ARTIGOS :: Auto Conhecimento e Desenvolvimento Pessoal - O ALFABETO DA PROSPERIDADE
Marcelo, um bem sucedido profissional de treinamento motivacional e seu
“mestre”, que carinhosamente foi apelidado de “Merlin”, pelas “mágicas”
que consegue fazer na transformação de pessoas, conversam numa fria
noite de inverno sobre dinheiro...
- Uma das coisas que me
surpreendeu em meu processo de mudança – disse Marcelo, foi minha
relação com o dinheiro. Antes eu tinha um emprego e um bom salário para
os padrões de indivíduos assalariados, mas não conseguia nem juntar
dinheiro, nem fazer com que o dinheiro fosse suficiente para minhas
despesas. Eu ganhava muito, mais que grande parte da população, mas o
dinheiro nunca sobrava ou dava. Sempre faltava. Sempre havia algum
problema que envolvesse dinheiro em minha vida. Hoje eu não tenho um
salário fixo, mas meu dinheiro não só da para minhas despesas, como
sobra. E percebo que ele flui para mim com muita naturalidade. O que
acha disso?
- Compreendo o que diz e concordo que houve uma
mudança – Respondeu Merlin. Você, no seu processo de mudar o significado
de sua pessoa e das relações que mantinha com o mundo, acabou
modificando o significado do dinheiro em sua vida por “tabela”. O que já
seria esperado por mim. A maioria das pessoas pobres e de classe media
trabalha por dinheiro, e esse e seu maior problema.
- O que considera certo então?
-
Considero não mais correto, porem mais inteligente aprender fazer o
dinheiro trabalhar para elas e a verem a prosperidade como algo muito
além de ganhar dinheiro. Caso contrário, elas nunca escaparão do círculo
ilusório: trabalhar, ganhar dinheiro, consumir, pagar contas, se
endividar, conseguir um empréstimo, pagar juros etc.
- Ter um emprego seguro e um salário previsível é o sonho da maioria das pessoas.
-
A questão não é o emprego ou o salário. Se a pessoa é assalariada,
autônoma, dona de um pequeno ou grande negócio, a questão é: O que a
pessoa quer – verdadeiramente – para sua vida financeira?
- Todos querem melhorar e prosperar...
-
Então, precisarão fazer mais do que ganharem seus salários, pagar
contas, pagar juros indefinidamente e trabalhar para o banco, para as
administradoras de cartão etc. O reajuste do salário e até mesmo as
promoções farão muito pouca diferença para a maioria das pessoas. Não
raro, elas vão arranjar novas formas de continuarem no velho padrão: vão
aumentar o limite do cartão de crédito e do cheque especial, comprarão
carros mais caros, farão viagens mais caras... E no final estarão ainda
correndo sem realmente terem saído do lugar. O desafio não é se privar
das coisas boas da vida como viagens, carros, compras e tudo mais, mas
sim a forma e o momento como usam seus recursos, inclusive os recursos
financeiros.
- Realmente, há inúmeros casos verídicos de
ganhadores da loteria ou atletas que ficaram ricos e, anos depois,
estavam pobres. Na verdade eles nunca souberam lidar com o dinheiro.
-
Estas histórias provam que prosperidade não á sinônimo de dinheiro.
Prosperidade é uma atitude na vida, e o que acontece com o dinheiro, uma
de suas inúmeras conseqüências. Há outras incríveis histórias de
pessoas que mal tinham o que comer e onde morar, mas tinham o
compromisso de construir resultados significativos para suas vidas e,
apesar de todos os fatores contrários. Muitos emergiram de favelas e de
condições bastante desfavoráveis, desafiando não só seus próprios mapas
internos, mas muitos outros mapas: sociais, culturais, econômicos entre
outros.
- Prosperidade - Continuou Merlin, significa a decisão de
enfrentar muitos medos. O medo da mudança é o primeiro passo. Como já
falamos anteriormente, tudo aquilo o que é novo, ameaça de alguma forma.
- As pessoas em geral criam o hábito de evitar aprofundar o conhecimento sobre dinheiro, investimento e finanças.
-
Sim, quando deveriam, na verdade, associar prazer e satisfação ao
processo, pois e o que poderá libertá-los do circulo vicioso. Muitos
pressupõem que é muito difícil, quando na verdade não é. Basta que
comecem de vagar.
- Há o medo do novo, o medo do desconhecido, o medo de perder o pouco que conquistaram...
-
E por outro lado, há o desejo. O desejo de experimentarem prazer na
vida. Não há nada de errado em buscar o prazer, mas voltamos à questão
da busca da gratificação imediata. Muitos vivem na ilusão: tenho medo de
perder o que tenho, por isso não faço nada de novo. Não uso meus
recursos, inclusive os financeiros, de forma inteligente. Vivo sonhando
com um aumento ou promoção, e, nesse meio tempo, para aliviar o medo e a
ansiedade, gasto meu dinheiro e me endivido no cartão de crédito,
empréstimos e cheque especial.
- Mas como escapar desta armadilha?
Merlin refletiu por alguns minutos e continuou:
-
A melhor forma de se ter dinheiro, é transcender o significado dele
enquanto uma entidade isolada. Um grande “mago” amigo meu nos Estados
Unidos costuma dizer: “Hey, vocês, na verdade, não estão interessados em
papéis verdes com caras de personalidades notáveis mortas, estão”? Não
queremos colecionar papel. Queremos qualidade de vida. O poder e o valor
do dinheiro estão muito além do dinheiro enquanto uma “entidade” em si.
O papel-moeda traz qualidade de vida ou a qualidade de vida traz o
papel - moeda?
- Acho que estamos na mesma situação da lendária questão: quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
-
Precisamos trabalhar ativamente nos dois lados. Tanto na melhoria da
qualidade de vida quanto na gerência dos nossos recursos, que incluem os
recursos financeiros. Mas precisamos saber que, antes de se inventar o
dinheiro, já existiam indivíduos prósperos, porque prosperidade é uma
condição universal.
- Muitos fazem uma terrível metáfora sobre dinheiro: que devem correr atrás dele... – Lembrei.
-
Melhor é tomar uma decisão sobre o significado deste processo e correr
“na frente” do dinheiro, meu caro. E para que isso possa acontecer, o
dinheiro deve ser visto como uma extensão e uma expressão daquilo o que
estamos fazendo de nossas vidas.
Eu gravava e anotava sua fala. Ele, pacientemente me esperava virar a página ou a fita de meu gravador portátil.
Tudo estava bastante claro para ele. Esses conceitos tão importantes eram algo que fazia parte de sua realidade.
-
Na medida em que estamos dando o melhor de nós para o universo, é
perfeitamente natural e até mesmo normal e esperado que o universo
retribua proporcionalmente. Tal qual um amigo a quem hospedamos e
tratamos bem, somos gentis e nos interessamos por ele e suas
necessidades e desejos... Na primeira oportunidade, ele retribui com
prazer.
- O desafio é que nem sempre estamos nos dando o que
seria o melhor - prosseguiu reflexivo. Nem sempre gostamos o suficiente
de nós para estarmos em nossa melhor forma. Sendo assim, nossas
possibilidades de “dar nosso melhor” já ficam automaticamente
comprometidas.
- Como e possível dar aquilo o que não temos? – Disse sorrindo, começando a compreender onde ele queria chegar.
-
Exatamente. Consequentemente, o retorno do universo também ficará muito
aquém do desejado. Se eu recebo você em minha casa e não te trato bem,
não presto atenção em suas necessidade, diminuo as chances de você
desejar retribuir sua hospitalidade no futuro. Sem essa consciência,
entramos num círculo disfuncional e limitante. Nadamos, nadamos e nunca
chegamos à praia da prosperidade. Vou dizer mais uma vez. Enquanto o
“mapa mental” interno negativo e disfuncional perdurar, esse resultado
nada mais expressa o que estamos fazendo por merecer. Se quisermos um
resultado diferente, temos de agir diferente.
- Na verdade, nós
ajustamos o “termostato” interior para uma limitação... - refleti –
Engraçado, a mente funciona perfeitamente e de forma eficaz, mesmo
quando nos limitamos. Criamos uma limitação, e a mente responde,
imediatamente, limitando nossas possibilidades.
- Perfeitamente.
Muitos autores no campo da comunicação e do desenvolvimento pessoal são
categóricos em afirmar que somos os únicos responsáveis pelo retorno que
recebemos do mundo. Como falei anteriormente, a pessoa com quem
primeiro precisamos aprender a nos comunicar somos nós mesmos. Se
quisermos prosperidade, temos de “arrumar a casa” em primeiro lugar, e
parte dessa arrumação, consiste em vários dos rituais que já lhe ensinei
alguns dos quais você já publicou em “Aprendiz de Feiticeiro”.
-
Dentro de sua linha de raciocínio, precisamos primeiro, lidar com o que
existe dentro de nós - complementei. Precisamos nos comprometer com o
que queremos verificando se o grande “mapa” que nos guia é o mais
adequado para lidar com o “território”, que é a vida a que nos propomos
viver. Se não houver coerência e consistência, como transmitiremos nosso
“melhor” para o universo? Num mundo tão dinâmico e competitivo, se não
estamos desenvolvendo o melhor dentro de nos e não damos o melhor,
diminuímos as chances de receber as melhores respostas do universo.
-
Compreende agora o que digo, não? Tendemos a culpar as coisas, pessoas e
situações por não sermos notados, por não recebermos a atenção
desejada, ou as oportunidades que gostaríamos de ter, esquecendo-nos
daquilo o que está dentro de nós que é comunicado para o mundo. Temos de
nos implicar com os resultados que estamos colhendo. Não adianta culpar
o chefe, o governo ou o sistema por nossa inabilidade em nos
proporcionar prosperidade.
- Apontar o dedo indicador para alguém não resolvera nossos problemas... – Relembrei um velho dito popular.
-Ate mesmo porque, quando fazemos isso, imediatamente três dedos ficam apontados para nós...
- Você me disse e as pesquisas confirmam que o mais poderoso meio de comunicação é a linguagem não verbal.
Portanto,
não adianta ter a intenção de prosperar se, primeiro, não somos
interiormente prósperos e, segundo, não acreditamos verdadeiramente no
nosso potencial. Concorda?
- Sim! – respondeu com grande ênfase.
Prosperidade é, na verdade, um significado sobre quem e o que somos,
sobre o quanto nos julgamos merecedores de resultados. Ganhar dinheiro é
um entre inúmeros resultados que acreditamos poder alcançar na vida e é
conseqüência direta de nossa auto-imagem, auto-estima, coerência,
consistência e comunicação eficaz.
- Na minha história, de fato, o
dinheiro veio quando eu finalmente parei de me preocupar com o
“papel-moeda” e investi em minha qualidade pessoal. Eu fui coerente
comigo e nas minhas ações. Apaixonei-me pela possibilidade de ter uma
qualidade de vida melhor e, mais ainda, pela possibilidade de dividir
algo tão importante que me fazia tão bem com o mundo, e o mundo percebeu
essa qualidade e essas ações e, exatamente como você disse me respondeu
com reciprocidade, o que me motivou a querer melhorar ainda mais.
Algumas pessoas vêem-se muito aquém de onde gostariam de estar e sentem
raiva, tem medo...
- Raiva e paixão estão relacionadas. Como
profissional de treinamento e que lida com pessoas, sei que já conhece o
conceito de “agressividade construtiva”. Precisamos dessa agressividade
para lutar, construir, refazer nossos passos e objetivos.
-
Muitos usam a energia da raiva para se culparem por algo que deu errado
no passado, por algo que sofreram. Isso corrói e destrói suas
possibilidades.
- Se essas pessoas usarem essa energia para
construir sua prosperidade, o resultado será diferente. São elas que
devem decidir se o copo pela metade está meio vazio ou meio cheio...
- O que você me aconselharia para trabalhar mais sistematicamente com as pessoas de forma geral?
-
Primeiro como disse anteriormente, a pessoa, grupo ou entidade que
deseja prosperar, deve desenvolver um senso de prosperidade pessoal e
profissional sem se preocupar sobre o quanto vai receber em dinheiro por
isso.
Merlin refletiu em silêncio, sorriu em seguida e disse:
Quando
falamos de prosperidade, estamos falando de gerenciar as mesmas
habilidades e competências com as quais já estivemos lidando.
- Como assim? - Perguntei confuso.
-
Veja bem. Quando nos trabalhamos, temos de gostar de nós mesmos o
suficiente para investir em nosso desenvolvimento, aplicando os rituais e
cuidando de nossa economia energética. Assim como fazemos com as
finanças, investimos numa aplicação, e precisamos injetar novos
significados, pensamentos, sentimentos, atitudes e comportamentos,
deixando que esse novo padrão cresça e gere renda. Para isso, precisamos
ter paciência, ao mesmo tempo em que ficamos atentos a outros
investimentos, porém com cuidado para não desperdiçar de forma impulsiva
e imatura todas as nossas reservas.
- E se conseguimos fazer
isso conosco para outros objetivos, podemos certamente gerenciar a vida
financeira. Tem razão. Nós ficamos cegamente hipnotizados pelo dinheiro
em si, e nos esquecemos que prosperidade não é sobre dinheiro, e sim
sobre planejar metas, objetivos, buscar a excelência, coerência,
construir passo a passo mudança, exatamente como fazemos com qualquer
outro objetivo. Nunca havia visto por esse ângulo!
- Isso
mesmo... Mas para facilitar a vida de seus aprendizes, vamos criar agora
o alfabeto da prosperidade? Assim, daremos a eles, passo a passo, os
elementos que constroem a prosperidade. Em seus diários eles devem
trabalhar os seguintes aspectos:
a) Minha vida pessoal
Que
coisas boas (experiências, sentimentos, momentos) quero para mim? Para
minha família? Tente não pensar agora em posses materiais ou gasto
monetário. Pense em “tesouros” abstratos: Felicidade, união, saúde,
bem-estar, segurança etc. Faca a lista em seu diário.
b) Porque –
especificamente – é importante que eu dê o melhor de mim para obter as
coisas que escrevi anteriormente? Que razões e justificativas apóiam o
fato de que estou no caminho certo trabalhando por essas coisas? O que
ganho se fizer? O que perco se não fizer?
c) Que emoções,
sensações e sentimentos eu posso experimentar agora e no futuro por ir
construindo esses resultados dia após dia em minha vida? Porque vai
valer a pena? Quais os múltiplos ganhos? O que ganho se fizer? O que
perco se não fizer?
d) Minha vida profissional
O que quero
aprender estudar, desenvolver para aprimorar minha vida profissional?
Onde estão as informações e recursos para que eu explore ainda mais meus
talentos, habilidades e possibilidades? O que – especificamente –
trabalhar por essas metas fará por mim mais importante que as atividades
em si? Qual o significado que minha vida pessoal e profissional terá
quando tiver alcançado esses objetivos? O que ganho se fizer? O que
perco se não fizer?
e) Porque – especificamente – é importante
que eu dê o melhor de mim para obter as coisas que escrevi
anteriormente? Que razões e justificativas apóiam o fato de que estou no
caminho certo trabalhando por essas coisas? O que ganho se fizer? O que
perco se não fizer?
f) Que emoções, sensações e sentimentos eu
posso experimentar agora e no futuro por construir esses resultados dia
após dia em minha vida? Porque vai valer a pena? O que ganho se fizer? O
que perco se não fizer?
g) Minha evolução espiritual e existencial
Que
crescimento espiritual ou vivência existencial devo buscar para minha
satisfação pessoal e poder de contribuição para o meu crescimento,
desenvolvimento e o crescimento e desenvolvimento do mundo ao meu redor?
O que – especificamente – trilhar esse caminho fará por mim alem das
praticas em si? Qual o significado para minha vida e existência? Como
saberei – especificamente – que estou progredindo nessa caminhada? O que
ganho se fizer? O que perco se não fizer?
h) Porque –
especificamente – é importante que eu dê o melhor de mim para obter as
coisas que escrevi anteriormente? Que razões e justificativas apóiam o
fato de que estou no caminho certo trabalhando por essas coisas? O que
ganho se fizer? O que perco se não fizer?
i) Que emoções,
sensações e sentimentos eu posso experimentar agora e no futuro por
construir esses resultados dia após dia em minha vida? Porque vai valer a
pena? Quais os múltiplos ganhos? O que ganho se fizer? O que perco se
não fizer?
j) Criando uma rede mental integrada para a prosperidade
Como
os motivos, fatores e expectativas pessoais, profissionais e
espirituais podem trabalhar juntos, uns com outros, construindo os
resultados que desejo para mim? Como – especificamente – cada fator
contribui para o sucesso e a prosperidade de outros fatores? Onde uma
dessas áreas ajuda a outra e vice versa? Incentive que seus aprendizes
escrevam sobre essas relações em seus diários, com exemplos práticos que
envolvam os aspectos de seu dia a dia. É importante visualizar essas
relações com freqüência.
- Com essas informações – disse
terminando de escrever suas orientações – aumentamos as chances de
buscar novos significados, planejar ações coerentes e consistentes
compondo um novo mapa para nossas vidas.
- Sim – respondeu
Merlin, assim preparamos o terreno para a construção. Mas vamos adiante,
continue a escrever – continuou meu amigo às gargalhadas enquanto
Scully, “nossa” adorável poodle fazia a maior festa em seu colo.
l) Desenvolvendo a gratidão
Pelo
que já sou grato? Quais são os “tesouros” que já fazem de minha vida um
acontecimento especial? O que – especificamente penso e sinto com
relação a eles? O que – especificamente estou fazendo e farei por eles
para que continuem a abrilhantar minha vida? O que ganho me tornando
ainda mais grato? O que perco não me tornando ainda mais grato?
-
Eu sou grato por Scully existir nesta fase de minha vida, e sou ainda
mais grato por você ter surgido dando uma dimensão ainda maior ao meu
trabalho e, também, por ter aceitado cuidar de minha amiguinha... –
Declarou emocionado enquanto continuava a brincar com a cachorrinha que,
imediatamente, começou a lamber seu rosto com doçura. – Como qualquer
coisa, o significado da prosperidade é construído nas pequenas coisas,
como por exemplo, no significado da minha relação com Scully, no que
essa interação traz para mim, no significado de minha amizade por ti...
-
Obrigado. É recíproco. Além de vocês dois, para mim, já me considero
grato e próspero quando chego de uma turnê de trabalho pelo Brasil
ministrando conferências e recebo o beijo de minha esposa Estela, o
sorriso e inocência de meu filho Rafael, as cartas e e-mails de meus
leitores e alunos. Considero-me muito rico por essas e outras coisas
estarem presentes na minha vida, e não só agradeço diariamente ao
universo por isso, como também cuido e zelo por esses tesouros.
-
Praticar a gratidão é de extrema importância. Não se trata de “saber”
racionalmente pelo que deveria ser grato. Compreende? Falo em sentir
profundamente e expressar abertamente a gratidão. Sempre que possível.
Diariamente.
m) Ampliando o conceito de gratidão
- O
próximo passo é transformar o copo pela metade, que poderia estar sendo
significado como “meio vazio” para “meio cheio”, o que ajudará a regular
o Sistema Reticular que gerencia aquilo no qual focamos a atenção e
para o qual direcionamos nossos recursos – explicou Merlin. Eu só fazia
assentir com a cabeça e anotar...
Quais são os desafios pessoais,
profissionais e espirituais que está enfrentando em sua vida? Faça uma
lista de seus desafios, e agradeça a seu “Eu Interior” pela oportunidade
que terá daqui por diante de aproveitar essa sinalização e crescer com
eles. O que ganho se transformar o significado desses desafios? O que
perco se não transformar o significado desses desafios?
Ele deu tempo para que eu terminasse de anotar e trocasse a fita do gravador, e continuou:
-
Do universo de cem por cento de seus desafios, escolha vinte por cento
de cada uma das áreas: pessoal, profissional e espiritual. Se tiver dez
desafios profissionais, trabalharei inicialmente com dois, e assim por
diante – Exemplificou. – A pessoa até pode trabalhar mais de dois
desafios, mas estará comprometida verdadeiramente com dois, fazendo tudo
o que for preciso por eles.
Esses desafios podem ser vistos como
sinais, e se referem à interação entre a pessoa e o mundo. Podemos
trabalhar aquilo o que depende de nós, para termos uma chance de
influenciar o outro no processo de comunicação e interação.
Se,
por exemplo, estou ainda tendo dificuldades em vender, contatar
clientes, comunicar-me com meu filho etc., o que isso representa em
termos de habilidades, conhecimento e atitudes que eu poderia estar
aprendendo para meu desenvolvimento? Onde, quando, como posso
trabalhá-las? O que esse trabalho fará por mim e por aqueles que me
cercam?
n) Agradeça ao seu “Eu Interior” por cada sinal que
identificar e pelos passos que dará, em seguida, para investigar e
implementar efetivamente sua caminhada nesta direção.
Tenha em
mente o que é importante, porque é importante e o que sentirá e
experimentará com o alcance dos resultados. Não pense em dinheiro neste
momento. Pense em crescimento, melhoria da qualidade de vida.
Comprometa-se verdadeiramente com o processo. Essa será sua maior fonte de riqueza...
Você,
provavelmente identificará muitas coisas a fazer. Mantenha-se sempre
engajado, no mínimo, em vinte por cento, como sempre, e assim
sucessivamente na medida em que for progredindo. Trabalhe vinte por
cento daquilo o que perceber em cada área, e para cada conjunto de
coisas para implementar uma habilidade, atitude ou o que quer que seja,
trabalhe vinte por cento. Tenha esse planejamento em seu diário para que
sua mente saiba o que está fazendo e para que possa acompanhar o
processo. De tempos em tempos, pelo menos uma vez por mês, reveja seu
fluxo de planejamento e decida o que precisa ser alterado.
- É
imperativo que seus aprendizes trabalhem com muita dedicação esta fase e
encontrem formas de gerenciar esse projeto – disse Merlin com
veemência. Esse auto-gerenciamento desenvolverá habilidades cognitivas e
comportamentais que servirão de base para futuras situações onde talvez
tenha de gerenciar projetos, setores, grupos e outras coisas. A
primeira organização a ser gerenciada, como nós dois já declaramos pelos
quatro ventos, é nossa pessoa.
- Assim cultivamos coerência e
consistência com futuras necessidades de gerenciar coisas, pessoas e
situações que vão além de nós - completei.
- Marcelo – Disse bem
sério: Para que a prosperidade aconteça na vida de uma pessoa, a mesma
precisa – imprescindivelmente – transformar o significado de: problemas,
dificuldades, limites, resultados obtidos, o efeito de todas essas
coisas em sua vida, assim como sua crença sobre o que tudo isso
representa e causa e o que acredita que poderá fazer com tudo isso. Ou o
“termostato” que regula o “mapa interno” não mudara! Sem a mudança do
“mapa”, não há mudança profunda e verdadeira. Isso é lei!Você precisa
deixar isso bem claro e, mais uma vez, como disse no nosso encontro
anterior, fazer com que a pessoa compreenda a necessidade de tomar posse
deste processo e compreender que ele precisa ser construído passo a
passo e com seriedade e comprometimento, ou nada de significativo vai
acontecer.
- Nesta caminhada, as pessoas nem sempre farão as
escolhas mais certas, e nem sempre vão obter exatamente os resultados
que gostariam em cada etapa. Como elas devem lidar com isso?
-
Exatamente da mesma forma: Agradecendo ao “Eu Interior” por cada
sinalização percebida e assim por diante como acabamos de discutir.
Nesses momentos, a pessoa deve ter em mente que a “mágica” e a
construção do processo é a persistência, o foco naqueles objetivos que
escreveu, e que talvez possam encontrar outros caminhos ou mesmo rever,
se for o caso, a viabilidade do objetivo, se é factível, possível de ser
realizado. Deve olhar com simpatia para outras pessoas que estão
atingindo resultados semelhantes e tentar adaptar as “receitas” que elas
estão usando para suas realidades.
- Exige dedicação, empenho,
comprometimento, foco, organização, método, acompanhamento, revisão dos
resultados, flexibilidade, certo? Perguntei.
- Certo, como
qualquer coisa na vida. Seus aprendizes devem lembrar-se constantemente
daquilo o que desejam. Para isso, podem usar todos os rituais que
escreveu em “Aprendiz de Feiticeiro” e os que eu estou ensinando neste
nosso novo encontro, para criar uma imagem futura que os motive. Mas não
adianta apenas gerar a imagem, é necessário que se trabalhe
concretamente o processo de construir um significado para a prosperidade
e que se aja de forma coerente, como estamos discutindo aqui.
- Qual o próximo passo?
-
Ao longo da vida – Explicou Merlin, muitas pessoas acabam ouvindo
coisas, vendo exemplos e tirando conclusões equivocadas ou agindo de
forma inadequada no que se refere a ganhar dinheiro, ter dinheiro, ter
chances de realizar seus sonhos etc.
- Também pudera... As
pessoas não aprendem isso o que estamos ensinando, o gerenciamento das
potencialidades, processos e habilidades interiores. Tente tocar piano
sem conhecimento de música ou do instrumento? Será desastroso!
-
Claro! – Exclamou rindo de meu exemplo – Ouvimos coisas como: “O
Dinheiro não traz felicidade”. Claro que não, mas isso não impede que
possamos ter dinheiro e sermos felizes, pois não é o dinheiro que faz a
felicidade ou infelicidade de ninguém. Mas a felicidade, a harmonia, a
competência e a expressão de tudo isso no mundo podem trazer dinheiro
como uma resposta do mundo ao que estamos oferecendo a ele.
- Outros pensam que dinheiro corrompe... - lembrei
-
Dinheiro pode ser usado para “comprar” o mal ou o bem, assim como
podemos usar qualquer outro recurso de que dispomos para um desses
“lados”. Dinheiro pode ser usado para gerar projetos que beneficiam não
só aqueles que têm dinheiro como aqueles que não o têm. A decisão é do
“dono” do dinheiro.
- Muitos pensam que “ricos não vão para o céu”. É uma crença amplamente difundida no Brasil...
-
Isso é uma grande tolice, fruto de uma enorme má interpretação de
parábolas religiosas que, nas traduções, perderam o significado
original. Ninguém é mais ou menos virtuoso porque é pobre ou rico, nem
merece mais ou menos por isso. A pior pobreza é a “pobreza de espírito”,
e a melhor riqueza, é a “riqueza da alma”.
o) Ressignificando as crenças pessoais sobre prosperidade e dinheiro
1
- Escreva em seu diário tudo o que já ouviu de negativo sobre o
dinheiro, e procure alterar o significado dessas afirmações, como nos
exemplos dados. Escreva as mudanças nas interpretações. Parta da
estrutura original da afirmação anterior, para construir a nova
afirmação.
Exemplo:
RICOS NÃO VÃO PARA O CÉU
Ricos em espírito vão para o céu.
DINHEIRO NÃO TRAZ FELICIDADE
Dinheiro não traz nem felicidade nem infelicidade.
Dinheiro é uma das expressões de minha relação com o universo.
NÃO QUERO MUITO DINHEIRO
Quero
riqueza de espírito e prosperidade. Se o universo responder, também com
dinheiro, aceitarei de bom grado, uma vez que sou merecedor de qualquer
que seja a manifestação.
Escreva também novas e poderosas afirmações sobre prosperidade. Aqui vão algumas sugestões:
- Eu mereço me tornar próspero e rico.
-
Eu dou o melhor de mim para o universo, por isso fico bastante a
vontade para receber em retorno o melhor do universo em todos os níveis.
-
Eu me sintonizo e sincronizo com as riquezas universais. Eu e o
universo nos tornamos ainda mais ricos e prósperos com essa interação.
-
Tudo aquilo o que já foi associado negativamente à prosperidade em meu
passado ganha um forte e poderoso significado que me ensina a me tornar
ainda mais próspero e rico. Por isso sou grato ao universo, pois todas
as minhas experiências passadas me ensinam, transformam e contribuem
para a minha prosperidade e riqueza espiritual.
- Eu e o dinheiro
somos grandes amigos, e gostamos profundamente um do outro. Cuidamos um
do outro com grande carinho e respeito. Sentimo-nos muito bem quando
estamos juntos e prosperamos juntos. Nós trabalhamos juntos para um
universo mais próspero e rico.
- Sinto-me muito bem e fico a vontade para ter prazer e satisfação enquanto me torno mais próspero e rico.
-
Eu sou parte de um universo próspero e rico, e, por isso, gozo de
prosperidade e riqueza em todos os níveis e dimensões de meu ser.
p) Incubando as afirmativas poderosas
Leia
cada uma das afirmativas três vezes por cerca de um mês. Depois de um
mês, copie-as para um pedaço de papel e coloque-o em sua bolsa ou
carteira.
Durante um mês, três vezes por dia, segure o pedaço de
papel com a mão esquerda e repita: “O que está escrito nesse papel é
realidade, já faz parte da minha vida, e, a cada dia, os resultados são
maiores, mais abundantes e mais expressivos. Eu me declaro merecedor dos
mesmos e os aceito de bom grado”.
Dobre o papel e escreva a frase acima no mesmo. Leia a frase nas suas mentalizações.
q)
Escreva suas experiências anteriores na tentativa de “ganhar dinheiro”.
Agradeça ao “Eu Interior” pelos sinais que as “inconformidades” estão
proporcionando, e o que pode aprender e crescer com cada uma delas,
servindo como uma referência futura para impedir o acontecimento de
outras “inconformidades”. Desenvolva verdadeira gratidão pela
oportunidade de crescer pela análise destas lembranças.
r) Veja
se existem modelos de pessoas queridas de quem gosta ou mesmo
desconhecidos, mas com quem se identifica que não tiveram resultados
financeiros desejados em sua vida.
- Eu cansei de ver exemplos de
pessoas cujos pais muito amados tinham sérias limitações sobre suas
crenças financeiras. Uma jovem com quem trabalhei uma vez teve um pai
que não conseguiu passar de um limite em termos de padrão financeiro.
Sem se dar conta de que havia um “termostato regulado”, seu pai limitava
seus sonhos, sugerindo que ela buscasse empregos “seguros”. Melhor
ganhar pouco do que correr riscos (exatamente como ele fez). Ela não
concordava com isso racionalmente, lógico, mas como amava e admirava o
pai, e ele a ela, ela acabava “sabotando” seus resultados. “Amor” e
“gratidão” pelo pai foram confundidos com “absorver o exemplo”. E pior,
sem que ela se desse conta – Disse Merlin com pesar.
- E o que fazer, então?
s)
identifique os modelos disfuncionais sobre prosperidade e gerencia
financeira e seu potencial de estarem influenciando sua pessoa. Escreva
em seu diário, procurando identificar as influências e possíveis
conseqüências.
- Em “Aprendiz”, você ensinou o ritual da “linha
do tempo”, que é excelente para isso – lembrou meu amigo. Neste
encontro, o ritual “certeza X dúvida” pode contribuir bastante para o
que estamos processando em nossa mente.
- Mas... Como podemos transformar o significado?
t)
Escreva uma carta como se fosse para a pessoa cujo modelo possa estar
influenciando em sua vida. Na carta, declare seu amor, respeito,
compreensão e o quanto isso é significativo e importante para você.
Declare também sua decisão de separar esse significado das suas novas
decisões sobre como deve gerenciar sua vida daqui por diante, porque
isso é muito importante, e o que vai sentir e experimentar com os
resultados que pretende atingir, assim como seu compromisso de continuar
zelando da melhor e mais saudável maneira pela relação / lembrança /
significado da pessoa em sua vida. Agradeça também a oportunidade que
essa análise trouxe para o crescimento e desenvolvimento que está tendo.
Leia a carta com atenção pelo menos vinte e uma vezes em dias separados
e queime-a no final. Você pode fazer uma carta conjunta para no máximo
três pessoas.
- Mas não adianta apenas desejar melhor resultados financeiros sem mexer com dinheiro propriamente dito...
- Sem dúvida...
u) Dízimo pessoal e gerência financeira
Embora
dinheiro não seja sinônimo de prosperidade, ele é sem dúvida uma
expressão e um recurso ao nosso dispor no momento histórico e econômico
em que vivemos. Dizer que dinheiro não tem importância, é no mínimo um
absurdo.
Separe pelo menos Dez por cento de seus ganhos para
guardar. Esse dinheiro precisa crescer e se multiplicar. A idéia é ter
aplicações, investimentos, rendimentos. Você deve assumir o compromisso
de só mexer no dinheiro para fazer com que ele gere mais dinheiro.
Pague-se primeiro, sempre que possível.
-Muitas
pessoas que não gerenciam seu dinheiro trabalham para outras pessoas,
para os bancos, para o governo, para as administradoras de cartão de
crédito etc. – disse Merlin. Quando separamos nosso dízimo pessoal para
crescer e se multiplicar, começamos a trabalhar para nós mesmos – e a
colocar o dinheiro para trabalhar para nós também. Assim, estamos
correndo “na frente do dinheiro”, e não atrás.
- Porque me pediu para escrever “pague-se primeiro, sempre que possível”?
-
Isso é uma prática de extrema importância. Isso dinamiza o processo,
motiva, desenvolve nossa habilidade para controlar o que fazemos com o
dinheiro. Não se surpreenda se, com o tempo, o dinheiro “sobrar”, mesmo
que seja ainda pouco...
- Podemos dizer que é um exercício de auto-estima e respeito pessoal?
- Nunca havia pensado desta forma, amigo bruxo, mas pode, certamente!
-
Faça com que seus aprendizes separem algum dinheiro para servir de
capital de giro, para despesas extras e surpresas, que deve estar
separado do dizimo pessoal e também para aquilo o que lhes trazem prazer
e satisfação na vida.
- Porque isso é importante?
-
Exatamente porque precisamos associar prazer e satisfação ao processo de
gerenciamento financeiro. Tem de ser bom, agradável, prazeroso,
gostoso, recompensador a cada fase...
- Tem um dito popular que fala: “Trabalhe primeiro, divirta-se depois”. O que pensa disso
-
Colha grandes resultados depois, mas divirta-se já! Se gerenciar o
dinheiro for sinônimo de desprazer e insatisfação, o que acontece,
senhor feiticeiro?
- Sabotamos o processo...
- Esse é meu
discípulo! – brincou Merlin – É imperativo ter prazer e satisfação
factíveis, planejados dentro do que se propõe a alcançar, sem abusos ou
irresponsabilidades. Repito: é imperativo! E necessário que se tenha
algum dinheiro para algumas dessas coisas, embora eu recomende que se
busque o máximo de prazeres simples, fáceis, mas significativos, como
brincar com um animal como Scully, ouvir música, encontrar amigos,
caminhar na natureza etc. Cuide para que a pessoa agende prazer em sua
rotina com freqüência, do simples ao mais complexo. Ter as músicas que
gosta de ouvir no carro, visitar amigos e familiares, ler seus autores
preferidos e assim por diante.
Ia prosseguir, mas voltou ao tópico financeiro:
-
Incentive que seus aprendizes se interessem por assuntos relativos a
investimento, aplicações financeiras e outros que ajudam a melhor cuidar
de seu dinheiro. Quem sabe devam consultar um consultor financeiro
confiável, ler livros como a série “Pai Rico, Pai Pobre”, revistas e
jornais especializados. Familiaridade cria intimidade. Gerenciar
adequadamente o dinheiro, bens e outros recursos, é extremamente
importante, mesmo que não se tenha muito para iniciar o processo.
-
Um amigo meu costuma arrumar o dinheiro em sua carteira com muito
cuidado: as notas arrumadas, na mesma posição, cabeça com cabeça, em
grupos de notas iguais, em ordem decrescente... Você acha isso válido?
-
Acho sim. Outra alternativa sugerida por muitos autores nesta área é
comprar dinheiro estrangeiro, um pouco de cada: Dólares, Libras
Esterlinas, Euros, Yens, para que possamos ter em nossa carteira e
contar com freqüência.
- Arrumar o dinheiro na carteira, cuidar
bem dele, comprar dinheiro estrangeiro e conta-lo com freqüência, cria
intimidade com o dinheiro, certo.
- E isso é extremamente
importante. Nunca é demais usar esses recursos, meu caro, uma vez que,
desde pequenos, ouvimos tantas interpretações incorretas sobre dinheiro,
riqueza, finanças e prosperidade. Por mais que, racionalmente saibamos
disso, precisamos “apagar” essas programações e nos dar a chance de ver a
questão sob outras perspectivas.
v) Contribuição
- O que quer dizer com “contribuição”? Perguntei após escrever o que ele havia indicado. - Seria o mesmo que caridade?
-
Caridade e assistência social são muito importantes e devem ser
praticadas. Vivemos num mundo onde as pessoas não têm oportunidades
iguais para obterem os recursos mínimos para alavancar seu processo de
desenvolvimento. Sugiro que uma verba seja separada para essa finalidade
também. Quando gerenciamos nossos recursos financeiros, e, nesse
processo, ainda somos capazes de contribuir para com aqueles que
precisam, mandamos uma poderosa mensagem para nossa mente que somos
capazes de lidar bem com o dinheiro, e que somos nós quem estamos no
comando. No entanto, vejo “contribuição” como algo muito além disso.
- Pode me explicar melhor? - Perguntei um pouco confuso.
-
Com prazer, e é importante que essa distinção fique bem clara.
Contribuir significa dar o melhor de si com o coração e com a alma ao
lidar com outras pessoas. Não interessa se está fazendo algo “de graça”
ou cobrando caro por um produto ou serviço. Apenas dê o melhor de si,
tenha uma visão clara sobre a funcionalidade, importância e relevância
do que está oferecendo. Cuide para que o que venha de você tenha esse
compromisso. Estude, aprenda, aperfeiçoe-se para que possa sempre
encantar o universo, e ele, naturalmente, tenderá a responder na mesma
“moeda”.
Merlin respirou fundo, olhou-me profundamente, caminhou um pouco pela sala, e completou:
-
Contribua também para com seus amigos, familiares, comunidade, cidade,
país, mundo. Faça a sua parte, mesmo que isso não apareça, ou seja,
visivelmente notado, com o mesmo espírito e dedicação. E um processo
para se crescer, e não necessariamente para aparecer. É fundamental que
sua inclinação para contribuir seja legítima, verdadeira, que venha como
um movimento natural que flui de você para o mundo, pois só assim terá
chances de obter o efeito que estamos propondo.
Escreva em seu
diário como – especificamente – pode contribuir para os muitos ambientes
nos quais você flui (comunidade, grupos etc.). Pelo menos metade onde
não ganhará nenhum dinheiro, necessariamente. Escolha vinte por cento
para trabalhar, e vinte por cento das iniciativas para cada ambiente, no
mínimo.
w) Agradeça ao universo ao final de cada dia por tudo o que aprendeu.
Desenvolva uma visão positiva e construtiva de sua vivência, e dos resultados que está acumulando nesta caminhada.
E imperativo que se busque canalizar a interpretação dos resultados para o crescimento e desenvolvimento contínuos.
x)
Faça planejamentos diários, semanais, mensais, semestrais e anuais
sobre como desenvolver sua prosperidade, nos termos em que estamos
definindo aqui.
Para que o processo funcione, e imperativo que seus
aprendizes vistam a camisa do processo. Quem quase faz o que precisa ser
feito, quase consegue o que quer...
y) Declare-se diariamente
merecedor de toda e qualquer conquista, resultado, aprendizagem,
crescimento e desenvolvimento que experimentar.
z) Escreva
ativamente em seu diário sua trajetória na construção de sua
prosperidade geral. Reflita. Aja de forma coerente e consistente, e não
tenha medo de precisar rever ou modificar etapas, fases ou mesmo o
objetivo do projeto.