sábado, 3 de agosto de 2013

O CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO COMEÇA PELA TRILHA DO CONHECIMENTO

O site de referência sobre Gestão de Pessoas.Desconto de 20% na inscrição para Jornada de LiderançaAproveite... Pesquisar « Pesquisa Avançada » GESTÃO + Opcoes |COMPORTAMENTO + Opcoes | AUTODESENVOLVIMENTO | JORNADA VIRTUAL DE LIDERANÇA ContatoAgendaLinksBibliotecaParticipeAnunciersshome 30/07/2013RH » Desenvolvimento » Entrevista Enviar Comentar Compartilhar Imprimir O caminho para a transformação começa pela trilha do conhecimento Por Patrícia Bispo para o RH.com.br O ser humano vive em constante transformação mesmo que não perceba. São pequenos somatórios de fatos, de interpretações que damos à vida que nos tornam seres tão diferenciados e ao mesmo tempo intempestivos diante do que a vida nos reserva. Não existe um manual que caiba no bolso que nos dê a resposta para todas as indagações que surgem no transcorrer das nossas vidas, mas precisamos lidar com situações que nem sempre nos são agradáveis seja no campo pessoal ou profissional. Por isso, o conhecimento está intimamente ligado ao nosso processo de mudanças. Para trazer aos leitores do RH.com.br, uma percepção singular sobre a capacidade do aprendizado humano, inclusive no tocante à Gestão de Pessoas, entrevistei o Dr. Augusto Cury - psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Considerado o autor mais lido da última década, com mais de 20 milhões de livros vendidos somente no Brasil, as obras de Cury são consideradas best sellers e já foram premiadas em vários dos mais de 60 países onde são publicadas. Destacado pensador da atualidade com doutorado e mestrado internacionais que embasam sua teoria, conhecida por Inteligência Multifocal, Augusto Cury tem dirigido um avançado centro de desenvolvimento da inteligência e da saúde emocional. Segundo ele, o principal intuito da Inteligência Multifocal é modificar a forma do homem de pensar o mundo e a própria humanidade, quebrar paradigmas intelectuais e contribuir para a transformação do mundo por meio do conhecimento pragmático. "Um ser humano multifocalmente inteligente desenvolve a arte de pensar antes de reagir, a arte a dúvida, a arte a crítica, a arte de determinar nossas escolhas, a arte de ouvir, a arte de expor, e não de impor as ideias. Além disso, é capaz de trabalhar com maturidade suas decepções, dores e perdas, transformando seus problemas em desafios, aprendendo com os seus erros, desenvolvendo a capacidade empática de se colocar no lugar do outro e a perceber suas dores e necessidades psicossociais, valorizando a democracia das ideias e contribuindo para a sustentabilidade da organização", complementa. A entrevista com Dr. Augusto Cury segue na íntegra e espero que seja um rico momento para você refletir as situações que permeiam o seu dia a dia, bem como aquelas que surgirão do decorrer da sua existência. Boa leitura! RH.com.br - O que prega a Inteligência Multifocal? Augusto Cury - A Teoria da Inteligência Multifocal tem por objeto de investigação o funcionamento da psique, a natureza e a construção dos pensamentos, a formação dos pensadores, o papel histórico do Eu como gestor do teatro da mente e a liderança do Eu como autor da própria história. RH - Quais são as principais variáveis da Inteligência Multifocal, desenvolvida pelo senhor ao longo de 20 anos de estudos? Augusto Cury - Para a Psicologia Multifocal, a definição de inteligência é abrangente e como o próprio nome da teoria diz, é multifocal, multidinâmica, multifatorial. O conceito global de inteligência entra em três grandes estágios ou três grandes áreas. As duas primeiras são inconscientes e a última consciente. A primeira área é mais profunda, refere-se aos fenômenos inconscientes que atuam em milésimos de segundos no resgate e na organização das informações da memória e, consequentemente, na construção de pensamentos e emoções. Essa produção é registrada milhares de vezes por dia pelo fenômeno RAM - Registro Automático da Memória - construindo a plataforma que forma o Eu, que é a expressão máxima da consciência crítica e da capacidade de escolha. Tudo o que percebemos, sentimos, pensamos, experimentamos, tornam-se tijolos na construção dessa plataforma de formação do Eu. A segunda área refere-se ao corpo das complexas variáveis que influenciam em pequenas frações de segundos os fenômenos que leem a memória e produzem os pensamentos, imagens mentais, ideias e fantasias. Entre essas variáveis destaco "como estou" - estado emocional e motivacional, "quem sou" - a história existencial arquivada nas janelas da memória, "onde estou" - ambiente social, "quem sou geneticamente" - natureza genética e a matriz metabólica cerebral, e o "como atuo como gestor da psique" - o Eu como diretor do script de nossa história. A terceira grande área da inteligência refere-se aos resultados das duas primeiras áreas. Nessa área encontram-se os comportamentos perceptíveis, capazes de ser analisados, avaliados, aferidos. Nessa área evidencia-se a rapidez de raciocínio, o grau de memorização, a capacidade da assimilação de informações, o nível de maturidade nos focos de tensão, bem como os patamares de tolerância, inclusão, solidariedade, generosidade, altruísmo, segurança, timidez, empreendedorismo. RH - Por não se caracterizar como uma teoria fechada, a Multifocal também é aplicável ao desenvolvimento das pessoas no ambiente organizacional? Augusto Cury - Por ser de natureza multidimensional a teoria pode ser aplicada em todos os segmentos da sociedade. Seu principal intuito é modificar a nossa forma de pensar o mundo e a nós mesmos, quebrar paradigmas intelectuais e contribuir para a transformação do mundo por meio do conhecimento pragmático. Um ser humano multifocalmente inteligente desenvolve a arte de pensar antes de reagir, a arte a dúvida, a arte a crítica, a arte de determinar nossas escolhas, a arte de ouvir, a arte de expor, e não de impor as ideias, e, além disso, trabalha com maturidade suas decepções, dores e perdas, transformando seus problemas em desafios, aprendendo com os seus erros, desenvolvendo a capacidade empática de se colocar no lugar do outro e a perceber suas dores e necessidades psicossociais, valorizando a democracia das ideias e contribuindo para a sustentabilidade da organização. RH - A Inteligência Multifocal está mais próxima da Gestão do Conhecimento ou da Gestão Comportamental? Augusto Cury - A Inteligência Multifocal está comprometida com o desenvolvimento das funções complexas da inteligência e de novas competências: proteger a emoção, gerenciar os pensamentos, adquirir postura empreendedora e criatividade, autodisciplina, autocrítica e liderança. Está a serviço da promoção da saúde emocional e da prevenção dos transtornos psíquicos: gerenciamento do estresse, ansiedade, timidez, insegurança, elevação da autoestima e prevenção de fobias e depressão. Auxilia na construção de relações intra e interpessoais saudáveis: aprender a se relacionar consigo mesmo e com os outros, tolerância, trabalho em equipe, administração de conflitos e carisma. Neste sentido, há uma convergência da Gestão do Conhecimento e da Gestão Comportamental pela própria natureza da Teoria Multifocal, que, em última instância, se apropria do conhecimento para promover o processo de modificação comportamental. RH - Cada vez que o senhor realiza um trabalho com a Inteligência Multifocal junto a uma empresa, surgem mais convicções ou dúvidas em relação ao ser humano? Augusto Cury - Se você almeja ser um empreendedor, terá de enxergar a vida, a família e o trabalho e como labirintos exteriores. Terá de enfrentar o anfiteatro dos pensamentos, o território da emoção e os solos da memória como labirintos interiores. Em cada labirinto, há lições para aprender e terrenos para serem conquistados. Por que enxergar os ambientes como labirintos? Porque eles têm curvas imprevisíveis, compartimentos desconhecidos, situações inesperadas. Seu maior desafio será penetrar nesses labirintos e explorá-los saudavelmente. Para isso, precisará de coragem para caminhar e humildade para corrigir rotas. Errará não poucas vezes, mas esse é o preço para as grandes conquistas. Precisará saber que mais grave do que errar é se omitir, não tentar. Quando nos tornamos pensadores do mundo de dentro, somos livres para duvidar e criticar nossas convicções e, sobretudo, determinar quem realmente somos e podemos vir a ser: agentes de mudanças. RH - Quando a empresa passa a perceber o profissional a partir de uma visão holística, o que geralmente muda no ambiente organizacional? Augusto Cury - O grande perigo de quem acha que sabe é ser dominado pelo orgulho e não se colocar como eterno aprendiz. Quem está convencido de que sabe a melhor maneira de trabalhar poderá fechar o leque da sua inteligência para outras possibilidades. Um profissional deve ser uma pessoa aberta e ter um senso refinado de observação. Não podemos nos esconder atrás dos nossos diplomas, status, condição financeira. A principal mudança ocorre quando ele descobre a diferença entre um pequeno líder e um grande líder. Um pequeno líder enxerga os grandes erros, um grande líder enxerga aos pequenos erros. Um pequeno líder vê a casa desmoronar, um grande líder enxerga as pequenas rachaduras e previne seu desabamento. RH - Em que momento vivenciado por uma empresa, o senhor não aconselharia a aplicação da Inteligência Multifocal? Augusto Cury - Para aqueles que estão determinados a esperar em vão pelo sucesso, que decidiram morrer sem conquistar o pódio, que querem ser controlados pelo destino em vez de assumir seu papel de autor da própria história. Para aqueles que perderam o sentido da vida, que estão fechados em seus casulos, engessados e encarcerados pelas emoções doentias. No entanto, ao menor desejo de mudança de um membro da empresa, a Inteligência Multifocal contribuirá efetivamente para a mudança de pensamento, atitude e resultado. RH - Quando uma empresa está preparada para inserir a Inteligência Multifocal à Gestão de Pessoas? Augusto Cury - Quando entende que ter pessoas com visão, habilidade de relacionamento, boa comunicação, capacidade de desenvolver líderes, influenciar e motivar pessoas é o maior patrimônio que possui. O que você faria se a relação com as pessoas que você ama estivesse em crise, se o encanto pela vida estivesse se dissipando e o prazer pelo seu trabalho estivesse esgotando-se? Ficaria paralisado na plateia pelo medo e pelas dificuldades ou entraria no palco e resolveria ser autor da própria história? A mudança começa a ocorrer pela natureza dos pensamentos e como o Eu atua perante essas experiências. Pensar é transformar-se. Quem se apropria da arte de pensar, acredita e apoia a mudança coletiva. RH - Existe um público específico para trabalhar a Inteligência Multifocal, considerando-se como foco o ambiente corporativo? Augusto Cury - A Inteligência Multifocal é abrangente, não escolhe público e não exclui nenhum ser humano. Inicia-se na infância e se estende até a terceira idade, atualmente também chamada de melhor idade. A Inteligência Multifocal ganhou espaço no currículo das escolas de ensino público e privado, cursos de graduação e pós-graduação, incluindo mestrado e doutorado. A Inteligência Multifocal conquistou também seu espaço na sociedade com sua unidade própria, que desenvolve cursos voltados para educação emocional e formação de pensadores. Além disso, está presente no ambiente corporativo por meio de palestras e treinamentos in company, que têm como foco subsidiar os processos decorrentes da Gestão de Pessoas por meio de ferramentas aplicadas e validadas que impactam diretamente na Gestão de Resultados. RH - Na prática, como esse processo seria realizado e quais as ferramentas que dão suporte a esse trabalho? Augusto Cury - O desejo de mudança não provoca a mudança, precisamos ser pessoas de ação. O primeiro passo para a ação é conhecer a mente humana, aprender a administrar o processo de construção de pensamentos e emoções, os papéis da memória, os fenômenos inconscientes, reeditar as zonas de conflito, desenvolver a Inteligência Emocional, Interpessoal - como trabalhar com pessoas, como motivá-las e, sobretudo, como relacionar-se bem com os outros - e a Inteligência Intrapessoal - ampliar o autoconhecimento e a autocompreensão. Decidir mudar é o ponto de partida, tal processo inicia-se com a capacidade do Eu de vencer as armadilhas da mente, sair da zona de conforto, olhar para dentro de si mesmo enfrentar os fantasmas abrigados em sua psique e adquirir proteção emocional, resiliencia e flexibilidade nos desafios contemporâneos. RH - Quando o senhor faz uma avaliação dos últimos 20 anos de atividades baseadas na Inteligência Multifocal, a que conclusão o senhor chega quando pensa no ser humano? Augusto Cury - Fico fascinado em descobrir que todo ser humano é único e insubstituível. Que ninguém é maior ou menor neste mundo. Você pode conviver com milhões de máquinas e não sofrer nenhuma frustração, mas, se conviver com um ser humano, por mais que o ame, haverá decepções imprevisíveis e frustrações inesperadas. O pior cárcere humano é o cárcere da emoção. Sabemos lidar com o sucesso, mas estamos despreparados para as derrotas. Sabemos lidar com as alegrias, mas não com a tristeza e com a ansiedade. Muitos executivos, empresários e profissionais liberais têm alta conta bancária, mas um grande déficit emocional. São ótimos para ganhar dinheiro, mas péssimos para conquistar a tranquilidade. Esses paradoxos sempre fizeram parte do Eu mal estruturado, mas, felizmente, o Eu pode e deve reciclar suas mazelas e reescrever as janelas de memória em qualquer época. Cada um tem sua complexidade e beleza, é um personagem fascinante, com sucessos e fracassos, lágrimas e risos, coragem e fragilidade. Nem de longe suas dificuldades depõem contra seu valor. Palavras-chave: | Augusto Cury | Inteligência Multifocal | aprendizagem | relacionamento | emoção | O que você achou? 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