segunda-feira, 18 de março de 2013

DISLEXIA COMO RECONHECER




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DISLEXIA COMO RECONHECER

A dislexia é certamente um obstáculo difícil, mas não barreira intransponível. Em primeiro lugar, o importante é que o obstáculo deve ser reconhecido.
Se os pais e professores compreenderem exatamente quais são as dificuldades que uma criança com dislexia apresenta, eles poderão ser muito úteis, não somente mostrando simpatia e encorajamento, mas principalmente buscando uma didática mais adequada.
A criança com dislexia difere das outras de mesma idade de várias maneiras.
Estas diferenças não são evidentes em todas as crianças com dislexia e elas ocorrem em diversas combinações.
O nível das dificuldades também varia muito. Pais e professores poderão reconhecer se as dificuldades são devidas a dislexia, fazendo a si próprios as perguntas que se seguem.
A dislexia ocorre mais em meninos, porém pode aparecer também em meninas.

Se tiver cerca de 8 anos e meio ou menos

  • ainda tem dificuldade de leitura
  • ainda tem dificuldade para soletrar
  • atividades não relacionadas com leitura e soletração é esperto e inteligente
  • inverte os números, por exemplo 15 por 51 ou 2 por 5
  • escreve "b" ao invés de "d"
  • necessita usar blocos ou dedos ou anotações para fazer cálculos
  • tem alguma dificuldade incomum em lembrar a tabuada
  • demora a responder
  • confunde a esquerda com a direita
  • é desajeitado (algumas crianças com dislexia são, mas não todas).
  • tem dificuldade em pegar ou chutar bola
  • tem dificuldade em atar os sapatos, fazer nó numa gravata, vestir ou trocar de roupa

Se tiver de 8 1/2 a 12 anos:

  • ainda comete erros negligentes na leitura
  • ainda comete erros esquisitos na soletração
  • omite algumas letras nas palavras
  • não tem bom senso de direção , confundindo às vezes esquerda com direita
  • às vezes confunde "b" com "d"
  • ainda acha a tabuada difícil
  • ainda utiliza os dedos das mãos, dos pés e sinais especiais no papel para fazer cálculos
  • a compreensão de leitura é mais lenta do que esperada na idade dele
  • leva mais tempo do que a média para fazer trabalhos escritos na escola ou em casa
  • lê muito por prazer
  • o tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas, parece ser mais lento do que o esperado para sua idade
  • demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo

Se ele tiver 12 anos ou acima:

  • há ainda erros na leitura
  • quando faz soletração, nota-se ainda algumas incorreções
  • as instruções, os números de telefone, etc... tem às vezes de ser repetidos
  • se atrapalha pronunciando palavras longas (fraca experiência com palavras como: preliminarmente, filosoficamente, paralelepípedo)
  • se confunde, às vezes, com lugares, horários e datas
  • muita verificação tem de ser feita antes de poder copiar corretamente
  • ainda tem dificuldade com as tabuadas mais difíceis
  • na forma tradicional de recitar as tabuadas , se perde e pula alguns números, esquecendo em que ponto esta
  • diga-lhe quatro números, por exemplo 4 - 9 - 5 - 8, pronunciados em intervalos de um segundo, e, peça-lhe para dizer em ordem inversa.
  • ainda volta aos hábitos da idade anterior quando se cansa
  • tem dificuldades em planejar e fazer redações

Todas as Idades:

  • há alguém mais na família com o mesmo problema
  • você tem a impressão que existe anomalias e inconsistências na performance dele; que é esperto e inteligente em alguns aspectos mas parece ter um bloqueio parcial ou total em outros, difícil de explicar

Dicas que podem ajudar:

  1. Não o chame simplesmente de preguiçoso ou de desleixado.
  2. Não faca comparações com outros membros da família ou com colegas de classe.
  3. Não exerça pressão sobre ele a ponto de amedrontá-lo com a perspectiva de não passar de ano ou de deixar você desapontado
  4. Não exija que ele leia em voz alta perante seus colegas (sem seu consentimento) .
  5. Não espere que aprenda a soletrar uma palavra após escrevê-la repetidas vezes, com a finalidade de lembrá-la. Certamente não se lembrara.
  6. Não fique surpreso se facilmente se cansar ou desanimar.
  7. Não se surpreenda se a caligrafia for irregular ou feia. Boa caligrafia e muito difícil .
  8. Não se surpreenda se o desempenho for incongruente; se em algumas ocasiões se sair bem e em outras não.
  9. Não diga somente "tente esforçar-se", incentive nas coisas que gosta e faz bem feito.

Leia em voz alta.

  1. Manifeste sua apreciação pelo esforço, como por exemplo, elogiando por tentar escrever uma estória. Mesmo que ela contenha muitos erros, diga que a maioria das palavras estavam certas.
  2. Estimule a olhar as palavras detalhadamente, poucas letras de cada vez.
  3. Fale francamente sobre dificuldades dele.
  4. Ajude a reconhecer que há muitas coisas que pode fazer bem.
  5. Motive a ir devagar, dando tempo ao tempo.

O mais importante

Procure ensino especial(possivelmente no sistema individual, através de alguém que seja especialista em dislexia)

Pais e Escolas

Se seu filho freqüenta uma escola, fale com o diretor, afim de que haja perfeito entendimento entre vocês, e para que você possa estar certo de que os professores de seu filho estão conscientes das dificuldades que ele enfrenta e bem informados sobre o assunto.
Se você tiver interesse em escolas especializadas em dislexia ou profissionais que possam ser consultados sobre problemas especiais de crianças com dislexia, ABD -Associação Brasileira de Dislexia poderá colocá-lo em contato com os mesmos.

Provas

Se ele se submeter a provas escritas, um atestado sobre as suas dificuldades poderá ser reme tido para o conselho examinador , através do diretor da escola. Isto é aceitável somente pelo psicólogo escolar e somente depois de feita uma avaliação detalhada.
Av. Angélica, 2318 - 9º andar - Higienópolis - São Paulo - SP - Cep: 01228-200

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