Exercício facilitador de aprendizagem
Um dos grandes e belos desafios que a "geração TV-geração apartamento" se nos apresenta é de como motivá-la para a educação formal, utilizando basicamente os meios e instrumentos disponíveis em nossas escolas. Sobre o assunto comentei genericamente em "O GOLFINHO" no.23. Também n’O GOLFINHO no. 30 há um interessante artigo de Richard Bolstad: "PNL na Educação - ENSINANDO COM A LINGUAGEM DO CÉREBRO". Bolstad é Trainer em PNL na Nova Zelândia e assíduo colaborador da revista "ANCHOR POINT". O mini-ensaio escrito especialmente para "O GOLFINHO", demonstra, com muita autoridade, como a Programação Neurolingüística pode ser a grande ferramenta para gerar mudanças eficazes na garotada estudantil da "Civilização Eletrônica", nas escolas, colégios e professores da "Civilização do Livro". O artigo é uma ótima peça para reflexão de nós educadores.
No Brasil, Walther Hermann, também Trainer em PNL vem elaborando com muita criatividade, reflexões e vivenciações sobre o assunto - e recentemente dirigiu um seminário vivencial em Porto Alegre, evento organizado pela direção de "O GOLFINHO", cujo tema: "Aprendizagem Acelerada de Línguas Estrangeiras", foi transcendido pela metodologia, aplicada em qualquer campo do aprendizado, pois permite a instalação de novos paradigmas, mexendo nos sistemas de crenças limitantes com que, regra geral, a escola tradicional nos envolve. Walther anuncia, para breve, um livro sobre o tema.
Dando minha contribuição aos leitores de "O GOLFINHO" apresento, em resumo, um exercício facilitador de aprendizagem, testado por mim no ensino universitário com excelentes resultados:
1. O professor com prática em PNL solicita que os alunos relaxem (1), e que escolham tema ou área de conhecimento em que desejam adquirir mais informações. Os alunos devem tomar consciência de que podem aprender muito mais coisas- e pensem nos benefícios que obterão com os novos conhecimentos.
2. Solicita aos alunos que determinem, vendo, ouvindo ou sentindo, com quem podem aprender tais conhecimentos: pode ser com uma pessoa, livros, vídeos, etc.
3. Pede que recordem três situações em que aprenderam algo com muita criatividade. Quando os alunos as tiverem consigo, pede que fechem os olhos e que elejam uma das situações. Solicita que voltem mentalmente a esse belo momento. Que os alunos imaginem que estão vendo com seus próprios olhos o que viam, escutando o que seus ouvidos ouviam, fazendo o que faziam e revivendo as sensações. depois peça, relaxados, que abram os olhos e escrevam as condições que cercaram a aprendizagem respondendo às perguntas:
1. Por decisão de quem iniciou a aprendizagem?
2. Qual era seu estado emocional?
3. Como descreveria o resultado?
4. Repetir o exercício com as outras duas situações.
5. Que os alunos, agora, determinem, ou melhor, elejam das 3 experiências anteriores de aprendizagem, qual a carga emocional mais agradável e criativa. Voltar a conectarem-se com essa experiência criativa, revivendo-a como se estivessem vendo com seus próprios olhos o que viam na oportunidade, escutando o que chegava aos ouvidos, dando-se conta do que pensavam e revivendo as emoções com esse momento.
6. Quando os alunos estiverem emocionalmente conectados (solicitar um sinal e acompanhar a fisiologia), dizer para imaginarem como se estivessem aprendendo o novo tema escolhido, vendo com seus olhos tudo o que os rodeiam, escutando os sons e peça que a emoção facilitadora envolva essa nova experiência de suas vidas. Que imaginem levando à prática os conhecimentos adquiridos e como se beneficiarão desses novos conhecimentos.
7. Pedir para abrirem os olhos, relaxados, etc. (Os alunos, se possível, deverão se dedicar de imediato a estudar e praticar o tema.)
O autor e a direção de "O GOLFINHO" gostariam de receber informações sobre os resultados e/ou outros modelos de exercícios.
Bibliografia
2. Reine Lépineux e outros, La Programmation Neuro-linguistique à L’École, Nathan, Condé-sur-Noireau, France;
3. Gustavo Vallés, Programación Neurolinguística, LIBSA, Madrid, España.
João Nicolau Carvalho, P