o aspecto que não se encaixa na abordagem que aplicamos. Na UDPB em questão de
comprometimento já podemos perceber, diferente do que acontece com a URPB, que o
envolvimento existe, mas o interesse por informações da empresa externamente não são
totalmente considerados hábitos dos empregados.
Na SQS/SAS o que incide em falha no aspecto comunicação interna é a questão da
divulgação frequente de metas a serem alcançadas e é importante ressaltar que as equipes de
serviço se apresentaram usuários de todos os meios de comunicação que dispõe a empresa, o
que descomplica o acesso a estas equipes. Na abordagem de integração empresa/empregado,
as equipes de serviço apontaram o layout dos seus ambientes de trabalho o facilitador da
interação entre as pessoas, e apresentou a inexistência de parceria dos setores, falha esta
desestimulante da integração dentro da empresa. Através de respostas unânimes podemos
concluir que o ponto de vista das equipes de serviço em relação à abordagem de incentivos
subjetivos oferecidos pela empresa é a exigência por capacidade profissional que o trabalho
carece. E o incentivo que deve ser aperfeiçoado é a ascensão dos bons empregados, mais uma
vez indicado. A SQS/SAS no estudo sobre comprometimento iguala-se com a UDPB no que
se refere a envolvimento, pois usam de criatividade, as respostas mostram que “vestem a
camisa” da empresa, mas buscar informações da empresa fora dela não é o forte dos
empregados.
Com este estudo, dentre vários aspectos, podemos concluir que a subordinação foi um
dos fatores que influenciaram os resultados, pois mostraram a aplicação da temática estudada
com mais ênfase na UDPB, com reflexo na SQS/SAS por possuir mais proximidade com as
atividades exercidas e maior interação, e menos ênfase na URPB.
69
Mas a perspectiva de melhores resultados pode ocorrer em breve, pois como a própria
empresa mantém em seu Planejamento Estratégico, comunicação interna deverá promover a
transparência da gestão e o comprometimento das pessoas, para isto melhorar a qualidade da
informação institucional é um conceito já existente para integrar a gestão da empresa. E a
necessidade de posicionar a DATAPREV como empresa cidadã estimulando o
comportamento social entre os empregados e a comunidade também é inserido nesta nova
conjuntura.
A DATAPREV já enxerga que o sucesso de estratégia está na transformação desta em
tarefa cotidiana de todos. Nas palavras da diretora de Pessoas da DATAPREV Janice Brutto,
em abril de 2009 em sua contribuição no Programa de Formação Corporativa 2009,
direcionado aos novos ingressantes da UDPB, defendeu que a definição de uma estrutura
organizacional foi o grande desafio. E mostrou que os princípios da empresa em relação a
pessoas são hoje: a valorização de talentos, a equidade, o aperfeiçoamento profissional, a
ênfase na dimensão pública do trabalho e o reconhecimento.
Rodrigo Assumpção, presidente atual da DATAPREV confirma que a mudança está
acontecendo, ele relatou em maio de 2009 na palestra que fez na sede da DATAPREV/PB que
não se pode corrigir a fase de desamparo que a empresa enfrentou por 10 anos em dois, mas
se pode aplicar a concepção de que se pode mudar. E ainda reforçou que o problema não é a
falta de dinheiro que muitas empresas passam, mas sim a falta de pessoas que toquem os
processos.
É neste contexto que a aplicação de estratégias de endomarketing se encaixa, seja no
intuito de fazer com que o empregado se perceba parte fundamental dos processos
organizacionais, seja na troca de informações e sua disponibilidade, seja no compartilhamento
dos desafios com todos os membros da empresa. Em tudo há a necessidade que o recurso
humano, desde as atividades mais simples às mais complexas, seja direcionado ao alcance dos
objetivos da empresa conscientemente.
70
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73
APÊNDICE A
Questionário
74
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Questionário de Pesquisa
Endomarketing: análise das estratégias em uso na DATAPREV/PB
Esta pesquisa é oriunda de um trabalho monográfico sobre o tema Endomarketing: análise das estratégias
em uso na DATAPREV/PB, conclusão do curso de Administração - aluna Juliana Guimarães Melo, tendo
como orientadora Profª. Ms. Ilka Maria Soares Campos. O objetivo proposto é a coleta de informações através
da aplicação deste projeto com os empregados, já que o campo empírico é esta instituição.
Salientamos ainda, que os formulários não necessitarão de identificação.
Marque um "X" em apenas uma alternativa de cada questão
1. Qual o seu sexo?
Feminino
Masculino
2. Qual a sua idade?
18 a 25 anos
41 a 50 anos
26 a 30 anos
mais de 50 anos
31 a 40 anos
3. Qual o seu estado civil?
Solteiro(a)
Viúvo(a)
Casado(a)
Outro
Divorciado(a)
4. Qual o seu grau de instrução?
Ensino fundamental (1o grau)
Pós-graduação
Ensino médio (2o grau)
Outro ___________________
Ensino superior (3o grau)
5. Há quanto tempo o Sr(a). trabalha nesta empresa?
menos de 1 ano
de 8 a 10 anos
de 1 a 3 anos
mais de 10 anos
de 3 a 7 anos
6. O que mais te atraiu a trabalhar nesta empresa?
Salário e benefícios
Região que a empresa está instalada
Busca por estabilidade
Outro ___________________
Realização profissional
7. O seu trabalho é importante para empresa?
Sem importância
Importante
Pouca importância
Muito importante
Nem pouco, nem muito importante
8. O comprometimento dos empregados é importante para a atividade da empresa?
Sem importância
Importante
Pouca importância
Muito importante
Nem pouco, nem muito importante
9. O papel social que a empresa possui é importante?
Sem importância
Importante
Pouca importância
Muito importante
Nem pouco, nem muito importante
10. É importante que a DATAPREV dissemine o exercício do voluntariado e cidadania?
Sem importância
Importante
Pouca importância
Muito importante
Nem pouco, nem muito importante
75
ATENÇÃO: Nas questões de 11 a 30 marque um "X" em apenas um número de 1 a 5 de acordo com as
alternativas abaixo:
(5) Concordo totalmente
(4) Concordo parcialmente
(3) Não concordo, nem discordo
(2) Discordo parcialmente
(1) Discordo totalmente
QUESTÕES:
11. As metas organizacionais são divulgadas frequentemente.
1
2
3
4
5
12. As informações internas são claras e acessíveis a todos.
1
2
3
4
5
13. O seu líder imediato é um bom comunicador.
1
2
3
4
5
14. Você usa de todos os meios de comunicação interna da empresa
1
2
3
4
5
15. Você recebe elogios por um trabalho bem feito.
1
2
3
4
5
16. Você participa das tomadas de decisão da empresa.
1
2
3
4
5
17. Os setores da empresa são parceiros.
1
2
3
4
5
18. O layout do seu ambiente de trabalho auxilia na integração das pessoas.
1
2
3
4
5
19. O seu trabalho permite que você se desenvolva.
1
2
3
4
5
20. Você compartilha seu conhecimento dentro da empresa
1
2
3
4
5
21. Você tem autonomia para decidir a maneira de executar suas tarefas.
1
2
3
4
5
22. A empresa oferece ascensão aos bons empregados.
1
2
3
4
5
23. O seu trabalho exige bastante da sua capacidade profissional.
1
2
3
4
5
24. A empresa internamente passa uma boa imagem.
1
2
3
4
5
25. Na empresa novas ideias são sempre produtos valiosos.
1
2
3
4
5
26. Você se identifica com a empresa e procura manter-se fiel aos seus objetivos.
1
2
3
4
5
27. Você procura saber dos avanços da empresa e repercussão dela na mídia.
1
2
3
4
5
28. Você é criativo nas atividades que desenvolve dentro da empresa.
1
2
3
4
5
29. Você pratica todas as tarefas inerentes ao seu cargo.
1
2
3
4
5
30. Você "veste a camisa" da empresa.
1
2
3
4
5
76
ANEXOS
77
ANEXO A: Empresa pública com jeito de empresa privada
RAMIRO, Denise. Jeito de Empresa Privada: Estatais de capital misto investem na capacitação dos funcionários
para
reter
e
atrair
talentos.
Você
S/A.
Ed.
129.
mar.
2009.
Disponível
em
http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0129/aberto/materia/mt_426909.shtml. Acesso em 08 abr. 2009.
Existe uma ilha de excelência no setor público, formada por empresas de ponta em
segmentos estratégicos da economia brasileira. Em comum, elas têm características que fazem
toda a diferença no desenvolvimento da carreira de seus empregados: contam com
profissionais da maior competência, oriundos dos melhores centros técnicos e educacionais do
país. Para ingressar em seus quadros, os candidatos têm de passar por uma peneira fina: os
concursos públicos.
O plano de desenvolvimento de carreira é outro atrativo, porque oferece várias
oportunidades para o profissional crescer lá dentro. Ao todo, os empregados recebem 130
horas de treinamento por ano, ante 37,5 no Brasil e 30 nos Estados Unidos, segundo dados da
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. “Em média, o setor público
investe o dobro que as empresas privadas de ponta no desenvolvimento dos funcionários”, diz
Joel Dutra, professor da Fundação Instituto de Administração da USP.
As empresas públicas de administração indireta também reforçaram nos últimos anos
os seus processos sucessórios e de avaliação de desempenho. Não dava para ser diferente, já
que, com o recente aquecimento da economia e a consolidação de grandes multinacionais no
país, as empresas públicas passaram a disputar os melhores profissionais do mercado com a
iniciativa privada. Na Petrobras, a atuação dos funcionários é medida por metas anuais de
negócios e por um plano individual, acordado com o seu gerente imediato. A avaliação dessas
duas vertentes é usada na promoção de cargos, que ainda leva em conta o histórico
profissional, os cursos de pós-graduação, a fluência de idiomas, entre outros itens. Mais uma
oportunidade que a Petrobras oferece é a mobilidade dentro da companhia. “Aqui é possível
mudar de emprego sem mudar de empresa. Basta que o funcionário manifeste interesse”, diz
Mariângela Mundim, gerente de Planejamento de RH da Petrobras.
Complementam o pacote de atrativos o conjunto de benefícios e a qualidade de vida de
seus empregados. É comum ver empresas que oferecem bolsas de estudo para os filhos de
funcionários, que reembolsam até 80% da mensalidade para o Ensino Médio. Outro
diferencial é a estabilidade de emprego. Apesar de os funcionários das empresas de
administração direta serem contratados em regime de CLT e, portanto, passíveis de demissão,
o desligamento da empresa só ocorre por justa causa ou ineficiência técnica muito bem
comprovada
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