terça-feira, 2 de junho de 2015

SUPERE AS 4 DESCULPAS MAIS COMUNS E REALIZE SEUS OBJETIVOS

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Livre-se da “desculpite”: a mágica de pensar grande

Olá amigos!
No mês passado estive em Juiz de Fora para dar uma aula sobre Jung na graduação da UFJF. Foi uma experiência excelente e, durante a minha estadia, como não podia deixar de ser fui visitar os sebos no centro da cidade. Lá comprei o livro “A mágica de pensar grande”, de David Schwartz. É um livro muito bom, que já tinha lido, em partes, na biblioteca de meu pai.
O argumento central de Schwartz é que, quando vamos planejar e criar os nossos objetivos, devemos fazê-lo visando o máximo, ou seja, com pensamentos construtivos, claros e positivos. Por exemplo, uma pessoa pode querer se formar em uma graduação para ser mais um profissional… é algo comum, querer ter um emprego e pagar as contas. Mas, se o objetivo é ampliado, de ser mais um para ser um dos melhores… o que acontecerá?
Bem, primeiro, veremos que a motivação vai aumentar, pois não vamos querer estar na média e fazer um trabalho mediano. Vamos querer aprender e fazer com excelência e, portanto, os resultados serão muito melhores.
Segundo, além do aumento na motivação, vamos ganhar em autoconfiança porque vamos ter o sentimento desde o início de que temos competência para realizar um excelente trabalho.
No capítulo “Como Pensar Grande”, lemos o depoimento de um gerente de empresas:
“- Quase todos os dias entrevisto de 8 a 12 alunos, todos no fim de seus cursos e mais ou menos interessados em trabalhar conosco. Uma das principais coisas que desejamos determinar na entrevista de seleção é a automatização individual. Queremos ver se se trata do tipo de indivíduo capaz de, em poucos anos, dirigir grandes projetos, um escritório ou uma fábrica, ou de contribuir de qualquer modo realmente substancial para a companhia.
Devo declarar que não estou satisfeito com os objetivos pessoais da maioria dos jovens com quem falei. Você se surpreenderia – continuou ele – se visse quantos rapazes de 22 anos estão mais interessados nos nossos planos de aposentadoria do que em qualquer outra coisa. Parece que a maioria dos jovens define a palavra ‘sucesso’ como sinônimo de ‘segurança’. Acha que podemos arriscar-nos a entregar a companhia a homens assim?”
A entrevista mostra um aspecto importante dos processos seletivos. De certa forma, o conhecimento técnico (o que se aprendeu em um curso) é relativamente semelhante dos outros candidatos. O que diferencia um candidato de outro é a sua atitude. E a principal falha apontada é justamente a falta de atitude, ou, em outras palavras, a autodepreciação.
Neste texto, vamos falar então sobre a “desculpite” (em inglês, excuse-itis) e como superá-las para atingir objetivos melhores e maiores.

Cure-se da desculpite: a doença do fracasso

Quanto mais bem-sucedido, menos é o indivíduo inclinado a desculpar-se. 
Em outras palavras, quem quer de verdade encontra uma forma de solucionar um problema ou questão e quem na verdade não quer encontra uma desculpa, uma justificativa para não assumir a própria responsabilidade pelos resultados.
Estudando as pessoas que atingiram o sucesso, Schwartz encontrou 4 desculpas básicas:
1) Minha saúde não está boa
2) Minha inteligência não é suficiente
3) Minha idade não é adequada (sou muito novo – sou muito velho)
4) Minha sorte não me ajuda

1) Minha saúde não está boa

Todos nós podemos ficar doentes aqui e ali. Ou, talvez, possamos ter uma doença crônica e até uma doença muito complicada. Entretanto, se observamos bem, veremos que muitas pessoas em condições semelhantes são capazes de realizar os seus projetos – a despeito de uma condição de saúde desfavorável.
A palestra abaixo mostra como uma mulher, praticamente cega, conseguiu superar todos os obstáculos porque não foi criada com o sentimento de que era incapaz por não enxergar normalmente.
De novo: a saúde (ou falta de saúde) pode sim se transformar em uma dificuldade. Mas não é um empecilho para a realização. Temos diversos outros exemplos como, por exemplo, Carolina Tanaka Meneghel que nasceu sem os dois braços e se formou em educação física ou o astrofísico Stephen Hawking que, mesmo portador de  esclerose lateral amiotrófica continua produzindo.

2) Minha inteligência não é suficiente

Quem já estudou um pouco sobre filosofia e psicologia, sabe que a inteligência é uma abstração, é um conceito. Porém, não é um conceito muito bem formulado já que precisamos falar de vários tipos de inteligência, ou seja, não há uma universalidade conceitual no que tange à inteligência.
Assim, uma pessoa pode ser brilhante em matemática, enquanto outra pessoa é em artes ou trabalhos manuais ou esportes. Definir que um único tipo de inteligência é o padrão a ser seguido não se sustenta.
Enfim, de todos os ângulos, devemos falar em vários tipos de inteligência: interpessoal, interpessoal, lógica, cinética, artística, etc.
Porém, além disso, veremos que as pessoas que atingem o sucesso não o fazem com base na sua inteligência. Por exemplo, grandes empresários sabem que não é possível construir uma grande empresa sozinhos. De forma que, em vez de se tornarem brilhantes em todas as áreas, eles delegam o trabalho para outras pessoas, ou seja, contratam uma equipe competente.
E ainda que a busca do seu sucesso seja individual, como um trabalhador em uma empresa ou como autônomo, ainda assim devemos deixar de lado esta desculpa da inteligência. Gosto muito do vídeo de Steven Jobs:

3) Minha idade não é adequada (sou muito novo – sou muito velho)

Esta é uma questão que aparece frequentemente aqui no site e sobre a qual falei no texto e vídeo: A idade influencia a entrar no mercado de trabalho? Depois cliquem no link acima e leiam também os comentários. É engraçado como muitos pensam que estão velhos para fazer uma faculdade com 25 anos…
Vemos, portanto, que se trata realmente de uma desculpa. Muitas grandes empresas foram criadas por pessoas com mais de 60, 70 anos, do mesmo modo que hoje em dia vemos cada vez mais empresas e negócios criador por jovens talentos.
O que é curioso, realmente, deste tipo de desculpa é que a idade não pode ser alterada. Você pode melhorar de um problema de saúde ou desenvolver competências técnicas (inteligência) com o tempo… mas não dá para ficar 10 anos mais novo ou 10 anos mais velho… por isso vemos como se trata de uma justificativa para não fazer.
Claro que pode ser mais complicado realizar certo tipo de atividade com 80 anos, mas, em geral, a limitação que porventura possa existir não pode ser associada à falta de vontade, pois, no fundo, se trata de falta de vontade para tentar.

4) Minha sorte não me ajuda

Assim como a desculpa da idade, a ideia de não ter sorte na vida é um outra fator que está longe do nosso controle. Mas, como se vê facilmente, a sorte é uma ideia na qual se acredita que uma causa externa será responsável pelo nosso sucesso (ou fracasso).
Dizemos que alguém teve sorte ao ganhar na loteria ou em um sorteio ou que alguém teve sorte de ter nascido em certa família. Evidente que algumas pessoas tem condições externas mais favoráveis, enquanto outras tem condições menos favoráveis. Porém, no longo prazo, o que vai determinar a realização pessoal consiste no que vem de dentro.
Afinal, não vemos pessoas que tem famílias milionárias e não realizam nada? E também não vemos pessoas que vieram de origem precária e realizaram os seus objetivos?
Como diz Schwartz: “Não desperdice seus músculos mentais sonhando com um modo fácil de alcançar o sucesso. O sucesso provém de se porem em prática e de se dominarem os princípios que o produzem”.
E mais:
“Aceite a lei de causa e efeito. Observe bem o que parece ser ‘boa sorte’ de alguém. Acabará vendo que não se trata de sorte e sim de preparo, planejamento e pensamento na obtenção do sucesso. Tudo isso precede o que se chama boa sorte”.

Conclusão

Para concluir, gostaria de dizer que todas estas desculpas podem aparecer em nossas vidas. Talvez possamos negar um novo projeto porque “não estamos nos sentindo bem” ou porque estamos achando que o momento não é propício (há uma crise ou algo do gênero que não nos daria sorte ou boa fortuna).
Mas, na realidade, os projetos se transformam em realizações a partir da superação destes obstáculos. Os obstáculos que chamamos de desculpites aqui e que na PNL nós chamamos de crenças limitantes.
Como tais questões podem aparecer de tempos em tempos, é preciso ficar atento ao que estamos pensando.
– O que te limita hoje para atingir os seus objetivos?
– O que você pode fazer para superar este limite autoimposto?

Formado em Psicologia em 2006 ( CRP 04/25443), sou Mestre e estou concluindo meu Doutorado pela UFJF. Como Professor no site Psicologia MSN venho ministrando dezenas de Cursos de Psicologia, através de textos e Vídeos em HD. Faça como centenas de alunos e aprenda psicologia através de Vídeos! Saiba mais - Acesso a todos os vídeos de todos os Cursos

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