segunda-feira, 29 de outubro de 2012

INDISCIPLINA INFANTIL E SINTOMATOLOGIA DO TDAH





Indisciplina Infantil e Sintomatologia do TDAH: Uma Identificação

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Resumo: Atualmente muito se tem discutido a respeito de assuntos ligados a indisciplina infantil e o TDAH, muitas vezes havendo uma confusão e até mesmo tratado como se fosse a mesma coisa. É frequente crianças serem constantemente rotulados por professores, colegas, e até mesmo pelos pais de rebeldes, mal-educados, indisciplinados, burras, preguiçosas... Por apresentarem uma atenção dispersa, impulsividade, desorganização, impaciência, dificuldade de aprendizagem e de relacionamento. Comportamentos como esses, dependendo da intensidade e frequência, são característicos do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), popularmente conhecido como hiperatividade, classificada pela associação de Psiquiatria Americana (APA).   Um diagnóstico incorreto pode acentuar ainda mais os prejuízos causados. Diante do exposto, acredita-se ter relevante importância a identificação do TDAH através de suas sintomatologias, por estudantes e pesquisadores como objeto de estudo, a fim de sanar maiores complicações no decorrer do desenvolvimento infantil.  
Palavras-chave: Indisciplina, TDAH, Desenvolvimento infantil.

Introdução

É comum crianças possuírem comportamentos inadequados que causam a insatisfação dos pais e responsáveis. Essas crianças normalmente são vistas e rotuladas como: mal-educadas, teimosas e inquietas, na maioria das vezes esses comportamentos influenciam diretamente no convívio social e escolar da criança. Crianças com dificuldades em convívio social e escolar têm seu processo de aprendizagem comprometido por diversos fatores. Por ser a primeira etapa da vida em que é cobrado algo de forma mais rigorosa das crianças, na alfabetização é que são percebidos os desvios de comportamentos das crianças. Diante da não aprendizagem da criança, os pais e responsáveis procuram explicações para os comportamentos inadequados e se utilizam de métodos para reparar essa falha no processo, mas infelizmente na maioria das vezes os pais deixam de procurar um profissional para diagnosticar se há ou não uma patologia e para buscar a solução ou amenização dos sintomas.
Há dois motivos para que uma criança tenha baixo rendimento escolar e se comporte de forma impulsiva sem se prender a regras e normas da família e sociedade: essa criança pode ser portadora de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade ou ser indisciplinada. O TDAH é uma patologia que se caracteriza por uma alteração no lobo frontal, causada por fatores externos ou genéticos, enquanto que a indisciplina é uma falha cometida por pais, responsáveis e educadores, que por algum motivo não conseguem submeter às crianças ás regras e normas sociais. Para que a criança não tenha seu futuro comprometido é preciso que ela seja encaminhada a um profissional que a avalie e faça um diagnostico indicando se o motivo de seu comportamento inadequado é patológico ou não (TDAH ou indisciplina). Esse diagnóstico exige muita cautela, pois os sintomas dos dois problemas são bastante semelhantes.

 O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade-TDAH

O TDAH é um transtorno neurobiológico, resultante de uma alteração do lobo frontal esquerdo, sendo a área do cérebro que conduz o comportamento do ser humano. É também neste campo do cérebro que se cruzam sistemas neurais ligados à razão, ações, regulagem da velocidade e a quantidade de pensamentos. Essa alteração no funcionamento do cérebro é provocada pelo baixo nível de dois neurotransmissores, a dopamina e a noradrenalina; resultando numa eficiência menor de alteração mínima na ação filtrante do lobo frontal (ROHDE, 1999).
O TDAH aparece na infância e segue o indivíduo por toda a vida. Segundo Silva (2009, p. 23 apud ROGAR, 2009) “ninguém adquire TDA ao logo da vida. Quem tem o transtorno já nasceu com esse tipo de funcionamento cerebral”.
Portanto estamos diante de uma disfunção crônica inata, herdada na maioria das vezes, visto que a genética tem um papel importante nesta alteração. Todavia não se pode excluir os fatores externos que interfere na evolução do transtorno, como a nicotina de cigarro, bebidas alcoólicas consumidos pela mãe ainda gestante podem causar anormalidade na região frontal do cérebro do feto, traumas obstétricos, rubéola intra - uterino, encefalite e meningite pós - natal.
Os portadores de TDAH não têm problema de inteligência, ao contrário são inteligentes, criativos e intuitivos, porém apresentam dificuldades em administrar o tempo, fixar a atenção e dar continuidade ao que inicia, não conseguindo realizar todo seu potencial em função do transtorno que se caracteriza em três principais sintomas: desatenção, impulsividade e hiperatividade. Conforme Rogar (2009, não paginado) “a mente de um TDA funciona como um receptor de alta sensibilidade que, ao captar um pequeno sinal, reage automaticamente sem avaliar a característica do objeto gerador do estimulo”.
Desta forma observam que os TDAHs reagem a pequenos estímulos com grandes emoções, falando o que vem a mente, se os comportamentos dos TDAHs não forem compreendidos e bem administrados por eles e pelas pessoas com quem convive, poderão ocasionar diversas formas de agir assim como; agressividade, descontrole alimentar, uso de drogas, gastos demasiados etc., percebe-se então que este tipo de ação faz parte dos atos impulsivos.        
 Assim é necessário que os TDAHs aprendam a controlar ou redirecionar seus impulsos para usufruir de uma vida com qualidade. Segundo Mello (2003, não paginado) “a importância de se fazer o diagnóstico na infância se deve ao fato de que o tratamento minimizará os comprometimentos sociais, escolares e familiares [...]”.
Para identificar o transtorno deve-se consultar um médico para que seja analisado o histórico clínico, realizar avaliações de exames complementares, tais como exames de sangue, avaliação da visão e audição, exames neurológicos e de imagens para descartar diagnósticos diferenciais e em seguida seja encaminhado a um psicólogo para uma analise detalhada do caso e aplicação de testes.
Conforme a CID-10 (F90.0, perturbações da atividade e atenção) e o DSM-IV-TR(2002) para haver um diagnostico de TDAH o paciente tem de apresentar claras evidencias de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional; os sintomas não devem ocorrer exclusivamente durante o curso de um dos transtornos invasivos do desenvolvimento; e o mesmo precisa evidenciar seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, os quais persistiram por pelo menos seis meses, em grau mal-adaptativo e inconsciente com o nível de desenvolvimento (CID-10, 2011):
a) Desatenção
  • Em geral deixar de prestar atenção a detalhes;
  • Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas;
  • Parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra;
  • Não segue instruções e não termina seus deveres;
  • Tem dificuldade para se organizar;
  • Reluta com frequência a engajar-se em tarefas que envolva esforço mental;
  • Constantemente perde coisas necessárias para tarefas;
  • É facilmente distraído por estímulos alheio à tarefa; e.
  • Frequentemente apresenta esquecimento em atividades diárias.
b) Hiperatividade
  • Frequentemente agita as mãos e os pés ou se remexe na cadeira;
  • Em sala costuma abandonar sua cadeira ou em outras situações que exige que o mesmo permaneça sentado;
  • Constantemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriada;
  • Tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
  • Está todo tempo a mil, ou age como se estivesse a todo vapor; e
  • Fala demasiadamente.
c) Impulsividade
  • Precipita-se em responder perguntas, ates de seu termino;
  • Tem dificuldade para aguardar a sua vez;
  • E sempre interrompe ou se mete em assuntos de outros;
  • Alguns dos sintomas já estavam presentes antes dos sete anos de idade;
  • Os prejuízos causados pelos sintomas estão presentes em dois ou mais situações.
Tendo o diagnóstico de TDAH, deve-se começar imediatamente o tratamento, que normalmente é combinado de auxilio psicológico de fármacos. No Brasil o medicamento mais comum é a Ritalina (essa tem duração de 4 a 6 horas, e seu uso é por toda a vida); porem usa-se também o Metilfenidato, a Imipramina, a  Nortriptilina, a Bupropiona e a   Clonidina (ROHDE, 1999).
O tratamento e a medicação são partes importantes aos TDAHs, pois ajuda na concentração. Pais, professores e o próprio portador deve ser orientado com técnicas especificas para amenização do comportamento.  Cerca de 80% dos casos, a medicação ajuda os TDAHs a  reduzir, a impulsividade e a agitação (TEIXEIRA, 2006). Atualmente a terapia cognitiva comportamental é a melhor indicação para o tratamento na obtenção de bons resultados, pois ela trabalha com a psicoeducação dos pacientes e dos que os rodeiam. Os TDHs aprendem sobre seu transtorno e assim conhecem métodos e técnicas para lidarem melhor com sua impulsividade e com os demais sintomas.
 É de suma importância que os profissionais pedagogos conheçam técnicas que venha a auxiliar os alunos com TDAH a ter um melhor desempenho em sala; e alguns casos em especial é necessário ensinar técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades, pois se o transtorno não for diagnosticado e tratado corretamente ainda na infância pode gerar significantes danos na vida do indivíduo  como na vida profissional, social, pessoal e afetiva, podendo ocasionar co-morbidades como: ansiedade generalizada, pânico, fobia, depressão, etc.

A Indisciplina

A palavra disciplina relaciona-se com o vocábulo “discípulo”, “aluno”. É mostrar os confins entre certo e errado, os valores os limites; desta forma indisciplina vem de desobediência, desordem e rebelião. Essas faltas de limites competem às fronteiras que demarcam o que é permitido fazer ou não; obsecrado pelos pais. “Portanto, cada vez que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, umas quebras de limites, estão fazendo com que seus filhos não compreendam e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade” (TIBA 1996, p. 16). 
Problemas disciplinares aparecem em casos de um contexto familiar desestruturado onde não há imposição de limites ou regras, surge também em momentos de conflitos familiares ou ainda pelo fato da criança não conseguir lidar com determinadas situações. “As crianças aprendem a comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida por meio da imitação, da experimentação e da invenção” (TIBA 1996, p. 15). Portanto se em casa ela tem bons exemplos ela terá um bom convívio com a sociedade, mas caso essa criança sentir-se “excluído” de alguma forma pela família, ela poderá se adequar à atitude indisciplinada, como forma de chamar a atenção dos demais.
Em situação cujos pais são separados; os mesmos costumam depositar um no outro a responsabilidade de educar os próprios filhos, gerando complicações diversas na personalidade da criança, que nem sempre é atendida, convenientemente, as carências da mesma; acarretando na colaboração de um comportamento rebelde, devido aos atos tratados, desrespeitosamente frente a estes, com brigas infindáveis, ódios, disputas judiciais, desejo de vingança, etc.
Por conta dessa atitude irresponsável, a televisão assumiu na atualidade o papel de companheira e educadora de muitas de nossas crianças e jovens, que passam mais tempo assistindo a programas sem nenhum conteúdo moral e quase sempre recheados de pornografia e violências, do que em sala de aula ou com atividades úteis à formação de seu caráter como membro ativo da nossa sociedade (Rebouças, 2004).
Crianças com problemas de disciplina tendem a ter comportamentos irritantes, agressivos, de mau humor, impulsivo, entre outros, comportamentos esses que fazem a sociedade rotulá-las como indisciplinados. Outros motivos que podem levar a essa indisciplina infantil é a instabilidade e sofrimento emocional. TIBA (1996) conclui que filhos precisam de pais para ser educados, alunos precisam de professores para ser ensinados. “Sem a educação dada pelos pais à criança não cumpre o seu dever como aluno. Como aprender sem ser educado para isso?” (Oliveira, Ricardo Augusto A de.).Não se pode esperar, o desejo de querer estudar chegar. Pois tal espera pode ser interminável e aterrorizante para os estudantes. 
Se a escola não apresenta um espaço motivacional ou não contribui para o desempenho escolar do aluno, e ele não encontra nem mesmo em si ou na família, estímulos e dedicação para o aprendizado; em sala será transposta as causas do seu insucesso e da sua inadaptação. Sendo que consequentemente se manifesta na forma de atos indisciplinares, como meio de escapar da sua realidade e inobservância das regras de hierarquia ainda não adquiridas pelo aluno. “Em contrapartida o professor, cuja função é orientar o processo de aprendizagem não pode se ocupar de um papel que não é seu. Até porque o trabalho realizado por ele não surtirá efeito se em casa os hábitos de educação não mudarem” (OLIVEIRA, 2010, não paginado).
Cabe aos responsáveis da instituição educacional, a escola, usar métodos como: advertência; encaminhamento aos pais ou responsáveis, mediante termo de responsabilidade; orientação e apoio, acompanhamento temporários, matrícula e frequência obrigatórias. Já os pais devem tomar medidas que favoreça a autonomia, sendo, inclusão em programa comunitário ou oficial de auxilio e orientação, à família, a criança e ao adolescente e requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico. “Observa-se então que a culpa da indisciplina escolar é múltipla e não pode ser atribuída apenas à família, mas a todo um conjunto de fatores, em especial a crise ética na sociedade neoliberal que vivemos”(OLIVEIRA, 2010).

Metodologia

Compôs o estudo 29 crianças de ambos os sexos, com idade entre 06 a 12 anos inseridas no ensino de 1ª a 4ª serie, de duas instituições. Para a obtenção dos dados, contamos com o auxilio de profissionais da Pedagogia, sendo 11 ao todo; os mesmos avaliaram seus alunos conforme os itens do questionário que compõe a Escala. A pesquisa ocorreu no município de Rolim de Moura nas instituições Priscila Rodrigues Chagas e Aluízio Pinheiro Ferreira.
O teste aplicado compete à Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, versão para professores; este consiste em um inquérito de questões fechadas, com alternativa de resposta de múltipla escolha, sendo: Discordo Totalmente (DT), Discordo (D), Discordo Parcialmente (DP), Concordo Parcialmente (CP), Concordo (C) e Concordo Totalmente (CT); elaborado em sua primeira versão com 58 itens, porem com a padronização denota apenas 49 itens, divididos em quatro partes, sendo, a primeira respondente à área de déficit de atenção, a qual contem 10 itens negativos (sabe trabalhar independentemente) e 06 positivos (se distrai facilmente por barulhos em sala de aula); a segunda parte compete a hiperatividade/compulsividade que contem 09 respostas positivas (mexe-se e contorce-se na carteira) e 03 negativas (parece uma criança tranquila); a terceira parte refere-se aos problemas de aprendizagem com 06 itens positivos (não rende de acordo com o esperado em português) e 08 negativos (é rápido para fazer cálculos); e a quarta parte, compreende ao comportamento anti-social o qual aponta 04 itens positivos ( os colegas da classe o evitam) e 08 negativos (possui muitos amigos).
Primeiramente foi solicitado aos responsáveis, pelas duas escolas estaduais (os diretores), que assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual foram explicados os motivos de nossa presença e os objetivos envolvidos. A coleta de dados se deu por meio de um questionário que compete a Escala de Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade, o qual fornecemos pessoalmente aos pedagogos para que não houvesse duvidas em seu preenchimento. Os testes foram entregues nas próprias instituições de ensino. Para cada profissional da educação foram fornecidos no máximo cinco questionários de avaliação referente aos seus alunos.

Resultados e Discussão

Após a conclusão das aplicações dos testes, averiguamos as frequências e porcentagens de respostas nas quatro partes dos questionários respondidos pelos participantes da pesquisa envolvida  - os professores, como constam as Tabelas I e II.
De acordo com os dados puderam ser evidenciadas grandes porcentagens afirmativas em relação às questões estudadas na pesquisa, sendo que em todas as questões os sujeitos da amostra apresentaram maiores porcentagens positivas de dificuldade e desatenção do que TDAH como consta a Tabela de classificação dos pressentis no manual da Escala de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

Tabela I. Itens positivos ao TDAH.
     
Áreas
Nº de Sujeitos
Percentil
Déficit de Atenção
24
76% a 99%
Hiperat./Comp
13
76% a 99%
Problem. de Aprend
23
76% a 99%
Comp. Anti-Social
18
76% a 99%

Tabela II. Itens negativos ao TDAH
Áreas
Nº de Sujeitos
Percentil
Déficit de Atenção
05
25% a 75%
Hiperat./Comp
16
25% a 75%
Problem. de Aprend
06
25% a 75%
Comp. Anti-Social
11
25% a 75%
Com os dados adquiridos referentes aos 29 candidatos que propusemos a analisar,  na tentativa de conhecer as atitudes destes  implicados, como sendo TDAHs ou Indisciplinados, diante da visão dos professores e que fogem das condutas normais comparadas, às demais crianças de sua faixa etária. 24 dos mesmos apresentaram requisitos de Déficit de Atenção resultantes em comprometimentos, pois 21 dos participantes evidenciam um percentil variante de 76 a 94%, acarretando em um quadro acima da expectativa, ou seja, elas encontram-se com mais problemas que a maioria das crianças, sendo que 03 crianças atingiram o percentil equivalente ao de 95%, revelando um possível transtorno.
 Assim, foi verificado que a maioria da amostra se prontificou, a favor do excesso de crianças agitadas em sala, conferente a indisciplina e a hiperatividade, sendo que quase todas as questões de TDA apresentaram em altas porcentagens de respostas afirmativas. Na área de hiperatividade/compulsividade, contivemos 13 crianças que persistiram acima da expectativa esperada; o equivalente a 9 das crianças, sujeitou-se a um percentil de 76 a 94%, interpretando assim, essas incidem a uma problemática que as diferem das outras crianças, 04 se encontram em um quadro severo de Hiperatividade/Impulsividade. Nesse sentido, a questão que dizia respeito a se avaliar a patologia não apresentou maiores porcentagens de respostas afirmativas, seguida pela questão relacionada a identificá-la. Nesse contexto, os resultados da pesquisa vêm a ser supérfluo, pois não tem como rotular as crianças como sendo portadoras do TDAH, já que o teste foi realizado apena com os professores, mais conforme a escala pode se dizer que as crianças que contiveram alta nos pressentis, apresentam-se no momento sintomas que merecem ser acompanhados por um especialista. Já aludindo Problemas de Aprendizagem observados; 23 dos sujeitos sobressaíram a media da escala, visto que 19% estão acima da expectativa e 04% emergiram a probabilidade de Transtorno.
Quanto ao fator Comportamento Anti-Social, 18 dos analisados encontram-se com percentil entre 76 a 94%, os quais 13 conferem acima do esperado e 5 alude a um severo Comportamento Anti-Social, com gradativa possibilidade de transtorno.
A presente pesquisa corrobora os achados de antes divulgados como projeto, o qual se conclui o alto grau de indisciplina na infância, que nada mais é que a falta de limites estabelecidos pelos pais, os quais não se sentem na obrigação de educá-los e depositam esta imensa tarefa em terceiros como os professores, por exemplo. Neste contexto o auxilio dos profissionais pedagógicos, fora mais que importante. Segundo Rebouça (2004) “a formação moral é normalmente relegada a segundo plano ou transferida para a escola, como se a escola tivesse a capacidade de substituir o papel de nós pais, na formação moral de nossos filhos [...]”.

Conclusão

Com base nos estudos realizados percebe-se o quando é importante uma diferenciação rápida e eficaz entre a indisciplina e a patologia TDAH, um diagnostico correto é fundamental para o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo da criança, uma vez que o não tratamento correto pode vir a comprometer gravemente o dia-a-dia da criança em ambos os casos.
Assim é relevante a participação da família como apoio aos profissionais que tomaram a frente de um diagnostico e posteriormente o inicio de um tratamento adequado. Para que se possa afirmar que uma criança é portadora ou não de TDAH é preciso que seja feita uma investigação detalhada sobre os diversos ângulos da vida do paciente e também que sejam aplicados testes, o mais indicado e utilizado por nós foi a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, porém com testes isolados não se pode simplesmente diagnosticar os alunos os quais apresentaram altos pressentis, pois mesmo sendo um teste preciso, a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, necessita de mais suportes para se diagnosticar, ou seja, é essencial a utilização de outros testes como o WISC, COLUMBIA, SNAP-IV, e a própria Anamnese, pois essa forneceria informações adequadas sobre o convívio das crianças, e uma identificação para a distinção da indisciplina mais verídica.


Fonte: http://artigos.psicologado.com/psicopatologia/transtornos-psiquicos/indisciplina-infantil-e-sintomatologia-do-tdah-uma-identificacao#ixzz2Ahu8AOvK 
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EM TEMPOS DE LIBERDADE SEXUAL, POR QUE A VINGIRDADE AINDA É TÃO MITIFICADA ?


Em Tempos de Liberdade Sexual, por que a Virgindade Ainda é Tão Mitificada?

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Ela tem 20 anos. Ele, 23. Ambos decidiram leiloar sua virgindade no site australiano Virgins Wanted. A catarinense Ingrid Migliorini –que usa o pseudônimo Catarina– e o russo Alexander Stepanov são os personagens de um documentário que acompanha o antes e o depois da primeira relação sexual dos jovens. A maioria dos interessados no leilão é daqui: os brasileiros somam seis dos sete que deram lances para ter Stepanov e oito dos 13 que querem comprar a virgindade de Ingrid.

A diferença entre o quanto vale a virgindade de cada um é enorme: a maior proposta para a brasileira foi feita por um americano que ofereceu 255 mil dólares, e Stepanov ainda não recebeu um valor superior a 1.300 dólares. Há a possibilidade de muitos lances terem sido dados como uma brincadeira –e, se aqueles que fizerem os maiores lances desistirem, os jovens terão que fazer sexo por até um dólar. Para a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de livros como "Tudo o Que Você Não Queria Saber sobre Sexo" (Ed. Record) e "Toda Mulher é Meio Leila Diniz" (Ed. BestBolso), essa diferença existe porque, do ponto de vista dos interessados, "ele não tem nada a perder, física e simbolicamente. Já ela 'perderia seu valor' ao deixar de ser virgem", diz.
Para Mirian, tanto os dois jovens quanto aqueles que tentam comprar a virgindade deles têm um objetivo principal: projeção. Segundo ela, a catarinense diz que vai doar o dinheiro –o que foi contestado pelo organizador do leilão– como uma forma de justificar e amenizar sua tão criticada decisão. "É uma necessidade de provar que não se trata de autopromoção, que ela não quer ganhar dinheiro", diz. Já os homens que fazem os lances, segundo ela, almejam a projeção de comprar o valor de uma mulher, de mostrar que têm dinheiro e poder.
O psiquiatra especialista em sexualidade Jairo Bouer acha interessante a ideia de fazer um documentário sobre virgindade, mas acredita que a transformação disso em um "reality show" é fruto da cultura atual. "É a ideia de conseguir um pouco de destaque a qualquer custo, ter o nome na mídia e, depois, presença em eventos e programas B. É quase uma profissão, atualmente", afirma. Segundo ele, dá para entender a motivação dos virgens melhor do que a das pessoas que pagam 255 mil dólares no leilão.
Na prática, não há nada que diferencie a relação sexual com uma mulher virgem, segundo Bouer. O hímen é uma pele tão fina que o homem não a sente. "É uma questão mais cultural do que física. Imagino que quem dê os lances seja alguém que ficou parado no tempo e tenha o fetiche de carregar esse feito como troféu", afirma. A motivação é semelhante entre os homens que tentam comprar a primeira vez do russo. "O fato de um homem ser gay não o impede de ser machista", diz Bouer.
De acordo com a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, a mulher tem o direito de fazer do corpo dela um comércio, se assim desejar. Para ela, o pior é existir homens interessados em comprar a virgindade de alguém. “Acho eles que fazem isso como um resquício de uma mentalidade patriarcal, em que o homem tem de se sentir poderoso, possuidor da mulher, o primeiro da vida dela", diz. "Os homens querem provar que são machos, que conseguem uma mulher virgem", afirma. No caso das mulheres que tentam comprar a virgindade do russo, a motivação é a mesma, segundo ela. "Há mulheres com essa mesma mentalidade", afirma.
Segundo Regina, a virgindade como uma representação do poder do homem é herança de um valor antigo. Ela conta que a ideia da dominação da mulher surgiu quando o sistema patriarcal se instalou, há cinco mil anos. "A mulher tinha de ser pura, virgem e santa, porque era uma mercadoria: vendida, comprada e trocada. Era ela quem daria filhos que ajudariam na futura mão de obra e o homem tinha pavor de deixar herança para um filho que não fosse dele".
A virgindade continuava a ser importante nos anos 1950, época em que quem não era virgem não conseguia se casar. Por isso, as mulheres compensavam essa imposição fazendo sexo anal ou oral para preservar o hímen –o que ainda acontece atualmente, segundo Regina. "Dentro da sociedade patriarcal, a mulher não podia se interessar por sexo. No século 19, foram até criadas teorias de que a mulher não sentia prazer", afirma. Nessa época, segundo Regina, os bordéis proliferaram como uma solução para que os homens tivessem prazer, já que as mulheres eram obrigadas a ser inertes na cama. Como consequência, houve um surto de sífilis e surgiu a crença de que o homem ficaria curado se tirasse a virgindade de uma mulher.
A virgindade ainda gera polêmica, apesar de preservá-la ser considerado ultrapassado nos dias de hoje. "O sistema patriarcal se sustentou em cima do controle da fertilidade da mulher e começou a perder suas bases com o surgimento da pílula anticoncepcional. Agora, estamos assistindo ao desmoronamento dessa mentalidade, mas são cinco mil anos de história, e não se muda tudo tão rápido", diz.
Recentemente, o lançamento de um creme para “estreitar” a vagina, na Índia, causou polêmica. Como se não bastasse, uma empresa chinesa chamada Himen Shop criou um estranho dispositivo que deve ser inserido no canal vaginal, antes da penetração, para simular o sangramento que costuma ocorrer na primeira vez. Para Bouer, utensílios como esses são frutos de uma cultura machista, em que a mulher virgem é mais valorizada. "Há coisas muito mais importantes em um relacionamento do que a mulher ter tido ou não uma relação sexual", afirma.
Para o psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em transtornos de sexualidade do IPq HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), esses produtos podem fazer parte de uma brincadeira muito mais saudável entre um casal do que a ideia de fazer uma cirurgia de reconstituição de hímen para presentear o parceiro. "A cirurgia tenta recuperar algo que não tem volta", afirma Saadeh.

LEMBRAR DA INFANCIA ESTIMULA COMPORTAMENTO ÉTICO


Lembrar da Infância Estimula Comportamento Ético

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Evocar experiências dos primeiros anos de vida aguça o senso de moral, revela um estudo da Universidade Harvard. Em uma série de experimentos, as pesquisadoras Francesca Gino e Sreedhari Desai observaram que voluntários que se lembraram da infância antes dos testes se mostraram mais inclinados a participar gratuitamente de outra pesquisa, a julgar pessoas desonestas com mais rigidez e a doar dinheiro. O efeito foi independente do conteúdo das recordações, isto é, se as vivências eram positivas ou negativas.

“Esse tipo de memória parece instigar a pureza moral e valores pessoais”, observam as pesquisadoras em artigo publicado no Journal of Personality and Social Psychology, ressaltando que, em outras pesquisas, voluntários que se lembraram da adolescência se mostraram mais flexíveis com os erros alheios e menos dispostos a ajudar. Elas sugerem que distribuir cartazes que estimulam a lembrar da infância em espaços de grande circulação, como metrô, ou decorar ambientes com objetos que lembram esse período, pode incentivar as pessoas a agir de forma mais respeitosa consigo mesmas e com os outros.

Saúde Aspirina pode Diminuir Perda de Capacidade Mental Entre Idosos 12345Avalie esta notícia: Por Veja |


Saúde

Aspirina pode Diminuir Perda de Capacidade Mental Entre Idosos

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Um estudo sueco publicado no British Medical Journal Open sugere que uma dose diária de um quarto de aspirina pode reduzir o declínio da capacidade mental de pessoas idosas com riscos cardiovasculares. Para chegar ao resultado, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo observaram alterações na capacidade intelectual de 681 mulheres idosas com risco elevado de sofrer de ataque cardíaco, espasmos vasculares ou derrame. As pessoas que participaram da avaliação têm entre 70 e 92 anos.

Uma dose diária de ácido acetilsalicílico (aspirina) foi dada a 129 das 681 mulheres que participaram da pesquisa para a prevenção de doenças cardíacas. Segundo o estudo, é comum em muitos países tratar pessoas com risco de desenvolver doenças cardíacas com uma pequena dose diária de ácido acetilsalicílico. Só que a medicação também revelou ter amenizado a perda de funções mentais nas pacientes que tomaram aspirina.
"Ao final de cinco anos de exames periódicos, a capacidade mental tinha diminuído entre todas as mulheres e a parcela que sofreu de demência foi igualmente alta em todo o grupo. Só que o declínio da capacidade mental ocorreu de forma mais lenta e amena entre as que receberam ácido acetilsalicílico", diz Silke Kern, pesquisadora da Sahlgrenska Academy, da Universidade de Gotemburgo. Para medir a capacidade mental das mulheres, foram realizados testes de memória e de linguagem, ao longo dos cinco anos de duração da pesquisa.
Apesar dos resultados, Silke Kern ressalta que o estudo é observacional e que mais testes são necessários para confirmar o efeito da aspirina sobre a capacidade mental. "Os resultados indicam que o ácido acetilsalicílico pode proteger o cérebro, pelo menos em mulheres com alto risco de ataque cardíaco ou de derrame", diz Kern. "No entanto, não sabemos os efeitos a longo prazo no caso de um tratamento de rotina e certamente não queremos encorajar a automedicação de idosos com aspirina", conclui.
Agora, a equipe de Gotemburgo dará início a um acompanhamento de mais cinco anos, com as mesmas mulheres.
Fonte: Veja

domingo, 28 de outubro de 2012

ACREDITAR SEMPRE

pessoas de sucesso




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Gilclér Regina - já publicou 51 artigo(s) no blog Carreira Profissional.

Consultor de vendas, motivação, gestão e recursos humanos há 20 anos, tendo atuado também como executivo. Tem na motivação de pessoas a sua bandeira e vocação. Uma pessoa que vem de origem humilde, tornou-se um dos grandes conferencistas do Brasil. Sua palestra é um verdadeiro show que mistura alegria, bom humor e emoção entre os participantes. Website 

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“As pessoas de sucesso são pessoas visionárias que sabem onde querem chegar”Gilclér Regina
Uma pessoa de sucesso sabe que para chegar ao degrau seguinte precisa continuar com a mente focada nas metas e objetivos.
O poeta português Fernando Pessoa disse: “O início da cura é a consciência da doença. Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
Ou seja, se você sabe onde você está, você sabe onde pode chegar. E você tendo “alma grande”, aprende muito com as pessoas numa visão de humildade.
Pessoas de sucesso são pessoas de ação que não perdem o foco de suas metas, mesmo diante de problemas inesperados.
Segundo Albert Einstein a imaginação é tudo e prevê as atrações da vida que estão por vir.
Uma pessoa de sucesso verdadeiro é simples de coração, é humilde e o orgulho está fora dos seus planos.
Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo. Mas uma visão com ação pode mudar o mundo. Estas são palavras de Joel Barker que nos ajudam a refletir o novo mundo que queremos.
O segredo é ir em frente e começar. Metas existem para serem batidas. O que você está esperando?
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

No pangaré Por Raúl CandeloroEdição 10/2012

Editorial

No pangaré

Por Raúl Candeloro
Edição 10/2012
Uma das coisas mais importantes em qualquer time é a qualidade das pessoas que o compõem. Uma Seleção nacional, por exemplo, não se chama “seleção” por acaso. As pessoas foram escolhidas para estar ali e (pelo menos teoricamente…) representam o que de melhor existe naquela posição.
Meu desafio aos líderes de vendas tem sido este há bastante tempo: apenas aceite pessoas muito boas e com muito potencial em sua equipe. Os custos de errar em uma contratação e admitir um vendedor “mais ou menos” são muito altos, tanto em termos diretos (clientes mal-atendidos, oportunidades desperdiçadas) quanto indiretos (investimentos de tempo e energia de todos os envolvidos, baixa no moral da equipe, etc.).
Diz um ditado antigo que “é melhor ficar sozinho do que mal-acompanhado”. Todo mundo concorda com isso, mas há gerentes de vendas que ficam tão ansiosos em preencher uma vaga que atropelam todo o processo. Isso quando há um processo.
Por termos passado recentemente por esse assunto em um módulo do GEC, meu curso on-line de Gestão de Equipes Comerciais, fiz uma lista das diferenças do que eu chamaria de Recrutamento de vendedores 1.0 X A nova versão 2.0. Basicamente, são as diferenças entre a versão antiquada e amadora de recrutar e o jeito mais profissional e atual de fazer isso. Vale como um teste e uma reflexão: qual desses dois modelos define melhor como sua empresa tem recrutado vendedores?
  1. Estilo antigo: contratação baseada no feeling e no emocional. Por não existir um processo objetivo e formal de recrutamento e seleção (principalmente na parte das entrevistas), é comum o recrutador “apaixonar-se” por um candidato. Por exemplo, você sabia que mais de 80% das contratações no estilo antigo são decididas na análise de um currículo e nos dez primeiros minutos de uma entrevista? É muito pouco tempo se quisermos saber com certeza se o candidato tem o CHA de que precisamos (Conhecimentos, Habilidades, Atitudes).
    Tendência: Criar um método racional, organizado e, principalmente, padronizado. Ou seja, um PROCESSO.
  2. Estilo antigo: apenas uma pessoa entrevista e decide. Estudos feitos pelos irmãos Zoltner (autores do livro Manual completo para acelerar sua força de vendas, da Editora Cultrix) mostram que, de todas as ferramentas utilizadas para prever o sucesso futuro de um vendedor em uma empresa, a entrevista pessoal é a PIOR delas. Principalmente se for sem processo, como vimos acima.
    Tendência: realizar múltiplas entrevistas, com várias pessoas tomando decisões, como um comitê.
  3. Estilo antigo: esperar a vaga surgir para começar a procurar um candidato. Quando isso acontece, basicamente estamos dizendo que vamos esperar o problema aparecer para então resolvê-lo. A questão é que, nessas condições, você fica pressionado a preencher a vaga rapidamente e começa a acelerar o processo. No fim das contas, em vez de escolher o melhor candidato, você muitas vezes escolhe o “menos piorzinho” (porque bom mesmo não aparece nenhum). Aí acontece o que vemos por aí com tanta frequência: uma equipe com dois vendedores excelentes, seis medianos e dois que claramente deveriam ser demitidos (e geralmente estes dois têm uma situação parecida – não batem a meta, mas são “gente boa” e todos gostam deles). Isso não pode acontecer... seleção é seleção.
    Tendência: procurar ativamente por candidatos, mesmo quando não há uma vaga a ser preenchida, criando um banco de dados de potenciais contratações futuras. E também uma oxigenação positiva forçada na equipe, como Jack Welch fazia na GE.
  4. Estilo antigo: contratar o candidato menos despreparado. Chamaremos isso de “complacência com a mediocridade”. Ou a pessoa é realmente boa e merece fazer parte do time, ou não merece. Não há meio-termo. Ou é ou não é. “Mas, Raúl, aí não sobra ninguém!”. Essa é a defesa da mediocridade mais comum que ouvimos. Veja: não tem problema você contratar pessoas medianas se estiver claro que elas são assim. O problema surge quando as contratam e exigem coisas além da capacidade ou fora do perfil delas. Na verdade, o que está acontecendo é uma falha claríssima de liderança, mas os gerentes muitas vezes terceirizam a culpa. Os vendedores são contratados de maneira errada e os gerentes reclamam que têm uma equipe fraca. Sim, realmente, a equipe pode ter pessoas fracas – mas geralmente, nesses casos, quem é realmente fraco é o líder, que foi complacente com a mediocridade.
    Tendência: obviamente, não ser complacente com a mediocridade. Apenas contrate quem tem potencial para ser o melhor. Mesmo que isso demore bem mais que a opção “aceitamos os ‘menos piorzinhos’”, vale MUITO mais a pena.
  5. Estilo antigo: usar os 90 dias do contrato de experiência para testar o candidato. Como a maior parte das empresas não tem a mínima ideia de se a contratação que fez dará certo, usa o artifício legal do contrato de experiência como “prova de fogo” (o que eu chamo de “corrida dos espermatozoides” – “vamos ver quem sobrevive”).
    Tendência: usar os 90 dias para testar o funcionário, mas, principalmente, DESENVOLVER o candidato, acelerando sua curva de aprendizagem e garantindo seu sucesso depois dos 90 dias.Meta: 100% da meta de vendas e 100% de contratação efetiva em 90 dias.
  6. Estilo antigo: recrutamento como arte, recrutador como artista (amador).
    Tendência: um processo profissional, organizado e formal de estabelecer critérios claros e objetivos de avaliação, ferramentas adequadas para avaliar o CHA e decisões e escolhas racionais, claras e objetivas dos melhores candidatos.
No GEC, batizamos esse movimento de “no pangaré”. Muita gente não gosta quando uso termos assim, mas digo pangaré por dois motivos:
  1. Para chamar atenção sobre o tema e alertar os gerentes seriamente sobre isso. Quando falo “no pangaré”, a pessoa pode até não gostar, mas com certeza se lembrará disso quando for recrutar.
  2. Você até pode chamar de outra coisa, se quiser, mas que há um monte de pangarés em vendas é verdade. Não se engane achando que todos são “talentos a serem desenvolvidos”. Muita gente não tem perfil para estar na função de vendas, e a melhor coisa que poderia acontecer para ela própria seria a recolocação. Malvados e cruéis mesmo são os que não entendem isso e, em vez de ajudar a pessoa a se “encontrar” e se desenvolver em outra área, continuam tentando fazer que um cavalo voe, um tigre coloque ovo, etc. Não adianta treinar e motivar, fazer coaching, etc. com um tigre, esperando que ele voe ou bote um ovo. Parece engraçado, mas é comum. A pessoa geralmente está pangaré porque deveria estar fazendo outra coisa na vida, não se encaixa no seu tipo de vendas ou na cultura da sua empresa. Essas pessoas não podem entrar na sua equipe e você precisa saber disso ANTES de deixá-las entrar (não depois).
Os benefícios de ser mais exigente nas contratações, mesmo que demore e seja mais trabalhoso, de longe excedem o custo maior do processo. Vale a pena, com certeza. E você, o que acha; sente orgulho do seu processo de recrutamento e seleção?
Abraço e boas vendas,
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Autor(a):
Raúl Candeloro
Raúl Candeloro é palestrante e editor das revistas VendaMais e Liderança. Autor de vários livros, é também diretor executivo da Small Giants Community, diretor do Instituto VendaMais e sócio-diretor da empresa de consultoria Solução Comercial.