domingo, 28 de outubro de 2012

Brasileiros têm medo de negociar


Negociação

Brasileiros têm medo de negociar

Por Silvia Campos
Edição 10/2012
Brasileiros têm medo de negociar
A rede social LinkedIn divulgou o resultado de uma pesquisa feita com 2 mil profissionais de 8 países sobre o comportamento de profissionais frente a negociações de carreira, tanto internas (com chefes) quanto externas (com clientes), levando em consideração 5 categorias: medo, ansiedade, confiança, empolgação e indiferença. Como resultado, tivemos:
  • Os brasileiros admitiram ter mais MEDO de negociar.
  • Os alemães são os mais empolgados e com uma visão mais positiva em relação às negociações.
  • Os americanos são os mais ansiosos.
  • Os indianos são os mais confiantes.
Vamos tentar entender o porquê desse medo, já que só assim poderemos mudar esse cenário. Minha conclusão é a seguinte: valores culturais interferem diretamente na forma, nos interesses, nas prioridades e nos métodos que usamos para negociar. E a cultura é um conjunto de costumes, valores, hábitos, crenças e práticas que estão enraizadas e demoram décadas para mudar.  
Geert Hofstede, professor holandês, desenvolveu uma teoria sobre a influência cultural nos negócios e chegou a cinco fatores determinantes:
  1. Distância do poder  Quanto maior a desigualdade social e de poder nas empresas, maior é o receio dos subordinados de desafiarem seus superiores. Em empresas nas quais essa distância é menor, há líderes mais democráticos e colaboradores mais participativos.
  2. Aversão à incerteza – Algumas culturas preferem segurança e estabilidade. Outras aceitam assumir riscos e lidar com incertezas.
  3. Individualismo X Coletivismo  No individualismo, as pessoas cuidam de si e dos muito próximos. No coletivismo, a decisão deve beneficiar primeiramente o grupo.
  4. Masculinidade X Feminilidade  Nas sociedades masculinas, os valores são mais racionais e competitivos. Enquanto a tendência feminina é baseada nas relações de amizade, qualidade de vida, parceria e cooperação.
  5. Curto prazo X Longo prazo  As negociações e decisões buscam resultados imediatos ou têm foco no futuro.
Então eu pergunto: você tem ideia de como os negociadores brasileiros são vistos nesses cinco tópicos?   
  1. Em relação ao poder, as empresas, assim como a sociedade, são altamente hierarquizadas. Apenas esse ponto já explica por que existe o medo de enfrentar uma negociação.
  2. O povo brasileiro não gosta de incerteza, prefere a estabilidade e a segurança. Mais uma razão para sentir medo, afinal sempre existe o risco de a outra parte se manifestar negativamente e, com isso, fragilizar a relação.
  3. Os brasileiros são individualistas. O ditado “A união faz a força” não é muito praticado por aqui. Uma negociação em grupo tem mais força, causa menos receio e tem mais chances de gerar um resultado positivo.
  4. Aqui temos uma clara ambivalência, apesar de o País ainda ter uma sociedade com tendência masculina, os brasileiros são considerados mais emocionais que racionais, com características mais femininas. Isso faz que prefiram construir laços de confiança e até amizade com a outra parte, para depois se sentirem confortáveis em realizar negócios.
  5. Certamente o pensamento brasileiro é de curto prazo, precisa ser bom aqui e agora. Aqui o ditado “O futuro a Deus pertence” vale muito.
Dessa forma, quando tiver receio de uma negociação, não se preocupe com “cargos”, pois se estiver bem preparado terá o mesmo poder que alguém com um cargo maior. Não tenha receio de correr riscos calculados. Não seja individualista, pense no coletivo. Seja racional, não peça aumento com argumentos pessoais, seu chefe não quer saber se você quer casar ou precisa trocar de carro, a única coisa que interessa a ele são seus resultados profissionais.
Boa sorte e bons negócios!
Visite a loja www.editoraquantum.com.br que hoje é destaque no que diz respeito a produtos que colaboram com o crescimento profissional.
São revistas, áudios, vídeos, livros, newsletters, eventos e treinamentos voltados para um público vasto de iniciantes, veteranos, gerentes e líderes – todos focados no mesmo objetivo.

Ler os livros certos é um dos segredos que fazem pessoas simples se tornarem bem-sucedidas Por Evanildo Schultz Manske

Marketing multinível

Ler os livros certos é um dos segredos que fazem pessoas simples se tornarem bem-sucedidas

Por Evanildo Schultz Manske
Edição 10/2012
Ler os livros certos é um dos segredos que fazem pessoas simples se tornarem bem-sucedidas
Em edições anteriores, falei sobre assuntos fundamentais, como a forma correta de formar sua equipe, usar a agenda com disciplina e a importância de estar sempre em “alta performance”. Fui ainda mais fundo, onde publicação nenhuma antes no Brasil foi. Mostrei quais são as pessoas corretas que você deve convidar para formar sua rede, como organizar de maneira eficiente sua agenda e, o melhor de tudo, como desenvolver disciplina no início de cada dia, o momento mais importante de um profissional de Marketing Multinível (MMN).
Se você perdeu as três edições anteriores, não faz ideia do que está acontecendo neste momento. Mas eu lhe contarei: aqueles que leram as matérias anteriores podem estar quilômetros à sua frente. Eles podem, após ter lido os artigos e aplicado os conhecimentos neles citados, estar ganhando uma boa porcentagem a mais nos rendimentos, pois desde o primeiro artigo até hoje já se passaram quatro meses.
Preste atenção em uma pequena parte do artigo anterior, que dizia: “Os grandes profissionais não nasceram assim, prontos, tornaram-se bons. E o fator principal para isso foi o que eles leram. O que os bem-sucedidos leem?”.
A resposta é muito simples, mas nunca antes escrita de maneira tão reveladora como agora. Fiz uma pesquisa detalhada sobre a vida profissional e pessoal de muitas pessoas que enriqueceram desenvolvendo equipes de MMN. Descobri vários fatores imprescindíveis na formação de uma equipe, como a escolha correta do produto e da empresa que representarão, quais pessoas escolherão para integrar o grupo e, principalmente, com que dinamismo irão trabalhar no dia a dia. Mas o mais forte e brilhante de tudo isso foi descobrir o que eles costumam ler.
Na opinião da maioria, são livros de vendas e que tratam do tema network marketing. Se você pensou nisso, está certo, mas a coisa vai muito mais longe, muito mais fundo. Os principais livros lidos pelos graduados são os livros de motivação. Livros como O segredoPense e enriqueça e O homem mais rico da Babilônia encabeçam a lista revelada pela pesquisa, mas ainda há outros temas interessantes. E ainda há algo a mais em comum: nenhum deles passa um só dia sem ler as novidades do mundo das vendas. Concluí, basicamente, que nem todas as empresas de vendas usam o sistema de MMN, mas 97% das empresas de MMN vendem algum produto.
Entendeu onde se esconde o segredo? Leia revistas voltadas para o ramo de vendas todos os dias, para cuidar da sua equipe e da sua profissionalização, mas leia artigos e livros voltados para motivação e liderança para cuidar de você, do seu intelecto, do seu interior. Você deve treinar sua consciência para ficar rico e somente conseguirá fazer isso por meio da leitura de revistas voltadas para liderança de equipe.
Os fracassados dizem que a motivação não dura. Bem, o banho também não, e esse é o motivo de tomá-lo todos os dias. A leitura de revistas sobre vendas e liderança fará você desenvolver uma comunicação correta com o cliente e com a pessoa que você convidará para o negócio. Como devemos lidar com as pessoas? Como podemos aplicar empatia e persuasão nos nossos negócios de maneira mais concisa, sem manipular a pessoa a fazer algo que ela não quer, arrepender-se depois e sofrer com isso?
Na próxima edição responderei a essas perguntas com informações que mudarão sua vida profissional, caso você as aplique. A aplicação desses assuntos resultará em uma fase na qual você poderá manter suas vendas em alta. Quem nos dá essa segurança é Lírio Cipriano, presidente da ABEVD (Associação Brasileira de Vendas Diretas). Ele diz que “com o Brasil no 3º lugar mundial no ranking de vendas, independentemente de crise, nem mesmo o mais pessimista executivo do mercado aposta em quedas nas vendas”. Saiba aproveitar isso a seu favor, leia todos os meus artigos e aplique-os no seu dia a dia.

Sugestões de livros:

O homem mais rico da Babilônia, de George S. Clason, Ediouro Editora; Nós queremos que você fique rico, de Donald Trump e Robert T. Kiyosaki, Editora Campus; Pense e enriqueça, deNapoleon Hill, Editora Record; Marketing explosivo, de Sergio Buaiz, Chance Network; O sucesso não ocorre por acaso, de Lair Ribeiro, Editora Leitura; Pai rico, pai pobre, de Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter, Editora Campus; Desperte o milionário que há em você, de Carlos Wizard Martins, Editora Gente; O segredo, de Rhonda Byrne, Editora Ediouro; O poder sem limites, de Anthony Robbins, Editora Best Seller Ltda.; Desperte o gigante interior, de Anthony Robbins, Editora Record; e Desafios de vendas, de Raúl Candeloro e Marlus Jungton, Editora Intellimax.
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Autor(a):
Evanildo Schultz Manske
Evanildo Schultz Manske é diretor executivo da Nóbile Consultoria, diretor de marketing do Grupo Manske e especialista em MMN.
E-mail: marketing@grupomanske.com.br
Site: www.consultorianobile.com.br

Blog do Otimismo: ande pelo impossivel

Blog do Otimismo: ande pelo impossivel: Andando por sobre as águas(em meios os problemas) Veja! Lêia essa istória de Pedro. Livro de Mateus Cap. 14.22-32 Ele desejava o milagre m...

Capitalize a felicidade

Gestão em vendas

Capitalize a felicidade

Por Raúl Candeloro, Marília Zanim
Edição 10/2012
Capitalize a felicidade
Se sairmos por aí, perguntando qual é a definição de felicidade, cada pessoa nos dará uma resposta diferente. Os cientistas definem como “experiências de emoções positivas”, mas cada um tem memórias que dão definições muito pessoais.
Mesmo assim, é fácil reconhecer quando uma pessoa está feliz, principalmente no trabalho. O funcionário é mais produtivo, falta pouco e abraça as causas da empresa. Para que isso ocorra, o colaborador tem de buscar objetivos de vida que façam sentido, identificar oportunidades, cultivar uma postura otimista e de gratidão e manter relacionamentos sociais de valor.
Tendo isso em mente, existem várias maneiras comprovadas para melhorar o estado de espírito e elevar o nível de felicidade ao longo do dia – tanto seu quanto o da equipe de vendas. Shawn Achor, um dos maiores estudiosos sobre felicidade, passou uma década lecionando esse tema na Universidade de Harvard. O resultado está no livro O jeito Harvard de ser feliz (Editora Saraiva), no qual explica como podemos reprogramar nosso cérebro para nos tornarmos mais positivos e conquistarmos a vantagem competitiva de sermos felizes no trabalho.
Uma das primeiras conclusões do autor foi que é preciso encaixar a pessoa certa na atividade certa. Muitas vezes, isso é tão importante quanto a atividade em si. Estas são algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas em busca do aumento da felicidade:
  • Medite. Neurocientistas descobriram que os monges passam anos meditando e, por isso, apresentam um maior crescimento do córtex pré-frontal esquerdo, a principal parte do cérebro, responsável pelo sentimento de felicidade. Você não precisa se tornar um monge, mas pode passar cinco minutos por dia acompanhando sua respiração. Enquanto faz isso, tente ser paciente e, se perceber que está se distraindo, procure voltar ao foco. A meditação requer prática, mas é uma das intervenções mais poderosas para alcançar a felicidade, pois nos minutos de meditação vivenciamos sentimentos de calma e de contentamento.
  • Encontre algo para aguardar com expectativa. Um estudo revelou que as pessoas que simplesmente pensavam em assistir a seu filme preferido aumentavam seus níveis de endorfina em 27%. Muitas vezes, a parte mais agradável de uma atividade é esperar por ela. Sempre que precisar de uma descarga de felicidade, lembre-se de suas férias, da próxima viagem ou do próximo evento que está por vir. Antecipar recompensas do futuro pode acionar os centros de prazer do seu cérebro tanto quanto a própria recompensa.
  • Adote gestos conscientes de bondade. Inúmeras pesquisas empíricas demonstraram que atos de altruísmo reduzem o estresse e contribuem para uma melhor saúde mental. Sonja Lyubomirsky, importante pesquisadora e autora do livro A ciência da felicidade, descobriu que pessoas que realizaram cinco atos de gentileza no decorrer de um dia relataram sentirem-se muito mais felizes. Para fazer isso, escolha um dia da semana e comprometa-se a realizar cinco atos de gentileza, realize-os deliberada e conscientemente. Não precisa ser nada grandioso. A autora exemplifica dizendo que um de seus atos preferidos é pagar pedágio para o carro de trás na estrada. Ela acredita que “vale muito a pena pagar dois dólares a mais para combater os efeitos negativos do estresse provocado pelo trânsito”.
  • Injete positividade no seu ambiente. O ambiente físico pode ter um enorme impacto sobre nosso estado de espírito e bem-estar. Pense em quais sentimentos seu escritório inspira. As pessoas enchem as mesas de fotos de pessoas queridas não apenas pela decoração, mas para garantir uma dose de emoção positiva cada vez que olharem em direção às imagens. Reservar um tempo para dar um passeio em um belo dia de sol também resulta em uma enorme vantagem. Um estudo revelou que passar 20 minutos ao ar livre quando o tempo está bom não apenas eleva nosso estado de espírito positivo como também amplia o pensamento e melhora a memória operacional. Os melhores chefes encorajam os colaboradores a dar uma saída do escritório pelo menos uma vez ao dia e colhem os benefícios na forma de um melhor desempenho da equipe.
  • Exercite-se. A atividade física pode melhorar o humor e o desempenho no trabalho de inúmeras maneiras, aumentando a motivação e intensificando sentimentos de controle, reduzindo o estresse e a ansiedade. Caminhe, pedale, corra, jogue, alongue-se, pule corda... não importa, contanto que se mantenha em movimento.
  • Gaste dinheiro (mas não com “coisas”). Ao contrário do ditado popular, o dinheiro pode, sim, comprar a felicidade, mas só se utilizado para fazer coisas e não simplesmente tê-las. No livroLuxury fever, Robert Frank explica que apesar de os sentimentos positivos que obtemos de objetos materiais serem efêmeros a ponto de chegarem a ser frustrantes, gastar dinheiro em experiências, especialmente naquelas que envolvem outras pessoas, produz emoções positivas ao mesmo tempo mais significativas e duradouras. Ou seja, o dinheiro gasto em atividades – como shows de música ou jantares com os amigos – gera muito mais prazer do que compras materiais, como sapatos, televisores ou relógios caros. Outra pesquisa apontou que gastar dinheiro com outras pessoas, a chamada “despesa social” também aumenta a felicidade. Faça um exercício sobre como você costuma gastar o seu dinheiro: trace duas colunas em uma folha de papel e monitore suas compras ao longo do próximo mês. Você gasta mais com produtos ou com experiências? No fim do mês, reveja cada coluna e pense no prazer que o gasto proporcionou e por quanto tempo. Você poderá, rapidamente, querer realocar dinheiro da coluna “ter” para a coluna “fazer”.
  • Exercite um de seus pontos fortes. Todo mundo é bom em alguma coisa, possui um talento especial. Cada vez que utilizamos uma habilidade, não importa qual seja, vivenciamos uma descarga de positividade. Se você estiver precisando de uma boa dose de felicidade, recorra a um talento que passou um tempo sem usar. Quando 577 voluntários foram encorajados a escolher uma de suas forças características e utilizá-la de um jeito diferente todos os dias durante uma semana, eles se sentiram significativamente mais felizes e menos deprimidos do que os grupos de controle. E esses benefícios perduraram: mesmo depois do fim do experimento, os níveis de felicidade permaneceram mais elevados por até seis meses. Estudos constataram que quanto mais você utiliza seus pontos fortes característicos na vida cotidiana, mais feliz é.                        
É possível perceber, então, que a felicidade é subjetiva, que cada pessoa terá o seu próprio propulsor de felicidade predileto. Se alguma dica o agradou, adote-a agora mesmo.
Colaboração: Evelise Toporoski

Para saber mais

  • Livro: O jeito Harvard de ser feliz
  • Autor: Shawn Achor
  • Editora: Saraiva
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Autor(a):
Raúl Candeloro
Raúl Candeloro é palestrante e editor das revistas VendaMais e Liderança. Autor de vários livros, é também diretor executivo da Small Giants Community, diretor do Instituto VendaMais e sócio-diretor da empresa de consultoria Solução Comercial.

Autor(a):
Marília Zanim
Marília Zanim - é formada em administração com especialização em marketing. Atua como gerente editorial da Editora Quantum e editora-executiva da newsletter Gestão em Vendas.

e-mail: marilia@editoraquantum.com.br

Cuidado, você está sendo vigiado

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Cuidado, você está sendo vigiado

Por Júlio Clebsch
Edição 10/2012
Cuidado, você está sendo vigiado
Administradora de empresas graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-graduada em franchising pela Franchising University (EUA), Stella Kochen Susskind é pioneira no Brasil na avaliação do atendimento ao consumidor por meio do “Cliente Secreto®”. A executiva preside a Shopper Experience – empresa de pesquisa que representa uma evolução do modelo – e a divisão latino-americana da Mystery Shopping Provider Association.
Desde 2004, Stella coordena um amplo projeto que avalia, por meio de clientes secretos, diversos aspectos do atendimento prestado por empresas de diferentes segmentos. Atenta a conceitos como consumo consciente e inclusivo, sua empresa, a Shopper Experience, criou dois projetos de inclusão para capacitar pessoas com deficiência e maiores de 60 anos a atuarem como clientes secretos.
Stella me recebeu no início de agosto em seu moderno e agradável escritório em São Paulo. Durante uma hora e meia, conversamos sobre compradores e vendedores, como ela avalia essa relação, o que precisa melhorar, e como vê os profissionais de vendas do Brasil.

A experiência de consumo satisfatória

“É uma experiência na qual o cliente se sente à vontade. É natural, flui tranquilamente. No caso do vendedor, ele tem de se aproximar do consumidor de uma forma sutil, que não seja invasiva, agressiva. Saber sondar o que é importante para o cliente é fundamental. Por exemplo, tenho o perfil de executiva e mãe, se vou comprar um automóvel e o vendedor me oferece um carro esporte, já errou. Ele deve perceber as minhas características como consumidora: executiva, com filhos. Isso é o básico para o início de uma experiência de consumo satisfatória.”

Critérios e parâmetros

“A Shopper Experience sempre desenvolve um check-list customizado, de acordo com o cliente e o segmento investigado. Isso é imprescindível. Também consideramos os aspectos culturais de cada região brasileira. Muitas empresas pecam por não customizarem os relatórios de sondagem, principalmente quando desenvolvem estudos por iniciativa própria. O check-list, de maneira geral, considera: limpeza e organização, aparência pessoal dos vendedores e atendentes, atendimento das equipes, uniformes, educação, técnicas de venda, conhecimento do produto ou serviço, se os vendedores ofereceram vendas adicionais, cordialidade, qualidade do atendimento no caixa, pós-venda, além de tudo mais que o contratante solicita.”

Empresas

“Hoje, no Brasil, temos algumas empresas que proporcionam ótimas experiências de consumo, como: a Lojas Marisa, por terem revolucionado o conceito de atendimento e venda de vestuário feminino; a Hyundai está entre as empresas que mais respeitam o consumidor, é uma das mais admiradas e amadas em qualquer sondagem de opinião. Não poderia deixar de destacar também a Apple, que proporciona uma ótima experiência de consumo, também porque incentiva os clientes a usarem na loja os produtos que vendem. Seus consultores (não somente os vendedores) têm um domínio completo dos produtos da própria marca e da concorrência. No segmento financeiro, o Bradesco dá um show tanto nas lojas físicas quanto on-line.”

Desenvolvendo o emocional com a razão

“Sempre falo que qualquer experiência de compra tem uma parte emocional muito forte. Esse é um conceito bastante utilizado na Shopper Experience. Se vou comprar uma blusa, o preço é somente um dos aspectos que envolvem essa aquisição. Muitas vezes, é o menos importante. Por que a quero? Onde pretendo usá-la? Que cor combina mais comigo? Ela ‘casa’ com o meu estilo? É para presente? Por que preferi determinada loja para comprá-la? E assim por diante. São muitas coisas que vêm à cabeça no ato de comprar, desde o racional até o emocional. Mas o que se percebe é que o emocional pesa cada vez mais. E é no emocional que os trabalhos de investigação devem se aprofundar mais. Os publicitários há muito perceberam isso, mas as empresas de pesquisa não. A Shopper investiga como o sorriso da atendente ou o cafezinho oferecido afeta o emocional do cliente. Procuramos alavancar o grau de comprometimento do cliente com a marca por meio do vínculo emocional.”

Share of wallet

“Quando falamos sobre cliente fiel, o que na verdade nós queremos? Que ele volte mais vezes, recomende mais a marca e, quando voltar, gaste mais, ou seja, faça o famoso share of wallet(participação na carteira de dinheiro, em uma tradução literal). É isso que as empresas querem de um cliente fiel. Nossas pesquisas e sondagens buscam identificar formas de nossas empresas/clientes aumentarem seu share of wallet nas compras de cada consumidor.”

Experiência satisfatória de consumo on-line

“Isso é riquíssimo. Primeiro, visitamos o e-commerce da empresa. O site é de fácil navegação, independentemente da conexão que o cliente possui? É fácil encontrar o que se quer? Por exemplo, se quero acessar o ‘fale conosco‘, ele está bem visível? Acessei, outro dia, o site da TAM, pois queria saber o meu login para descobrir quantas milhas eu tinha. Só consegui descobrir três dias depois! Isso não deveria acontecer. Investigamos desde a navegação no site até a realização da compra. Como é o serviço de entrega? Quanto tempo leva? Qual é a política de cancelamento de compra? O telefone de contato realmente funciona ou está ali apenas como figuração? Os dados que são fornecidos pelo cliente são ‘bem tratados’ ou perdem-se em um cadastro inútil? A Shopper faz que os clientes ocultos deixem mensagens em redes sociais para verificarem se há o retorno por parte das empresas. O Bradesco, por exemplo, retorna em segundos. Há um departamento que cuida apenas disso.”

Quem é o cliente oculto

“São mais de 40 mil pessoas cadastradas em todo o País. Mas isso não significa que qualquer um pode ser um cliente oculto. Há uma série de requisitos que avaliamos, e um deles é a personalidade. Todos são habilitados a desenvolverem a capacidade de ‘zerar’ experiências de consumo para não viciarem suas avaliações. É como se, a partir do momento que são acionados, eles realizassem uma primeira experimentação do produto ou serviço. É importante desenvolver neles a neutralidade. Outro ponto observado por nós é o senso de observação. Cada cliente oculto recebe um check-list com o qual irá avaliar um estabelecimento (em qualquer lugar do Brasil) de uma empresa que nos contratou. Ele deve ser capaz de observar a limpeza, a higiene, o cheiro, o visual, a qualidade do atendimento, a cordialidade, a recepção, etc.”

Customização

“O cliente oculto nunca é o mesmo, nem o check-list. Como disse anteriormente, são mais de 40 mil pessoas cadastradas em nosso database. Sempre empregamos o cliente oculto mais habilitado para o trabalho que nos é solicitado. Se querem que avaliemos um voo entre o Brasil e a Europa, não será qualquer um que poderá fazer essa avaliação. Algumas características e qualidades são necessárias. Temos gente habilitada para serviços financeiros, para restaurantes, hotéis, supermercados. A lista é longa.”

Carteira de clientes

“Atualmente, atendemos vários segmentos: C&A, Netpark Estacionamentos, TAM Linhas Aéreas, Hotéis Transamérica, Walmart, Vivo, Carrefour, Bradesco, entre outros.”

A experiência de consumo do brasileiro

“A atual relação de consumo do brasileiro pode ser definida assim: ‘Por favor, entregue o que me foi prometido’. Infelizmente, há segmentos que levam essa experiência para um nível muito baixo. O brasileiro é muito simpático, amigo e tolerante, o que facilita essa relação (vendedor e comprador). Eu diria que, no geral, a experiência é positiva. O consumidor está muito consciente de seus direitos e exige um serviço melhor. Ele aprendeu a reclamar e isso eleva o nível da relação de compra e venda. Além disso, com empresas como a Reclame Aqui! fica impossível de as empresas ignorarem experiências negativas. O consumidor está muito forte e bem informado. As empresas estão aprimorando seus serviços para agradá-los.”

Profissionais de vendas

“Há bons vendedores, mas também há muito o que melhorar. Há de se considerar que a maioria deles, hoje, é da geração Y, são mais ambiciosos e o emprego de vendedor, para eles, é temporário. Isso acontece principalmente com as marcas que vendem para a alta renda. Por outro lado, gera oportunidades tremendas, pois há falta de bons profissionais, de pessoas que gostem de vender. Recebo muitas ligações de clientes querendo que eu indique bons vendedores. Percebo uma elevada preocupação das empresas em capacitar melhor esses profissionais. O resultado aparecerá.”
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Autor(a):
Júlio Clebsch
Júlio Clebsch é formado em Administração e pós graduação em Propaganda e Marketing, gerente editorial das revistas VendaMais e Liderança
E-mail: julio@editoraquantum.com.br

reinamento A verdade por trás dos treinamentos

Treinamento

A verdade por trás dos treinamentos

Por João Baptista Vilhena
Edição 10/2012
A verdade por trás dos treinamentos
Na última edição da VendaMais escrevi sobre mitos e inverdades em treinamentos. Hoje quero fazer exatamente o contrário. Dessa forma, procurarei esclarecer que se o treinamento não funciona, a culpa não é da ferramenta, mas sim de quem a manipula.
Há quatro regras básicas que, se seguidas à risca, aumentam em muito a chance de um treinamento ser bem-sucedido. São elas:
  1. Criatividade – Ninguém mais aguenta exercícios supermanjados, como o antigo “Viagem à Lua”. Além do mais, vive-se uma era em que a tecnologia está permanentemente presente em nossas vidas. Para ser bem-sucedido, um treinamento tem de envolver criativamente o participante, levando-o a internalizar conceitos sem ter de praticar a famosa “decoreba”. Também é preciso ter em mente que o modelo “cuspe e giz” já está esgotado. Treinamentos eficazes precisam envolver as pessoas.
  2. Emoção e interesse – Houve uma época em que se chegou a pensar que os treinamentos deveriam, única e exclusivamente, estar voltados para o desenvolvimento da mente dos participantes. Era o tempo em que se acreditava que por meio de desafios cerebrais as pessoas aprenderiam mais. A experiência vem desmistificando essa ideia. É preciso estimular o lado emotivo dos participantes. Somente dessa forma é possível desenvolver a inteligência emocional, tão importante quanto a racionalidade na hora de vender produtos e serviços.
  3. Pertinência – Não é pequeno o número de treinamentos que parecem “não ter nada a ver” com o objetivo que prometiam atingir. As gerações mais recentes são muito diretas e não gostam de ficar perdendo tempo com rodeios e abstrações que raramente contribuem para o correto entendimento da mensagem que se deseja transmitir. Assim sendo, quanto mais objetivo, curto e direto for o treinamento, melhor.
  4. Compreensão – Muitos instrutores estão mais preocupados em fazer rir e relaxar do que com a ideia de passar uma mensagem lógica, clara, curta e direta. Nada contra o uso do humor no treinamento, muito pelo contrário. Mas devemos ter sempre em mente que ser engraçado é interessante, mas ser compreendido é essencial. De que adianta passar algumas horas muito legais se no fim não conseguimos sequer nos lembrar do tema-chave do encontro do qual participamos?
Posso garantir que as empresas que contratam treinamentos tendo em mente os quatro princípios descritos costumam comemorar o excelente resultado que obtêm do trabalho.
Um bom exemplo de organização que sabe verdadeiramente como contratar treinamentos é a Edenred, o braço de serviços do conhecido Grupo Accor. Eles têm a preocupação de seguir à risca as orientações que ilustram este artigo, e a Edna Beldrani, diretora de recursos humanos da companhia, é uma defensora da importância do treinamento no desenvolvimento das pessoas.
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O ato de vender ontem e hoje


Estratégia

O ato de vender ontem e hoje

Por André Santos
Edição 10/2012
O ato de vender ontem e hoje
Tudo no mundo evolui e sempre continuará evoluindo. Em toda nossa história houve evoluções e mudanças, mas o que acontece atualmente, ao contrário de antigamente, é que essas mudanças ocorrem em um ritmo vertiginoso.
Em vendas isso não é diferente. Durante muito tempo as técnicas de vendas tradicionais funcionaram, mas deixaram de surtir o mesmo efeito. O modelo de vendas que apresenta resultados hoje em dia é focado nas necessidades do cliente, e não no produto ou serviço. É o que chamamos de vendas consultivas.
Para aplicar o método de venda consultiva, o profissional precisa se transformar em um verdadeiroconsultor – aquele que oferece conselhos profissionais e sua atuação é percebida por meio de suas atitudes, sua dedicação e seu compromisso com o cliente.
Considerando essa evolução, atualmente, temos mais um importante desafio: realizar cada vez mais vendas pelos meios eletrônicos – e-mail, redes sociais, internet, etc. É aí que vem uma ótima notícia. Se, como consultor, você deve ser percebido como alguém que oferece conselhos profissionais, sem perder de vista o objetivo da realização da venda, você deverá demonstrar interesse em se tornar um recurso de apoio para o cliente; a internet e os meios eletrônicos podem ajudá-lo e muito.
Portanto, devemos nos adaptar a essa nova realidade, mas podemos manter os mesmos conceitos que utilizamos até hoje. Eu poderia dizer que as habilidades necessárias para o vendedor atuar como um consultor e conseguir mais clientes pelos meios eletrônicos são:
  • Conhecer bem seus produtos e clientes.
  • Sempre promover um diálogo bilateral.
  • Entender que você não vende o produto, e sim a solução para problemas e a satisfação de necessidades.
  • Ser cada vez mais uma fonte de informações para os clientes.
  • Ajudar o cliente, antecipando as necessidades, que muitas vezes ele desconhece.
  • Aumentar a credibilidade, agindo como um especialista.
  • Lembrar que seu papel é encontrar maneiras de beneficiar seus clientes potenciais com o uso de seus produtos e serviços.
Mãos a obra e boas vendas!
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Autor(a):
André Santos
André Santos é corretor de seguros e palestrante, além de autor dos livros Seguros de vida e previdência: modernas estratégias de vendaSeguros: como vender mais e melhor!,Dicas de venda de seguros eTransforme o não em sim.  Especialista em comunicação de vendas para o mercado de seguros, é também diretor da Treinaseg Consultoria e Treinamentos em Seguros.
Visite o site:www.treinaseg.com.br.