terça-feira, 2 de junho de 2015

SUPERE AS 4 DESCULPAS MAIS COMUNS E REALIZE SEUS OBJETIVOS

Cursos de Psicologia em Vídeo

Livre-se da “desculpite”: a mágica de pensar grande

Olá amigos!
No mês passado estive em Juiz de Fora para dar uma aula sobre Jung na graduação da UFJF. Foi uma experiência excelente e, durante a minha estadia, como não podia deixar de ser fui visitar os sebos no centro da cidade. Lá comprei o livro “A mágica de pensar grande”, de David Schwartz. É um livro muito bom, que já tinha lido, em partes, na biblioteca de meu pai.
O argumento central de Schwartz é que, quando vamos planejar e criar os nossos objetivos, devemos fazê-lo visando o máximo, ou seja, com pensamentos construtivos, claros e positivos. Por exemplo, uma pessoa pode querer se formar em uma graduação para ser mais um profissional… é algo comum, querer ter um emprego e pagar as contas. Mas, se o objetivo é ampliado, de ser mais um para ser um dos melhores… o que acontecerá?
Bem, primeiro, veremos que a motivação vai aumentar, pois não vamos querer estar na média e fazer um trabalho mediano. Vamos querer aprender e fazer com excelência e, portanto, os resultados serão muito melhores.
Segundo, além do aumento na motivação, vamos ganhar em autoconfiança porque vamos ter o sentimento desde o início de que temos competência para realizar um excelente trabalho.
No capítulo “Como Pensar Grande”, lemos o depoimento de um gerente de empresas:
“- Quase todos os dias entrevisto de 8 a 12 alunos, todos no fim de seus cursos e mais ou menos interessados em trabalhar conosco. Uma das principais coisas que desejamos determinar na entrevista de seleção é a automatização individual. Queremos ver se se trata do tipo de indivíduo capaz de, em poucos anos, dirigir grandes projetos, um escritório ou uma fábrica, ou de contribuir de qualquer modo realmente substancial para a companhia.
Devo declarar que não estou satisfeito com os objetivos pessoais da maioria dos jovens com quem falei. Você se surpreenderia – continuou ele – se visse quantos rapazes de 22 anos estão mais interessados nos nossos planos de aposentadoria do que em qualquer outra coisa. Parece que a maioria dos jovens define a palavra ‘sucesso’ como sinônimo de ‘segurança’. Acha que podemos arriscar-nos a entregar a companhia a homens assim?”
A entrevista mostra um aspecto importante dos processos seletivos. De certa forma, o conhecimento técnico (o que se aprendeu em um curso) é relativamente semelhante dos outros candidatos. O que diferencia um candidato de outro é a sua atitude. E a principal falha apontada é justamente a falta de atitude, ou, em outras palavras, a autodepreciação.
Neste texto, vamos falar então sobre a “desculpite” (em inglês, excuse-itis) e como superá-las para atingir objetivos melhores e maiores.

Cure-se da desculpite: a doença do fracasso

Quanto mais bem-sucedido, menos é o indivíduo inclinado a desculpar-se. 
Em outras palavras, quem quer de verdade encontra uma forma de solucionar um problema ou questão e quem na verdade não quer encontra uma desculpa, uma justificativa para não assumir a própria responsabilidade pelos resultados.
Estudando as pessoas que atingiram o sucesso, Schwartz encontrou 4 desculpas básicas:
1) Minha saúde não está boa
2) Minha inteligência não é suficiente
3) Minha idade não é adequada (sou muito novo – sou muito velho)
4) Minha sorte não me ajuda

1) Minha saúde não está boa

Todos nós podemos ficar doentes aqui e ali. Ou, talvez, possamos ter uma doença crônica e até uma doença muito complicada. Entretanto, se observamos bem, veremos que muitas pessoas em condições semelhantes são capazes de realizar os seus projetos – a despeito de uma condição de saúde desfavorável.
A palestra abaixo mostra como uma mulher, praticamente cega, conseguiu superar todos os obstáculos porque não foi criada com o sentimento de que era incapaz por não enxergar normalmente.
De novo: a saúde (ou falta de saúde) pode sim se transformar em uma dificuldade. Mas não é um empecilho para a realização. Temos diversos outros exemplos como, por exemplo, Carolina Tanaka Meneghel que nasceu sem os dois braços e se formou em educação física ou o astrofísico Stephen Hawking que, mesmo portador de  esclerose lateral amiotrófica continua produzindo.

2) Minha inteligência não é suficiente

Quem já estudou um pouco sobre filosofia e psicologia, sabe que a inteligência é uma abstração, é um conceito. Porém, não é um conceito muito bem formulado já que precisamos falar de vários tipos de inteligência, ou seja, não há uma universalidade conceitual no que tange à inteligência.
Assim, uma pessoa pode ser brilhante em matemática, enquanto outra pessoa é em artes ou trabalhos manuais ou esportes. Definir que um único tipo de inteligência é o padrão a ser seguido não se sustenta.
Enfim, de todos os ângulos, devemos falar em vários tipos de inteligência: interpessoal, interpessoal, lógica, cinética, artística, etc.
Porém, além disso, veremos que as pessoas que atingem o sucesso não o fazem com base na sua inteligência. Por exemplo, grandes empresários sabem que não é possível construir uma grande empresa sozinhos. De forma que, em vez de se tornarem brilhantes em todas as áreas, eles delegam o trabalho para outras pessoas, ou seja, contratam uma equipe competente.
E ainda que a busca do seu sucesso seja individual, como um trabalhador em uma empresa ou como autônomo, ainda assim devemos deixar de lado esta desculpa da inteligência. Gosto muito do vídeo de Steven Jobs:

3) Minha idade não é adequada (sou muito novo – sou muito velho)

Esta é uma questão que aparece frequentemente aqui no site e sobre a qual falei no texto e vídeo: A idade influencia a entrar no mercado de trabalho? Depois cliquem no link acima e leiam também os comentários. É engraçado como muitos pensam que estão velhos para fazer uma faculdade com 25 anos…
Vemos, portanto, que se trata realmente de uma desculpa. Muitas grandes empresas foram criadas por pessoas com mais de 60, 70 anos, do mesmo modo que hoje em dia vemos cada vez mais empresas e negócios criador por jovens talentos.
O que é curioso, realmente, deste tipo de desculpa é que a idade não pode ser alterada. Você pode melhorar de um problema de saúde ou desenvolver competências técnicas (inteligência) com o tempo… mas não dá para ficar 10 anos mais novo ou 10 anos mais velho… por isso vemos como se trata de uma justificativa para não fazer.
Claro que pode ser mais complicado realizar certo tipo de atividade com 80 anos, mas, em geral, a limitação que porventura possa existir não pode ser associada à falta de vontade, pois, no fundo, se trata de falta de vontade para tentar.

4) Minha sorte não me ajuda

Assim como a desculpa da idade, a ideia de não ter sorte na vida é um outra fator que está longe do nosso controle. Mas, como se vê facilmente, a sorte é uma ideia na qual se acredita que uma causa externa será responsável pelo nosso sucesso (ou fracasso).
Dizemos que alguém teve sorte ao ganhar na loteria ou em um sorteio ou que alguém teve sorte de ter nascido em certa família. Evidente que algumas pessoas tem condições externas mais favoráveis, enquanto outras tem condições menos favoráveis. Porém, no longo prazo, o que vai determinar a realização pessoal consiste no que vem de dentro.
Afinal, não vemos pessoas que tem famílias milionárias e não realizam nada? E também não vemos pessoas que vieram de origem precária e realizaram os seus objetivos?
Como diz Schwartz: “Não desperdice seus músculos mentais sonhando com um modo fácil de alcançar o sucesso. O sucesso provém de se porem em prática e de se dominarem os princípios que o produzem”.
E mais:
“Aceite a lei de causa e efeito. Observe bem o que parece ser ‘boa sorte’ de alguém. Acabará vendo que não se trata de sorte e sim de preparo, planejamento e pensamento na obtenção do sucesso. Tudo isso precede o que se chama boa sorte”.

Conclusão

Para concluir, gostaria de dizer que todas estas desculpas podem aparecer em nossas vidas. Talvez possamos negar um novo projeto porque “não estamos nos sentindo bem” ou porque estamos achando que o momento não é propício (há uma crise ou algo do gênero que não nos daria sorte ou boa fortuna).
Mas, na realidade, os projetos se transformam em realizações a partir da superação destes obstáculos. Os obstáculos que chamamos de desculpites aqui e que na PNL nós chamamos de crenças limitantes.
Como tais questões podem aparecer de tempos em tempos, é preciso ficar atento ao que estamos pensando.
– O que te limita hoje para atingir os seus objetivos?
– O que você pode fazer para superar este limite autoimposto?

Formado em Psicologia em 2006 ( CRP 04/25443), sou Mestre e estou concluindo meu Doutorado pela UFJF. Como Professor no site Psicologia MSN venho ministrando dezenas de Cursos de Psicologia, através de textos e Vídeos em HD. Faça como centenas de alunos e aprenda psicologia através de Vídeos! Saiba mais - Acesso a todos os vídeos de todos os Cursos

terça-feira, 26 de maio de 2015

Simplicidade: a fonte da felicidade

Simplicidade: a fonte da felicidade

Simplicidade- e felicidade
Alguns leitores não me conhecem, então vou me apresentar. Eu me considero um “empreendedor da vida”. Sou de Portland, Oregon, um estado Norte Americano, mas vivo “no mundo”. Há 8 anos eu tomei a decisão de não trabalhar para ninguém e viver a vida construindo experiências, relacionamentos e um mundo melhor. Minha meta era conhecer todos os países do mundo antes dos 35 anos. Eu conquistei esse objetivo em Abril de 2013 na Noruega.
Para tornar esse sonho e meta realidade, eu precisei mudar toda a minha vida, minhas prioridades, meus hábitos, minhas tendências. Foi difícil decidir embarcar nessa aventura e cortar as amarras com a sociedade convencional. Eu precisaria pedir demissão do meu emprego para conquistar a liberdade da qual eu precisava para conquistar meu objetivo, mas também tinha que encontrar outra forma de sobreviver, financiando não só minha vida, mas todas as viagens que desejava fazer. Me tornei blogger e escritor e é essa vida na web que tem me proporcionado oportunidade de tornar minha vida e de minha esposa mais significativa. Meu trabalho é escrever livros e artigos como este, compartilhando o caminho das pedras com outras pessoas que podem também estar interessadas em levar uma vida mais simples, livre e completa.
Quando parti em minha jornada mundial, me deparei com a necessidade de descartar tudo o que não era absolutamente essencial. Eu ficaria muito tempo longe de casa, por isso decidi que não deveria mais “ter uma casa”.
Há uns 20 anos, a teoria da simplicidade, liderada por Duane Elgin (Simplicidade Voluntária), tinha virado moda. Na época eu comprei vários livros, mas enrolado com vida “normal” eu achei um pouco irreal. Fui procurar esses livros já empoeirados em minha garagem e comecei a tirar deles o que poderia aproveitar em meu novo planejamento de vida.
Os conselhos que absorvi desses livros não eram na realidade uma surpresa chocante, coisas que eu não sabia ou que nunca tinha ouvido falar (o que raramente é o caso com esse tipo de livro), mas lê-los me forçou a repensar a minha vida (que é o objetivo, na realidade, de ler um livro de autoajuda).
A ideia principal para viver de forma simples é priorizar o que é realmente mais importante para você e descartar todo o resto.
Encontrando o que realmente importa
De uma certa forma, o conceito é bem simples: definir o que realmente importa em sua vida: o que você quer? O que você valoriza? O que você não pode viver sem? Simplicidade não é voto de pobreza, é priorização e eliminação de supérfluos.
Parece simples (interessante o trocadilho!), mas é muito mais difícil quando nos forçamos a tomar a iniciativa de realmente colocar essa filosofia em prática. Eu não tinha escolha: se queria realmente sair pelo mundo só com uma mala na mão, precisava realmente me livrar de tudo o que não era importante e essencial, ou que não valorizava tanto. O que sobrasse iria para uma garagenzinha alugada em um galpão. Não tinha lugar para guardar tranqueira, tudo deveria ser doado.
Aproveito para abrir um parênteses aqui para enfatizar que não estou defendendo que o leitor deva fazer o mesmo que eu fiz! Simplicidade não é se livrar da sua casa e dar tudo o que você tem! Essa iniciativa foi necessária somente em meu caso, pois minha meta era viajar o mundo, o que levaria anos. Eu não precisaria daquela casa, daqueles móveis, daquelas roupas extras pelos próximos 4 ou 5 anos. Se sua meta não é viajar dessa forma, você evidentemente não precisa se livrar de todas as suas coisas!
Mas voltando ao nosso assunto: o que é mais importante? O que realmente importa para você? É interessante que, se pressionados, conseguimos “vomitar” um monte de palavras que no fundo não significam nada, são apenas clichês batidos de coisas que “achamos” que é certo responder quando alguém pergunta o que pensamos ser mais importante na vida.
Quando a coisa vira realidade e o que decidimos que não valorizamos deixará de ser nosso para sempre, aí sim, nós nos forçamos a pensar no assunto de verdade.
Vejo em minhas palestras que as pessoas não sabem o que é importante para elas: elas lançam tais clichês, mas na realidade elas têm muita dificuldade para abrir mão das coisas (nao só materiais, mas tudo o compõe a vida). Muitas pessoas são confusas e incertas sobre o que querem da vida, mas mesmo pessoas mais certas sobre seus objetivos ainda podem confundir o que querem e precisam no momento com o que elas realmente desejam em um nível mais profundo.
Em segundo lugar, precisamos também levar em consideração os objetivos, sentimentos e prioridades daqueles em nossas vidas, cônjuges, familiares, amigos, parentes e até mesmo vizinhos e colegas de trabalho quando nossas decisões os afetam. Algumas decisões, priorizações e objetivos podem impactar a vida de outras pessoas. Precisamos estar preparados para incluí-los também em nossos planos e ao mesmo tempo respeitar suas vontades e decisões caso sejam contrárias às nossas.
E por último, o que é importante para você não é algo fixo e imutável. O que era importante para o meu “eu” de 25 anos já não faz mais sentido para mim hoje. Nossas prioridades mudam com o passar do tempo. Casamento, filhos, carreira afetam o que podemos e o que não podemos priorizar e sonhar. É natural… é a vida. Nós mesmos vamos mudando, vamos deixando de gostar e de priorizar certas coisas e vamos nos apegando a outras. Por isso acho importante não queimar pontes, não tomar decisões sem volta. Digo isso pois muitos livros de autoajuda recomendam que o leitor “queime pontes” para não poder voltar atrás e assim forçar-se a seguir em frente a todo o custo (já que não é mais possível voltar atrás).
Tendo explicado os pontos cardeais do processo, aqui vão algumas dicas para definir o que realmente importa para você e se focar nessas coisas:
– O passo mais crucial é refletir profundamente sobre o que importa mais para você. Você pode se importar com muitas coisas, mas é importante chegar a conclusão do que importa mais. Quais são as prioridades acima das outras prioridades?
Para mim liberdade era uma das prioridades mais fundamentais e isso definiu que eu então deveria pedir demissão e encontrar uma profissão que me desse essa tal liberdade. Vejo que muita gente não tem essa necessidade e se sente muito bem e confortável trabalhando para uma empresa em horário convencional. Acho importante explicar que cada um tem todo o direito de definir suas próprias prioridades, não existe certo e errado no que diz respeito ao que é mais importante para você. Digo isso para que não fique no ar a ideia de que se a pessoa não tomar as decisões que eu tomei, se não pedir demissão e partir para uma vida completamente descomprometida, ela então estará “fazendo as coisas errado”. Não é assim, nem precisa ser. Cada um na sua. Desde que você se sinta bem com aquilo que decidiu priorizar, esse é o objetivo.
– Outro ponto é fazer uma engenharia reversa das melhores épocas da sua vida.Procure identificar porque você hoje acredita que aqueles momentos (ou fases) foram os melhores. Reflita se existe a possibilidade de recriar novamente as mesmas condições. O que exatamente o fez feliz nessas ocasiões?
– Por último, vem o desafio de sair da própria zona de conforto. Muito do que nos faz infeliz é a nossa incapacidade de enfrentar o desconhecido. Conforto não é sinônimo de felicidade, por incrível que pareça. Quanto mais insistimos em afastar toda oportunidade, desafio e experiência que cai fora dessa zona confortável, menos acreditamos em nosso próprio potencial, pois essa atitude nos mostra quão fracos, covardes e medrosos nós realmente somos. Quando nos vemos como pessoas fracas, incapazes de topar oportunidades difíceis ou desafiadoras nossa autoestima reflete essa percepção. Passamos a não gostar de nós mesmos. Gostaríamos de ser corajosos como os heróis nas histórias que ambientam o inconsciente coletivo, mas não acreditamos que temos condições de enfrentar dificuldades.
A recusa em viver de forma simples tem muito a ver com essa dificuldade de sair da zona de conforto. Construímos nosso “cantinho” comfortável com várias “coisas” que possuem função psicológica de nos proteger do desconhecido. Essas “coisas” ocupam espaço físico, psicológico e mental e nos mantêm presas a uma condição de nível inferir a nossa própria capacidade.
Otimizando as “coisas”
Você então tomou a decisão de simplificar a sua vida, eliminando o supérfluo e o desnecessário. E agora?
Bom, agora você aproveita sua vida fazendo o que é mais importante para você. Parece simples demais para ser prático, não? A simplicidade, contudo, deve ser prática, se não for, tem ainda mais coisa para ser eliminada! A complexidade vem daquilo que está ocupando espaço demais em nossas vidas.
Planejamento estratégico entra como uma luva aqui. Vivendo com menos, é preciso saber priorizar e saber usar bem o pouco que se tem, mas por outro lado, ganha-se liberdade, tranquilidade e paz.
Muito do que onera a vida do homem moderno são hábitos custosos e onerosos. Pessoas que reclamam da falta de dinheiro pagam diarista para limpar a casa e vão no cinema no final de semana. Pessoas que reclamam da falta de tempo, chegam em casa do trabalho, sentam a bunda na sofá e ficam ali hipnotizados até a hora de ir pra cama. Falta priorização, não? Mais profundamente ainda, falta reflexão, falta pensar com lógica e coerência no que estamos fazendo com a própria vida e com os recursos das quais dispomos.
Como eu disse no início, viver de forma simples não é fazer voto de pobreza e viver na miséria, ser mão de vaca, não gastar com nada e nunca fazer nada extravagante. Viver com simplicidade é viver uma vida bem pensada, refletida, na qual você faz o que realmente vale a pena, o que faz sentido, não por obrigação, mas por opção.

domingo, 24 de maio de 2015

Riquezas da Vida: Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medo

Riquezas da Vida: Seu primeiro obstáculo EMOCIONAL: Medo: Muitos dos nossos problemas financeiros estão relacionados a problemas emocionais. Na verdade, o que se percebe é que muito dos exageros...

sábado, 23 de maio de 2015

Pintura em tecido: Rosa Colombiana

TODOS PRECISAM PLANEJAR PARA TER PRODUTIVIDADE


O site de referência sobre Gestão de Pessoas.
Congressista, assista e certifique às palestras até ao meio-dia de 29/05!





28/04/2015
RH » Desempenho » ArtigoEnviarComentarCompartilharImprimir

Todos precisam planejar para ter produtividade

Não é de hoje que o Brasil não sabe planejar. Nós crescemos ouvindo aquela máxima de que era preciso vender o almoço para comprar o jantar. Pensando em Brasil, percebemos que nas esferas municipais, estaduais e federal não existe um plano diretor de longo prazo, de 20 a 40 anos, que direcione atuais e futuros dirigentes a cumprir prioridades pré-determinadas deixando de lado temas eleitoreiros. Será que os profissionais não sabem planejar ou são as empresas que falham nessa preparação?
Nas companhias privadas, ao realizar uma pesquisa de mercado com mais de 120 empresas de médio e grande porte, nos setores de serviços, indústria e comércio das regiões Sul e Sudeste (onde se encontra perto de 60% do PIB - Produto Interno Bruto) a dificuldade é a mesma. Precisamos melhorar a produtividade das nossas empresas e o primeiro passo para isso é saber planejar e "fazer certo a coisa certa", já que não adianta "fazer certo a coisa errada". Percebemos que as empesas, tanto públicas como privadas não sabem planejar e nem priorizar as demandas.
Na pesquisa realizada pela 5A Company fica fácil entender alguns dos problemas encontrados atualmente nas corporações. Quando perguntado se a empresa trabalha orientada por um planejamento estratégico de longo prazo, apenas 38,7% responderam sim. Para esse público, questionamos se utilizam ferramentas para definição e acompanhamento do planejamento e 73,4% responderam não. Esse patamar tão elevado demonstra o baixo nível de maturidade das empresas.
Ainda para as empresas que responderam trabalhar com orientação de longo prazo, perguntamos aos profissionais quantos projetos são gerados dos planejamentos e acompanhados com certa frequência. Mais de 60% responderam entre zero e dois projetos. Isso nos leva ao entendimento que mesmo sendo importante, a empresa não investe na gestão e na execução.
Quando questionamos aos respondentes se é importante se orientar por um planejamento estratégico, houve uma unanimidade: quase 97% dos profissionais de diretoria ou alta gerência disseram que sim. Ou seja, eles acreditam que o planejamento vai ao encontro das melhores práticas, porém as empresas não estão sensibilizadas neste mesmo sentido.
Ainda neste levantamento, ficou claro que 60% dos projetos iniciados nas grandes organizações não chegam ao fim por três razões: fragilidade do planejamento, falta de habilidade na priorização das iniciativas e carência de uma gestão eficaz.
A não finalização dos projetos por qualquer uma das razões apresentadas acima leva as empresas, e seus investidores, a amargar grandes prejuízos. Hoje, o executivo responsável pela tomada das decisões dentro das organizações, necessita ter uma visão de tudo que está ocorrendo com todos os projetos. A aprovação ou declínio de investimentos e transições depende, muitas vezes, de um clique. Um projeto que não está interligado ao planejamento estratégico da empresa pode gerar muitas perdas.
As empresas precisam adaptar-se às novas regras de um mercado cada vez mais dinâmico, substituindo velhas práticas por técnicas modernas e eficazes. É necessário iniciar uma agenda positiva no sentido de ensinar as empresas e aos gestores que com planejamento é possível obter-se ganhos de produtividade.

Palavras-chave: | estratégia | produtividade

DÁ PARA AGRADAR A TODO MUNDO NO TRABALHO SEM SE AVILTAR?

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Gestão Pessoal
Dicas para sua carreira profissional
Dá para agradar a todo mundo no trabalho sem se aviltar?
por Roberto Santos
"... o ingrediente que devemos cuidar para não fazer falta em nossa fórmula de sucesso é a credibilidade"

Aos leitores que esperam um Plano de Carreirapronto e acabado em sua empresa atual ou naquela que está tentando atrai-lo, já recomendei nesta coluna para esquecerem para reduzir a frustração - veja aqui.
Plano de Carreira pode ser interpretado de duas maneiras: o plano que nós pensamos para nós, como começamos a explicar acima, e este ninguém pode nos impedir de fazer - ainda que esteja totalmente fora da realidade. Somos donos de nossos sonhos!
No entanto, o outro significado de Plano de Carreira é aquele documento bonito com datas definindo cada cargo que vamos ocupar nos próximos dez anos de nossa carreira com um empregador. Este Plano de Carreira acabou há décadas, mas ainda as pessoas entram nas empresas com a expectativa de um plano estruturado e garantido para sua carreira - doce ilusão. Esqueça!
Obviamente que todos temos planos na vida. Planejar é escolher prioridades para buscar recursos, alocar tempo e sentir que estamos dando um sentido a nossas vidas - uma necessidade básica dos seres humanos que nos diferencia dos primatas.
Carreira é o caminho que se percorre na vida e mais especificamente, se consagrou como o caminho que se percorre na vida profissional ou acadêmica e este pode ser mais sinuoso e esburacado para alguns e mais suave e estrelado para outros. Estas diferenças têm a ver com o "veículo" que estamos dirigindo nesta estrada, ou seja, nós mesmos.
Credibilidade e sucesso
Para se planejar este caminho de modo que nos leve mais longe, o ingrediente que devemos cuidar para não fazer falta em nossa fórmula de sucesso é a credibilidade.
A credibilidade que construímos desde os primeiros passos profissionais, seja como aprendizes ou estagiários, se apoia num tripé ligado por três condições interdependentes:

(1) a competência funcional ou técnica, ou seja, quão bons somos naquilo que escolhemos como nosso foco profissional;

(2) competências interpessoais, amparada pela inteligência emocional, que incluem a capacidade de influenciar, persuadir, negociar etc;

(3) os Valores, como respeito ao outro e os princípios de ética e integridade que norteiam as relações sustentáveis no longo prazo.
Como seres humanos, nos diferenciamos quanto a nossa motivação para nos destacarmos dentro dos grupos que participamos. Na ânsia de escalar mais rapidamente até o topo da pirâmide, há profissionais que se especializam em suas competências interpessoais, extrapolando as habilidades essenciais ao trabalho produtivo em equipe, como os citados acima. Eles e elas partem para a adulação crônica dos poderosos e a formação de panelas, de diversos tamanhos, para cozinhar as alianças que apoiarão seus propósitos. Essas panelinhas corporativas têm uma capacidade quase mágica de se transformar em frigideiras quando necessitam fritar opositores.
A credibilidade baseada fortemente nas competências interpessoais e funcionais, pode se sustentar, desde que amparada por valores essenciais de honestidade e ética, manifestados pela coragem de defendermos corajosamente nossas ideias, posições e princípios, mesmo quando desagradam chefes e figuras de destaque na organização.
Clarisse, uma leitora desta coluna fez, recentemente, um desabafo e uma consulta: "... tenho um perfil que muitas vezes as pessoas têm medo; não sei por que acham que sou rápida demais e posso tomar o lugar delas. Sou esforçada, aprendo rápido e mesmo assim tem colegas que fazem de tudo pra me prejudicar. É errado você ser verdadeira, batalhar pelo que quer e saber se impor com diplomacia? Sempre fui boa negociante, sou ética e mesmo assim ainda não entendo por que as pessoas se assustam comigo e sempre tentam me prejudicar. Tô muito chateada você pode me ajudar??"
Parece-me que a frustração que Clarisse enfrenta neste momento de sua carreira se relaciona ao dilema de equilibrar o tripé de sua credibilidade e, indiretamente, à possibilidade de ser bem-sucedida e feliz no trabalho.
Aparentemente, por sua descrição como muito competente profissionalmente (rápida para aprender e batalhadora), hábil em termos interpessoais (diplomática e boa negociante) e ainda, ética em suas relações, o tripé da credibilidade deveria estar sólido o suficiente para que seus colegas não se assustassem tanto com ela, a ponto de querer vê-la arder em uma frigideira. Então onde será que esse tripé está capenga?
Identidade e reputação
Nossa personalidade pode ser descrita do ponto de vista de nossa identidade - como nos descrevemos ou de nossa reputação, ou seja, como os outros nos percebem e nos descrevem. A dura realidade da vida é que somos julgados o tempo todo pelos outros, não pelo que pensamos e achamos sobre nós mesmos (nossa identidade), mas sim pela imagem que os outros têm de nós com base nas poucas ou muitas interações que têm conosco. Como aprendemos muitas vezes pelo caminho mais acidentado, nossa reputação pode ser muito diferente da nossa identidade.
Podemos nos achar leves, espontâneos e divertidos mas sermos descritos como imprevisíveis, desorganizados e pouco confiáveis. No mundo corporativo, é a reputação que conta para sermos contratados, reconhecidos, promovidos ou demitidos. Quando nosso autoconhecimento se limita ao que pensamos e achamos sobre nós mesmos, podemos ter "pontos cegos" sobre nosso perfil que abrem frestas no tripé da credibilidade.
Nossa amiga Clarisse pode se achar diplomática na forma que se "impõe" e negocia, além de ética em suas interações mas será que, consultados seus colegas, sua autopercepção seria confirmada? Sua competitividade que pode ser muito positiva para alavancar sua carreira, estaria de fato sendo percebida como ética e respeitosa?
Além disso, como já descrevemos em outros artigos desta coluna, todos nós apresentamos comportamentos disfuncionais quando estamos sobre pressão ou estresse. Nestas situações tendemos a exagerar em nossos pontos fortes que passam a ser vulnerabilidades em nossa reputação e acabam por provocar uma derrapada em nossa carreira.
Um dos 11 descarriladores de carreira que podem emergir nos momentos de estresse é a tendência de exercer em excesso nossa autoconfiança, assertividade e competitividade, fazendo com que pareçamos arrogantes e intimidadores para os outros, principalmente os mais juniores ou mais inseguros. Resultado: para se defenderem dessa intimidação, os colegas podem de fato se juntarem para conduzir o arrogante à frigideira dos narcisistas metidos.
E qual a saída para a Clarisse?
Se a fórmula da sustentabilidade e sucesso na carreira depende do tripé da credibilidade não baseada no que achamos de nossas competências e valores, mas sim da reputação que conseguimos construir, a saída é checar nossa autopercepção com aquela que os outros têm de nós, isto é, conferir se nossa reputação corresponde à nossa identidade ou se requer ajustes.
Além de ligar nosso radar social para captarmos de forma sensível os sinais verbais e não verbais emitidos pelos colegas, subordinados e superiores: isto é o primeiro passo. Porém, sabendo que poderemos ter lentes um tanto embaçadas nesta visão, precisamos pedir feedback dessas pessoas para saber se de fato nos veem como diplomáticos, ágeis, bons negociadores e éticos. É importante ouvir genuinamente e sem defensividade, para poder fazer ajustes em nosso comportamento.
A Clarisse poderia então questionar - então para agradar os outros menos competentes e competitivos, eu tenho que aviltar minha personalidade e deixar de ser eu mesma?
A referência ao tripé pode ser útil para essa decisão:

- O ajuste de meu estilo interpessoal trará benefícios ou prejuízos para minha carreira atual e futura?

- Minha competência funcional pode ser desenvolvida e mais bem avaliada se eu contar com o apoio daqueles que nos dão os feedbacks?

E mais importante:

- Meus valores - ética e integridade - estarão sendo abalados pelo reposicionamento de minhas atitudes e comportamentos?

Se um dos elementos deste tripé se desprender, a credibilidade pode despencar e a melhor saída pode ser a porta da rua. Entretanto, se tomarmos esta saída por arrogância ou indisposição para melhorarmos nossa reputação, os mesmos problemas se emergirão nas sucessivas tentativas de se encontrar a "melhor empresa para se trabalhar".


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Roberto Santos
é profissional de Recursos Humanos, com 30 anos de experiência, inclusive como executivo em grandes organizações multinacionais
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RETER OU ENGAJAR PESSOAS

RH » Motivação » ArtigoEnviarComentarCompartilharImprimir

Reter ou engajar pessoas?

O que é preciso fazer para reter talentos? Provavelmente, essa é uma das perguntas mais recorrentes em nossas organizações. E para boa parte delas, a resposta está na adoção de um bom pacote de salários, benefícios e outras "vantagens" e "presentes" que ajudam a reter seus profissionais e animá-los a atingir os resultados estabelecidos. No entanto, essas iniciativas mostram-se insuficientes para engajar as pessoas na conquista de resultados extraordinários. Por isso, mais do que profissionais "retidos", as organizações precisam de pessoas que estejam engajadas e comprometidas.
Um bom exemplo da falta de engajamento é a "síndrome do possível", que atinge muitas corporações em boa parte dos países da América Latina, incluindo o Brasil. É fácil diagnosticá-la: basta observar a resposta das pessoas à pergunta: "Você pode fazer isso pra mim, por favor?". Se a resposta for "Eu farei o possível", é bem provável que este profissional esteja "infectado". Por outro lado, se ele responder: "Eu vou fazer o meu melhor!", é quase certo que ele esteja vacinado contra a "síndrome do possível".

O fato é que existe uma enorme distância entre "fazer o possível" e "fazer o melhor", que não significa perfeição, mas fazer tudo o que está ao seu alcance com os recursos que dispõe naquele momento, algo que somente aqueles que estão verdadeiramente engajados buscam em seu dia a dia.

Mas como engajar estes profissionais? Existem algumas maneiras e destaco duas delas: as pessoas engajam-se e se comprometem com aquilo que conhecem e participam, e se envolvem com aquilo que ajudam a criar.

Na maioria das vezes, quando alguém pergunta: "Como eu posso fazer isso? Como eu posso resolver este problema?", recebe como resposta: "Faça isso, depois isso, então converse com tal pessoa, e finalmente busque esta informação". Dessa forma estaremos limitando o desenvolvimento e a capacidade dessa pessoa em resolver seus próprios problemas e buscar novas respostas e soluções. E se devolvermos perguntas do tipo "O que você pensa ser a melhor solução? O que você faria se estivesse em meu lugar?". Além de ajudar as pessoas a despertarem sua capacidade de buscar soluções inovadoras, estamos dizendo que confiamos neles, reconhecemos seu potencial, e que as ideias e as soluções delas podem ser tão boas ou melhores que as nossas.

A mesma lógica vale para o engajamento. Provavelmente, o profissional se comprometerá muito mais com a solução que ele mesmo sugeriu, porque as pessoas se comprometem com aquilo que conhecem e participam. Portanto, a simples mudança de "dar respostas" para "começar a perguntar" aumenta o engajamento no dia a dia.

As pessoas também se engajam quando percebem que o que realizam vai além do trabalho que executam. Por isso, o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, ele precisa ter sentido e propósito. O engajamento dos profissionais dependerá também do quanto eles conseguem enxergar sobre a finalidade daquilo que fazem, do reconhecimento que obtêm, de quanto seu trabalho é valorizado e de suas perspectivas de crescimento.

Se, por exemplo, a pessoa que passa o dia todo emitindo notas fiscais e entende que o seu trabalho se resume a isso, terá a certeza que suas tarefas são tediosas e desimportantes. Contudo, se esse profissional compreender a importância que a exatidão das informações contidas na nota depende, entre outras coisas, a separação das mercadorias, o carregamento do caminhão, o recebimento dos produtos pelo cliente, o pagamento dos valores nela contidos e a continuidade da própria empresa no mercado, ele vai se sentir mais produtivo e saberá que seu trabalho é importante para o crescimento da empresa, qualidade dos serviços prestados e satisfação dos clientes e parceiros.

Para engajar pessoas, portanto, é preciso permitir que elas ampliem o seu senso de pertencimento, deixando que elas façam parte da busca de novas respostas, e conscientizá-las de que aquilo que realizam vai muito além do trabalho que executam. Portanto, busque mecanismos para reter as pessoas, mas não deixe de trabalhar para engajá-las, caso contrário a "síndrome do possível" pode se alastrar em sua organização.

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