quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os poluentes das vendas Por Brasílio Andrade Neto, Francine BrustolinEdição 09/2012


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Os poluentes das vendas

Por Brasílio Andrade Neto, Francine Brustolin
Edição 09/2012
Os poluentes das vendas
Você sabia que sua empresa pode estar poluída? Não, não precisa sair procurando por focos de gás carbônico, fazer testes na água ou abrir paredes procurando por mofo. A poluição que existe é mais sutil e bem mais prejudicial. Ela afeta suas vendas.
Como qualquer outra forma de poluição, essa não tem grandes efeitos no começo. Talvez uma tosse, um olho lacrimejante e só. Algumas vezes as pessoas até se acostumam e param de notar esses sintomas. Entretanto, um dia surgem consequências graves e, em alguns casos, irreversíveis. São poluentes que podem prejudicar e matar suas vendas.
Os sintomas são conhecidos por todos: pessoas pouco engajadas, que parecem não ligar para a empresa ou para o trabalho que realizam, baixa retenção de talentos, péssimo desempenho em vendas, lucratividade em queda, etc.
Nesses casos, os remédios de sempre têm pouca valia. Campanhas de incentivo, premiações, quem sabe até mesmo uma palestra de motivação. Nada disso tira os poluentes da sua empresa.
Em depoimento exclusivo para a VendaMais, o consultor, professor da Babson College e um dos autores do livro Influência sem autoridade (Editora Évora), Allan R. Cohen afirmou que, com frequência, gerentes e responsáveis por equipes de vendas atacam a primeira coisa na qual podem pensar. “É natural tentar colocar a culpa de tudo em um fator simples – nem sempre esse é o caso. Outro erro comum é ter uma solução favorita para todos os males da empresa. Se treinamento funcionou para resolver um problema do passado, eles vão querer fazer outro treinamento; se a solução foi trazer um consultor, eles vão procurar outro consultor, e assim por diante. Entender que pode haver múltiplas causas para os problemas que você enfrenta no momento é necessário, antes de tomar qualquer atitude”, afirma.
E não apenas isso, é preciso ter certeza de que o gerente não é, ele próprio, o agente poluente, afirma Cohen: “Por exemplo, alguns gerentes são punitivos e desencorajadores, mesmo quando acham que estão pressionando por melhores performances. Outros, ao contrário, não conseguem dizer verdades que ajudariam vendedores a superar falhas e limitações”. E acrescenta: “Certa vez, conheci um gerente que achava que a resposta para todos os problemas de sua equipe eram ajustes nas remunerações. Enquanto muitos vendedores são altamente motivados por dinheiro, isso não fazia diferença para todos os membros daquela equipe, como ele pensava. Acabou tendo resultados bem modestos, sem contar que os novos valores diminuíram a lucratividade”. Cohen revela um dos grandes segredos para se lidar com poluentes em vendas: pessoas em todo tipo de emprego aprendem sobre atitude com os hierarquicamente superiores, então, gerentes e líderes de vendas são pelo menos parcialmente responsáveis pelo comportamento inadequado da equipe.
Dessa maneira, todos em uma área de vendas são, ao mesmo tempo, geradores de/e afetados pela poluição. Mas quais são esses poluidores e como podemos enfrentá-los?

1. Ambiente

Algumas empresas parecem acabar com o bom humor de qualquer pessoa que atravessa a porta da frente. É possível sentir no ar uma nuvem pesada de desânimo, alimentada por uma absoluta falta de direção ou por medidas equivocadas e problemas de comunicação que geram uma quantidade imensa tempo e cérebros tentando sobreviver naquele ambiente, em vez de tentar vender.
Recebemos o depoimento de um leitor, o qual pediu para ser identificado como Lady Gerson, que mostra até que ponto esse poluente pode chegar em uma empresa: “Na companhia em que trabalho, se você vender bem, rotineiramente, a diretoria divide sua rota, colocando outro vendedor para atender os clientes que você conquistou. A meta de vendas mensal é definida acessando o PC (Puro Chute). Se essas metas mirabolantes são atingidas, a comissão é diminuída sob a alegação de que aquele vendedor só vendeu dando muito desconto, mesmo com os relatórios apontando um abatimento bem menor que o máximo permitido. Pago palestras, cursos, livros e assinatura da VendaMais com dinheiro do meu próprio bolso. O mesmo vale para a gasolina e manutenção do meu carro. Extra para almoçar com o cliente? Nem sonhando”.
Sim, existem empresas como essa por aí e é de se espantar que ainda existam clientes e funcionários dispostos a negociar com elas.
Nosso leitor Tadeu (nome alterado para proteger a identidade) mostra como isso acontece na vida real. Segundo ele, o que mais atrapalha o trabalho é a própria empresa: “Nossa função, como representante, é abrir novos clientes e dar treinamento inicial para quem adquirir nossos serviços. Nossa empresa é taxativa ao dizer que toda pós-venda será absorvida por ela mesma em uma central de atendimento ao cliente em São Paulo. Cada vez mais, a empresa nos tira a autonomia em resolver problemas pequenos que surgem após a contratação do serviço pelo cliente. Resultado: o atendimento centralizado em São Paulo é muito deficiente e demorado, pessoas despreparadas passam informações absurdas aos clientes, que por sua vez nos ligam exigindo soluções e ameaçando cancelar contratos caso não sejam atendidos. Com todo esse cenário, gastamos muito tempo tentando resolver os problemas dos clientes e não temos tempo suficiente para dedicar às vendas”.
Em alguns casos, uma conversa franca com a gerência e diretoria pode eliminar algumas ações poluidoras. Os resultados nos meses seguintes serão suficientes para que vejam que a nova maneira de trabalhar é superior. Nos casos mais extremos, talvez a melhor solução seja trabalhar em outro lugar.

2. Pessoas

Nossa leitora Moema Lis, da Bandebras, de Belo Horizonte (MG), conta como o problema foi resolvido: “Todo encarregado que colocávamos na produção era exterminado pelas funcionárias que inventavam histórias e faziam picuinha até que a pessoa pedisse demissão por não suportar mais o ambiente de trabalho. A solução foi simples, mas não tão prática: uma das sócias da empresa deixou a parte administrativa sob a supervisão da filha e tornou-se a encarregada da produção. Contando com a ajuda de uma assistente, as conversinhas começavam e terminavam no mesmo instante. A presença de um líder com poder de ação sem intermediário fez toda a diferença”. Uma atitude drástica, mas que, nesse caso, funcionou.
Lidar com pessoas nunca é fácil, pois não há um molde para elas. Vendedores são especialistas nesse assunto, pois lidam com os mais diferentes tipos de clientes. Allan Cohen afirma que a geração que vem por aí pode ser até mais complicada que as outras. “São pessoas que não estão acostumadas com críticas honestas. Foram criadas ouvindo dos pais que tudo o que elas faziam era maravilhoso e, assim, quando encontram dificuldades, não sabem o que fazer. Vendedores mais antigos não têm esse problema, pois suas carreiras são montadas a partir da necessidade de superar desafios. Dessa maneira, em vez de se apoiarem em uma fórmula para todos os funcionários, gerentes devem lutar para conhecer seus funcionários e descobrir o que é importante para cada um deles, tentando extrair sempre a melhor performance.  

3. Pensamento

Esse talvez seja o poluidor mais difícil de ser combatido, uma vez que são poucos os que reconhecem que sua própria atitude está errada. Desde ir até o cliente pensando “Esse aí não vai comprar nada”, até a conhecida síndrome do Fantástico: aquele sentimento de depressão que aparece quando o Fantástico vai ao ar, porque sinaliza que o fim de semana está acabando e a pessoa terá de enfrentar uma nova semana pela frente. Antes mesmo de saber o que a semana reserva.
Para Alexandre Santille, sócio-diretor do Laboratório de Negócios LAB SSJ, Ph.D. em Psicologia pela USP e autor do capítulo inédito da edição brasileira do livro Influência sem autoridade, livrar-se desse poluidor é fundamental para poder lidar com os outros: “Conhecer e ter consciência dos próprios objetivos é particularmente importante, faz parte de um processo de autoconhecimento. Quanto maior o entendimento que o indivíduo tem sobre si mesmo, mais precisas serão suas escolhas e, consequentemente, sua satisfação”.
O leitor Gerson Muniz relata sua experiência com pensamento negativo: “Sou gerente comercial e já passei por um período extremamente desestimulante. Alguns membros da equipe destruíam o moral dela com pensamentos pessimistas sobre o mês, os preços, o tempo, o Brasil... viam sempre o lado negativo de tudo. Para tentar resolver a situação, chamei-os para dar um feedback, expus a situação, falei sobre o quanto as atitudes deles estavam prejudicando todo o time, mas mesmo assim não teve jeito, tivemos de tomar uma atitude extrema: demitir parte desse pessoal para que os demais não se contaminassem e toda a equipe fosse comprometida”.
Esse é a grande questão sobre esse poluidor. Assim como um alcoólatra só se cura quando reconhece o próprio problema, soluções externas terão pouco impacto em pessoas com atitudes ruins. Elas só mudarão quando notarem que precisam mudar. Até que isso aconteça é preciso paciência e muita conversa.
Soluções – Para Santille, existem alguns problemas básicos que dificultam a comunicação e podem gerar “panelinhas”, fofocas e outros males, como: dificuldade de se livrar do passado; relutância em admitir sua parte no problema; receio de ficar vulnerável; querer apenas concorrer com o colega, embora afirme desejar colaborar; achar que pedir desculpas ou reconhecer o erro prejudica a “honra”; preferir concentrar esforços em identificar a pessoa menos eficiente do grupo do que imaginar processos melhores para todos; pensar primeiro em puxar o saco do chefe, etc.
Para resolver esses problemas, Alexandre oferece algumas soluções. Elas não são fáceis e algumas podem até não funcionar com todos, da mesma forma que a mesma apresentação de valores não funciona para todos os clientes. Mas com a maioria funciona e gera um ambiente de trabalho no qual todos se ajudam, o que propicia mais oportunidades, mais facilidades para atender o cliente e maior lucratividade. Acompanhe essas dicas extraídas do livro Influência sem autoridade:
  • O primeiro passo é tratar seus colegas de trabalho como se eles fossem seus clientes. Se você não tem certeza do que eles querem, pesquise muito. Pergunte sobre os problemas essenciais que enfrentam, os métodos que empregam para resolvê-los, como utilizam ferramentas e métodos, etc. Como vendedor, você faz isso, e pode ser uma prática muito útil ao lidar com um departamento distante do qual você trabalha.
  • Se outros colaboradores não gostam de você ou do seu departamento, aborde logo esse ponto. Comece perguntando o que os incomoda e o que eles fariam se você colaborasse. Certifique-se de fazer muitas perguntas sobre os interesses, os desafios e as preocupações da outra pessoa e depois reaja com interesse sincero. Poucas pessoas não querem ser compreendidas, e demonstrar interesse e curiosidade verdadeiros ajuda a reduzir a desconfiança.
  • Pense em maneiras de fazer um acordo que valha a pena, especialmente se for um em que você se arrisque primeiro. Você pode provar que cumpre o prometido? Você pode se esforçar ao máximo para ser útil? Mesmo que isso signifique viajar uma longa distância ou estar disponível em horas inconvenientes para obter as informações solicitadas? Qualquer coisa que faça para correr mais risco do que o colega o ajudará a reduzir a desconfiança em relação a você ou ao seu departamento.
  • Os vendedores precisam ser capazes de lidar com a rejeição, porque mesmo seus melhores esforços podem não dar certo. Como nem todas as situações permitem trocas lucrativas, retire-se com elegância e não culpe o cliente. Sua reputação o acompanha, portanto, afaste-se de maneira positiva, para tentar manter a porta aberta a uma influência futura.
Como no mundo real, há uma solução para a poluição. Só é preciso ter vontade, investir bastante tempo e insistir nas ações corretas. Sua saúde emocional e seu bolso irão agradecer.

Para saber mais

  • Livro: Influência sem autoridade
  • Autores: Allan R. Cohen e David L. Bradfort
  • Editora: Évora

As áreas verdes da empresa

A empresa de pesquisa Towers Watson descobriu que apenas 28% dos profissionais brasileiros estão altamente engajados e trabalham com vontade em suas empresas. O Estudo Global Sobre Força de Trabalho entende que estar engajado no trabalho constitui-se de três fatores:
  • Vontade de dar o máximo de si pelo trabalho, com esforço extra.
  • Suporte organizacional que proporcione produtividade e alto desempenho.
  • Bem-estar físico, emocional e interpessoal.
O estudo mostrou que, se existem três grandes poluidores, também existem três grandes filtros, três áreas verdes que fazem que os vendedores se engajem e participem ativamente do crescimento da empresa. E, como sempre, nenhum deles é dinheiro puro e simples.
  1. Desenvolvimento de carreira – Ninguém gosta de ficar estacionado, fazendo as mesmas coisas por anos e anos. Por isso, um plano de carreira sólido e conhecido por todos é vital. Todos os membros de uma equipe de vendas precisam saber que seus esforços serão recompensados com uma promoção, a qual não precisa necessariamente ser para gerente: cargos de vendedor sênior ou de gestão de contas grandes/VIP podem e devem ser usados para aqueles funcionários que o gestor sente não estarem preparados para um cargo de gerência, mas mostram desejos de fazer mais.
  2. Imagem da empresa – Citarei duas empresas e você dirá na qual o ambiente de trabalho é provavelmente melhor. A primeira é a Natura, empresa elogiada por seus projetos sociais, que cuida do verde, das matas e cachoeiras, a marca de cosméticos mais valiosa da América Latina e com uma legião de representantes e clientes satisfeitos. A outra é aquela envolvida com outro tipo de verde e outro tipo de Cachoeira, escândalos governamentais e tráfego de influência. Com esses exemplos extremos, você tem uma boa ideia de como a imagem de uma empresa afeta a vontade de trabalhar para ela.
  3. Metas e objetivos claros – Conforme você viu em depoimentos de nossos leitores, poucas coisas desmotivam mais do que uma empresa sem uma política clara de metas. As metas, os objetivos, a missão e a visão da empresa são como as regras de um jogo. Você não pode esperar que um jogador tenha uma boa performance se elas mudarem constantemente. Tenha uma política clara e consistente e veja a sua equipe aliviada por saber onde está pisando e para onde está indo.
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Autor(a):
Brasílio Andrade Neto
Brasílio Andrade Neto é formado em administração de empresas com pós graduação em marketing e integra o conselho editorial da revista VendaMais.
E-mail: brasilio@vendamais.com.br

Autor(a):
Francine Brustolin
Francine Brustolin é redatora da revista Liderança e VendaMais
  
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Atendentes ou vendedores?

Por Scher Soares
Edição 09/2012
Atendentes ou vendedores?
As pessoas dentro de uma empresa costumam ter certo nível de compreensão a respeito de seus próprios papéis e do conjunto de responsabilidades e atribuições dessas funções. Ocorre que os comportamentos dessas pessoas serão naturalmente mais compatíveis com os papéis que elas julgam ter; o que, por tabela, impõe-nos uma imensa necessidade de sermos, como gestores, altamente claros e diretivos no alinhamento dessas expectativas e no direcionamento quanto ao papel e desempenho esperados.
A importância desse assunto e, portanto, uma análise apurada fazem-se necessárias em função de certa confusão que estamos percebendo no exercício dos papéis dentro de um ambiente do varejo. Alguns lojistas têm em sua equipe pessoas que assumem funções de atendente, quando, em verdade, esperaria-se que assumissem um cargo de vendedores. Qual é o impacto disso?
Observe: um funcionário que percebe seu papel como o de um atendente tenderá a adotar um modelo de atendente, o que pressupõe expectativas diferentes. Assim, esse funcionário certamente se colocará à disposição para ajudar o cliente, mas se limitará a responder as perguntas recebidas, tirar dúvidas, mostrar os produtos que o cliente desejar ver e, finalmente, esperar pelo fechamento. Percebeu o impacto? Um funcionário com esse modelo certamente estará desperdiçando imensas oportunidades de vendas todos os dias e a todo momento simplesmente em função do seu “driver” de atendente, quando você, como gestor, precisaria de um funcionário com o modelo de vendedor.
Vale ressaltar ainda que existem consumidores que demandam mais o perfil de atendente do que vendedor, as lojas precisam de vendedores devidamente qualificados para fazer a venda e adequar, aí sim, as abordagens ao estilo de compra de cada cliente. Essa afirmação se faz ainda mais contundente quando avaliamos as mudanças no cenário socioeconômico brasileiro dos últimos anos e as mudanças que estão por vir. Se, em parte, as mudanças resultam em aumento de oportunidades, elas também carregam o risco potencial da atrofia da capacidade das equipes de vendas que, em um cenário favorável com grande tendência ao consumo, corre o risco de perder, aos poucos e silenciosamente, a competência diferenciadora de disputar cada venda, cada oportunidade, cada cliente.
Nesse cenário, surge como uma prioridade dos lojistas e gestores um aumento do nível da barra de exigência em relação a alguns aspectos fundamentais, como:
  • Recrutamento e seleção.
  • Treinamento e desenvolvimento.
  • Feedback e coaching.
  • Supervisão e cobrança.
Elementos fundamentais para lojistas que desejem criar uma cultura de vendas de alta performance em suas equipes. Conforme sabemos, empresas nascem tendendo a cumprir com um destes quatro destinos: desaparecer, sobreviver, crescer ou perpetuar. Basta olharmos ao redor ou voltarmos um pouco na história e encontraremos exemplos marcantes em todos os casos.
Uma economia em crescimento resulta, evidentemente, em aumento do consumo, o que significa grandes oportunidades para todos. Ao mesmo tempo, uma economia em crescimento implica em aumento da atividade empreendedora, o que resulta em aumento da concorrência. Paralelamente a isso, economias em crescimento tendem a passar por um determinado período sofrendo com a escassez de mão de obra qualificada, e é exatamente pela conjunção de todos esses fatores que os lojistas que desejam seguir em direção aos destinos “crescer” ou “perpetuar” precisam ser diligentes na formação de uma equipe e de uma cultura que abarque os pilares:
  • Competência em vendas.
  • Competência em CRM.
Isso fará que o lojista possa manter sua operação funcionando com bom desempenho, enquanto se concentra em questões mais estratégicas que poderão alavancar os próximos passos da organização.
Sendo assim, o lojista ou gestor precisa colocar em sua agenda os aspectos da formação da equipe e da qualificação em vendas e CRM, pois só assim poderá garantir resultados sustentáveis para si, enquanto garante o desenvolvimento do seu grupo e a satisfação e o encantamento dos clientes.
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Autor(a):
Scher Soares
Scher Soares é palestrante e consultor. Tem formação em coaching e utiliza sua especialização em comportamento humano, liderança e vendas para promover resultados.
E-mail: scher.soares@grupotriunfo.com
  
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Entrevista Estratégias de sucesso


Entrevista

Estratégias de sucesso

Por Karina Magolbo
Edição 09/2012
Estratégias de sucesso
Palestrante, autor, instrutor, consultor e uma das maiores autoridades norte-americanas em prospecção, geração de indicações e marketing pessoal, Paul McCord teve uma distinta carreira no ensino, nas vendas, no treinamento e na gestão..
A magna cum laude graduate of Texas A&M University, Commerce, with graduate studies at Texas Christian University in Ft.Worth, Paul began his career teaching literature at his alma mater.Paul começou sua carreira como professor de literatura e filosofia na Universidade do Texas. Although he enjoyed the challenges of teaching, his competitive nature lead him to the business world where he could more fully utilize his selling and training talents.Embora apreciasse os desafios do ensino, sua natureza competitiva o levou ao mundo dos negócios, onde ele pode aproveitar melhor seu talento em treinamentos.
Over the past two decades, Paul has excelled as salesman, trainer, and manager in the financial services industry.Ao longo das últimas duas décadas, McCord tem se destacado como vendedor, gerente e também no segmento de serviços financeiros. He has developed and lead sales teams wholesaling investment products to banks, credit unions, NASD broker/dealer firms, financial planning firms, trust companies, and major wirehouse companies; operated his own successful mortgage company; and recruited, trained, and lead sales forces for several mortgage banks.Ele desenvolveu equipes de ponta em vendas de produtos de investimento para bancos, cooperativas de crédito, corretoras, empresas de planejamento financeiro, empresas de seguro e de diversos segmentos da economia. He has had the pleasure of training thousands of salespeople and managers from almost any industry one can thing of, but all have one thing in common--a desire to become the best salesperson in their company.Teve o prazer de formar milhares de vendedores e gerentes de quase toda a indústria e todos têm uma coisa em comum: o desejo de se tornarem os melhores vendedores de sua empresa.
Like most executives, Paul quickly realized the key to a successful company was the sales force.Em entrevista à VendaMais, McCord fala de algumas de suasPaul has developed some effective, exciting solutions to several of these vexing issues. soluções eficazes e interessantes para várias dessas questões inquietantes em vendas. In addition, Paul works with companies to analyze and fix their issues in finding, attracting, and retaining top people, developing sales plans that work, and performing crisis analysis to determine where the weaknesses are and how to turn them into strengths.Paul is the author ofCreating a Million-Dollar-a-Year Sales Income: Sales Success through Client Referrals
Vamos começar falando sobre o seu último livro, Bust your slump- A dozen slump busting strategies to fill your pipeline in 30 days (ainda sem tradução no Brasil). Qual é a ideia por trás do livro? Por que você o escreveu?
Com a atual crise da economia, está muito difícil trabalhar os canais de venda. Há alguns anos observamos um número muito grande de pessoas que deixaram de vender e outras tantas que estão desmotivadas, com muitas dificuldades, apenas “segurando as pontas”.
Eu analisei centenas de vendedores em declínio e percebi que eles têm muito em comum, além dos baixos resultados e da mentalidade negativa, eles perderam a fé nos métodos de prospecção que usavam no passado e a maioria não tem um sólido processo de venda.
Eu escrevi o livro para passar minhas observações sobre os processos que vêm sendo utilizados pelos vendedores, mas, principalmente, para apresentar estratégias de sucesso que poderão aumentar as vendas de forma rápida. São 12 estratégias de sucesso, e não são novas ou revolucionárias. Elas vêm de uma longa história de grande sucesso. Podemos dizer que as estratégias vêm do básico. Incluem referências gerais como networking, prospecção sem pesquisa via telefone, minando a carteira de clientes, trabalhando com bases de prospecção sem foco e coisas desse tipo. A diferença está na busca por diferenciais e o livro apresenta em detalhes como o vendedor pode conseguir 30%, 40%, quem sabe até 50% mais indicações para obter sucesso em pouco tempo, basicamente em um mês. Todas as estratégias são passadas de forma muito agradável e prática, como usar o método de forma geral e aumentar os canais de venda com negócios em um mês.
A chave para usar o livro é entender que as estratégias presentes nele são de curto prazo. O leitor decide em quanto tempo quer trabalhar. Por exemplo, uma das estratégias consiste em acabar com as informações e com os dados soltos. Há uma grande quantidade de energia desperdiçada em informações sem conexão, com dados soltos. O problema é: por quanto você vai trabalhar com informações sem conexão?
Quem deve ler o seu livro?
O livro é para vendedores, para quem trabalha com vendas, profissionais ou empresários. Para quem está com problemas nos negócios e precisa de uma solução de curto prazo e para os gerentes de vendas que estão com suas margens em queda. O livro estabelece os quatro passos que devem ser abordados para sair do buraco, realinhar os processos, encontrar novas estratégias de prospecção que podem ser colocadas em prática, implementar melhorias no negócio e assegurar o alinhamento das estratégias.
As estratégias que indico irão ajudar a incrementar as vendas em pouco tempo, dar a direção de onde encontrar ajuda para realinhar os processos evitando cometer os mesmos erros novamente.
Por outro lado, quem não deve ler o seu livro, o que os leitores não vão encontrar nele?
O livro não tem o objetivo de oferecer estratégias para o desenvolvimento de negócios como um todo. Ele foi desenvolvido para ajudar a “chutar” para bem longe o problema de queda nas vendas.
Qual é a primeira coisa que deve ser feita após a leitura do livro?
O leitor deve ler as 12 estratégias e pegar uma ou duas, no máximo três, que se encaixem no seu mercado e trabalhá-las. É um livro para ser colocado em prática, não é só teoria. As 12 estratégias não são apropriadas para qualquer negócio. Há estratégias que funcionam para vendas B2B, outras para vendas diretas, etc. Algumas funcionam em situações comerciais básicas, outras são mais elaboradas e precisam de mais considerações.
Quando você começou a trabalhar com vendas?
Eu estava trabalhando em meu doutorado de filosofia quando me deparei com a confusão de argumentação e pesquisas e percebi que tudo estava muito vazio e sem sentido.
Decidi que queria contribuir com alguma coisa de valor. Deixei a universidade e comecei a procurar um emprego. A vaga que apareceu foi para vender gabinetes e madeiramento para construtores. Eu não sabia nada sobre vendas, mas gostava da ideia. Além disso, tinha um salário e um carro da empresa para começar.
Desde então trabalho com vendas. Eu mudei da área de madeira para serviços financeiros. Descobri que vendas comissionadas são, de longe, mais lucrativas do que um salário fixo em vendas. Mas já era tarde e não podia decepcionar a empresa. Por isso investi no meu treinamento e em conhecimento.
Passados 30 anos, eu continuo aprendendo e ainda tenho muito a aprender. Vendas, eu acredito, é o coração dos negócios. Nós precisamos ver o todo e depois como as coisas realmente funcionam, como o mercado muda, o aumento da competição e a sofisticação da prospecção.
Qual foi sua venda mais memorável?
Minha venda mais memorável aconteceu no meu primeiro emprego em vendas. Como disse anteriormente, eu vendia gabinetes e madeiramento para construtores.Trabalhei com afinco a venda de 300 unidades para um complexo de apartamentos, em Dallas, nos EUA. Quando chegou a hora de negociar, como eu era novato, o diretor financeiro da empresa foi comigo. Ele ficou preso aos detalhes e o negócio não foi fechado. Eu fiquei furioso, mas decidi continuar a construir minha relação com o cliente.
Passado um tempo, eu sentei novamente com o cliente e entrei em um acordo para pegarmos o projeto até o fim. Ele assinou o contrato comigo. Eu fiquei muito grato em ter conseguido reverter a situação. Consegui a segunda chance que havia sido perdida pelo nosso diretor financeiro.
Essa experiência me ensinou o poder dos relacionamentos e que você nunca sabe o que pode acontecer, mesmo depois de ter perdido um acordo.
“Em vez de procurar a melhor forma, a estratégia mais efetiva, muitos vendedores continuam fazendo o que não funciona. Ficam com o pensamento de ‘se eu continuar insistindo, uma hora vai dar certo’. Essa é uma das definições populares da loucura – fazer sempre a mesma coisa esperando um resultado diferente”
Qual foi a situação em vendas mais desastrosa ou engraçada pela qual você passou?
Foi quando eu vendia os serviços de corretagem da NASD (corretora de valores mobiliários). Eu estava em uma reunião em Nova Iorque com dois grandes diretores da empresa e os levei para almoçar. Infelizmente, enquanto estávamos almoçando, o banco ao lado foi assaltado e os ladrões correram para o restaurante. A polícia interrogou todos que estavam lá para ter certeza de que não havia nenhum assaltante disfarçado na multidão.
Não preciso dizer que não voltei ao escritório para uma apresentação que estava agendada. Quando consegui voltar, três horas depois, encontrei o especialista em fundos de investimento tentando fazer uma introdução da apresentação de um produto que ele conhecia muito pouco.
Eu tentei reverter a situação, mas já era tarde, o estrago já estava feito. Nós nunca tivemos uma segunda chance de remarcar com os clientes. Uma perfeita confusão: estar no lugar errado e na hora errada.
Qual é o maior erro que você nota atualmente, como especialista em vendas?
Atitudes enraizadas, falta de criatividade e de pensamento inovador. O mundo está mudando. Os clientes estão mudando a forma de responder a propostas e se comunicar. Com isso, muitos vendedores e muitas empresas são resistentes à ideia de que existem melhores formas de interação e prospecção do que tem sido feito até hoje.
Em vez de procurar a melhor forma, a estratégia mais efetiva, muitos vendedores continuam fazendo o que não funciona. Ficam com o pensamento de “se eu continuar insistindo, uma hora vai dar certo”. Essa é uma das definições populares da loucura – fazer sempre a mesma coisa esperando um resultado diferente.
“Eu analisei centenas de vendedores em declínio e percebi que eles têm muito em comum, além dos baixos resultados e da mentalidade negativa. Eles perderam a fé nos métodos de prospecção que usavam no passado e a maioria não tem um sólido processo de venda”
Qual foi o melhor conselho de vendas que você já recebeu?
“Vendas são construídas em relacionamentos fundamentados na honestidade e no profundo desejo de encontrar uma solução com qualidade para o cliente, não em questões como preço e malandragem”. Esse conselho tem servido bem para mim. Sim, eu perdi algumas vendas baseando-me em preço ou para um concorrente desonesto. Mas eu tenho vendido mais e conseguido mais margem tendo como base o desenvolvimento de relações fundamentadas na honestidade e no respeito mútuo.
Qual conselho você pode dar para quem está começando em vendas?
Tenha orgulho da sua profissão. Muitos vendedores tentam esconder o que fazem. Criam vários títulos para esconder o que de fato fazem: vender. Vender é a base da sociedade. Ninguém tem nada se não for por meio de nós, vendedores. Não se envergonhe do que faz. Você é o motor do comércio do mundo.
No que você está trabalhando neste momento e que o faz se sentir energizado? Qual é o seu próximo grande projeto?
Estou fazendo um grande acordo com empresas, assim como com vendedores e executivos. Estou ajudando-os a entrar nos “trilhos” usando as estratégias contidas no livro. Eu também trabalho a imagem pública e a reputação dos vendedores e das empresas por meio das estratégias tradicionais de relações públicas, mídia social e tradicional. Certamente, há muitas pesquisas que discutem esses recursos, mas elas dão a direção de onde usar os recursos para crescer, local e nacionalmente.
É um grande projeto que mistura prospecção, marketing pessoal, relações públicas, marketing e tecnologia.
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São revistas, áudios, vídeos, livros, newsletters, eventos e treinamentos voltados para um público vasto de iniciantes, veteranos, gerentes e líderes – todos focados no mesmo objetivo.

Autor(a):
Karina Magolbo
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