Como uma
equipe é contagiada pelas emoções de seu líder
Uma vez ouvi o líder de uma pequena organização dizer com bastante
pesar: "Quando minha mente está cheia de raiva, as outras pessoas pegam
isso como gripe"
Sempre que uma reunião ameaça se
transformar em um mal-estar, o presidente da companhia, de repente, lança uma
crítica a alguém na mesa que pode recebê-la (geralmente o diretor de marketing,
que é o seu melhor amigo). Então ele rapidamente segue em frente, tendo atraído
a atenção de todos na sala. Essa tática, invariavelmente, devolve o foco ao
grupo.
Demonstrações de descontentamento
do líder são emocionalmente contagiosas. E muitos líderes eficazes percebem que
- como elogios - doses bem ajustadas de irritação podem energizar. Agora, uma
questão importante: uma mensagem de desagrado bem calibrada é a que leva as
pessoas ao seu máximo de desempenho e não promove aquela angústia que corrói a
performance.
Nem todos os parceiros emocionais
são iguais. Uma dinâmica poderosa que funciona no contágio emocional determina
o cérebro de qual pessoa terá mais força para chamar o outro para sua órbita.
Os neurônios-espelho são ferramentas de liderança: emoções fluem com força
especial da pessoa mais socialmente dominante para a menos.
Uma razão para isso é que pessoas
em qualquer grupo, naturalmente, prestam mais atenção e dão mais significado ao
que a pessoa mais poderosa do grupo diz e faz. Isso amplia a força de qualquer
que seja a mensagem emocional que o líder esteja mandando, transformando suas
emoções em contagiosas. Uma vez ouvi o líder de uma pequena organização dizer
com bastante pesar: "Quando minha mente está cheia de raiva, as outras
pessoas pegam isso como gripe".
Esse potencial emocional foi
testado quando 56 líderes de equipes de trabalho simulado foram manipulados
para estarem de bom ou mau humor, sendo avaliado o impacto emocional que
conduziram nos grupos. Os membros da equipe com líderes otimistas relataram que
eles coordenaram melhor seus trabalhos, fazendo mais com menos esforço. Por
outro lado, as equipes com chefes mau humorados ficaram sem sincronia,
tornando-se ineficientes. Para piorar, em pânico, seus esforços para agradar o
líder levaram a más decisões e estratégias mal escolhidas.
Enquanto o desagrado
milimetricamente formulado de um chefe pode ser um incentivo eficaz, inflamar
as equipes é uma tática de liderança auto-destrutiva. Quando os líderes
habitualmente utilizam demonstrações de mau humor para motivar, mais trabalho
parece ser feito - mas não será, necessariamente, um trabalho melhor. Além de
que o mau humor incansável corrói o clima emocional, sabotando a capacidade do
cérebro de funcionar no seu melhor.
Nesse sentido, a liderança se
resume a uma série de trocas sociais em que o líder pode dirigir as emoções da
outra pessoa para um estado melhor ou pior. Em trocas de alta qualidade, os
membros da equipe sentem a atenção e empatia do líder, apoio e positividade.
Nas interações de baixa qualidade, ele se sente isolado e ameaçado.
Outro forte motivo para que os
líderes sejam conscientes do que dizem para os funcionários: pessoas se
recordam de interações negativas com um chefe com mais intensidade, com mais
detalhes e mais frequentemente do que das positivas. A facilidade com que a
desmotivação pode ser transmitida por um chefe torna ainda mais imperativo para
ele agir de forma a tornar edificantes as emoções deixadas para trás.
A insensibilidade de um chefe não
só aumenta o risco de perder boas pessoas, mas bombardeia a eficiência
cognitiva. Um líder socialmente inteligente ajuda as pessoas a conterem e
recuperarem-se de seu sofrimento emocional.
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Texto publicado originalmente no canal do autor no LinkedIn e cedido gentilmente ao
Administradores.com.
Colaboração Edézia –GV TAMBAÚ
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