quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Fora da caixa | Luciana Guerra: Roacutan - depoimento
Fora da caixa | Luciana Guerra: Roacutan - depoimento: Eu já tinha pensado em escrever aqui sobre o tratamento que fiz durante este ano para acabar com a acne e que deu muito resultado. Eu se...
Superar os maus hábitos desafiando o diálogo interno autocrítico
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Ao longo da vida todos nós vamos repetindo determinados comportamentos que cumprem objetivos traçados por nós, estejamos cientes ou não desse processo. Ao conjunto de comportamentos que temos e que ativamos de forma automática, sem a necessidade de pensar de forma elaborada, chamamos de hábitos. Ao longo desse processo as nossas ações são guiadas pela necessidade de obtermos recompensas/reforço ou evitarmos punições/mal-estar. A forma de obtermos reforço positivo dos nossos comportamentos ou evitarmos a punição (reforço negativo) nem sempre nos conduz a hábitos saudáveis. E, também podemos considerar o nosso padrão de pensamento como um hábito. Se vamos instituindo uma forma depreciativa de pensar acerca de nós, podemos dizer que implementámos pela força da repetição um padrão negativo de pensamento, ao que podemos chamar um mau hábito de pensar negativamente acerca de nós mesmos. O que suporta esse pensamento negativo acerca de nós mesmos é o nosso diálogo interno autocrítico.
DIÁLOGO INTERNO AUTOCRÍTICO UMA VIA PARA OS MAUS HÁBITOS
Na grande maioria da vezes este diálogo interno autocrítico começa a dar os seus primeiros passos em tenra idade. Sim, algumas crianças têm pensamentos depreciativos acerca delas mesmas, talvez mais do que possamos imaginar. Apesar de que todos nós gostaríamos de pensar a infância como um tempo em que estamos alegremente livres de autoconsciência e autodepreciação, na grande maioria das vezes isso não é o que se verifica. Pergunte a qualquer criança se ele ou ela tem maus pensamentos sobre si mesmo e, eu garanto, você vai ficar chocado ao ouvir a resposta.
“Eu sou tão feio, o meu cabelo me faz feio. É tão espetado e grande.”“Eu estou com medo que eu não consiga acertar as respostas no teste da escola. Eu não sou bom o suficiente. Eu não sou tão inteligente como as outras crianças.”
Certamente é muito perturbador ouvir os nossos filhos proferirem tais declarações cruéis para com eles mesmos. Não podemos deixar de refletir em algumas razões que podem conduzir a esse tipo de autoapreciação negativa. Provavelmente ouvem de nós adultos algumas palavras que os depreciam, assim como também aprenderam o exemplo dos adultos a autodepreciarem-se. É um duplo ensinamento negativo que conduz a criança a um padrão negativo de pensamento acerca de si mesmo, que depois se propaga até à idade adulta. É doloroso reconhecer como podemos estar alheios à nossa própria atitude autocrítica. E o nosso diálogo interno autocrítico pode ser especialmente cruel quando se trata de estabelecemos metas para nós mesmos, hábitos que queremos quebrar, ou formas de comportamento que queremos mudar.
A autodepreciação é um diminuidor comum, afeta negativamente toda a estrutura do nosso ser. Todos os conceitos que temos acerca de nós e das nossas capacidades e habilidades sofrem um impacto negativo. A autoconfiança, autoestima, resiliência, noção de autoeficácia entram numa espiral negativa descendente, conduzindo-nos a um pântano viscoso. A nossa mobilidade mental fica reduzida, julgamos realmente que estamos incapacitados e vitimizamo-nos.
A Autoconfiança é o combustível para o Sucesso. O sucesso está fortemente relacionado com a capacidade que se tem para dirigir os pensamentos para o que pode aumentar as probabilidades de eficácia. O que dirige os pensamentos somos nós mesmos através do nosso diálogo interno.
MAUS HÁBITOS COMO RECOMPENSA OU EVITAMENTO DE INCÓMODO
Alguns de nós numa tentativa de ultrapassar o incómodo de alguns pensamentos e sentimentos negativos acerca de nós mesmos, enveredamos por comportamentos pouco saudáveis, e por vezes até destrutivos. Vamos pouco a pouco nesses comportamentos indesejáveis procurar algum alívio e refúgio para o nosso estado de ser deprimido e diminuído. É um escape, é uma tentativa de buscar conforto e reforço ou evitar a exposição e a não aceitação ou vergonha. É uma substituição da recompensa que não se consegue obter através do reconhecimento de valor próprio. Estes comportamentos desviantes ou maus hábitos podem ir de pequenos incómodos, como por exemplo impulso para compras, fumar, comer em excesso, descuido com a imagem, mentiras, levantar tarde, adiar o trabalho, respostas impulsivas, chantagem emocional, arrogância, evitamento social ou comportamentos destrutivos como o vício pernicioso do álcool, jogo, sexo, drogas, entre outros.
Quando um mau hábito evolui e se torna num vício, tudo se torna mais difícil. A voz interna passou a ser uma intrincada teia de desculpas, de movimentos para o lado, de recuos, de subterfúgios em que o objetivo máximo passa a ser alimentar o vício. A pessoa engana-se e engana no sentido de alinhar os seus comportamentos ao serviço do vício. Evidentemente que existem vícios altamente destrutivos e outros que apenas nos causam incómodos e dificuldades na vida. Uns destroem, outros impõem-se como um obstáculo ao bom desenvolvimento da vida. No entanto, na sua base está um diálogo interno autocrítico, que foi evoluindo, afastando a pessoa dos comportamentos adequados à obtenção de alguns dos seus objetivos. Para aprofundar o assunto, leia: Como superar um vício?
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REFLETIR SOBRE OS MAUS HÁBITOS
Se você se encontra num momento da sua vida em que a sua negatividade tem vindo a aumentar, é importante que possa tomar algum do seu tempo para refletir sobre o assunto. Pondere algumas das razões que possam estar na base da criação do seu padrão negativo de pensamento e consequentemente na implementação de alguns dos seus maus hábitos. Ao fazer isso, abraça a oportunidade de se diferenciar e desapegar de influências negativas do seu próprio passado e da sua infância e viver livre de limitações ilusórias.
Você tem em si mesmo a capacidade para liderar-se e mudar os seus maus hábitos. Sejam hábitos comportamentais ou hábitos mentais. Você pode abandonar os seus comportamentos indesejadose implementar o pensamento positivo na sua vida.
PASSO 1: IDENTIFICAR O DIÁLOGO INTERNO AUTOCRÍTICO
No artigo, 7 Maneiras de identificar o seu diálogo autocrítico, apresentei sete características comuns que podemos ter quando accionamos o diálogo interno autocrítico irracional. Esse discurso silencioso que vamos tendo é geralmente percecionado como um processo de pensamento que impiedosamente nos coloca para baixo e sabota os nossos resultados. Por exemplo, uma pessoa que está tentando perder peso pode ouvir ataques como: “Você é tão gordo. Você nunca vai perder peso. Você deve simplesmente desistir.” Uma pessoa que tenta construir a coragem de pedir a alguém para sair num encontro a dois, pode ouvir vozes, como: “Você é um perdedor Ele/Ela nunca sairia com você. Você irá apenas envergonhar-se. “
O diálogo interno autocrítico irracional é bastante prevalente na vida das pessoas. A maioria das pessoas que eu tenho vindo a ter em consulta tradicional ou nas consultas de psicologia online, quando familiarizadas com o conceito da voz interior foram capazes de identificar o quanto interfere com algumas áreas específicas das suas vidas.
A fim de superar alguns dos maus hábitos (comportamentais e mentais), é essencial que você identifique a sua voz autocrítica que os suporta e alimenta:
- Em que situações é que surgem as vozes?
- Que ações alimentam essas vozes?
- O que a sua voz diz sobre você mesmo?
- Sobre os seus relacionamentos?
- Sobre os seus filhos?
- Sobre o seu trabalho?
Será que a sua voz silenciosa autocrítica apresenta um tom irritado, atacando-o diretamente? Como por exemplo: “Você não é como as outras pessoas. Você não é atraente. Você é estúpido. Ninguém nunca vai realmente importar-se com você.”
Ou ao invés a sua voz é suave e autocalmante, enviando-lhe mensagens enganadoras: “Não se preocupe, você está bem sozinho. Veja? Você não precisa ajuda de ninguém. Pegue esse segundo pedaço de bolo, você merece. Mais uma bebida vai fazer você sentir-se muito melhor.”
A voz pode ser brutal e óbvia, mas também pode ser enganadora e difícil de reconhecer, como incitando-o a agir contra os seus objetivos. Mas quando você segue essa voz (a voz criada por si mesmo de forma subconsciente), então, você pune as suas próprias ações que a sua voz silenciosa o incentivou a fazer. É paradoxalmente destruidor. Você desenvolveu uma voz que o incentiva a não fazer determinadas coisas, ou que julga não ser capaz, e depois ao seguir essa indicação essa mesma voz deprecia-o, deitando-o ainda mais abaixo, confirmando as suas suspeitas de incapacidade. Ou ao invés, essa voz pode conduzi-lo para comportamentos desajustados e prejudiciais, que o afastam do seu objetivo, e que posteriormente o critica por ter feito o que não devia. Essa voz é uma faca de dois gumes, em que os dois gumes são cortantes. E em que os dois gumes são você mesmo. Uma vez a voz cortante, outra vez o “alvo” dessa mesma voz.
Pense sobre as situações que fazem disparar a sua voz crítica:
- Quais são as coisas específicas que essa voz diz nesses momentos?
- Que resultado negativo é que esses pensamentos parecem desejar?
- Essa voz está de acordo com aquilo que você quer e pretende alcançar?
Quando você identifica essa voz, é útil anotar as indicações sugeridas por ela. Escreva-as na primeira pessoa, como “Eu”. Por exemplo, você pode ter pensamentos como: “Eu nunca vou conseguir essa promoção. Ele/ela vai-me deixar. Eu sou uma péssima mãe/pai.”
Depois, tente perceber que tipo de distorção do pensamento pode estar associado à negatividade dessas declarações. Para ter acesso às distorções do pensamento mais comuns, leia: Distorções do pensamento, saiba porque causam problemas e como as mudar. Este exercício vai ajudá-lo a entender o verdadeiro impacto negativo da sua voz interna crítica. É como um inimigo sádico, e você pode parar esses ataques com afirmações verdadeiras sobre quem você realmente é.
PASSO 2: REDIRECIONAR O DIÁLOGO INTERNO AUTOCRÍTICO
Depois de identificar a sua voz interior crítica , você ficará numa posição mais favorável para redirecioná-la de forma positiva e construtiva. Ao descobrir que distorções do pensamento podem estar a promover a sua voz interior crítica, certamente irá construir um novo ponto de vista, agora mais realista e compassivo. O que se pretende é que você consiga reestruturar o pensamentopara pensamentos mais capacitadores. Por exemplo, você pode responder às afirmações acima exemplificadas, escrevendo coisas como: “Eu posso cometer erros de vez em quando, mas estou trabalhando duro e fazendo um bom trabalho. Eu não sou perfeito, mas eu preocupo-me com o meu relacionamento, e eu posso fazer melhor. Eu tenho um monte de qualidades positivas, como mãe/pai, e eu posso trabalhar para mudar em mim alguns comportamento que eu não gosto.”
A intenção deste exercício não é para passar a ser uma outra pessoa ou para aumentar o seu ego. Em vez disso, pretende-se que você adote uma atitude mais realista e que isso permita separá-lo das atitudes e pensamentos distorcidos que o seu diálogo interior autocrítico teima em emitir. Expliquei este assunto de forma mais aprofundada no artigo: Capacite-se e desafie o seu diálogo interno autocrítico.
A forma mais poderosa para combater a sua voz interior crítica é com as suas ações. Sendo que na grande maioria das vezes o seu diálogo interno crítico restringe o seu campo de ação, faz com que você evite aquilo que supostamente julga não ser capaz de realizar. A forma de ultrapassar essa paralisia provocado por alguns dos seus medos ilusórios é passar à ação. E a forma de passar à ação é através de um redirecionamento dos seus pensamentos negativos para pensamento positivos. Para pensamentos capacitadores que orientem as ações em direção aos seus objetivos pretendidos. Depois de reorientar o seu diálogo interno, desta vez, com palavras de apreciação e de suporte a você mesmo, avance para as ações correspondentes. Por cada vez que conseguir detetar o seu diálogo interno crítico e correspondentes distorções do pensamento, e reorientar tudo isso para um diálogo construtivo, o seu velho hábito mental autodepreciativo vai perdendo a força. E, consequentemente o novo hábito, mais positivo, otimista, assertivo e realista vai ganhando o seu lugar.
Dica: A técnica eficaz é não dar “ouvidos” ao seu diálogo interno autocrítico e ao mesmo tempo criar um novo guião de afirmações, ideias e pensamentos mais construtivos, capacitadores e alinhados com os novos hábitos saudáveis que pretende implementar.
Abraço
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O talento educa-se na paciência
O talento educa-se na paciência
20 de setembro de 2012 por room4d
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As manifestações comportamentais apresentadas pelos gestores eram as mais variadas: agiam antes da hora, não toleravam um ritmo lento ou os processos desajeitados dos demais, não investiam tempo para ouvir ou compreender, pensavam que quase tudo tinha de ser feito mais depressa e em menos tempo, interrompiam os moderadores das reuniões com sua necessidade de terminar sempre antes, também interrompiam e terminavam frequentemente as frases dos outros e, muitas vezes, faziam suas próprias regras (sem esperar os outros). Alguns eram considerados egocêntricos (do tipo “faça do meu jeito e no meu ritmo”), outros davam a impressão de ser arrogantes, desinteressados ou mesmo sabe-tudo. Alguns eram orientados para a ação e opunham resistência à complexidade dos processos e problemas; outros se precipitavam para conclusões, em vez de refletir sobre os assuntos.
Veja, muitas pessoas têm orgulho de dizer que são impacientes e pensam que isso é sinônimo de alto desempenho e orientação para resultados. Isso é verdade apenas de vez em quando, principalmente quando os resultados estão atrasados ou os padrões são relaxados. Porém, em muitas situações, a impaciência é uma máscara para outros problemas e tem consequências sérias no longo prazo. Leva ao gerenciamento excessivo, a não desenvolver os demais, a canalizar apenas as suas soluções na organização, a monitorar demais e – finalmente – a afastar as pessoas com sua falta de tolerância.
Se, assim como eles, você se encaixa nessa descrição, compartilhamos a seguir algumas dicas fundamentais para iniciar uma jornada de transformação pessoal que neutralize esse tipo de atitude e permita que a paciência aflore numa proporção mais adequada:
1. Ouça ativamente. Sujeitos impacientes interrompem, terminam a frase dos outros quando estes hesitam, pedem às pessoas que se apressem; nas apresentações solicitam que pulem alguns slides e cheguem logo à conclusão, insistem para os outros não façam rodeios etc. Todos esses típicos comportamentos de alguém impaciente deixam os demais intimidados, irritados, desmotivados e frustrados, o que resulta em interações incompletas, relações danificadas, certa sensação de injustiça e humilhação durante todo o processo de comunicação. E tudo isso para quê? Para economizar alguns minutos preciosos do seu tempo? Fala sério! Adicione já cinco segundos ao seu tempo atual de “reação/interrupção”, até que pare de se comportar assim na maior parte do tempo. Aprenda a pausar para dar uma segunda chance aos demais. Conscientize-se: as pessoas geralmente se perdem nas palavras quando estão falando com alguém impaciente, apressando-se antes da primeira ou da próxima interrupção.
2. Atente para os sinais não-verbais. Obviamente os sujeitos impacientes dão sinais de falta de paciência durante seus discursos e suas atitudes, mas também sinalizam isso de forma não-verbal. Sobrancelhas cerradas, agitação corporal, dedo ou lápis batucando na mesa e, para completar, olhares furiosos. O que você pode fazer? Pergunte aos colegas em que mais confia quais são seus cinco sinais de impaciência mais frequentes. Trabalhe neles a fim de neutralizá-los.,
3. Cabeça fria. Sempre. Os sujeitos impacientes querem tudo para ontem. Ou melhor, anteontem. Não querem esperar. Às vezes, a falta de paciência vira perda de compostura. Quando as coisas não andam na velocidade desejada, tudo acaba num maremoto emocional. Acesse o post “Lidando com as ameaças: dez dicas para não perder a compostura”, para se aprofundar nessa dica.
4. Identifique quem o deixa impaciente. Algumas pessoas provavelmente o deixam mais impaciente que outras. Quem são elas? O que fazem que o deixam nesse estado? Será o ritmo? O idioma? O raciocínio? O sotaque? Esse conjunto de pessoas pode incluir quem você não gosta, quem “viaja na maionese”, quem reclama ou mesmo quem bate na mesma tecla, tentando defender coisas que você já deixou para trás. Treine mentalmente algumas táticas para se acalmar antes de uma reunião com elas. Tente entender suas posições sem julgá-las (julgue-as mais tarde). Faça com que essas pessoas se concentrem nas questões a ser discutidas, não permita que saiam do tema central. Se for necessário, interrompa para resumir e dar a sua opinião. Tente treiná-las para que se tornem mais focadas e eficientes da próxima vez que interagirem com você (mas sem prejudicá-las durante o processo).
5. Vigie de perto a sua arrogância. Quem possui uma qualidade que o destaque dos demais ou alcança um patamar significativo de êxito ou infelizmente recebe menos feedback. Portanto, continua passando por cima dos demais até sua carreira correr sério perigo. Se você é arrogante e desvaloriza quem tenta ajudá-lo, sinceramente deveria fazer um esforço redobrado para interpretar e ouvir os demais. Não precisa assimilar tudo, basta ouvir antes de reagir. Afinal, precisa acabar com a atitude do “o que eu quero/penso” e passar a se perguntar: “O que eles estão dizendo? Como estão reagindo?”.
6. Invista na receptividade e na acessibilidade. Sujeitos impacientes não recebem tanta informação quanto os que ouvem ativamente. E geralmente se surpreendem com os acontecimentos que os outros já previam. Não é de estranhar, afinal, as pessoas hesitam ao falar com quem é impaciente. É muito difícil. Elas não falam com os impacientes sobre seus pressentimentos, pensamentos inacabados, hipóteses e possibilidades. Portanto, você ficará de fora e não terá acesso a dados importantes que precisa para se tornar mais eficaz… Não julgue as comunicações informais. Apenas as receba. Mostre que entendeu. Faça uma ou duas perguntas. E acompanhe o caso mais tarde.
7. Desacelere. Os demais nem entenderam direito o problema, e os impacientes já estão dando respostas, soluções e chegando a conclusões muito cedo. Dar soluções de forma acelerada fará com que os demais fiquem dependentes e irritados. Se você não ensiná-los como pensar e como encontrou uma solução tão rapidamente, eles nunca vão aprender. Não se apresse para definir realmente o problema. Não despeje as soluções impacientemente. Faça um brainstorming para descobrir quais perguntas precisam ser respondidas para resolver o problema. Dê ao seu pessoal a tarefa de pensar sobre o assunto durante um dia e voltar com algumas soluções. Seja um professor, e não um ditador de soluções. Invista no autoconhecimento. Faça um diário do que causou o seu comportamento e quais foram as consequências observadas. Aprenda a detectar e controlar seus desencadeadores (antes de ficar em maus lençóis).
8. Pare de fiscalizar frequentemente. Os impacientes verificam tudo com muita frequência. Como estão as coisas? Já terminou? Vai terminar quando? Deixe-me ver o que já fez… Isso é um inconveniente para o devido processo e desperdiça tempo. Quando distribuir uma tarefa ou atribuir um projeto, estabeleça pontos de verificação prévios. Você também pode criar pontos de checagem com base no percentual do trabalho concluído. “Venha falar comigo quando concluir 25%, assim poderemos fazer correções no meio do caminho, e, depois, quando concluir 75%, para fazermos as correções finais.” Deixe-os descobrir como fazer a tarefa. Segure-se para não verificar o trabalho fora do cronograma e dos percentuais estabelecidos previamente.
9. Deixe os demais resolver. Olhe mais para as soluções dos demais. Provoque discussões e divergências, receba as más notícias de braços abertos e peça para os demais apresentarem a segunda e terceira soluções que encontraram. Um truque útil é atribuir questões e perguntas antes mesmo de pensar nelas. Duas semanas antes de tomar uma decisão, peça ao seu pessoal para examinar uma questão e dar um retorno dois dias antes de você ter de lidar com o assunto. Dessa maneira, você ainda não terá nenhuma solução. Isso motiva bastante o pessoal e o faz parecer menos impaciente.
10. Não transforme a falta de paciência numa barreira para o desenvolvimento de sua equipe. Descubra como as pessoas realmente se desenvolvem. Com sua impaciência, o mais provável é que você não vá desenvolver nenhuma habilidade nos demais, já que o desenvolvimento não funciona em curtos períodos e com uma supervisão de perto. Como você verá no post publicado (“Acima e avante! Desenvolvendo os colaboradores diretos”), tarefas desafiadoras, dar feedback durante o percurso e incentivar o aprendizado são pontos primordiais. Pessoas impacientes raramente desenvolvem os demais.
Para essas e outras habilidades, conte comigo.
Pablo
P.S. E não se esqueça: para seguir a Alliance Coaching no Facebook, acessehttps://www.facebook.com/coachingderesultados.
Não agonize, organize-se!
Não agonize, organize-se!
19 de outubro de 2012 por room4d
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Bem, a menos que você seja do tipo masoquista e não queira se sentir realizado no trabalho, é fundamental compreender que, para que tudo isso se transforme em realidade no seu dia a dia, é necessário investir na capacidade de se organizar e de organizar o cenário ao seu redor.
Para isso, gostaria de compartilhar algumas dicas que, apesar de básicas, são capazes de trazer esta habilidade à tona. Veja se são tão úteis para você quanto para os meus clientes:
1. Crie metas e indicadores. Nada mantém os projetos dentro do cronograma e do orçamento como metas e índices. Pode acreditar. Estabeleça metas e indicadores para que, tanto você quanto os outros, possam acompanhar o progresso em relação ao cenário almejado.
2. Elabore um plano. Grande parte da desenvoltura começa com um plano. O que preciso alcançar? Qual é o prazo? De quais recursos vou precisar? Quem controla os recursos dos quais necessito: pessoas, verbas, ferramentas, materiais, apoio? Qual é a minha moeda de troca? Como posso pagar ou recompensar por esses recursos? Quem ganha se eu ganhar? Quem poderia perder? Apresente o trabalho de A a Z. Isso mesmo: de A a Z. Muitas pessoas são vistas como desorganizadas porque não escrevem as sequências ou mesmo partes do trabalho e, portanto, deixam alguma coisa passar. Também peça aos demais para comentar sobre a ordem e o que está faltando.
3. Corra atrás dos recursos. O que tenho de dar em troca? O que posso comprar? O que posso tomar emprestado? Pelo que preciso trocar isso? Quais as coisas das quais preciso que não posso pagar ou trocar?
4. Procure apoio compartilhando suas metas. Divida suas missões e metas com as pessoas que precisam apoiá-lo. Tente pedir a opinião delas. Quando você faz perguntas, os demais geralmente cooperam mais. Descubra como as pessoas que apoiam a sua iniciativa podem vencer ao seu lado.
5. Delegue. Concretizar projetos grandes, longos e abrangentes inclui realizar as várias tarefas que os compõem. Uma descoberta clara das pesquisas é que as pessoas que têm autonomia trabalham durante mais tempo e com mais afinco. As pessoas gostam de ter controle sobre seu trabalho, determinar como vão fazê-lo e ter a autoridade para tomar decisões. Portanto, delegue tudo o que puder junto com a correspondente autoridade. Outra descoberta clara é prestar atenção nos elos mais frágeis, que geralmente correspondem aos grupos ou elementos com os quais você menos interage, ou ainda sobre os quais tem menos controle (talvez alguém em uma localidade remota, um consultor ou mesmo um fornecedor). Mantenha contato dobrado com esses possíveis elos fracos.
6. Administre a complexidade. Muitas tentativas para concretizar algo envolvem a gestão de múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Se tiver um plano mestre, as coisas certamente ficarão mais fáceis. Se delegar parte do trabalho, ficarão ainda mais.
7. Gerencie os recursos limitados com eficiência. Fique de olho no orçamento. Planeje as despesas cuidadosamente. Tenha reservas, para o caso de algo inesperado acontecer. Crie uma linha do tempo para cada conta, assim pode acompanhar as despesas em andamento.
8. Fique frio. Algumas pessoas ficam aturdidas quando muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. Um plano é de grande valia nessas horas. Delegar é de grande ajuda. Metas e indicadores também. Agora, atenção: ficar frustrado quase nunca ajuda.
9. Comemore o êxito. Crie o costume de compartilhar os sucessos e as recompensas. Isso facilitará quando precisar turbinar seus talentos da próxima vez.
10. Procure ajuda em modelos de sucesso. Encontre alguém no seu ambiente de trabalho que seja bom em organizar pessoas e coisas. Observe o que ele faz. Como isso se compara à maneira que tipicamente você realiza as coisas?
Para essas e outras habilidades, conte comigo.
Pablo
PS – Tem interesse nesse assunto? Para me seguir no Facebook, acessewww.facebook.com/coachingderesultados
Postura defensiva? Quem? Eu?!
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Postura defensiva? Quem? Eu?!
7 de novembro de 2012 por room4d
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Porque agindo dessa forma as pessoas vão lhe dar menos feedback e, assim, você dependerá demais de uma autopercepção incorreta. Com o tempo, seus pontos cegos se multiplicarão (coisas que os demais sabem sobre você, mas que você nega ou não está consciente de que faz) e, mais cedo ou mais tarde, um deles vai acabar estabelecendo um teto para o seu crescimento. Aguarde e verá.
Mas há uma luz no final do túnel. Para neutralizar essa triste possibilidade, indique aos demais que está aberto a ouvir o feedback deles, por mais equivocado ou injustificado que seja, e que vai levar a opinião deles em consideração.
É simples, mas não é fácil. No entanto, a recompensa será concreta: atuando dessa maneira, você vai adotar iniciativas de desenvolvimento e aprimoramento ao reagir a uma parte dessa avaliação. Digo parte, pois existe uma grande probabilidade de que outras parcelas da avaliação sejam descartadas ou então contestadas. Faz parte do processo.
Fica claro o risco inerente à postura defensiva? Somente por meio do feedback é possível fazer essas três coisas – reagir, descartar e contestar – que possibilitarão uma carreira mais sólida e fértil.
Chego, assim, ao cerne deste post: dez dicas que podem ajudá-lo a aceitar as críticas como uma oportunidade para aprender.
1. Solicite um feedback 360°- Assumir uma postura defensiva é um grande empecilho para um autoconhecimento amplo e fidedigno. Quem fica nessa posição se superestima aos olhos dos demais. Se for visto como uma pessoa que nega suas falhas, talvez acabe ficando sobrecarregado quando os outros tiverem finalmente a chance de lhe dar feedback. As avaliações que fizerem de você serão mais baixas que o justificado, afinal, eles pensam que a mensagem precisa falar mais alto para penetrar seus escudos de defesa. Ao adotar uma postura defensiva, a melhor estratégia para saber o que os demais realmente pensam é pedir uma avaliação 360°, no qual todos ficam no anonimato e alguém do departamento de RH coleta as informações e as interpreta para você. Se pedir a avaliação diretamente, em virtude do seu histórico de ficar na defensiva diante das críticas negativas, é pouco provável que fique sabendo a verdade. Afinal, ninguém gosta de dar feedback verdadeiro e útil nesses casos. Pode apostar.
2. Gerencie sua reação – Você precisa treinar como vai se manter calmo, enquanto recebe uma avaliação negativa. Precisa mudar sua forma de pensar. Ao receber um feedback, seu único trabalho é compreender exatamente o que as pessoas estão querendo lhe dizer. Nesse momento, não cabe aceitar ou rejeitar os comentários. Isso virá depois. Treine mentalmente como reagirá de maneira calma ao feedback negativo, quando chegar a hora de enfrentar essa situação. Crie táticas automáticas para “desligar” ou adiar sua reação emocional. Algumas delas incluem desacelerar, tomar notas, fazer perguntas de esclarecimento, pedir exemplos concretos e agradecer por dizerem o que disseram. Afinal, você sabe que não foi fácil para eles.
3. Independentemente do quão exato, aceite o feedback - Lembre-se de que as pessoas suspeitam de que você não consegue receber feedback de jeito nenhum, que se acha perfeito, que está se defendendo de qualquer coisa que indique o contrário do que pensa e que, muito provavelmente, vai culpar quem fez uma avaliação composta por informações inválidas. Elas esperam que a conversa seja dolorosa, tanto para elas quanto para você. Para pôr um fim nesse círculo vicioso, você precisa seguir as regras do bom ouvinte. Apesar de parecer um tanto injusto, deveria inicialmente aceitar todo feedback como fidedigno, mesmo quando sabe que esse não é o caso. E digo mais, precisa ajudar os demais a dar feedback desde o principio, de forma que superem o medo em relação à sua histórica postura defensiva. Se a distorção for séria, você pode voltar e consertar depois.
4. Reflita sobre o feedback – Depois da sessão, quando a poeira baixar e puder compreendê-la melhor, anote todas as críticas em fichas ou bloquinhos (tipo Post-it). Crie duas pilhas: “Críticas possivelmente verdadeiras” e “Acho que viajaram na maionese”. Peça a ajuda de alguém de confiança e que lhe conheça bem, assim não vai se iludir. Para os comentários verdadeiros, indique para as pessoas que deram o feedback que compreendeu a mensagem, considera que tem fundamento e que tentará fazer alguma coisa a respeito. Quanto aos demais, que não são verdadeiros, divida a pilha entre críticas importantes para você e o que é trivial ou irrelevante. Jogue fora os irrelevantes. Para os comentários que provavelmente não são exatos, porém são importantes, reorganize a pilha de acordo com o que é uma ameaça à sua carreira (se os meus superiores realmente achassem isso de mim, minha carreira estaria comprometida) e o que não é um obstáculo. Jogue fora o que não for um entrave. Repasse a pilha que sobrar com o seu superior imediato e/ou mentor, para ver qual é a opinião geral sobre você. Isso o deixa com duas novas pilhas: o que acham (mesmo que não seja verdade) e o que não acham de você. Jogue fora a pilha “não acham”. Use a pilha que sobrar para criar um plano e convencer as pessoas ao seu redor – atente: com ações, não com palavras – de que as críticas que fizeram sobre você em breve não serão mais verdadeiras.
5. Demonstre que leva o seu desenvolvimento a sério – Diga quais são suas necessidades de desenvolvimento e peça ajuda aos demais. Uma das melhores maneiras de evitar críticas é mencioná-las primeiro e deixar as pessoas entrar nos detalhes. Pesquisas apontam que os outros tendem mais a ajudar e a dar o benefício da dúvida a quem admite suas fragilidades e tenta fazer algo para consertá-las. Afinal, eles sabem que é preciso coragem.
6. Foque no problema – Uma consequência natural da postura defensiva é a resistência a qualquer coisa que seja nova ou diferente. Nas suas interações diárias com outras pessoas, essa posição pode fazê-lo parecer fechado ou resistente a pontos de vista novos ou diferentes. O primeiro passo que você precisa dar é desligar o programa de avaliação e rejeição e passar a escutar mais. Faça mais perguntas: “Como chegou lá?”, “Você prefere isto ou aquilo ao que estamos fazendo agora?”. Se discordar, dê os seus motivos primeiro. Então, peça aos outros para criticarem a sua resposta. Direcione sua divergência para a natureza do problema ou a estratégia: “O que estamos tentando resolver? Qual é a causa? Quais perguntas deveriam ser respondidas? Que padrões objetivos poderíamos utilizar para medir o sucesso?”.
Em vez de discutir sobre a divergência entre a sua opinião e a da outra pessoa, concentre-se nos critérios usados para tomar uma decisão. Adote um estilo mais aberto. Todo esse esforço renderá poucos frutos, se você não demonstrar que está aberto aos demais, interessado no que eles têm a dizer, compartilhar coisas pessoais que não precisaria compartilhar e incentivar outras pessoas a dar sua opinião enquanto as ouve. Você precisará persistir, resistir não só a eventuais rejeições, mas talvez até a alguns comentários furiosos e desdenhosos, para poder equilibrar a situação. Pratique mentalmente para não ser pego de surpresa. Como os outros esperam que você reaja às críticas ficando na defensiva, você precisa tomar a iniciativa e se abrir para a conversa.
7. Transforme os pontos cegos em fragilidades reconhecidas - O que mais coloca a nossa carreira em risco são os pontos fracos que realmente temos, mas que negamos ou rejeitamos. Isso significa que damos continuidade ao nosso desempenho como se fôssemos muito bons, quando na verdade não somos. Veja, é melhor ter um ponto fraco conhecido e admitido. Sabemos que não somos bons nisso, então nos esforçamos mais, pedimos ajuda, delegamos, encontramos um coach ou um mentor, lemos um livro ou contornamos o problema. Sua nova tarefa na vida é eliminar todos os pontos cegos. Transforme todos os seus pontos cegos em pontos fracos conhecidos, e os pontos fracos conhecidos em uma habilidade. Assuma como sua expedição pessoal descobrir o que todo mundo realmente pensa de você.
8. Revele mais sobre você -Pessoas que ficam na defensiva geralmente são tímidas e pouco acessíveis, quando o assunto envolve informações pessoais, principalmente se possíveis fragilidades ou erros forem o tema. Os tipos de revelação de que as pessoas mais gostam são: 1) os motivos por trás daquilo que você decide fazer; 2) sua autoavaliação; 3) informações que eles desconhecem, mas que você sabe que está rolando na empresa e tem liberdade de divulgar; 4) tanto coisas positivas que lhe aconteceram quanto momentos que o fizeram passar vergonha; 5) comentários sobre o que está ocorrendo ao seu redor (evitando ser negativo sobre os demais); e 6) seus interesses fora do trabalho. Essas são as áreas que deveria aprender a revelar mais. Se divulgar sua autoavaliação sobre seus possíveis pontos fracos, isso diminuirá a quantidade de vezes que precisará ficar na defensiva. Esses dados que quebram o gelo abrem as portas para um tipo de relacionamento que lhe proporcionará mais feedback.
9. Evite reações ríspidas e precipitadas – Isso provavelmente vai lhe causar problemas. Você pode tirar conclusões apressadas, rejeitar categoricamente o que os outros dizem, usar um linguajar agressivo ou ainda rapidamente negar ou culpar alguém. Então, as pessoas o veem como alguém fechado e combativo. De maneira mais negativa, podem até pensar que acha que os demais são estúpidos ou desinformados. Se for visto como uma pessoa intolerante, os outros geralmente irão se embaralhar nas próprias palavras, enquanto se apressam para falar com você, e tentarão encurtar o próprio argumento, pois acham que você não vai ouvir mesmo (“então de que adianta?”). A saída é sempre fazer perguntas de esclarecimento primeiro, para receber mais informações, e preparar uma reação mais calculada e calma.
10. Tome cuidado com a linguagem não verbal – A maioria das pessoas que fica na defensiva possui um ou mais sinais não verbais que indicam que não aceita o que os demais estão dizendo. Podem ser sobrancelhas cerradas, olhar vazio, vermelhidão, agitação corporal, o dedo ou a caneta batucando na mesa, apontar etc. A maior parte das pessoas ao seu redor reconhece esses sinais. E você? Pergunte a alguém de confiança o que geralmente faz. Tente eliminar essas atitudes não verbais que têm efeito negativo.
Para essas e outras habilidades, conte comigo.
Pablo
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