segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

TDAH e as Dificuldades de Aprendizagem: Estratégias para um relacionamento saudável entre a criança e a sociedade Escrito por Débora Cristina Campestrini e Tânia Mara Nüssner Categoria: Transtornos Psíquicos 1111111111Avalie este Artigo: Resumo: O tema deste artigo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, anda bastante em alta. O que seria muito bom se fosse sempre tratado da maneira correta, porém o que se vê é o termo sendo usado de forma pejorativa, por falta de conhecimento científico adequado. É um problema sério, de interesse para a saúde pública e para a sociedade em geral. Só que isto caiu no senso comum: hoje em dia todo mundo tem um filho hiperativo ou com problemas de atenção, sem nem ao menos saber ao certo o que é TDAH. O objetivo deste trabalho é esclarecer o que é o transtorno, suas possíveis causas, formas de diagnóstico e tratamento e principalmente, qual a melhor forma de se relacionar com a criança ou adolescente que o possui, dentro de casa no relacionamento com os pais e na escola, com os colegas e professores. Palavras-chave: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Criança. Aprendizagem. Tratamento. 1 Introdução Este artigo tem por objetivo atender ao requisito da disciplina de Problemas de Aprendizagem Escolar, do curso de Psicologia da FAMEG/UNIASSELVI, em que foi solicitado abordar um tema que estivesse diretamente voltado para a disciplina, como forma de aprofundar mais o assunto. A escolha do tema deu-se em função de que, entre os mais conhecidos problemas de aprendizagem, o TDAH é o que envolve mais preconceito, ressaltando que não há uma deficiência “visível” na criança. Ao contrário de deficiência física, aonde todos compreendem o porquê do aluno ter de usar cadeira de rodas, ou deficiência visual, que todos respeitam o fato de ter de usar óculos, as crianças com TDAH são vistas apenas como mal-educadas ou até mesmo preguiçosas ou burras. Sabe-se que hoje o TDAH é um dos maiores problemas clínicos e de saúde pública, causando impacto na sociedade pelo alto custo, pelo estresse envolvido, pelas dificuldades acadêmicas, pelos problemas de comportamento e pela baixa autoestima. Apesar de acarretar sérias dificuldades na vida da criança portadora de TDAH, buscaremos mostrar que com o diagnóstico e tratamento adequados, este problema poderá ser superado sem grandes danos. 2 O Que é o TDAH É considerado um transtorno de desenvolvimento, acometendo cerca de 3 a 6% das crianças e persistindo na vida adulta em mais da metade dos casos (ROHDE et al., 2003). É mais frequente em meninos do que em meninas. As características básicas são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade, podendo variar em menor ou maior grau. Mas é bem mais do que isso. Não se trata apenas de uma questão de estar desatento ou hiperativo, muito menos de um estado temporário, uma fase “normal” da infância. Também não é falta de disciplina ou controle parental, nem algum tipo de “maldade” da criança (BARKLEY, 2002). Até pouco tempo atrás, pouco se sabia sobre a hiperatividade e as dificuldades na capacidade de se fixar a atenção. Muitos acreditavam que eram distúrbios diferentes, que surgiam paralelamente, que a hiperatividade se extinguia na adolescência. A criança, sendo agitada, excessivamente ativa e desatenta era por si só culpada (ANTUNES, 2001). Porém, as origens desse mal já eram motivo de suspeitas médicas há muitos anos. O pediatra Georg Frederic Still em 1902 já alertava para o fato de que a desatenção e a hiperatividade estariam relacionadas. Depois de muitos estudos, em 1966, Clements denominou “déficit de atenção” a síndrome que vinha preocupando tantos especialistas. Em 1975 a definição foi incluída na CID-9. Na década de 1980, através de recursos como tomografias, ressonâncias e outros exames, múltiplas disfunções cerebrais puderam ser melhor diagnosticadas. Daí em diante surgiram várias nomenclaturas, até chegar ao nosso idioma como TDAH. Mas antes disso foi chamada de DDA (Deficiência de Déficit de Atenção), DHDA (Distúrbio da Hiperatividade com Déficit de Atenção), ou ainda TDAHI. Convém destacar que a polêmica quanto à nomenclatura não é o relevante da questão, mas sim saber tudo que é possível sobre este problema, identificar formas de diagnosticá-lo e buscar meios para eliminar a carga excessiva de culpa e responsabilidade. Também é importante perceber o fato de que nem todo caso de desatenção, agitação, descontrole emocional, impulsividade e excitação é necessariamente um caso de TDAH (ANTUNES, 2001). Atualmente o DSM-IV define o TDAH como uma síndrome neurocomportamental com sintomas classificados em três categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade. De acordo com Rotta et al. (2006), caracteriza-se por um nível inadequado de atenção em relação ao esperado para a idade, levando a distúrbios motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais. 2.1 Fatores que Podem estar Relacionados ao TDAH Apesar do grande número de estudos já realizados sobre o TDAH, suas causas exatas ainda são desconhecidas (ROHDE et al., 2003). A presença de co-morbidade, ou seja, a relação do TDAH com algum outro transtorno ou fator, dificulta o prognóstico. Pode estar relacionado com algum transtorno de aprendizagem (Dislexia, Disgrafia ou Discalculia), Transtorno de linguagem, Epilepsia, Transtorno Desafiador de Oposição, Transtorno de Conduta, Transtorno do humor, abuso de substâncias psicoativas, depressão, TAB (Transtorno Afetivo Bipolar), Transtorno de Ansiedade, Enurese, ou até mesmo Transtorno de Tiques. A investigação genética sugere hereditariedade: pais que apresentam TDAH são mais propensos a ter crianças com o mesmo transtorno. Ou seja, os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. O risco é de 13-17% para meninas e 27-30% para meninos, (BARKLEY, 2002), mas não está claro por que meninos têm maior risco do que meninas da mesma família. As razões podem estar na genética do próprio sexo masculino, que pode apresentar maiores riscos biológicos associados. Do ponto de vista fisiopatológico, os sintomas do TDAH são originados por disfunções no funcionamento cerebral (ROHDE et al., 2003). O déficit central seria uma falha na inibição comportamental, e, como consequência, nas demais funções executivas. A maioria das crianças com dificuldades de aprendizagem não tem uma história de lesão cerebral. Outros fatores parecem ter associação, mas não uma relação de causa e efeito. A nicotina e o álcool, quando ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2011). Problemas familiares não causam TDAH, mas podem agravá-lo. A ideia de que problemas familiares como alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo poderiam ser a causa do TDAH nas crianças está sendo refutada. As dificuldades familiares podem ser mais consequência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais). Várias outras causas já foram levantadas, mas foi comprovado cientificamente que não há relação, tais como: corante amarelo, aspartame, deficiências vitamínicas e hormonais e até mesmo que a exposição à luz artificial teria efeito. 2.2 Diagnóstico do TDAH O diagnóstico de TDAH tem por objetivo determinar um plano de tratamento que envolva o paciente e sua família. Deve ser feito por algum profissional, como psiquiatra, terapeuta ocupacional, psicólogo, ou neuropediatra. Segundo Rohde et al (2003), pode-se também recorrer à ajuda de outros profissionais para uma avaliação das capacidades auditiva e visual, que podem apresentar déficit. A avaliação psicopedagógica envolve anamnese com os pais ou responsáveis; entrevistas com a criança ou o adolescente; análise de todo o material escolar e contato com a escola (ROHDE et al., 2003). São avaliados os seguintes aspectos: habilidades metalinguísticas, leitura, escrita, matemática e outras habilidades como noções espaciotemporais, lateralidade e memória. O processo de avaliação envolve a coleta de dados com os pais e com a criança ou adolescente, e também com a escola. Às vezes os professores maximizam os sintomas, principalmente quando se encontra algum transtorno de comportamento. A noção de sintomatologia entre professores ainda é fraca, mas ainda assim, podem ser bons informantes do que acontece com seus alunos. O passado da criança e de seu desenvolvimento no contexto de sua família, sua cultura e sua comunidade também merece atenção. É necessário investigar características individuais da criança e de sua família e os fatores ambientais que as influenciam. O papel dos pais na avaliação é muito importante, pois eles relatam mais facilmente do que as crianças os sintomas (ROHDE et al., 2003). Principalmente no caso de crianças que ainda não tem idade para falar ou que possuem dificuldades para expressar-se verbalmente, o relato dos comportamentos pelos pais é relevante. Devem ser pesquisados também o desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, o funcionamento escolar, a maneira como a criança estabelece a relação com seus pares, a forma como a família se organiza e como a criança é inserida nesse contexto, a história de seu desenvolvimento físico e o seu relato de doenças. Embora muitos sintomas de TDAH sejam observáveis desde muito cedo na infância, ficarão mais óbvios em situações que exijam atividade mental prolongada, e é por este motivo que muitos casos somente serão percebidos no início das atividades escolares (SMITH; STRICK, 2001). Segundo o DSM-IV (apud Rotta et al., 2006) os critérios diagnósticos para TDAH são: Desatenção Falta de atenção na escola, com erros frequentes em tarefas simples; Dificuldade para manter a atenção em atividades em grupo; Falta de atenção à fala direta; Erros em seguir instruções, com dificuldade para finalizar tarefas; Dificuldade para organizar atividades escolares e tarefas; Falta de êxito na execução de tarefas escolares que requerem atenção sustentada; Distração fácil aos estímulos externos. Hiperatividade Movimentos constantes de braços e pernas; Frequentemente levanta durante a aula; Hábito de correr em situações inadequadas; Dificuldade de permanecer sentado ou participar de atividades em grupo; Hábito de falar em excesso. Impulsividade Dificuldade para esperar sua vez; Interrupções ou intromissões na conversa dos outros. O diagnóstico diferencial levará em conta: que os sintomas devem estarpresentes por mais de seis meses; algum sintoma estar presente antes dos sete anos; algum problema relacionado aos sintomas estar presente em dois ou mais lugares (por exemplo, casa e escola); apresentar problemas significativos nos âmbitos sociais, acadêmicos ou ocupacionais e devem ser excluídas outras desordens mentais (ROTTA et al, 2006). Rohde et al (2003) realizaram uma amostragem de 170 adolescentes entre 12 a 14 anos e encontraram um padrão de sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade e de repetências escolares similar entre os que não tinham TDAH e aqueles que apresentavam pelo menos cinco sintomas. De qualquer maneira, o importante não é se restringir ao número de sintomas, mas sim ao grau de comprometimento. A pesquisa de sintomas relacionados com co-morbidades é essencial, uma vez que sua presença tem altos índices, complica o processo diagnóstico e tem grande impacto. As formas mais graves de TDAH estão associadas com maior presença de co-morbidades e adversidades psicossociais (ROHDE et al., 2003). Existem instrumentos para avaliação de co-morbidades, sendo o mais utilizado clinicamente e o mais confiável o K-SADS-E. A identificação e intervenção precoces são críticas para crianças com TDAH. Quanto antes o problema é reconhecido, menos provavelmente o comportamento antissocial ou os problemas emocionais irão desenvolver-se. Também será menos provável que os pais culpem a si mesmos pelo comportamento difícil da criança. É preciso analisar o tipo de comprometimento para então poder estabelecer prioridades no atendimento a estes portadores. A partir do momento que se obtém este diagnóstico, os pais não devem de forma alguma, simplesmente “rotular” o seu filho e aceitar o fato como tal, achando que não há nada a ser feito e assim, tirando sua responsabilidade do problema. Devem, portanto, partir para o tratamento adequado. 2.3 Tratamento De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2011), o tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. Encontramos na literatura várias medicações recomendadas no tratamento de crianças com TDAH, como estimulantes, antidepressivos e antipsicóticos. Segundo Brown (2007), estes medicamentos apenas aliviam, mas não curam; o alívio persiste apenas enquanto a medicação estiver ativa no sistema. Existem diversas formas de intervenção psicoterápica. Uma das formas mais utilizadas é a Terapia Cognitivo-Comportamental, que parece ser a mais adequada no manejo dos sintomas. O terapeuta deve funcionar como um treinador, dando instruções e sinalizando. A ênfase da terapia está em identificar as estratégias e as crenças de auto-sabotagem do paciente, debilitando-as com as intervenções e encorajando comportamentos que facilitarão o desenvolvimento de abordagens mais positivas e favoráveis (BROWN, 2007). Deve ficar bem claro para a família que se trata de um problema crônico, e que o objetivo de qualquer tratamento escolhido não é curá-lo, mas reorganizá-lo e viabilizar um comportamento satisfatório na família, na escola e na sociedade. Dessa forma evita-se a discriminação da criança. Brown (2007) alerta para o fato de que crescer com o transtorno sem nenhum tratamento pode expor o indivíduo às frustrações diárias e aos embaraços que provocam danos enormes na autoconfiança e no comportamento pessoal. A pessoa reduz suas expectativas e evita oportunidades de ter mais amigos, melhores empregos e aumento no status pessoal. 3 TDAH Enquanto Dificuldade de Aprendizagem Primeiramente, é importante formular uma adequação na terminologia. Assim, os problemas na aprendizagem podem ser classificados em duas categorias: dificuldades ou transtornos. As dificuldades de aprendizagem podem ser naturais (de percurso) ou secundárias a determinadas patologias (ROHDE et al., 2003). As dificuldades naturais são oscilações no rendimento escolar relacionadas a aspectos evolutivos do aluno ou decorrentes de metodologia inadequada, de padrões de exigência da escola, de falta de assiduidade do aluno e de conflitos familiares eventuais. Já nas dificuldades secundárias, as alterações de aprendizagem são consequência de outros quadros que podem ser detectados e que atuam primariamente sobre o desenvolvimento humano normal e secundariamente sobre as aprendizagens específicas. Nem todo indivíduo com TDAH apresenta dificuldades na aprendizagem. As dificuldades atencionais podem ser compensadas pelo uso de um bom potencial intelectual, interesse pelo conhecimento e condições didáticas adequadas. Os transtornos de aprendizagem compreendem inabilidades específicas. Tanto a CID-10 e o DSM-IV tem descrições muito parecidas do conceito de transtornos de aprendizagem. Ambos reconhecem três tipos: de leitura, escrita (ou soletração) e habilidades matemáticas. Então, o TDAH entraria como uma co-morbidade dos transtornos de aprendizagem, e não como tal. O fato é que há um maior comprometimento no funcionamento do indivíduo quando apresenta co-morbidade do que quando apenas o TDAH está presente. 3.1 O Papel dos Pais Detectado o transtorno através de um profissional, este deve dar toda a orientação necessária para os pais. É no âmbito familiar que a criança buscará mais apoio, portanto os pais devem estar preparados. Existem livros e programas de treinamento que ensinam pais a utilizar estratégias para lidar com problemas comportamentais decorrentes do TDAH. Paciência é fundamental, já que a criança com TDAH pode demorar mais para fazer as mesmas atividades que uma criança normal. Outros aspectos que podem ajudar é fazer lembretes e listas de tarefas a cumprir e estabelecer uma programação de estudos. Os pais devem reforçar várias vezes os comportamentos que desejam que o filho tenha. Os pais devem tomar cuidado para não adotarem papéis opostos. Brown (2007) afirma que muitas vezes ocorre de entre os pais ter o papel do “cobrador” e o do “afável demais”. Isto pode acabar desviando da tarefa de decidirem juntos quando devem ser mais flexíveis e quando devem ser mais compreensivos e gerar calorosas discussões que acabam fugindo do foco. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (2011) recomenda recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo comportamento perfeito. Os portadores tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo prazo. 3.2 O Papel da Escola Para Rohde et al (2003), antes de abordar a intervenção da escola no aluno com TDAH, é interessante tratar de algumas questões que afetam o desempenho e a adaptação escolar desse aluno, sendo: o atual sistema educacional brasileiro; as implicações educacionais e o rendimento escolar do aluno com TDAH; o papel e a função da escola e do professor no processo de identificação e manejo de crianças com TDAH no sistema educacional. Muitos pais imaginam que a escola tem algum tipo de atendimento próprio para esses alunos hiperativos e desatentos. Porém, esses alunos têm um potencial de aprendizagem igual ao de crianças normais, portanto, não há necessidade de uma escola exclusiva para eles, ainda mais numa época em que se luta tanto pela inclusão, isso não faria sentido. Eles precisam desse convívio social com colegas de mesma idade e também aprender a lidar com regras, pois de certa forma a escola representa, em pequena escala, a sociedade em que irão viver na fase adulta (ROHDE et al., 2003). Apenas pequenas intervenções no ambiente e no currículo são necessárias para alcançar o sucesso. Para escolher a melhor escola para esses alunos, os pais devem levar em conta aquela que complementar a educação recebida em casa e que proporcione os mesmos valores. A escola que melhor atende as necessidades dos portadores de TDAH é aquela cuja maior preocupação esteja em desenvolver o potencial de cada um, respeitando diferenças individuais, reforçando pontos fortes e auxiliando na superação dos pontos fracos (ROHDE et al., 2003). O conhecimento que escola tem a respeito de TDAH deve ser verificado. Se não existir ou for insuficiente, verificar se ao menos há disposição para aprender e auxiliar de maneira adequada, permitindo certas adaptações na estrutura. O ambiente deve ter o mínimo de distratores possível (barulho, música, cores, murais de avisos com muitas informações). 3.3 O Papel dos Professores O professor tem papel fundamental no processo de aprendizagem. É ele quem mais facilmente irá perceber um problema de atenção ou aprendizagem no aluno. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2011), o professor deve tentar responder as seguintes perguntas: Qual é a dificuldade mais importante do aluno portador de TDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno? Conseguindo responder essas perguntas, o professor poderá criar melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula. A partir do momento em que o professor toma conhecimento das dificuldades pelas quais passa a família de um portador de TDAH, é provável que comece a entender a atitude dos pais. Assim como os pais podem sensibilizar-se com a situação dos professores. Essa compreensão tem por objetivo firmar uma parceria, uma ampla colaboração entre pais e professores. A comunicação diária é importante para troca de experiências; é muito útil um instrumento de comunicação escrita para ajudar a entender a situação, assim os professores podem relatar o que acontece na escola para os pais e vice-versa. Uma das maiores dificuldades do aluno com TDAH é o dever de casa. O professor deve lembrar que esse aluno pode demorar de três a quatro vezes mais para fazer suas tarefas (ROHDE et al., 2003). É necessário fazer adequações para que a quantidade de trabalho não exceda seu limite. Deve-se ter em mente que a lição de casa tem por objetivo revisar e praticar o que foi aprendido em sala, e não ser utilizada como castigo por mau comportamento. Envolver os demais alunos da sala proporciona um bom convívio. É importante deixá-los esclarecidos do problema do colega para que possam compreender melhor suas dificuldades. Eles podem ajudar no reforço de instruções, e dessa forma acabam ajudando no aprendizado de toda a turma. Atividades demandem mais atenção contínua por um período maior e tempo devem ser feitas no início da aula, como por exemplo, as provas. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam funcionando como elementos de distração. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2011). 4 Conclusão É conveniente afirmar a importância da avaliação multidisciplinar no diagnóstico de TDAH. O correto diagnóstico é fundamental para não rotularmos crianças que possam apenas ter algum problema comportamental como uma portadora de TDAH. Posteriormente, com um tratamento adequado obtém-se uma melhora significativa na qualidade de vida do portador. Deve-se dar ênfase no papel dos pais na compreensão desse problema, pois vai partir deles o apoio necessário à criança. Se o papel dos pais é importante, podemos dizer que o da escola é de igual ou até maior importância, devido ao fato de que está diretamente ligada à formação dessa criança. A escola deve proporcionar ambiente adequado para receber o portador; esta adequação se dá em pequenos gestos, não há necessidade de uma escola especial. O interesse em receber a criança é um ótimo começo. Os professores devem ter um mínimo de preparação para atender a demanda de um aluno com TDAH, que pode se destacar por ser tão inteligente e criativo quanto os outros alunos, desde que estimulado da maneira correta. O mais importante de tudo é que haja um vínculo entre especialistas, pais e escola, pois nenhum trabalho é melhor do que aquele realizado por todos juntos. A expectativa é que este artigo possa auxiliar a todos os que passam pelo problema, ou que tenham interesse em lidar com crianças portadoras, apreendendo o conhecimento necessário, com a devida orientação científica e livre de rótulos e estigmas Fonte: http://artigos.psicologado.com/psicopatologia/transtornos-psiquic


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Resumo: O tema deste artigo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, anda bastante em alta. O que seria muito bom se fosse sempre tratado da maneira correta, porém o que se vê é o termo sendo usado de forma pejorativa, por falta de conhecimento científico adequado. É um problema sério, de interesse para a saúde pública e para a sociedade em geral. Só que isto caiu no senso comum: hoje em dia todo mundo tem um filho hiperativo ou com problemas de atenção, sem nem ao menos saber ao certo o que é TDAH. O objetivo deste trabalho é esclarecer o que é o transtorno, suas possíveis causas, formas de diagnóstico e tratamento e principalmente, qual a melhor forma de se relacionar com a criança ou adolescente que o possui, dentro de casa no relacionamento com os pais e na escola, com os colegas e professores.
Palavras-chave: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Criança. Aprendizagem. Tratamento.

1 Introdução

Este artigo tem por objetivo atender ao requisito da disciplina de Problemas de Aprendizagem Escolar, do curso de Psicologia da FAMEG/UNIASSELVI, em que foi solicitado abordar um tema que estivesse diretamente voltado para a disciplina, como forma de aprofundar mais o assunto.
A escolha do tema deu-se em função de que, entre os mais conhecidos problemas de aprendizagem, o TDAH é o que envolve mais preconceito, ressaltando que não há uma deficiência “visível” na criança. Ao contrário de deficiência física, aonde todos compreendem o porquê do aluno ter de usar cadeira de rodas, ou deficiência visual, que todos respeitam o fato de ter de usar óculos, as crianças com TDAH são vistas apenas como mal-educadas ou até mesmo preguiçosas ou burras.
Sabe-se que hoje o TDAH é um dos maiores problemas clínicos e de saúde pública, causando impacto na sociedade pelo alto custo, pelo estresse envolvido, pelas dificuldades acadêmicas, pelos problemas de comportamento e pela baixa autoestima. Apesar de acarretar sérias dificuldades na vida da criança portadora de TDAH, buscaremos mostrar que com o diagnóstico e tratamento adequados, este problema poderá ser superado sem grandes danos.

2 O Que é o TDAH

É considerado um transtorno de desenvolvimento, acometendo cerca de 3 a 6% das crianças e persistindo na vida adulta em mais da metade dos casos (ROHDE et al., 2003). É mais frequente em meninos do que em meninas.
As características básicas são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade, podendo variar em menor ou maior grau. Mas é bem mais do que isso. Não se trata apenas de uma questão de estar desatento ou hiperativo, muito menos de um estado temporário, uma fase “normal” da infância. Também não é falta de disciplina ou controle parental, nem algum tipo de “maldade” da criança (BARKLEY, 2002).
Até pouco tempo atrás, pouco se sabia sobre a hiperatividade e as dificuldades na capacidade de se fixar a atenção. Muitos acreditavam que eram distúrbios diferentes, que surgiam paralelamente, que a hiperatividade se extinguia na adolescência. A criança, sendo agitada, excessivamente ativa e desatenta era por si só culpada (ANTUNES, 2001).
Porém, as origens desse mal já eram motivo de suspeitas médicas há muitos anos. O pediatra Georg Frederic Still em 1902 já alertava para o fato de que a desatenção e a hiperatividade estariam relacionadas. Depois de muitos estudos, em 1966, Clements denominou “déficit de atenção” a síndrome que vinha preocupando tantos especialistas. Em 1975 a definição foi incluída na CID-9.
Na década de 1980, através de recursos como tomografias, ressonâncias e outros exames, múltiplas disfunções cerebrais puderam ser melhor diagnosticadas. Daí em diante surgiram várias nomenclaturas, até chegar ao nosso idioma como TDAH. Mas antes disso foi chamada de DDA (Deficiência de Déficit de Atenção), DHDA (Distúrbio da Hiperatividade com Déficit de Atenção), ou ainda TDAHI.
Convém destacar que a polêmica quanto à nomenclatura não é o relevante da questão, mas sim saber tudo que é possível sobre este problema, identificar formas de diagnosticá-lo e buscar meios para eliminar a carga excessiva de culpa e responsabilidade. Também é importante perceber o fato de que nem todo caso de desatenção, agitação, descontrole emocional, impulsividade e excitação é necessariamente um caso de TDAH (ANTUNES, 2001).
Atualmente o DSM-IV define o TDAH como uma síndrome neurocomportamental com sintomas classificados em três categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade. De acordo com Rotta et al. (2006), caracteriza-se por um nível inadequado de atenção em relação ao esperado para a idade, levando a distúrbios motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais.

2.1 Fatores que Podem estar Relacionados ao TDAH

Apesar do grande número de estudos já realizados sobre o TDAH, suas causas exatas ainda são desconhecidas (ROHDE et al., 2003).
A presença de co-morbidade, ou seja, a relação do TDAH com algum outro transtorno ou fator, dificulta o prognóstico. Pode estar relacionado com algum transtorno de aprendizagem (Dislexia, Disgrafia ou Discalculia), Transtorno de linguagem, Epilepsia, Transtorno Desafiador de Oposição, Transtorno de Conduta, Transtorno do humor, abuso de substâncias psicoativas, depressão, TAB (Transtorno Afetivo Bipolar), Transtorno de Ansiedade, Enurese, ou até mesmo Transtorno de Tiques.
A investigação genética sugere hereditariedade: pais que apresentam TDAH são mais propensos a ter crianças com o mesmo transtorno. Ou seja, os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. O risco é de 13-17% para meninas e 27-30% para meninos, (BARKLEY, 2002), mas não está claro por que meninos têm maior risco do que meninas da mesma família. As razões podem estar na genética do próprio sexo masculino, que pode apresentar maiores riscos biológicos associados.
Do ponto de vista fisiopatológico, os sintomas do TDAH são originados por disfunções no funcionamento cerebral (ROHDE et al., 2003). O déficit central seria uma falha na inibição comportamental, e, como consequência, nas demais funções executivas. A maioria das crianças com dificuldades de aprendizagem não tem uma história de lesão cerebral.
Outros fatores parecem ter associação, mas não uma relação de causa e efeito. A nicotina e o álcool, quando ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2011).
Problemas familiares não causam TDAH, mas podem agravá-lo. A ideia de que problemas familiares como alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo poderiam ser a causa do TDAH nas crianças está sendo refutada. As dificuldades familiares podem ser mais consequência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
Várias outras causas já foram levantadas, mas foi comprovado cientificamente que não há relação, tais como: corante amarelo, aspartame, deficiências vitamínicas e hormonais e até mesmo que a exposição à luz artificial teria efeito.

2.2 Diagnóstico do TDAH

O diagnóstico de TDAH tem por objetivo determinar um plano de tratamento que envolva o paciente e sua família. Deve ser feito por algum profissional, como psiquiatra, terapeuta ocupacional, psicólogo, ou neuropediatra. Segundo Rohde et al (2003), pode-se também recorrer à ajuda de outros profissionais para uma avaliação das capacidades auditiva e visual, que podem apresentar déficit.
A avaliação psicopedagógica envolve anamnese com os pais ou responsáveis; entrevistas com a criança ou o adolescente; análise de todo o material escolar e contato com a escola (ROHDE et al., 2003). São avaliados os seguintes aspectos: habilidades metalinguísticas, leitura, escrita, matemática e outras habilidades como noções espaciotemporais, lateralidade e memória.
O processo de avaliação envolve a coleta de dados com os pais e com a criança ou adolescente, e também com a escola. Às vezes os professores maximizam os sintomas, principalmente quando se encontra algum transtorno de comportamento. A noção de sintomatologia entre professores ainda é fraca, mas ainda assim, podem ser bons informantes do que acontece com seus alunos.
O passado da criança e de seu desenvolvimento no contexto de sua família, sua cultura e sua comunidade também merece atenção. É necessário investigar características individuais da criança e de sua família e os fatores ambientais que as influenciam.
O papel dos pais na avaliação é muito importante, pois eles relatam mais facilmente do que as crianças os sintomas (ROHDE et al., 2003). Principalmente no caso de crianças que ainda não tem idade para falar ou que possuem dificuldades para expressar-se verbalmente, o relato dos comportamentos pelos pais é relevante.
Devem ser pesquisados também o desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, o funcionamento escolar, a maneira como a criança estabelece a relação com seus pares, a forma como a família se organiza e como a criança é inserida nesse contexto, a história de seu desenvolvimento físico e o seu relato de doenças.
Embora muitos sintomas de TDAH sejam observáveis desde muito cedo na infância, ficarão mais óbvios em situações que exijam atividade mental prolongada, e é por este motivo que muitos casos somente serão percebidos no início das atividades escolares (SMITH; STRICK, 2001).
Segundo o DSM-IV (apud Rotta et al., 2006) os critérios diagnósticos para TDAH são:
Desatenção
  • Falta de atenção na escola, com erros frequentes em tarefas simples;
  • Dificuldade para manter a atenção em atividades em grupo;
  • Falta de atenção à fala direta;
  • Erros em seguir instruções, com dificuldade para finalizar tarefas;
  • Dificuldade para organizar atividades escolares e tarefas;
  • Falta de êxito na execução de tarefas escolares que requerem atenção sustentada;
  • Distração fácil aos estímulos externos.
Hiperatividade
  • Movimentos constantes de braços e pernas;
  • Frequentemente levanta durante a aula;
  • Hábito de correr em situações inadequadas;
  • Dificuldade de permanecer sentado ou participar de atividades em grupo;
  • Hábito de falar em excesso.
Impulsividade
  • Dificuldade para esperar sua vez;
  • Interrupções ou intromissões na conversa dos outros.
O diagnóstico diferencial levará em conta: que os sintomas devem estarpresentes por mais de seis meses; algum sintoma estar presente antes dos sete anos; algum problema relacionado aos sintomas estar presente em dois ou mais lugares (por exemplo, casa e escola); apresentar problemas significativos nos âmbitos sociais, acadêmicos ou ocupacionais e devem ser excluídas outras desordens mentais (ROTTA et al, 2006).
Rohde et al (2003) realizaram uma amostragem de 170 adolescentes entre 12 a 14 anos e encontraram um padrão de sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade e de repetências escolares similar entre os que não tinham TDAH e aqueles que apresentavam pelo menos cinco sintomas. De qualquer maneira, o importante não é se restringir ao número de sintomas, mas sim ao grau de comprometimento.
A pesquisa de sintomas relacionados com co-morbidades é essencial, uma vez que sua presença tem altos índices, complica o processo diagnóstico e tem grande impacto. As formas mais graves de TDAH estão associadas com maior presença de co-morbidades e adversidades psicossociais (ROHDE et al., 2003). Existem instrumentos para avaliação de co-morbidades, sendo o mais utilizado clinicamente e o mais confiável o K-SADS-E.
A identificação e intervenção precoces são críticas para crianças com TDAH. Quanto antes o problema é reconhecido, menos provavelmente o comportamento antissocial ou os problemas emocionais irão desenvolver-se. Também será menos provável que os pais culpem a si mesmos pelo comportamento difícil da criança.
É preciso analisar o tipo de comprometimento para então poder estabelecer prioridades no atendimento a estes portadores.
A partir do momento que se obtém este diagnóstico, os pais não devem de forma alguma, simplesmente “rotular” o seu filho e aceitar o fato como tal, achando que não há nada a ser feito e assim, tirando sua responsabilidade do problema. Devem, portanto, partir para o tratamento adequado.

2.3 Tratamento

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2011), o tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador.
Encontramos na literatura várias medicações recomendadas no tratamento de crianças com TDAH, como estimulantes, antidepressivos e antipsicóticos. Segundo Brown (2007), estes medicamentos apenas aliviam, mas não curam; o alívio persiste apenas enquanto a medicação estiver ativa no sistema.
      Existem diversas formas de intervenção psicoterápica. Uma das formas mais utilizadas é a Terapia Cognitivo-Comportamental, que parece ser a mais adequada no manejo dos sintomas. O terapeuta deve funcionar como um treinador, dando instruções e sinalizando. A ênfase da terapia está em identificar as estratégias e as crenças de auto-sabotagem do paciente, debilitando-as com as intervenções e encorajando comportamentos que facilitarão o desenvolvimento de abordagens mais positivas e favoráveis (BROWN, 2007). 
Deve ficar bem claro para a família que se trata de um problema crônico, e que o objetivo de qualquer tratamento escolhido não é curá-lo, mas reorganizá-lo e viabilizar um comportamento satisfatório na família, na escola e na sociedade. Dessa forma evita-se a discriminação da criança.
Brown (2007) alerta para o fato de que crescer com o transtorno sem nenhum tratamento pode expor o indivíduo às frustrações diárias e aos embaraços que provocam danos enormes na autoconfiança e no comportamento pessoal. A pessoa reduz suas expectativas e evita oportunidades de ter mais amigos, melhores empregos e aumento no status pessoal.

3 TDAH Enquanto Dificuldade de Aprendizagem

Primeiramente, é importante formular uma adequação na terminologia. Assim, os problemas na aprendizagem podem ser classificados em duas categorias: dificuldades ou transtornos.
As dificuldades de aprendizagem podem ser naturais (de percurso) ou secundárias a determinadas patologias (ROHDE et al., 2003). As dificuldades naturais são oscilações no rendimento escolar relacionadas a aspectos evolutivos do aluno ou decorrentes de metodologia inadequada, de padrões de exigência da escola, de falta de assiduidade do aluno e de conflitos familiares eventuais. Já nas dificuldades secundárias, as alterações de aprendizagem são consequência de outros quadros que podem ser detectados e que atuam primariamente sobre o desenvolvimento humano normal e secundariamente sobre as aprendizagens específicas.
Nem todo indivíduo com TDAH apresenta dificuldades na aprendizagem. As dificuldades atencionais podem ser compensadas pelo uso de um bom potencial intelectual, interesse pelo conhecimento e condições didáticas adequadas.
Os transtornos de aprendizagem compreendem inabilidades específicas. Tanto a CID-10 e o DSM-IV tem descrições muito parecidas do conceito de transtornos de aprendizagem. Ambos reconhecem três tipos: de leitura, escrita (ou soletração) e habilidades matemáticas. Então, o TDAH entraria como uma co-morbidade dos transtornos de aprendizagem, e não como tal. O fato é que há um maior comprometimento no funcionamento do indivíduo quando apresenta co-morbidade do que quando apenas o TDAH está presente.

3.1 O Papel dos Pais

Detectado o transtorno através de um profissional, este deve dar toda a orientação necessária para os pais. É no âmbito familiar que a criança buscará mais apoio, portanto os pais devem estar preparados.
Existem livros e programas de treinamento que ensinam pais a utilizar estratégias para lidar com problemas comportamentais decorrentes do TDAH.
Paciência é fundamental, já que a criança com TDAH pode demorar mais para fazer as mesmas atividades que uma criança normal. Outros aspectos que podem ajudar é fazer lembretes e listas de tarefas a cumprir e estabelecer uma programação de estudos. Os pais devem reforçar várias vezes os comportamentos que desejam que o filho tenha.
Os pais devem tomar cuidado para não adotarem papéis opostos. Brown (2007) afirma que muitas vezes ocorre de entre os pais ter o papel do “cobrador” e o do “afável demais”. Isto pode acabar desviando da tarefa de decidirem juntos quando devem ser mais flexíveis e quando devem ser mais compreensivos e gerar calorosas discussões que acabam fugindo do foco.
A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (2011) recomenda recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo comportamento perfeito. Os portadores tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo prazo.

3.2 O Papel da Escola

Para Rohde et al (2003), antes de abordar a intervenção da escola no aluno com TDAH, é interessante tratar de algumas questões que afetam o desempenho e a adaptação escolar desse aluno, sendo: o atual sistema educacional brasileiro; as implicações educacionais e o rendimento escolar do aluno com TDAH; o papel e a função da escola e do professor no processo de identificação e manejo de crianças com TDAH no sistema educacional.
Muitos pais imaginam que a escola tem algum tipo de atendimento próprio para esses alunos hiperativos e desatentos. Porém, esses alunos têm um potencial de aprendizagem igual ao de crianças normais, portanto, não há necessidade de uma escola exclusiva para eles, ainda mais numa época em que se luta tanto pela inclusão, isso não faria sentido.
Eles precisam desse convívio social com colegas de mesma idade e também aprender a lidar com regras, pois de certa forma a escola representa, em pequena escala, a sociedade em que irão viver na fase adulta (ROHDE et al., 2003). Apenas pequenas intervenções no ambiente e no currículo são necessárias para alcançar o sucesso.
Para escolher a melhor escola para esses alunos, os pais devem levar em conta aquela que complementar a educação recebida em casa e que proporcione os mesmos valores. A escola que melhor atende as necessidades dos portadores de TDAH é aquela cuja maior preocupação esteja em desenvolver o potencial de cada um, respeitando diferenças individuais, reforçando pontos fortes e auxiliando na superação dos pontos fracos (ROHDE et al., 2003).
O conhecimento que escola tem a respeito de TDAH deve ser verificado. Se não existir ou for insuficiente, verificar se ao menos há disposição para aprender e auxiliar de maneira adequada, permitindo certas adaptações na estrutura.
O ambiente deve ter o mínimo de distratores possível (barulho, música, cores, murais de avisos com muitas informações).

3.3 O Papel dos Professores

O professor tem papel fundamental no processo de aprendizagem. É ele quem mais facilmente irá perceber um problema de atenção ou aprendizagem no aluno. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2011), o professor deve tentar responder as seguintes perguntas: Qual é a dificuldade mais importante do aluno portador de TDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno? Conseguindo responder essas perguntas, o professor poderá criar melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula.
A partir do momento em que o professor toma conhecimento das dificuldades pelas quais passa a família de um portador de TDAH, é provável que comece a entender a atitude dos pais. Assim como os pais podem sensibilizar-se com a situação dos professores. Essa compreensão tem por objetivo firmar uma parceria, uma ampla colaboração entre pais e professores.
A comunicação diária é importante para troca de experiências; é muito útil um instrumento de comunicação escrita para ajudar a entender a situação, assim os professores podem relatar o que acontece na escola para os pais e vice-versa.
Uma das maiores dificuldades do aluno com TDAH é o dever de casa. O professor deve lembrar que esse aluno pode demorar de três a quatro vezes mais para fazer suas tarefas (ROHDE et al., 2003). É necessário fazer adequações para que a quantidade de trabalho não exceda seu limite. Deve-se ter em mente que a lição de casa tem por objetivo revisar e praticar o que foi aprendido em sala, e não ser utilizada como castigo por mau comportamento.
Envolver os demais alunos da sala proporciona um bom convívio. É importante deixá-los esclarecidos do problema do colega para que possam compreender melhor suas dificuldades. Eles podem ajudar no reforço de instruções, e dessa forma acabam ajudando no aprendizado de toda a turma.
Atividades demandem mais atenção contínua por um período maior e tempo devem ser feitas no início da aula, como por exemplo, as provas. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam funcionando como elementos de distração. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2011).

4 Conclusão

É conveniente afirmar a importância da avaliação multidisciplinar no diagnóstico de TDAH. O correto diagnóstico é fundamental para não rotularmos crianças que possam apenas ter algum problema comportamental como uma portadora de TDAH. Posteriormente, com um tratamento adequado obtém-se uma melhora significativa na qualidade de vida do portador.
Deve-se dar ênfase no papel dos pais na compreensão desse problema, pois vai partir deles o apoio necessário à criança.
Se o papel dos pais é importante, podemos dizer que o da escola é de igual ou até maior importância, devido ao fato de que está diretamente ligada à formação dessa criança. A escola deve proporcionar ambiente adequado para receber o portador; esta adequação se dá em pequenos gestos, não há necessidade de uma escola especial. O interesse em receber a criança é um ótimo começo.
Os professores devem ter um mínimo de preparação para atender a demanda de um aluno com TDAH, que pode se destacar por ser tão inteligente e criativo quanto os outros alunos, desde que estimulado da maneira correta.
O mais importante de tudo é que haja um vínculo entre especialistas, pais e escola, pois nenhum trabalho é melhor do que aquele realizado por todos juntos.
A expectativa é que este artigo possa auxiliar a todos os que passam pelo problema, ou que tenham interesse em lidar com crianças portadoras, apreendendo o conhecimento necessário, com a devida orientação científica e livre de rótulos e estigmas


Fonte: http://artigos.psicologado.com/psicopatologia/transtornos-psiquicos/tdah-e-as-dificuldades-de-aprendizagem-estrategias-para-um-relacionamento-saudavel-entre-a-crianca-e-a-sociedade#ixzz2DzZUXCKH
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Até Ateus são ''Programados para Acreditar'', diz Psicólogo Cético


Até Ateus são ''Programados para Acreditar'', diz Psicólogo Cético

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A educação e o conhecimento científico ajudam "um pouco", mas ninguém escapa totalmente de se agarrar a crenças sem fundamento, inclusive as mais malucas.
Em essência, esse é o argumento de "Cérebro & Crença" (JSN Editora, 390 págs.), novo livro do psicólogo americano Michael Shermer, 57, cujo conteúdo ele resumiu ontem no ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, na capital paulista.

Colunista da revista "Scientific American", Shermer explora com habilidade como a evolução moldou a mente humana para achar padrões na natureza -inclusive criando "falsos positivos" com muita frequência.
Essa percepção é um dos achados importantes dos estudos recentes sobre a biologia da crença, um tema que, segundo ele, deve seu florescimento recente aos ataques de 11 de setembro de 2001.
"As pessoas viram que era preciso entender a religião e o poder que ela tem", afirma.
Shermer não se diz preocupado com o barulho que movimentos pseudocientíficos --como os criacionistas e os contrários à vacinação de crianças- têm feito nos EUA.
"Os exemplos que você cita têm basicamente motivação política e estão ligados à direita, mas a esquerda americana também tem seu lado anticientífico, como seu medo dos transgênicos", afirma.
"São ondas, que acabam passando. No caso dos céticos do clima, está durando mais do que eu imaginava, infelizmente", arremata.
Fonte: BOL Notícias

FORTES NA TRIBULAÇÃO



Fortes na Tribulação

livro fortes na tribulacao padrefabricio
Em primeira mão só pra você, aqui no blog estou postando a primeira parte do livro Fortes na Tribulação.
Pra início de conversa
Algumas vezes, em casa ou no trabalho, somos surpreendidos por algumas visitas inevitáveis. Quando percebemos, já estão em nossa presença. Certamente, se tivéssemos tempo hábil, não as receberíamos ou adiaríamos este momento. Mas é claro que não agimos assim com nossa visita inesperada; ao contrário, acolhemo-la e fazemos sala.
Tal realidade, já experimentada por todos, também se aplica a uma visita que, sabemos, um dia chegará, mas que tentamos adiar ao máximo: a visita da Sra. Tribulação. Mal-educada de nascença, chega sem avisar, e, quando menos esperamos, está na nossa vida. Como se não bastasse a sua presença, sempre traz consigo vários problemas. Se pelo menos nos respeitasse e se retirasse quando solicitamos, esgotados de tentar suportá-la; mas ela finge que não nos ouve. Enquanto o tempo parece esquecido por ela, para nós sua visita parece eterna. Mas, enfim, ela chegou! E agora, o que fazer? Aprenderemos a transformar a indesejável visita da Sra. Tribulação num tempo de crescimento humano e maturidade na fé.
É sobre isso e mais umas tantas coisas que vou escrever a você, deixando claro que minha pretensão não é lhe ensinar uma mágica que desaparecerá com seus problemas; na verdade, se eu soubesse fazer isso, já o teria feito eu, em primeiro lugar, com os meus próprios.
Meu querido leitor, minha querida leitora, chamo-o(a) assim agora, mas, ao longo destas páginas, gostaria de poder lhe chamar de um jeito mais íntimo e pessoal. Não pretendo engrossar a lista de obras cuja proposta é oferecer o que você “quer” ouvir, e sim lhe falar o que “precisa” ouvir. Direi verdades conhecidas por todos com os quais convive e, talvez, até já ditas, mas ignoradas por você. Não lhe darei respostas
prontas, uma vez que deve chegar às conclusões necessárias por si só, mas é bem provável que já as conheça, porém não teve coragem de assumi-las ou dar o passo para a maturidade.
Quero acolhê-lo(a), provocar o seu melhor, embora precise mexer no seu pior, chorar com você, rir de você e com você! Redescobrir a esperança! Acordá-lo(a) para a vida! Mostrar que provavelmente metade do seu pesadelo se deve a você mesmo. Apontar as pistas da presença de Deus nesse tempo, para que você O procure sempre mais. Nosso Deus “brinca” de pique-esconde, sempre com o objetivo de que você se encontre com Ele.
Este livro é apenas um meio de lhe provar que você precisa encontrar-se com Deus – de uma forma nova e/ou mais profunda. Depois desse encontro, tudo irá mudar, e você jamais será o mesmo.
Pense bem se está disposto a inclinar os seus ouvidos para as palavras e direções que certamente o levarão a Deus e que, sem dúvida, serão exigentes e provocadoras de respostas novas frente aos desafios apresentados pela vida. A “escola da vida” sempre nos aplica avaliações e provas em tempo integral, e para celebrarmos mais adiante a nossa aprovação, é necessário nos submetermos a elas.
A reflexão que faço não esgota o assunto. Meu único propósito é ajudar na resposta que você livremente pode dar aos sofrimentos e às tribulações. Provavelmente não conseguirei ajudar a todos, mas gostaria de prestar esse serviço a você Se essas páginas puderem socorrer-lhe, já terei alcançado o objetivo. Será uma conversa a dois, um bate-papo, que não irá dispensar a sua resposta concreta.
Escrevo esse livro com a ousadia consciente de quem sabe que oferece muito pouco, como aquele menino do Evangelho (cf. Jo 6,9) que apresentou seus cinco pães e dois peixes, muito pouco, porém tudo o que ele tinha. O desafio era alimentar uma multidão – “Mas, que é isso para tanta gente?” –, e justamente o pouco oferecido foi multiplicado por Jesus, possibilitando saciar a fome das pessoas. Que essa verdade do Evangelho se cumpra na sua vida ao ler esse livro. Peço já a Deus que atualize o milagre de multiplicar o pouco em benefício da necessidade de uma multidão. Então, outra vez o Senhor será movido por Sua compaixão e todos poderão se fartar do banquete que Ele mesmo oferecerá, para assim sermos “fortes na tribulação”.
Mantém o teu coração firme e sê constante, inclina
teu ouvido e acolhe as palavras inteligentes,
e não te afobes no tempo da contrariedade
(Eclo 2,2).
Pe. Fabrício Andrade
Comunidade Canção Nova

QUANDO DEVO PROCURAR O PSICÓLOGO?



Psicoquê?

Ajudando a construir a Psicologia

 
 
 
 
 
 
 

Por Bruno Alvarenga


Ahhhh, o amor... Nobre sentimento que inspirou pelos séculos os poetas e artistas. Quantas pinturas não foram feitas para expressar um amor? Quantos poemas não foram escritos por amor? Queria muito nesta postagem tratar deste tema sem recorrer à ciência, pois ciência parece fria, distante, e aparentemente o que ela teria a dizer sobre o amor? Bem, ela tem muita coisa, principalmente a ciência do comportamento, ciência que tem o Behaviorismo Radical como seu fundamento filosófico.

O amor tem um grande poder. Como estímulo reforçador ele pode modelar os mais diferentes comportamentos. Uma pessoa apaixonada escreve cartas de amor, manda ao longo do dia mensagens de sms para expressar o seu querer, posta no facebook imagens e mensagens para tornar público sua alegria de amar. Ahhh, eu não poderia deixar de citar os "sms's" e o "facebook", pois em pleno século XXI o amor encontra nestes meios as suas formas de expressão... Rs!!! É a modernidade atualizando os meios para se expressar o amor.

Amor é comportamento! Sim, é comportamento. Sei que parece esquisito, mas amor é comportamento emocional sujeito a ação das consequências que produz. Um(a) amante expressa seu amor pela(o) amada(o) através do facebook, orkut (morto ou não?! Rs...), twitter, youtube etc, porque desta forma obtém a atenção e as carícias da(o) parceira(o). Vejam, então, o condicionamento operante de fato operando... O comportamento opera no ambiente modificando-o e é ao mesmo tempo modificado, ou seja, o amado que manifesta seu amor modifica o ambiente ao aumentar a probabilidade de que a amada responda satisfatoriamente com carícias e juras de amor.

O amado faz isso com seus próprios comportamentos, como os já citados: postando no facebook, usando sms, etc. Estes comportamentos geram estímulos que aumentam a probabilidade da amada agir de forma a reforçar o que o amado faz e vice-versa. Assim o amor enquanto comportamento vai sendo fortalecido, de modo que sua frequência de emissão vai aumentando. Mas, como "nem tudo são flores", o amor também enfrenta problemas, e isso os poetas sabem muito bem, tanto que Camões assim descreveu este nobre sentimento (compotamento): "Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É dor que desatina sem doer."

O amor "é dor que desatina sem doer". Quem já amou e perdeu um amor sabe o que é isso! A dor da perda de um amor costuma se manifestar por comportamentos respondentes bastante distintos: ansiedade com aquela pontada no coração, o que faz parecer que o coração é o reduto do amor; estômago nauseado; rigidez muscular, etc. Quando se ama alguns comportamentos reflexos ficam sob o controle dos estímulos gerados pelo comportamento da pessoa que se ama. Ao se perder quem se ama, perde-se algo importante, o que produz controle aversivo, ou seja, quem perde um amor diz que a perda dói, e isso acontece porque a perda produz punição (controle aversivo). Punição produz todos estes estados emocionais colaterais, que são na verdade exemplos de comportamentos reflexos.

Mas a perda de um amor também é ocasião para a emissão de muitos comportamentos operantes. Quem já perdeu um amor, provavelmente nos primeiros dias e semanas sentiu a todo instante uma vontade de estar com a(o) amada(o), ouviu músicas que lembravam o amor perdido, ensaiou pegar o telefone várias vezes para ouvir a voz daquele(a) que era a fonte de todo o amor, chorou, falou da pessoa perdida para todo mundo, etc. Essa é uma experiência universal para o fim de todos os amores.

É universal porque o que ocorre quando se perde um amor é que todos os comportamentos que antes eram dirigidos à pessoa amada começam a entrar em extinção. Todo comportamento quando emitido e não reforçado entra em extinção, ou seja, começa a perder sua força até voltar ao que era antes de ser modelado, de ser fortalecido pelos diversos reforços que o seguiram. Mas no início do processo de extinção os comportamentos ao invés de declinarem aumentam de frequência. Por isso no início da perda de um amor se pensa tanto em quem se perdeu, se ensaia ligar para o(a) amado(a) que se foi, são ouvidas músicas que lembram os velhos tempos, etc.
Todavia, a cada ocorrência destes comportamentos, se eles não são reforçados, acabam se enfraquecendo, até desaparecerem. Então, caro leitor, não se assuste se no início da perda de um amor você se ocupa apenas do amor perdido. Não se preocupe, pois cada vez que se engajar nestes comportamentos e eles não forem reforçados, inevitavelmente entrarão em extinção. Ou seja, a dor acaba passando. Lógico que ela passa mais fácil se você se engajar em outros comportamentos que sejam capazes de produzirem reforços que substituam aqueles que eram gerados pelos comportamentos da pessoa amada.

Não necessariamente você precisa entrar numa nova relação imediatamente, pois isso nem sempre ajuda. Quando falo de reforços que possam substituir àqueles gerados pelo amor que foi perdido, me refiro aos reforços que podem surgirem como consequências de você se expor a novas contingências de reforço, contingências que podem ser experimentadas em atividades como lazer, uma boa leitura, um bom filme, um papo com os amigos, uma atividade esportiva, etc. Se expor a novas contingências é o melhor remédio! Tente e depois me diga. 




QUAL O MOMENTO CERTO PARA PROCURAR AJUDA PSICOLÓGICA?

É o momento do "basta"! É o momento que percebe que não dá mais para segurar sozinho - tornou-se necessário buscar ajuda psicológica. Você merece ser menos ansioso?  Menos depressivo? Merece ter um bom relacionamento?  Quer estar bem consigo mesmo, administrar todas aquelas situações que aparecem de forma inesperada?  Quer melhorar sua auto-estima? Então esta é a hora.


COMO SABER SE TENHO NECESSIDADE DE AJUDA PSICOLÓGICA?

A melhor maneira de identificar a necessidade de ajuda psicológica é perceber o quanto de prejuízo sua vida está sofrendo por conta das dificuldades emocionais, comportamentais ou cognitivas que você vem sofrendo. Percebe que sua vida está limitada em algum aspecto, seja ele pessoal, social, financeiro, interpessoal? Se você perceber que há fortes limitações, então está sim na hora de procurar ajuda psicológica.  Funções da ajuda psicológica - Ampliar e melhorar os relacionamentos existentes e desenvolver habilidades para novos relacionamentos.- Aprender novos comportamentos.- Colocar honestamente seus sentimentos e pensamentos sem qualquer julgamento.- Compreensão os pensamentos, sentimentos e comportamentos das outras pessoas .- Obter apoio emocionalA função da terapia vai além da compreensão dos próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos. Nosso objetivo é proporcionar habilidades para a conquista de mudanças significativas nas respostas emocionais e comportamentais, melhorando assim a auto confiança, auto imagem e auto estima. A psicoterapia auxilia na compreensão do modo de funcionar das pessoas que nos rodeiam, desenvolvendo assim auto estima. Objetivo da ajuda psicológica O objetivo principal da ajuda psicológica é detectar e alterar atitudes que restringem as atividades sociais, de lazer e profissionais, melhorando a qualidade de vida, contribuindo para que o paciente desenvolva autoconfiança para lidar com situações adversas de seu cotidiano, o que resulta em considerável aumento da autoestima. A terapia é um aprendizado a seu próprio respeito, sobre você e o funcionamento de sua mente, lhe proporcionando estratégias para o equilíbrio interno. Inicialmente, a ajuda emocional proporcioanda pelo  psicoterapeuta devolve ao paciente a flexibilidade através da análise de suas cognições, a fim de promover mudanças nas emoções e comportamentos. A readaptação dos pensamentos automáticos e das crenças disfuncionais provoca mudanças positivas nas emoções e no comportamento.


TERAPIA COGNITIVA

A psicoterapia cognitiva atua diretamente sobre o sistema de esquemas, crenças e pensamentos disfuncionais do paciente promovendo sua reestruturação. Objetiva não apenas a solução dos problemas imediatos, mas por meio da reestruturação cognitiva oferece um novo conjunto de técnicas e estratégias a fim de capacitar, a partir daí, a processar e responder de forma funcional, concorrendo para a realização de suas metas. Há uma relação colaborativa entre o terapeuta cognitivo e o paciente, na qual ambos têm um papel ativo ao longo do processo psicoterápico. A terapia promove correções, readaptando os sentimentos e atitudes.  Porque algumas pessoas não buscam ajuda psicológica?

São estes o 2 pensamentos que fazem com que a pessoa sofrer por anos a fio sem tratamento: - Achar que se "deixar pra lá" tudo passa sozinho. - Pensar que nunca conseguirá resolver. Estes são pensamentos limitantes. Porque se você tem sua vida tolhida pela ansiedade, depressão ou o que for, se esta produzindo menos no trabalho, curtindo menos de você mesmo, você chegou ao ponto onde a terapia é indicada, que é quando você passar a ter prejuízos no plano pessoal, profissional ou social devido aos seus transtornos. 

Não vale a pena adiar a procura pela cura e alivio dos sofrimentos emocionais.