sábado, 20 de junho de 2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Liberte-se, não acorrente a sua vida ao medo!

Miguel Lucas geral@escolapsicologia.com por  mail196.atl101.mcdlv.net 

09:15 (Há 3 horas)
para mim
Liberte-se, não acorrente a sua vida ao medo!
View this email in your browser

Libertar-se do medo paralisante

No mundo moderno o medo tem muitas “rostos”, e a qualquer momento deparamo-nos com os muitos rostos familiares que o medo adquiriu. Medo de não conseguir passar no exame, medo de falar com o chefe, medo de falar em público, medo de perder o relacionamento, medo de não ter dinheiro para pagar as despesas, medo do fracasso.

Com tantos medos a serem disparados em nós, a tendência é que o medo, de uma forma geral, se apodere da nossa vida. Quando este processo se faz sentir, desenvolve-se medo de vir a ter medo. O que em muitos de nós se faz sentir na forma de ataques de pânico.

Somos mais que o nosso medo
Saber separar-se do seu medo, não deixar que ele tome conta da sua vida é fundamental para não deixar que a ansiedade tome proporções desmedidas. Não permita que a sua ansiedade se vire contra você, até que chegue ao ponto de temê-la. No poema que se segue passo a mensagem da importância de você tomar consciência que não é os seus sintomas incómodos de medo que sente no seu corpo, como também não é os pensamentos daí advindos.

Essencialmente, todas as emoções são parte do ser humano e, portanto, devemos esforçar-nos por tolerá-las e aceitá-las. A Terapia de Aceitação e Compromisso, a qual eu aplico em consulta, começa a ser popular na psicoterapia.

A saúde emocional é impulsionada pela aceitação da condição humana, honrando todos os nossos sentimentos. Dito isto, infelizmente, eu observo que muitos problemas pessoais e problemas psicológicos que as pessoas têm, nascem da não aceitação das suas emoções e repugna dos seus pensamentos negativos ou pensamentos intrusivos.

POEMA

O medo,
Sinto-o, experimento-o no meu corpo,
Chega abruptamente, invade-me a iniciativa, corta-me a confiança, aniquila-me a esperança,
Prende-me os passos, escurece-me os pensamentos,
Náuseas, nó na garganta, coração a sair pela boca,
O medo toma conta de mim,
Rouba-me os sonhos, enfraquece-me, acinzenta-me as habilidades,
Medo, sempre ele que me impede o sorriso, que me tolda a liberdade,
Medo de fracassar, medo de não falar a coisa certa,
Aquele medo que se transforma em vergonha, que verga a minha opinião, que me inibe de expressar as vontades,
Medo de perder o emprego, medo de deixar de amar, medo do que está para vir,
O medo enraizou-se, domina-me, pensa por mim, age em meu nome,
O medo nunca me defende,
Sim, devia defender-me, porque não o faz?
O medo paralisante, ostracizador, repugnante,
O medo sanguessuga,
O medo que perdeu a sua funcionalidade,
O medo que não me serve mais,
O medo que eu repugno,
O medo do qual eu me liberto,
Agitação, sudação, tensão, dor de barriga, pernas trémulas, não me amedrontam mais,
O medo e os seus sintomas, os seus pensamentos, não são mais o meu medo,
Renuncio ao meu medo,
Eu não sou o meu medo, não quero ser e não mais serei,
Liberto-me, abraço a possibilidade de caminhar tranquilo, confiante e otimista,
O otimismo pinta o meu dia, clarifica-me o pensamento, enaltece-me a vontade, injeta-me energia,
O otimismo promove-me a eficácia, liberta-me a criatividade,
Otimisticamente enfraqueci o medo,
Fortaleci-me, guiei-me, encaminhei-me para o espaço onde existe a possibilidade de aplicar o meu otimismo, sem medo.
 
-  Miguel Lucas

sexta-feira, 5 de junho de 2015

SOBRE RESISTENCIA,PERSISTENCIA DE UM SINTOMA OU PROBLEMA E MUDANÇAS


Sobre resistência, persistência de um sintoma ou problema e mudanças.
Olá amigos!
Existe uma frase que é atribuída a C. G. Jung – e que infelizmente eu não consegui localizar em qual livro – que é fantástica para considerarmos algumas questões importantes do nosso funcionamento mental e emocional. A frase diz o seguinte: “O que você resiste, persiste”. Procurando pela versão original, encontramos a inglês, que é a versão literal: “What you resist, persist”.
Como não poderia deixar de ser, no alemão é um pouquinho diferente: “Wogegen du deinen Widerstand richtest, dem schaffst du Bestand”. Em uma tradução livre, teríamos:
“Aquilo contra o qual você aponta a sua resistência, consegue permanecer”.
É claro que o sentido da frase é o mesmo, mas ao mesmo tempo, as nossas associação acabam não sendo idênticas a partir da frase como é comumente traduzida e como é originalmente. Afinal, traduzir é trair, como diz o famoso ditado:“Traduttore, Traditore”. Porém, isto não é culpa do tradutor, e sim das diferenças entre os campos semânticos de uma língua e outra.
Enfim, voltemos à frase.

Aquilo contra o qual você aponta a sua resistência, consegue permanecer

Para explicarmos, então, o sentido da frase fica mais fácil se pegarmos alguns exemplos. O conceito de resistência na psicanálise descreve um comportamento no qual o paciente, instigado a falar sobre qualquer coisa que lhe vier à cabeça pela associação livre, resiste e não quer falar. Como se dissesse para si mesmo e para o seu analista: “eu não quero pensar nisso”.
O problema é que isso que não se quer pensar não vai simplesmente sumir e desaparecer. Um exercício simples consiste na seguinte atividade:
“Nos próximos cinco minutos, não pense – de forma alguma! – na sua mãe”.
Faça a experiência e depois nos conte. Acontece parecido quando temos uma preocupação qualquer e queremos nos ver livre do conteúdo da preocupação. E é aqui que entra a frase do Jung: “Aquilo contra o qual você aponta a sua resistência, consegue permanecer”.
Se aponta a sua resistência para a sua mãe, e não quer ou não pode pensar nela, paradoxalmente, você vai pensar muito mais nela. Não só porque você tem que pensar primeiro para conseguir não pensar, como você está em uma luta interna com um conteúdo que está dentro de você, na sua cabeça. Não é a mesma coisa do que afastar um objeto no mundo externo.
Como aquela frase que diz:
tiririca

Aceite para mudar

A partir do que falamos acima, surge a questão: como fazer então se aquilo que não queremos ver, sentir, tocar é aquilo que vai conseguir permanecer?
Bem, é extremamente simples. Aceitar para mudar. Ser sincero – consigo mesmo – para encontrar a própria verdade. Dizendo deste modo pode parecer moralista, mas não é.

Prof. Heinz - Circuito VM