quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Espermatozoides mentais recicláveis


Espermatozoides mentais recicláveis

Calma. Calma. Calma. Não vá pensar que eu só penso “naquilo”.
O título acima pode parecer estranho, concordo, mas vamos tentar explicá-lo.
Você se lembra quando era criança e começou a observar seu corpo? E percebeu que, um pouco abaixo da linha da cintura, existia uma pequena diferença entre meninos e meninas?
Pois é. Certamente você irá lembrar quando questionou seus pais de onde e como os bebês nasciam e você recebia respostas como:
- a cegonha traz; ou;
- o papai tem uma sementinha que coloca na barriga da mamãe e que se junta com a sementinha dela…
Isto aconteceu exatamente comigo. A primeira alternativa me foi dada quando eu era criança. A segunda quando as  minhas filhas eram crianças.
Até o dia em que a mais velha me perguntou como eu colocava a minha sementinha na barriga da mamãe. E eu lhe expliquei. Então ela relaxou:
- Ah! Agora eu entendo.
Quando ela disse isso, eu me voltei para meus pensamentos recordando as aulas dos aparelhos reprodutores masculino e feminino que tive nas disciplinas de Anatomia e Fisiologia nos primeiros anos do meu curso de Odontologia.
O mistério da Vida.
E lembrei-me que o homem, ao ejacular, lança na porção posterior da vagina, de 200 a 500 milhões de espermatozoides. Destes, apenas um fecunda o óvulo depois de vencer barreiras como a acidez vaginal, o muco cervical do útero e o movimento dos cílios nas paredes das tubas.
E este único espermatozoide, juntamente com um único óvulo, serão responsáveis por um único Ser Humano, representado por um único RG e um único CPF. Em suma: um único indivíduo único (permitam-me a redundância).
Para Eduardo Zugaib, este espermatozoide foi o que “se movimentou melhor, fez o caminho mais inteligente, estudou melhor o objetivo, aproximou-se dele e..”
Quando você, caro leitor ou leitora, lê a frase acima, não lhe parece que estamos falando a respeito de pessoas que atingem seus objetivos? De pessoas melhor preparadas? De pessoas marcantes?
Pois é. Assim como os espermatozoides, estas pessoas tem agilidade, motilidade e são mais “espertas” do que outras.
Vamos tentar entender melhor estas três características.
1 – Agilidade
Não deve ser esquecido que o mundo e a sociedade como um todo, estão sofrendo modificações constantes. Isto significa que as idéias e os paradigmas de hoje também serão transformados e modificados, fazendo com que as pessoas acabem desenvolvendo um tipo de agilidade (flexibilidade) para se adaptarem aos novos tempos.
Quer queiramos ou não, o mundo de hoje é, além de globalizado, eletrônico, informatizado e robotizado, como afirma José Antonio Rosa.
Theilhard de Chardin, o filósofo e paleontólogo francês (1881 – 1955) nos mostrou que a evolução do Homem não se faz em linha reta, mas em uma espiral sem fim, onde nossos hábitos, experiências e forma de pensar mudam à medida que novas mudanças e novas transformações ocorram com o passar dos anos.
Será que você se considera a mesma pessoa de 10 ou 15 anos atrás? Certamente que não.
A verdade é que, queiramos ou não, acompanhamos o dinamismo das mudanças que ocorrem naquilo que denominamos VIDA.
Não reconhecer este fato é permanecer na zona de conforto e ter um cérebro e mente “travados”. É pensar cada vez menos.
Isto pode parecer estranho ou mesmo um paradoxo pois o Homem de hoje tem a oportunidade de pensar cada vez mais visto que a tecnologia propicia a ele as ferramentas para se informar cada vez mais.
Pessoas que vivem em suas zonas de conforto não se renovam, não se reciclam. E renovação e reciclabilidade devem ser molas propulsoras, palavras mágicas, para que as pessoas não fiquem paradas no tempo e no espaço. Devem, inclusive, fazer com que elas de virem para dentro de si e as estimulem a a agir e a mudar.
Uma pessoa “reciclável” é uma pessoa que pensa, que muda, que se vê mais útil, que se corrige, que se valoriza e que, acima de tudo, tem a noção de impermanência e vai em frente. E que o seu tempo não está no ontem ou no passado, mas no hoje e com os olhos no futuro.
A pessoa ágil e reciclável tem uma vontade enorme de aprender, pois tem consciência que o aprendizado contínuo é caminho para atingir o sucesso. E isto as faz mudar, inclusive seu comportamento.
Curiosamente, Carol S. Dweck, da Universidade Stanford, identificou que as pessoas tem dois tipos de comportamentos quando confrontadas com críticas, derrotas ou obstáculos: a fixa e a do crescimento.
Devemos estar sempre preparados para as mudanças proporcionadas pela sociedade. Só assim veremos que nossa reciclabilidade está na razão direta da nossa agilidade.
Agora, se você achar que a mudança é um problema e prefere continuar na sua zona de conforto, a escolha é sua. Certamente sua posição será no lado esquerdo da tabela acima.
Quero, agora, abrir um pequeno parênteses para compartilhar a diferença entre problema e desafio, duas palavras que podem ser confundidas. Dulce Magalhães nos ensina que:
“- problema – é todo evento em que a solução não está sob nossa tutela e afeta de forma profunda a nossa vida. Ex.: perda de uma pessoa amada, doenças graves, acidentes e catástrofes.
desafio – tudo aquilo que está sob nossa responsabilidade de decidir e resolver, e que mexe com nossas capacidades e competências sendo que, para isso, tem-se que apresentar, aprimorar e manifestar nossos talentos e dons”.
Pratique diariamente sua reciclabilidade e sua agilidade. Isto é fundamental para se seguir vivendo. Ter medo de mudar significa ter medo de viver, como cita Omar Souki.
Aproveito para lembrar duas máximas:
- a única coisa imutável é a mudança (Heráclito de Éfeso) e
- não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que mais se adapta às mudanças (Charles Darwin).
2 – Motilidade
A motilidade é definida como a habilidade de se mover expontânea ou ativamente, consumindo energia no processo. Ex.: motilidade intestinal.
Já a mobilidade é a característica daquilo que é móvel ou capaz de se mover, de deslocar-se de um lugar para outro. Ex.: mobilidade urbana. Este conceito também pode ser aplicado na ocupação de posições diversas, sejam elas na carreira, na área social, econômica, etc.
A motilidade do espermatozoide se faz através de uma estrutura chamada flagelo.
No nosso caso, ter motilidade é ter atitude para agir, para se manter em ação. Não apenas no trabalho, mas em todos os momentos da vida.
Ser proativo, ampliar e cultivar nossa rede de relacionamentos, tomar decisões, buscar oportunidades (e na sua ausência, criá-las), melhorar a prestação de serviços, desenvolver novos projetos…, tudo isso caracteriza nossa motilidade.
Quanto mais “motilidade mental” tivermos, maior será a nossa zona de DESconforto e, aos poucos, iremos diminuir e até sair da zona de conforto, deixando para trás determinados paradigmas traduzidos por versos de canções consagradas como “deixa a vida me levar, vida leva eu” (Zeca Pagodinho), “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou morrer assim” (Gal Costa) ou “todo dia ela faz tudo sempre igual” (Chico Buarque de Holanda).
Muitas vezes é a motilidade que nos ajuda a sermos velozes, ágeis e rápidos para tomarmos uma decisão que se tornará uma atitude. Isso é uma das exigências do mundo globalizado. Mas, cuidado! Decisões e atitudes deverão ser tomadas sem pressa e a pressa é inimiga da perfeição: a velocidade, não, como afirma o antropólogo Luiz Marins.
Olhe novamente para dentro de si e se auto-avalie. Se você usou sua motilidade apenas quando era o espermatozoide campeão, está na hora de rever a quantas anda esta sua característica.
Aqueles que a esqueceram ou deixaram de usá-la, certamente estarão se lamentando que a culpa pelo seu não progresso está no vizinho, no chefe, no cunhado, no amigo, no governo ou em Deus, que se esqueceu deles.
3 – “Esperteza”
Ser “esperto”, aqui, significa se aprimorar para buscar constantemente novas ideias que promovam mudanças e quebras de paradigmas visando o crescimento e o desenvolvimento de produtos, serviços e que alcancem também o Ser Humano no que diz respeito aos seus hábitos, comportamentos e ações. É, em suma, trabalhar para alcançar novos objetivos.
Veja no filme promocional abaixo e entenda porque só o espermatozoide mais “esperto” pode ser o campeão.
Esta “esperteza” tem muito a ver com criatividade e inovação, como já dei a perceber.  Muito já foi escrito, e ainda o será, sobre estes temas.
Gosto da opinião de Miranda, que nos ensina que a criatividade pode ser compreendida como um caminho mental que percorremos para descobrir e avaliar novas ideias e procurar soluções satisfatórias para nossos problemas, se não a mais adequada, pelo menos a mais criativa. Ela oferece a capacidade de produzir ideias de acordo com as situações, sejam elas uma invenção, uma descoberta ou uma combinação inovadora de processos já existentes.
A criatividade não é uma característica que se observa apenas no campo das artes, entre pintores, escultores poetas, músicos, etc.
A criatividade está dentro de cada um de nós. Mas para que possamos exercê-la, não devemos pertencer ao grupo dos “mentes travadas”.
Este aspecto é bem explorado através da expressão WYSIWYG. Se você não sabe seu significado, ela é a abreviatura de What you see is what you get, ou seja, o que você vê é o que você obtém.
Mizuji Kajii diz que a cadeira onde estou sentado, o computador que digito meus textos, a roupa que estou usando e tudo que está no meu entorno, um dia não existiu. Até que um dia, alguém que não conheço – ou posso até ter conhecido – imaginou, construiu uma imagem mental e a trouxe ao mundo material na forma de alguma coisa.
Veja algumas soluções bem humoradas para o uso cotidiano:
Mas o mesmo pode não ocorrer ao que não é materializável, como a música, por exemplo. Por incrível que possa parecer, o compositor “vê” o som, enquanto outros “veem” a vibração, a cadência ou o “peso” das notas graves e agudas na composição.
Outro exemplo dado por Kajii está na expressão “eu não consigo me ver fazendo tal coisa”. Se você tem esta visão dentro de si, certamente você não a fará.
Quanto mais a imagem for clara, viva e atraente, maior será sua inclinação a ir em frente. Ao contrário, quanto mais a imagem for difusa, opaca, distante e sem graça, maior será sua inclinação para a não realização ou a não conquista.
Não esqueça que é na mente que se inicia a criação de algo, assim como é o espermatozoide mais “esperto” que inicia o processo da Vida.
Embora tenha em meu e-book O Humor também ensina um capítulo dedicado à criatividade, quero citar alguns atributos da pessoa criativa citados na obra de Florence Vidal Problem-solving – metodologia geral da criatividade (1973):
  • tem uma percepção intuitiva;
  • tem maleabilidade cognitiva e facilidade ideativa;
  • tem senso de humor;
  • tem aptidão em encontrar, por acaso, coisas que não procurava;
  • tem curiosidade;
  • tem grande extensão de interesses;
  • tem sensibilidade estética;
  • tem gosto pelo risco;
  • tem pensamento independente
Deixo, ao final deste texto, uma sugestão para que você, agora, se auto-avalie, respondendo à seguinte pergunta: os seus neurônios são apenas entidades anatômicas que fazem parte do seu sistema nervoso?
Se a resposta for positiva, sugiro que você comece a transformá-los em espermatozoides mentais recicláveis.
Já que muitos querem ter um mundo melhor para viver, comece estas mudanças dentro de si mesmo, como sugere Ghandi, que afirmava: seja você a mudança que quer ver no mundo.
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Espermatozoides mentais recicláveis

Calma. Calma. Calma. Não vá pensar que eu só penso “naquilo”.
O título acima pode parecer estranho, concordo, mas vamos tentar explicá-lo.
Você se lembra quando era criança e começou a observar seu corpo? E percebeu que, um pouco abaixo da linha da cintura, existia uma pequena diferença entre meninos e meninas?
Pois é. Certamente você irá lembrar quando questionou seus pais de onde e como os bebês nasciam e você recebia respostas como:
- a cegonha traz; ou;
- o papai tem uma sementinha que coloca na barriga da mamãe e que se junta com a sementinha dela…
Isto aconteceu exatamente comigo. A primeira alternativa me foi dada quando eu era criança. A segunda quando as  minhas filhas eram crianças.
Até o dia em que a mais velha me perguntou como eu colocava a minha sementinha na barriga da mamãe. E eu lhe expliquei. Então ela relaxou:
- Ah! Agora eu entendo.
Quando ela disse isso, eu me voltei para meus pensamentos recordando as aulas dos aparelhos reprodutores masculino e feminino que tive nas disciplinas de Anatomia e Fisiologia nos primeiros anos do meu curso de Odontologia.
O mistério da Vida.
E lembrei-me que o homem, ao ejacular, lança na porção posterior da vagina, de 200 a 500 milhões de espermatozoides. Destes, apenas um fecunda o óvulo depois de vencer barreiras como a acidez vaginal, o muco cervical do útero e o movimento dos cílios nas paredes das tubas.
E este único espermatozoide, juntamente com um único óvulo, serão responsáveis por um único Ser Humano, representado por um único RG e um único CPF. Em suma: um único indivíduo único (permitam-me a redundância).
Para Eduardo Zugaib, este espermatozoide foi o que “se movimentou melhor, fez o caminho mais inteligente, estudou melhor o objetivo, aproximou-se dele e..”
Quando você, caro leitor ou leitora, lê a frase acima, não lhe parece que estamos falando a respeito de pessoas que atingem seus objetivos? De pessoas melhor preparadas? De pessoas marcantes?
Pois é. Assim como os espermatozoides, estas pessoas tem agilidade, motilidade e são mais “espertas” do que outras.
Vamos tentar entender melhor estas três características.
1 – Agilidade
Não deve ser esquecido que o mundo e a sociedade como um todo, estão sofrendo modificações constantes. Isto significa que as idéias e os paradigmas de hoje também serão transformados e modificados, fazendo com que as pessoas acabem desenvolvendo um tipo de agilidade (flexibilidade) para se adaptarem aos novos tempos.
Quer queiramos ou não, o mundo de hoje é, além de globalizado, eletrônico, informatizado e robotizado, como afirma José Antonio Rosa.
Theilhard de Chardin, o filósofo e paleontólogo francês (1881 – 1955) nos mostrou que a evolução do Homem não se faz em linha reta, mas em uma espiral sem fim, onde nossos hábitos, experiências e forma de pensar mudam à medida que novas mudanças e novas transformações ocorram com o passar dos anos.
Será que você se considera a mesma pessoa de 10 ou 15 anos atrás? Certamente que não.
A verdade é que, queiramos ou não, acompanhamos o dinamismo das mudanças que ocorrem naquilo que denominamos VIDA.
Não reconhecer este fato é permanecer na zona de conforto e ter um cérebro e mente “travados”. É pensar cada vez menos.
Isto pode parecer estranho ou mesmo um paradoxo pois o Homem de hoje tem a oportunidade de pensar cada vez mais visto que a tecnologia propicia a ele as ferramentas para se informar cada vez mais.
Pessoas que vivem em suas zonas de conforto não se renovam, não se reciclam. E renovação e reciclabilidade devem ser molas propulsoras, palavras mágicas, para que as pessoas não fiquem paradas no tempo e no espaço. Devem, inclusive, fazer com que elas de virem para dentro de si e as estimulem a a agir e a mudar.
Uma pessoa “reciclável” é uma pessoa que pensa, que muda, que se vê mais útil, que se corrige, que se valoriza e que, acima de tudo, tem a noção de impermanência e vai em frente. E que o seu tempo não está no ontem ou no passado, mas no hoje e com os olhos no futuro.
A pessoa ágil e reciclável tem uma vontade enorme de aprender, pois tem consciência que o aprendizado contínuo é caminho para atingir o sucesso. E isto as faz mudar, inclusive seu comportamento.
Curiosamente, Carol S. Dweck, da Universidade Stanford, identificou que as pessoas tem dois tipos de comportamentos quando confrontadas com críticas, derrotas ou obstáculos: a fixa e a do crescimento.
Devemos estar sempre preparados para as mudanças proporcionadas pela sociedade. Só assim veremos que nossa reciclabilidade está na razão direta da nossa agilidade.
Agora, se você achar que a mudança é um problema e prefere continuar na sua zona de conforto, a escolha é sua. Certamente sua posição será no lado esquerdo da tabela acima.
Quero, agora, abrir um pequeno parênteses para compartilhar a diferença entre problema e desafio, duas palavras que podem ser confundidas. Dulce Magalhães nos ensina que:
“- problema – é todo evento em que a solução não está sob nossa tutela e afeta de forma profunda a nossa vida. Ex.: perda de uma pessoa amada, doenças graves, acidentes e catástrofes.
desafio – tudo aquilo que está sob nossa responsabilidade de decidir e resolver, e que mexe com nossas capacidades e competências sendo que, para isso, tem-se que apresentar, aprimorar e manifestar nossos talentos e dons”.
Pratique diariamente sua reciclabilidade e sua agilidade. Isto é fundamental para se seguir vivendo. Ter medo de mudar significa ter medo de viver, como cita Omar Souki.
Aproveito para lembrar duas máximas:
- a única coisa imutável é a mudança (Heráclito de Éfeso) e
- não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que mais se adapta às mudanças (Charles Darwin).
2 – Motilidade
A motilidade é definida como a habilidade de se mover expontânea ou ativamente, consumindo energia no processo. Ex.: motilidade intestinal.
Já a mobilidade é a característica daquilo que é móvel ou capaz de se mover, de deslocar-se de um lugar para outro. Ex.: mobilidade urbana. Este conceito também pode ser aplicado na ocupação de posições diversas, sejam elas na carreira, na área social, econômica, etc.
A motilidade do espermatozoide se faz através de uma estrutura chamada flagelo.
No nosso caso, ter motilidade é ter atitude para agir, para se manter em ação. Não apenas no trabalho, mas em todos os momentos da vida.
Ser proativo, ampliar e cultivar nossa rede de relacionamentos, tomar decisões, buscar oportunidades (e na sua ausência, criá-las), melhorar a prestação de serviços, desenvolver novos projetos…, tudo isso caracteriza nossa motilidade.
Quanto mais “motilidade mental” tivermos, maior será a nossa zona de DESconforto e, aos poucos, iremos diminuir e até sair da zona de conforto, deixando para trás determinados paradigmas traduzidos por versos de canções consagradas como “deixa a vida me levar, vida leva eu” (Zeca Pagodinho), “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou morrer assim” (Gal Costa) ou “todo dia ela faz tudo sempre igual” (Chico Buarque de Holanda).
Muitas vezes é a motilidade que nos ajuda a sermos velozes, ágeis e rápidos para tomarmos uma decisão que se tornará uma atitude. Isso é uma das exigências do mundo globalizado. Mas, cuidado! Decisões e atitudes deverão ser tomadas sem pressa e a pressa é inimiga da perfeição: a velocidade, não, como afirma o antropólogo Luiz Marins.
Olhe novamente para dentro de si e se auto-avalie. Se você usou sua motilidade apenas quando era o espermatozoide campeão, está na hora de rever a quantas anda esta sua característica.
Aqueles que a esqueceram ou deixaram de usá-la, certamente estarão se lamentando que a culpa pelo seu não progresso está no vizinho, no chefe, no cunhado, no amigo, no governo ou em Deus, que se esqueceu deles.
3 – “Esperteza”
Ser “esperto”, aqui, significa se aprimorar para buscar constantemente novas ideias que promovam mudanças e quebras de paradigmas visando o crescimento e o desenvolvimento de produtos, serviços e que alcancem também o Ser Humano no que diz respeito aos seus hábitos, comportamentos e ações. É, em suma, trabalhar para alcançar novos objetivos.
Veja no filme promocional abaixo e entenda porque só o espermatozoide mais “esperto” pode ser o campeão.
Esta “esperteza” tem muito a ver com criatividade e inovação, como já dei a perceber.  Muito já foi escrito, e ainda o será, sobre estes temas.
Gosto da opinião de Miranda, que nos ensina que a criatividade pode ser compreendida como um caminho mental que percorremos para descobrir e avaliar novas ideias e procurar soluções satisfatórias para nossos problemas, se não a mais adequada, pelo menos a mais criativa. Ela oferece a capacidade de produzir ideias de acordo com as situações, sejam elas uma invenção, uma descoberta ou uma combinação inovadora de processos já existentes.
A criatividade não é uma característica que se observa apenas no campo das artes, entre pintores, escultores poetas, músicos, etc.
A criatividade está dentro de cada um de nós. Mas para que possamos exercê-la, não devemos pertencer ao grupo dos “mentes travadas”.
Este aspecto é bem explorado através da expressão WYSIWYG. Se você não sabe seu significado, ela é a abreviatura de What you see is what you get, ou seja, o que você vê é o que você obtém.
Mizuji Kajii diz que a cadeira onde estou sentado, o computador que digito meus textos, a roupa que estou usando e tudo que está no meu entorno, um dia não existiu. Até que um dia, alguém que não conheço – ou posso até ter conhecido – imaginou, construiu uma imagem mental e a trouxe ao mundo material na forma de alguma coisa.
Veja algumas soluções bem humoradas para o uso cotidiano:
Mas o mesmo pode não ocorrer ao que não é materializável, como a música, por exemplo. Por incrível que possa parecer, o compositor “vê” o som, enquanto outros “veem” a vibração, a cadência ou o “peso” das notas graves e agudas na composição.
Outro exemplo dado por Kajii está na expressão “eu não consigo me ver fazendo tal coisa”. Se você tem esta visão dentro de si, certamente você não a fará.
Quanto mais a imagem for clara, viva e atraente, maior será sua inclinação a ir em frente. Ao contrário, quanto mais a imagem for difusa, opaca, distante e sem graça, maior será sua inclinação para a não realização ou a não conquista.
Não esqueça que é na mente que se inicia a criação de algo, assim como é o espermatozoide mais “esperto” que inicia o processo da Vida.
Embora tenha em meu e-book O Humor também ensina um capítulo dedicado à criatividade, quero citar alguns atributos da pessoa criativa citados na obra de Florence Vidal Problem-solving – metodologia geral da criatividade (1973):
  • tem uma percepção intuitiva;
  • tem maleabilidade cognitiva e facilidade ideativa;
  • tem senso de humor;
  • tem aptidão em encontrar, por acaso, coisas que não procurava;
  • tem curiosidade;
  • tem grande extensão de interesses;
  • tem sensibilidade estética;
  • tem gosto pelo risco;
  • tem pensamento independente
Deixo, ao final deste texto, uma sugestão para que você, agora, se auto-avalie, respondendo à seguinte pergunta: os seus neurônios são apenas entidades anatômicas que fazem parte do seu sistema nervoso?
Se a resposta for positiva, sugiro que você comece a transformá-los em espermatozoides mentais recicláveis.
Já que muitos querem ter um mundo melhor para viver, comece estas mudanças dentro de si mesmo, como sugere Ghandi, que afirmava: seja você a mudança que quer ver no mundo.
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos


Quarta-feira :: 31 / 10 / 2012
NOTÍCIA : COMPORTAMENTO

9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos

25/07/2012
Essas dicas não são úteis só para suas entrevistas de emprego, mas para sua vida profissional e pessoal. Confira 9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos


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Crédito: Shutterstock.com
Você vai querer mudar seus defeitos? Você vai querer trabalhar seus pontos fracos? Você vai querer lapidar suas habilidades?

Saber no que você é eficiente e no que não é significa ter controle sobre você mesmo. Consequentemente, isso pode ajudar em inúmeros aspectos da sua vida pessoal e emconquistas profissionais. Além de, obviamente, auxiliar naquela pergunta desconfortável: "quais são seus defeitos e qualidades?" na hora da entrevista de emprego.



9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 1. Exergue além

Como já dito, isso tem que ir além de uma pergunta na sua entrevista. Na verdade, o objetivo dessa questão é conhecer o candidato, ver se ele se adequa ao estilo da empresa. Por isso, é necessário que você se conheça e enxergue além. Saiba aqui como se conhecer.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 2. Respostas a incentivos

Considere como você responde a situações que requerem ações, pensamento e reflexão. Pense em experiências na sua vida, principalmente, ruins. Como você agiu em relação a elas? A razão para fazer isso é que as respostas espontâneas dizem muito sobre nós, pois elas revelam como agimos em situações ordinárias e intensas. Pense em situações desafiadoras, outras mais tranquilas, momentos em que você teve que se adaptar e quando você teve que tomar uma decisão sem conhecer muito bem as variáveis. Faça uma lista.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 3. Considere seus desejos

Seus desejos e sonhos também dizem muito sobre você e podem indicar onde se encontram seus verdadeiros talentos. Aquela velha história de pessoas que se tornaram médicos e advogados, mesmo querendo ser dançarinos ou publicitários por desejos de outros - normalmente dos pais - é um grande exemplo de como suprimir nossos desejos pode assassinar alguns dos nossos talentos.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 4. Lista

Essa é a segunda e mais importante lista que deve fazer. No entanto, ela não significa que você tenha realmente indentificado tudo o que precisa identificar. O trabalho é algo complexo com diversas variáveis. Às vezes, não realizamos bem tal tarefa porque tivemos um "trauma" dela. Embora não seja a lista mais verdadeira ou objetiva, ela é concreta. São coisas que você realiza com mais e menos facilidade. Não se esqueça também de considerar suas atitudes na sua vida pessoal também.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 5. Surpresas

Você fez duas listas. Encontre coisas que surpreenderam você em ambas. Ou seja, em áreas que não "batem" entre as duas listas. Por exemplo, um desejo seu que não esteja de acordo com o seu ponto forte na segunda lista. Esta é a intersecção mais importante. Porque é dela que você vai descobrir novos pontos fortes e fracos e, talvez, que você esteja se dedicando ou lidando com coisas que não gostaria de lidar. Use isso para refletir sobre o rumo que a sua vida está tomando e se, após 5 ou 10 anos, você não vai querer modificá-la e possa vir a ser tarde demais.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 6. Amigos e familiares

Agora que você já fez a sua parte, é sempre bom ter uma segunda visão. É importante obter um feedback de pessoas à sua volta, que conhecem você. Você pode se surpreender com o que eles dizem, pois ser você mesmo pode, às vezes, cegar-lhe. Afinal, quem nunca ouviu algo de outras pessoas que não esperava ouvir; uma característica inesperada, uma opinião sobre você que não esperava ou até um defeito que você achava que não tinha e, segundo os outros, tem.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 7. Ajuda profissional

Ajuda profissional, logicamente, inclui um psicólogo. Ele é, com certeza, o mais apropriado para oferecer-lhe um mapa dos seus pontos fortes e fracos. Porém, não desconsidere escutar seu chefe e superiores, ou alguém do RH. Seu gestor e superiores porque eles estão acostumados a lidar com pessoas e a hora mais "vulnerável" do seu dia é quando você está trabalhando, pois os desafios vêm a toda hora e o seu gerente sabe como você lida com eles. Os funcionários do RH também trabalham com isso e, embora não sejam todos, grande parte destes profissionais se formou em psicologia.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 8. Reflexão

Agora que você já pensou, é hora de refletir. Você vai querer mudar seus defeitos? Você vai querer trabalhar seus pontos fracos? Você vai querer lapidar suas habilidades? Considere fazer terapia. Ingore o estereótipo perverso por trás das pessoas que fazem terapia, elas não são loucas. Elas são inteligentes o suficiente para se esforçarem, para se conhecerem e serem pessoas melhores.


9 dicas para identificar seus pontos fortes e fracos - 9. Momentos "Eureka"

Essas são as horas em que você tem contato com algo que você nunca tinha feito antes, nunca tinha pensado nisso e nem escutado sobre. Pode ser um esporte, arte, metas criativas, interação com animais, ajudar alguém, etc. Se você se sentiu bem fazendo isso e pensou que "nasceu para fazer isso", você pode ter descoberto mais um ponto forte na sua personalidade. Não ignore esses momentos, eles são especiais. E mais excepcionais ainda se você tiver descoberto neles uma característica positiva em você.