terça-feira, 25 de março de 2014

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sábado, 22 de março de 2014

RESENHA DO LIVRO, A CULPA É DAS ESTRELAS


Apesar de não conter spoiler, caso você queira ler o livro sem nenhuma opinião de terceiros, não leia esta resenha. Mas se você quiser ter uma ideia sobre uma incrível história, que apesar de fictícia, teve um personagem inspirado em um drama real e por isso te faz ter uma sensação de estar lendo uma história real, então, você tem que ler esse livro!  Dispa- se de todos os preconceitos, esqueça o que já ouviu, tire as suas próprias conclusões, a leitura nos permite isso:, ter o nosso próprio julgamento. E assim, iniciei a leitura deste livro, de um escritor jovem, que vem conquistando legiões de fãs por todo o mundo.
Assim que me propus a ler esse livro, já tinha ouvido todo tipo de críticas, dos fãs ardorosos que amam, dos que odiaram e daqueles que apenas acharam um livro razoável. A narrativa de John Green, é interessante, embora triste às vezes, mas tem um humor ácido e refinado. A narrativa do ponto de vista do personagem feminino, Hazel Grace, é interessante, pois o autor mergulha no universo de uma adolescente que tem uma “sobrevida” limitada e extremamente difícil, uma pessoa que tem uma sentença de morte indefinidamente protelada, mas que é inevitável, pois ela é uma paciente em tratamento de câncer terminal, controlado por uma nova droga experimental. Uma pessoa triste, revoltada e solitária. O câncer devorou tudo o que ela tinha de melhor, a saúde, o vigor, os amigos, a escola e estava adoecendo a sua família, que vivia em função de cuidar dela. Hazel vê o seu pequeno universo mudar, ao conhecer Augustus Waters no grupo de apoio, um adolescente também portador de Câncer ósseo e amputado de uma perna. Essa história tinha tudo para dar errado, porém Hazel e Gus transformam suas vidas, a partir do improvável amor que surge, pois ambos têm medo, de morrer, de se apaixonar, de deixar os seus entes queridos. A partir daí, os dois superam os seus limites físicos, passam a viver intensamente esse amor sem pensar no amanhã. Achei incrível a pesquisa na área médica, feita pelo autor, embora com alguns dados fictícios, mas tornou a história possível. A pesquisa histórica sobre Anne Frank e Amsterdã, nos dá a impressão de estar passeando pela cidade, tamanho são os detalhes de sua descrição. Me identifiquei com a história, pois a visão da Hazel e suas indagações, são as mesmas de toda pessoa doente e com uma sentença de morte. É uma linda história de um amor lindo, intenso e surpreendente. Um amor de dois jovens que superam todas as impossibilidades e descobrem o amor, o sexo, as decepções e aprendem a lutar e ter esperança. É uma história de superação não só de uma doença que por anos foi tabu, além do câncer o livro trata da perda, de relacionamentos interrompidos e de famílias destroçadas pelo câncer, vai até além, pois mostra o isolamento, a solidão e o preconceito sofrido pelas pessoas com a deficiência.O autor através do olhar de Hazel, com o seu cilindro de oxigênio e de Gus, com a prótese na perna amputada, nos ensina um pouco do cotidiano e da superação dos pacientes portadores de câncer, bem como as vitórias, derrotas e a superação. Ri, chorei e me diverti, a linguagem é fácil, leve e foi uma leitura deliciosa. Amei demais os personagens.
Esther Grace e Hazel Grace
Esther Grace, a jovem que inspirou John Green a criar a personagem Hazel Grace
A-Culpa-é-das-estrelas-2
Elenco do filme ‘A Culpa é das Estrelas’: os atores Natt Wolf( que interpreta Isaac), Ansel Elgort (Augustus Waters), Shailene Woodley ( Hazel Grace),  e o autor John Green (no centro).


    Não poderia deixar de citar adaptação para o cinema que terminou de ser filmada recentemente e tem estreia prevista para 2014. John Green trabalhou em todas as fases da produção do filme e inclusive acompanhou as filmagens e se tornou amigo dos atores, diretor e equipe.
O personagem central , Hazel Grace é inspirado na jovem Esther Grace, que John conheceu através de um canal do Youtube onde a jovem relatava a sua experiência com o câncer e as questões próprias de uma adolescente, suas expectativas, alegrias, tristezas e como lidou com a sombra da morte, que tanto assusta os portadores de câncer. Esther inspirou a criação da personagem, que inclusive leva um dos seus nomes, mas a história de ‘A Culpa é das Estrelas’, não é a história de Esther, até mesmo porque Esther Grace morreu aos 16 anos e no livro a protagonista sobrevive. Talvez esta tenha sido a forma que John conseguiu para que a história de Esther fosse vitoriosa, para que nunca fosse esquecida, já que seu destino não pôde ser alterado, na ficção o autor teve o poder de preservar a sua vida. Será Lançado recentemente o livro contando a história de Esther Grace Earl, com o título ‘ This Star W’ont Go Out’ ( Esta estrela não se apagará), sem previsão de lançamento no Brasil, com prefácio escrito por Jonh Green e anotações feitas pelos pais de Esther. Esta matéria foi publicada no Leitores Depressivos, confiram, pois vale a pena conhecer a história da musa inspiradora de um dos livros mais encantadores de todos os tempos.
John Green veio para ficar, não tenham dúvidas. Vale a pena, recomendo, com certeza. Não leiam as frases fora do contexto, leiam o livro. Espero que o filme seja fiel e faça jus ao livro. Ansiosos?
Por ~M

LIDERANÇA POSITIVA: um caminho diferenciado para gerir talentos.



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19/03/2014
RH » Liderança » EntrevistaEnviarComentarCompartilharImprimir

Liderança Positiva: um caminho diferenciado para gerir talentos

Existe um antigo ditado popular que diz "Cada um cria seu próprio céu e inferno". Se trouxermos essa afirmação para a prática, veremos que as pessoas vivenciam reflexos das suas escolhas. E isso pode ser constatado tanto no campo pessoal quanto corporativo. Vejamos, então, no caso específico daqueles que têm a responsabilidade de conduzi as equipes: os líderes.
O ano de 2008 foi marcado pelo registro do conceito de Liderança Positiva que, naquela oportunidade foi apresentado pelo estudioso Kim Cameron, ao lançar o livro "Positive Leadership", e que trouxe para as organizações a grande necessidade de se trabalhar e potencializar os pontos fortes dos profissionais. De acordo com Minoru Ueda, conferencista, pesquisador e consultor em comportamento humano, Cameron estabeleceu quatro elementos para a Liderança Positiva: criação de um clima positivo; criação de uma rede de relacionamentos positivos; criação de uma rede de comunicação positiva e criação de um significado positivo no trabalho.
"Se queremos estimular uma forma construtiva no ambiente corporativo, devemos incentivar as virtudes, os pontos fortes, os talentos, a empatia e a cooperação para criarmos um ambiente de confiança. E todos estes aspectos são trabalhados durante o processo da liderança positiva, juntamente com as competências emocionais", argumenta Ueda, ao ser indagado sobre o ambiente propício para se instituir a Liderança Positiva.
Em entrevista concedida ao RH.com.br, o consultor apresenta aspectos relevantes da Liderança Positiva e os reflexos que esta propicia às organizações que a adotam. Minoru Ueda é um dos palestrantes da 8ª edição doConviRH (Congresso Virtual de Recursos Humanos) - evento promovido pelo RH.com.br, no período de 15 a 30 de maio de 2014. Na oportunidade, ele ministrará a palestra em vídeo "Inteligência Emocional: um caminho para a Gestão de Conflitos". Boa leitura!



RH.com.br - Em que momento da história surgiu o conceito da Liderança Positiva e o que essa nova definição trouxe para o mundo corporativo?
Minoru Ueda - Historicamente falando o conceito de Liderança Positiva foi introduzida pelo estudioso Kim Cameron em 2008, através do seu livro Positive Leadership, e que trouxe para as organizações a grande necessidade de trabalharmos e potencializarmos os pontos fortes dos profissionais, baseado nos estudos promovidos por Martin Seligman, psicólogo norte-americano e ex-presidente da Associação Americana de Psicologia - e outros pesquisadores sobre a psicologia positiva. Nas palavras do próprio Seligman: "As pessoas querem mais que apenas corrigir fraquezas; querem vidas cheias de significado".


RH - Quais os elementos que alicerçam a Liderança Positiva?
Minoru Ueda - Kim Cameron estabelece quatro elementos para a Liderança Positiva que contribuem para que as organizações floresçam e obtenham resultados excepcionais. São eles: criação de um clima positivo; criação de uma rede de relacionamentos positivos; criação de uma rede de comunicação positiva e criação de um significado positivo no trabalho. No trabalho que desenvolvemos, nós interagimos estes conceitos com as bases das competências emocionais: autoconhecimento, autogerenciamento, automotivação, empatia e habilidades sociais.


RH - Qual o principal objetivo da Liderança Positiva e o que a difere das demais propostas que se encontram aplicadas pelas empresas?
Minoru Ueda - Creio que os conceitos da Liderança Positiva e principalmente da psicologia positiva agregam valores para todas as propostas e as metodologias que estão sendo trabalhadas atualmente dentro das organizações. Martin Seligman quando lançou o conceito da psicologia positiva, até então como presidente da Associação Americana de Psicologia, propôs três pilares que sustentaria a psicologia positiva: primeiro - o estudo da emoção positiva; segundo - o estudo do caráter positivo-forças e virtudes e o terceiro pilar - o estudo das instituições positivas. Portanto, a partir deste terceiro pilar - instituições positivas, contribuir para as organizações trazendo elementos da Liderança Positiva como: pontos fortes, talentos, coragem, esperança, otimismo, resiliência, cooperação, criatividade, emoções positivas, empatia e, principalmente, o significado e o sentido positivo do trabalho, que sem dúvida, representa uma ferramenta de excelência no processo do desenvolvimento organizacional.



RH - Existe um ambiente corporativo propício, para se aplicar a Liderança Positiva?
Minoru Ueda - Excelente pergunta. Quando recebo esta indagação por parte dos gestores, eu convido para a seguinte reflexão: se queremos estimular uma forma construtiva, devemos incentivar as virtudes, os pontos fortes, os talentos, a empatia e a cooperação para criarmos um ambiente de confiança. E todos estes aspectos são trabalhados durante o processo da liderança positiva, juntamente com as competências emocionais. É claro, que os gestores e principais administradores devem estar alinhados com estas práticas, pois ao falarmos do positivo, falamos de recursos e de potencialidades, bem como de tudo aquilo que faz com que a vida desenvolva-se e principalmente valha a pena de ser vivida, afinal de contas passamos mais tempo no trabalho do que com a nossa própria família. E quando propomos a empatia dentro do ambiente de trabalho, todo o processo de comunicação e as relações interpessoais são impactadas positivamente, e principalmente, existe a possibilidade destas atitudes positivas na vida pessoal, impactando no bem-estar e na qualidade de vida.



RH - Dos elementos citados anteriormente, qual ou quais são os mais difíceis de serem colocados em prática pelas organizações?
Minoru Ueda - Como os quatro pilares: clima, relacionamento, comunicação e significado positivo estão interligados, considero através da nossa prática no dia a dia nas organizações, que a maior dificuldade é quebrarmos o ciclo virtuoso das reclamações e do fenômeno que costumo chamar de vitimização, ou seja, pessoas que dentro das empresas acreditam que são vitimas das circunstancias e não assumem o seu papel, ou melhor, não desenvolvem a primeira competência emocional, o autoconhecimento, condição básica para o autodesenvolvimento.


RH - Quais as principais competências comportamentais que a Liderança Positiva apresenta no dia a dia?
Minoru Ueda - Vamos iniciar com a comunicação positiva e empática, afinal de contas o líder dentro do processo de influenciar os membros da sua equipe, desenvolve a sua percepção para detectar as necessidades emocionais dos seus colaborares, sendo capaz de transmitir feedbacks positivos e oferecendo oportunidades para através dos feedbacks de desenvolvimento, criar um clima positivo dentro do ambiente de trabalho. Outra competência essencial desenvolvida dentro da Liderança Positiva é o desenvolvimento do processo de empatia junto aos seus colaboradores, não apenas percebendo o sentimento e as necessidades dos membros da sua equipe como também se interessando continuamente pelo significado e pelo sentido do trabalho que este possui dentro da organização. E esta competência empática, esta intimamente ligada à competência de administrar conflitos dentro da organização, impactados que somos por conta das frequentes mudanças e pressões do mercado. Dentro ainda destes cenários de mudanças frenéticas, a resiliência também é uma das competências desenvolvidas na Liderança Positiva, sendo a capacidade de superar o estresse e as adversidades. As emoções positivas podem funcionar como fator de proteção nas situações de desafio, bem como cultivar significados positivos o que representa uma estratégia eficaz para a construção de habilidades e atitudes saudáveis frente às circunstancias desafiadoras do dia a dia no trabalho.


RH - No contexto da Liderança Positiva, encontramos a teoria do Flow. Qual a relação entre esses dois componentes e o que ambos agregam à Gestão de Pessoas?
Minoru Ueda - Considero que a teoria do Flow a essência da Liderança Positiva. É uma das bases da psicologia positiva, desenvolvida pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, uma ferramenta importante para que o líder positivo através das suas ações auxilie na construção do significado positivo do trabalho não apenas para si, mas para a sua equipe e impactando na organização. Segundo os estudos desenvolvidos por Csikszentmihalyi, as experiências mais elevadas e mais realizadoras na vida das pessoas, acontecem quando se encontram em estado de flow, ou seja, em fluxo. Algumas características deste estado, e creio que muitos de nós já vivenciamos: equilíbrio entre oportunidade e a nossa capacidade, ou seja, equilíbrio entre desafios e as nossas habilidades. Outra característica é a concentração profunda e a noção de tempo é alterada, ou seja, quando realizamos algo e queremos mais tempo para desenvolver este trabalho, tamanha é o nosso envolvimento com este trabalho. Para que ocorra o flow no ambiente de trabalho pelo menos três pré-requisitos devem existir: objetivos claros, processos sistemáticos de feedbacks e equilibrar desafios com as habilidades. Na realidade muitas organizações já desenvolvem o flow dentro do ambiente de trabalho, visando um maior comprometimento e trabalhos inovadores, criando um clima positivo onde os colaboradores utilizam-se dos seus pontos fortes, possibilitando um ambiente de desenvolvimento de talentos e desta maneira, valorizando estes profissionais através de uma elaborada comunicação empática na diáde entre líder e liderado.

RH - Os reflexos que a Liderança Positiva traz às equipes são de curto, médio ou longo prazo?
Minoru Ueda - Em curto prazo os ganhos da Liderança Positiva é um processo proativo para a Gestão de Pessoas como, por exemplo, a gestão de conflitos, pois a partir do momento que se trabalha o processo de comunicação, baseado principalmente na empatia, traz a oportunidade da criação de um clima mais positivo. Aproveitando o clima positivo, em médio prazo a equipe com a dinâmica do líder positivo e das ferramentas do flow já mencionadas. Dentro desse contexto, a equipe desenvolve entregas para a organização como criatividade e inovação, pois os relacionamentos positivos geram a confiança, principio básico para que ocorram as sugestões e as participações para a melhoria do processo. Além do próprio clima positivo, criando um processo de resiliência frente aos desafios como, por exemplo, mudanças de cenários e competitividade do mercado. Em longo prazo, a conexão entre felicidade e trabalho, pois afinal de contas o nosso papel profissional possui um impacto muito forte na construção da nossa identidade e, portanto, a Liderança Positiva ao trabalhar com emoções positivas, relacionamentos positivos, significados e sentidos positivos do trabalho, possibilitam resultados positivos que contribuem para o nosso bem estar profissional e pessoal.



RH - A Liderança Positiva pode ser considera uma tendência organizacional para o mercado brasileiro?
Minoru Ueda - Creio que sim, pois a Liderança Positiva está alinhada com a tendência de criar um bom ambiente de trabalho, visando o bem-estar dos profissionais que possibilite resultados positivos para a organização. O Instituto Gallup realizou uma pesquisa englobando mais de um milhão e 700 mil funcionários em 101 empresas de 63 países, sobre a "oportunidade de fazer o que faço de melhor". Cerca de 20% das pessoas acham que usam seus pontos fortes todos os dias, embora seja alarmante saber que a maioria das companhias opera com 20% de sua capacidade, esta descoberta representa uma oportunidade para as organizações através do processo da Liderança Positiva potencializar os 80% restantes destas competências que não são utilizadas para criar e agregar valor.


RH - Em sua opinião, as empresas estão preparadas para instituírem a Liderança Positiva ou ainda falta algo?
Minoru Ueda - Acredito que muitas empresas pretendem criar um ciclo virtuoso de relacionamentos interpessoais e de bons resultados organizacionais. Desta maneira, a Liderança Positiva, ao trabalhar os aspectos do autoconhecimento, da automotivação e das habilidades sociais presentes nas competências emocionais, possui a possibilidade de agregar valor nos diferentes estágios que a organização encontra-se. Hoje existe um grande movimento dentro do mundo organizacional de criar um clima organizacional positivo, visando o bem-estar dos colaboradores, permitindo um ambiente de comprometimento e entrega de resultados, desta maneira ao dinamizar o processo dos pontos fortes e da empatia, a Liderança Positiva traz ferramentas que contribuem e agregam valor para estas estratégias organizacionais e para a sustentabilidade das relações.

Palavras-chave: | ConviRH | Minoru Ueda | estilo de liderança | aprendiz

O que é Feedback?


O que é Feedback?

artigo do palestrante Carlos Hilsdorf aborda de maneira clara o que é feedback e dá dicas de como fornecer e receber feedbacks.

Carlos Hilsdorf
O termo feedback é originário de ciências como: física, química, biologia e engenharia, entre outras. Trata-se, também, de um conceito fundamental em administração, pois refere-se a uma importante ferramenta gerencial e de liderança.
Observe como o conceito é genericamente aplicado nas demais ciências para compreender sua exportação para o universo da administração:
"Entende-se por feedback o processo (parte de uma cadeia de causa e efeito), onde uma informação sobre o passado influencia um mesmo fenômeno no presente e/ou no futuro, permitindo ajustes que mantenham um sistema funcionando corretamente".
Embora frequentemente traduzido como retroalimentação ou simplesmente "retorno", considero que a melhor maneira de traduzir feedback, para maximizar seu efeito gerencial, é: alimentação!
Feedback é um processo de alimentação que ocorre através do fornecimento de informações críticas para o ajuste de desempenho e performance de uma pessoa.
Devemos entender por informação crítica, aquela que é crucial para o aperfeiçoamento da performance e, portanto, oriunda de uma análise baseada no senso crítico e não no senso comum.
Desta maneira, feedback não é uma opinião que expresse um sentimento ou emoção, mas sim um retorno que alimenta (validando ou invalidando) um dado comportamento ou realização com base em parâmetros claros, objetivos e verificáveis.
Feedbacks versam sobre: desempenho, conduta e resultados obtidos através de ações realizadas.
O objetivo fundamental do feedback é ajudar as pessoas a melhorar seu desempenho e performance (desempenho ao longo do tempo) através do fornecimento de informações, dados, críticas e orientações que permitam reposicionar suas ações em um maior nível de eficiência, eficácia, efetividade e excelência!
Devemos observar que o feedback deve ser sempre educativo, jamais punitivo, condição em que perde sua funcionalidade e descaracteriza-se como conceito.
Feedbacks podem e devem ser utilizados como ações de validação e parabenização frente a condutas e resultados positivos; e , claro, também podem e devem salientar equívocos e discrepâncias de desempenho quando ocorrerem. Porém, a prática do feedback deve ser utilizada sempre de maneira construtiva; afinal seria um absurdo imaginar que pessoas que se sintam humilhadas, punidas ou com autoestima rebaixada pudessem se sentir naturalmente motivadas a melhorar sua performance.
Isso não significa que um gerente e/ou líder não tenha que aplicar algum tipo de punição ou restrição durante o exercício da suas competências gerenciais e de liderança, mas evidencia que punição e feedback são conceitualmente e pragmaticamente diferentes!
Normalmente, quando o feedback é bem utilizado, as situações que demandam por qualquer tipo de punição diminuem consideravelmente, até porque a correta utilização do feedback é preventiva e elimina um considerável número de situações que evoluiriam para um nível crítico, na ausência de orientação e correção.
Daí a importância da aplicação constante de feedbacks ao longo do tempo, lembrando que sua eficácia é tanto maior quanto mais próximo esteja da ocorrência que lhe deu origem. Esperar demais para fornecer feedback agrava as situações que precisam ser corrigidas e enfraquece o melhor momento para comemorar vitórias obtidas!
Para que um feedback tenha êxito, duas condições essenciais e interdependentes precisam estar presentes:
Uma relação de confiança entre as partesUma relação de respeito entre as partes
Confira 10 dicas para fornecer feedback de maneira adequada:
1) Jamais viole o princípio da confiança.
2) Jamais viole o princípio do respeito.
3) Jamais contradiga ou desrespeite o princípio da ética.
4) Verifique qual o tipo de feedback específico adequado (validação ou correção).
5) Não confunda desabafo de emoções e sentimentos com feedback.
6) Tenha muito claras as causas e o objetivo do feedback.
7) Verifique qual o momento mais apropriado para o feedback.
8) Verifique qual a forma mais adequada para o feedback (sempre que possível pessoalmente).
9) Verifique com atenção se é melhor falar a sós ou com a participação de outros envolvidos (jamais exponha a constrangimentos).
10) Certifique-se de que sua mensagem foi clara e bem compreendida!
O líder gera no liderado o desejo por feedback, o não-líder gera aversão a feedbacks!
Confira agora 10 dicas para receber feedback de maneira adequada:
1) Demonstre e comunique sua confiança e interesse em receber feedbacks.
2) Ouça-os com atenção e respeito, mesmo que discorde a priori.
3) Mantenha a ética com relação a outros envolvidos.
4) Se receber um feedback positivo lembre-se de agradecer e dar créditos aos que o tenham ajudado a obter este resultado.
5) Se receber um feedback negativo não se esquive das responsabilidades, aceite-as.
6) Se receber um feedback injusto verifique se o momento e o estado emocional do interlocutor são favoráveis para a sua contra argumentação.
7) Não confunda emoções e sentimentos pessoais com profissionalismo, concentre-se nos fatos.
8) Entenda toda e qualquer crítica como possibilidade de crescimento e evolução, mesmo que seja nos quesitos de tolerância e paciência.
9) Verifique se compreendeu com clareza o que lhe foi colocado, agradeça e comprometa-se a refletir e rever o que for necessário!
10)Mantenha discrição e sigilo sobre o feedback recebido.
O profissional em busca de excelência não espera para receber feedbacks, solicita-os sem receio ou vaidade. Seu objetivo de crescimento e evolução alimenta-se destes inputs de como está sendo percebido!
Como vimos, neste breve artigo, feedback é uma ferramenta de alto impacto e quando corretamente utilizada possui a potencialidade de maximizar resultados positivos e reverter resultados negativos.
Saber fornecer e receber feedbacks é uma arte que diferencia em larga escala aqueles que a aprimoram.
Jamais nos esquecemos de alguém que nos forneça um feedback que nos ajude a crescer!
Carlos Hilsdorf
Economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Considerado um dos melhores palestrantes do Brasil na atualidade. Palestrante do Congresso Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração (México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero, e do sucesso 51 Atitudes Essenciais para Vencer na Vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano.